UnB oferece curso sobre aspectos de vigilância sanitária que são importantes fatores preventivos na pandemia

Aulas explicam que a função da vigilância é também educativa e não somente de punição. Módulos mostram da eficácia do uso da máscara ao conceito de vigilância sanitária, que está em tudo: desde o cosmético que usamos à água que consumimos

Quando a pergunta é o papel da Vigilância Sanitária, o primeiro pensamento que vai à cabeça da maioria das pessoas é o de punir. Esse conceito ficou mais impregnado com a pandemia de Covid-19. Um dos casos emblemáticos foi a atuação da Anvisa na partida entre as seleções de futebol Brasil e Argentina. A agência fez o jogo ser suspenso porque quatro jogadores do país vizinho deram informações falsas ao entrarem no país.

Mas o trabalho da Vigilância Sanitária vai além disso. Importante braço do Sistema Único de Saúde (SUS), o trabalho também consiste em eliminar, diminuir ou prevenir um risco que possa causar dano à saúde humana, animal ou ao meio ambiente.

“Essa é uma das primeiras coisas que a gente discute no curso. A definição de Vigilância Sanitária, que é mais preventiva que punitiva. A água que você bebeu hoje tem regulação sanitária. Assim com o cosmético, o creme dental ”, explica a coordenadora do curso Vigilância Sanitária em Tempos de Pandemia, professora Izabel Cristina Rodrigues docente no curso de Farmácia da Universidade de Brasília (UnB), no campus de Ceilândia.

O curso é financiado pela  Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP-DF) e conta com o apoio da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec). E vai para a sua segunda edição. A primeira foi iniciada em outubro de 2020.

As aulas abordam diversos aspectos do funcionamento do SUS, como, por exemplo, o manejo do gerenciamento de riscos e biossegurança, sobre se o uso de máscara é suficiente para se proteger contra uma infecção como a da COVID-19 – ou se outras barreiras de contenção, como evitar compartilhar elevadores e o próprio distanciamento social seriam importantes aliados do equipamento de proteção individual. “No caso da máscara, ela reduz o risco, mas não elimina. Mas conta muito o tipo de máscara. O reuso da máscara de tecido é recomendado por somente oito vezes”, exemplifica Izabel.

O fato de as aulas serem on-line possibilitou que pessoas do país inteiro pudessem se inscrever. Foram 250 inscritos de todo o Brasil nessa primeira edição. Com carga horaria de 180 horas, o curso tem os seguintes módulos: Introdução ao curso, saúde coletiva, vigilância sanitária- fundamentos (saneantes), vigilância sanitária: fundamentos, legislação e perspectivas, bioestatística e epidemiologia, vigilância sanitária de medicamentos, alimentos e tecnologias em saúde, controle da qualidade em vigilância sanitária.

Parceria com a Finatec

Embora o curso ministrado pela professora Izabel seja considerado de baixo custo, o apoio da Finatec na prestação de contas fez a diferença no dia-a-dia de dela. “Gerir recurso público é uma extrema responsabilidade. Então, todo o recurso investido nesse curso foi utilizado dentro da legalidade. Com a ajuda da Finatec, eu pude focar no curso”. Destaca.

Serviço

A segunda edição do curso Vigilância Sanitária em Tempos de Pandemia será a partir de março de 2022

As inscrições podem ser feita pelo  Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (Sigaa)

Finatec abre inscrição para programa voltado ao jovem empreendedor

São 20 mil vagas para jovens negros e mulheres entre 18 e 29 anos interessados em aprender as técnicas do empreendedorismo e aplica-las na região onde moram

Despertar o lado empreendedor em jovens interessados em montar ou tirar da informalidade seu próprio negócio em regiões consideradas áreas de vulnerabilidade. Esse é o principal objetivo de um programa inclusivo oferecido gratuitamente pela Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) em parceria com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) – Secretaria Nacional da Juventude.

O Jornada e Rede de Acolhimento Horizontes do Empreendedor para Jovens Negros e Mulheres Jovens abrirá 20 mil vagas para esses dois gêneros, com faixa etária entre 18 e 29 anos, que residam no Centro-Oeste. O projeto tem duração de um ano. Serão oferecidos curso, oficinas, encontros e mentorias para esses jovens empreendedores selecionados.

A região escolhida para ser piloto desse curso é a do Centro-Oeste. O início da capacitação está previsto para o dia 23 de maio, quando haverá a primeira etapa. A fase inicial consiste em curso on-line com duração de 40h. Podem se inscrever pessoas do Distrito Federal, Goiás, Matogrosso e Matogrosso do Sul.

A Finatec é a executora do projeto, que é financiado pelo MMFDH. A fundação é a responsável por todo o programa. A primeira etapa foi o planejamento, que consistiu na coleta de dados e na análise do território, do perfil desse jovem negro e dessa mulher do Centro-Oeste e nas estratégias de atuação.

As inscrições começam nesta segunda-feira (14/3) e a capacitação está prevista para 23 de maio. O programa é divido em grupos. Serão 20 mil alunos, sendo dez mil do sexo feminino e dez mil jovens e negros.

Ao término da primeira etapa, que consiste no curso on-line de 40h de duração, serão selecionados mil alunos de cada grupo, que irão para uma segunda fase dessa chamada jornada, participando de oficinas, encontros e mentoria junto à Rede de Acolhimento Horizonte do Empreendedor, formada por técnicos, pesquisadores e especialistas da Finatec e parceiros locais.

Lá, esses dois mil jovens serão incentivados a tirar seus projetos do campo da ideação ou da informalidade – para aqueles que já realizam atividades comerciais em seu local de moradia, como costureira que faz pequenos consertos, vendedor de lanche. Eles vão receber orientações visando a elaboração de um plano de negócios, que irá possibilitá-los a ter acesso a microcrédito orientado.

Jornada

Os 100 melhores planos de negócios vão participar durante seis meses de uma mentoria mais próxima e personalizada, visando o acesso ao microcrédito orientado. “O curso possibilitará o contato com conceito de empreendedorismo e tudo o que envolve o empreender, como canais de venda, relação comercial com o próprio território em que ele está inserido, de que forma se posicionar no mercado. Também possibilitar acesso a parceiros que vão ofertar o microcrédito orientado. É uma verdadeira jornada”, explica a coordenadora do programa Jornada e Rede de Acolhimento Horizonte do Empreendedor, Sandra Fernandes.

Serviço: Para se inscrever, basta acessar o site (https://jornadahorizontesdoempreendedor.finatec.org.br/site) e preencher a ficha de inscrição direcionada para um dos dois projetos.

Programa capacita estudantes para trabalharem em Startups Financeiras e até montar sua própria empresa

Lift Learning é resultado de uma parceria entre UnB e a FAP-DF que visa fomentar esse tipo de prestação de serviço que tem crescido com a pandemia

A pandemia ser tornou um marco na história mundial. Tanto que estudiosos já definem o período como pós Covid-19. Uma das maiores características dessa nova era foi a incorporação obrigatória de certos hábitos, como o distanciamento social.

Isso fez com que algumas áreas fossem desafiadas a se adaptarem ao novo costume. Como é o caso do setor de serviços, que, por causa dessa mudança brusca, sucumbiu a uma nova vocação: ao uso de canais digitais em lanchonetes, restaurantes e bancos.

E é justamente nesse nicho que tem crescido a procura por startups financeiras. As chamadas Fintechs. Que são empresas que desenvolvem tecnologia para a prestação de serviços não-presenciais a instituições financeiras, como os bancos.

De olho nesse mercado, a Universidade de Brasília (UnB), com o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP-DF), criou o programa “Lift Learning Programa Distrital de Fomento a Startups Financeiras (Fintechs)”. Cujo o objetivo principal é o de fomento ao ecossistema de Fintechs que, a médio prazo, servirá para colaborar no combate aos efeitos econômicos da pandemia em Brasília e região.

O programa tem como eixo principal selecionar estudantes universitários e capacitá-los para serem  mão de obra de alto padrão para fintechs e outras instituições financeiras. São seis vagas. Os alunos terão mentorias em empresas que realizam atendimento digital para bancos interessados  em contar com o serviço. Além disso, os estudantes recebem uma bolsa mensal durante o período de aprendizagem.

Para um dos coordenadores do projeto, o professor Ricardo Paixão, o Distrito Federal está vocacionado a esse tipo de Fintech por reunir aqui as sedes dos principais bancos do país. “Com a pandemia, teve uma intensificação do projeto, com processo de digitalização em que as pessoas evitaram os serviços presenciais. Aumentou o uso de canais digitais. O programa vem completamente ao encontro disso: de possibilitar às pessoas diminuir o contato e que elas resolvam seus problemas sem precisar ir ao banco.  Não só sacar, tirar extrato. Mas serviços mais complexos, como pegar empréstimo”, explica ele.

O projeto, que vai para a sua terceira edição, tem respaldo do Banco Central, que passou instituir um tipo de política pública que visa fomentar ecossistemas de Fintechs utilizando grupos de estudantes e recém-formados com projetos de empresas do setor  financeiro que estejam alinhadas à agenda de desenvolvimento do BC, ao eixo de competitividade.

“A intenção do projeto da UnB é despertar nesses alunos o interesse de montar sua própria startup financeira”, acrescenta o também coordenador João Benício. Segundo ele, a mentoria tem duração de cinco meses. O processo seletivo começa agora em março.

Finatec

O projeto é focado na formação de mão de obra. A verba é voltada exclusivamente para bolsas aos estudantes. Então, coube à Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) fzer toda a gestão  financeira. “Coisa que eu acho excelente. Imagina eu, como coordenador, tocando vários projetos simultaneamente, um projeto com 60 bolsistas. Se eu tivesse que lidar com quem está recebendo o quê, quando, seria quase impossível. Então, é excelente esse papel que a Finatec está assumindo, sou muito grato”, destacou Paixão.

UnB desenvolve respirador mecânico que vai custar até 65% mais barato que o preço pratica no mercado

O equipamento é vendido no mercado hoje por até R$ 100 mil. Protótipo recebe os últimos ajustes e vai permitir que o seu controle seja feito a distância

A Universidade de Brasília, com o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF), desenvolveu o protótipo de um tipo de respirador mecânico com custo-benefício bem mais em conta que os equipamentos vendidos atualmente no mercado.

O equipamento deve custar até 65% a menos que o mesmo tipo de produto considerado de primeira linha no mercado. Um respirador mecânico é oferecido ao preço que varia entre R$% 60 mil a R$ 100 mil. “Nós fizemos um produto para que possa ser vendido na faixa dos 30 a 35 mil”, estima o coordenador do projeto Sanderson César Macêdo Barbalho.

Professor do Departamento de Engenharia de Produção da UnB, Sanderson disse que utilizou mais de 300 componentes eletrônicos no respirador mecânico. As peças foram adquiridas no mercado pela Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), que é outra instituição parecera da pesquisa. “Foi a maior compra de componentes que a Finatec realizou”, afirma.

A novidade nesse tipo de respirador em relação aos outros é a introdução de um descontaminador. Segundo ele, o equipamento já faz o trabalho de limpar o ar que sairá do equipamento durante o seu uso. “O acompanhante ou os profissionais de saúde pode ficar perto, que não será contaminado”, acrescenta.

O protótipo é todo automatizado. O futuro respirador será controlado por um programa que pode ser baixado para o celular e monitorado a distância. É justamente esse sistema de controle, por Software, que está sendo testado para então ser aplicado em seres vivos. Primeiro, em porcos. Depois em humanos.

Tanto a parte física quanto o programa serão patenteados pela UnB. A empresa que se interessar em adquirir o projeto e arcar com os custos da fabricação em grande escala, deverá procurar a Agência de Inovação da UnB e obter a transferência de tecnologia.

O projeto chamado de Desenvolvimento de Respirador Decânico de Baixo Custo com Sistemas de Controle de Volume e Pressão e Adequado às Condições Sanitárias para Pacientes em UTI Devido ao Covid-19, o projeto recebeu investimento de R$ 1,1 milhão. O valor foi repassado pela FAP-DF no âmbito do Convênio 03/2020, que conta com orçamento global de R$ 30 milhões para apoiar projetos e ações de pesquisa, inovação e extensão destinadas ao combate à Covid-19.

A gestão desse recurso ficou a cargo da Finatec. Para o professor Sanderson, esse tipo de ajuda é essencial no andamento do projeto, sobretudo por permitir ao pesquisador o foco na parte prática da pesquisa, deixando a gestão com uma equipe especializada. “A Finatec viabiliza a gestão financeira do projeto, o pagamento das bolsas dos alunos,

tudo isso daí o professor não consegue fazer. Nosso trabalho é técnico, a gente quer desenvolver o produto. Por outro lado, é muito importante ter alguém cuidando desse lado burocrático, sem eles a gente não consegue trabalhar”, afirma.

UnB faz adaptação em respiradores mecânicos para aumentar a capacidade deles

Em vez de um paciente por vez, professores pretendem fazer com que essas máquinas possam atender até dois pacientes ao mesmo tempo. Trabalho será útil não só para atendimento a pessoas com Covid, mas também em outros casos também graves

Um dos sintomas mais preocupantes em pessoas infectadas com a Covid-19 é a falta de ar devido ao comprometimento dos pulmões em casos mais graves. A busca por respiradores artificiais nos meses em que a pandemia recrudesceu no mundo fez com que o sistema público de saúde beirasse ao colapso no País.

Então, um grupo de professores da Universidade de Brasília resolveu desenvolver um projeto que estuda a viabilidade de compartilhamento desses equipamentos também chamados de ventiladores mecânicos por até dois pacientes ao mesmo tempo.

A pesquisa “Implementação de Acessório para Ventilação Múltipla” é financiada pela  Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP-DF) e é desenvolvida nos campus da UnB no Gama, Ceilândia e Darcy Ribeiro. O projeto também é apoiado pela Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec). 

“Em virtude desse cenário terrível, surgiram possibilidades. Uma delas era duplicar a capacidade de ventilação, não só do aparelho em si, mas do circuito de ventilação. Aumentaria a capacidade de um único aparelho, podendo atender dois indivíduos”, disse o professor Marcelino de Andrade, docente da Engenharia Eletrônica na UnB Gama e coordenador da pesquisa, em entrevista para a revista Finatec Projetar.

A inspiração para um passo tão audacioso em direção à tecnologia veio justamente da guerra. Conforme explica o professor José Felício, da Faculdade de Engenharia da UnB no Gama, que integra a equipe de Marcelino. “No passado, esse projeto surgiu, no período de guerras e catástrofes, da necessidade de você não dispor de equipamentos suficientes para atender pacientes individualmente. Então, a ideia de se fazer um mecanismo que pudesse atender a mais de um paciente ao mesmo tempo surgiu nesses exemplos do passado”, explicou Felício.

Conectar duas pessoas no mesmo respirador, no entanto, não é uma tarefa tão simples quanto pode parecer. O equipamento se adequa à necessidade e condições do paciente, e pode ser usado em pessoas com diferentes graus de deficiência respiratória: os ventiladores usados hoje detectam como o paciente está e vão se ajustando. Se ligado a duas pessoas, uma vai ser o paciente ‘piloto’ e o outro, o ‘passageiro’. Ou seja, o equipamento vai fazer o que o ‘piloto’ precisar.

A pesquisa busca, a princípio, entender se um respirador com circuito duplo é possível e seguro, na tentativa de criar um modelo viável. Para isso, a equipe conta não só com engenheiros, como o professor Marcelino e o professor José Felício da Silva, mas também com o professor Sérgio Mateus, da Fisioterapia da UnB Ceilândia. “A ideia é a gente ter nestes respiradores válvulas controladoras para gerar ar para cada paciente. Então, apesar de uma ventilador estar gerando um volume, através de uma pressão, de um fluxo, a gente conseguiria otimizar as pressões que nós acharíamos por bem para cada paciente. Então, apesar de o ventilador ser múltiplo, o desafio é conseguir individualizar na ponta essa pressão ”, detalha Sérgio, que é professor-ajunto do campus de Ceilândia.

Infecção cruzada

Com a ajuda de filtros especiais, os pesquisadores afirmam que conseguem controlar a infecção cruzada. Ou seja, passar um vírus de um paciente para o outro no caso de ambos estarem utilizando o mesmo respirador. “A nossa intenção é começar a fazer os primeiros testes in vitro (fora do organismo vivo, em tubo de ensaio). E somente depois começar a realiza-los em pacientes. Mas isso deve levar ainda algum tempo”, emenda o professor Felício.

Finatec

Para Sérgio, a Finatec teve uma participação importante porque intermediou a parceria entre a FAP-DF com o grupo de professores incumbidos pela pesquisa. “Tem um ponto que os pesquisadores acabam sofrendo muito que é o da gestão prestação de contas. Porque perde-se muito tempo com relatórios. Então, a Finatec se encarregando disso ajudou demais”, salienta o docente.

Testes de aferição de Covid têm até 99% de precisão

É o que revela uma pesquisa da Universidade de Brasília (UnB) com a parceria da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP-DF)

Uma pesquisa da Universidade de Brasília (UnB) com a parceria da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF) que avaliou a confiabilidade dos testes que detectam se a pessoa está ou não infectada com a Covid-19 revela que eles têm até 99% de precisão.

O estudo denominado de “Validação de Métodos para Diagnóstico e Estimativas de Prevalência pela Infecção por SARS-CoV-2” é coordenado pelo professor Wildo Araújo, que usou a população da Estrutural como base para chegar a essa constatação da acurácia dos testes rápidos.

Segundo o docente, o primeiro modelo analisado foram os testes rápidos de diagnóstico sorológico, em que se punciona a ponta do dedo e a partir de uma gota de sangue realiza-se o teste – e o outro modelo de teste analisado foi o que tem como princípio a quimioluminescência; neste exame utiliza-se o soro do sangue que é coletado por meio de uma punção venosa [coleta de sangue na veia].

A primeira forma de testagem, ou seja, o teste rápido para verificação de anticorpos, foi menos eficaz (52,0%) do que o teste de quimioluminescência (80,7%) que também é utilizado para detectar anticorpos (células responsáveis pela defesa do organismo) no organismo humano.

Quando a avaliação foi realizada sobre o teste de antígeno, que é comparado ao RT-PCR – teste conduzido no laboratório da UnB – nas pessoas residentes da Estrutural que estavam com sinais e sintomas clínicos e procuraram para atendimento clínico na UBS da Estrutural, o resultado apresentou ter sensibilidade de 77%.

A sensibilidade corresponde a porcentagem que um teste tem de positivar quando a pessoa tem a doença quanto maior a sensibilidade, menor a chance de resultados “falso-positivos”, enquanto a especificidade está relacionada a capacidade desse mesmo teste gerar resultados negativos nos indivíduos que não apresentam a doença que está sendo investigada quanto maior a especificidade, menor a chance de resultados “falso-negativos”.

“Esse tipo de testagem rápida de antígeno (que faz com amostra do nariz) detectou menos o vírus entre os doentes com Covid-19, mas consegue ter alta especificidade (99%), ou seja, se a pessoa não tem a Covid-19. O teste rápido se demonstrou excelente em conseguir gerar resultados negativos entre pessoas que de fato não tinham Covid-19”, explicou Wildo Araújo.

“Toda vez que surge uma nova doença infecciosa, precisamos entender, como política pública, quantos já adoeceram. Isso serve para entender o perfil de quem fica doente, quais testes funcionam e quantas vacinas devemos comprar”, emenda ele.

A pesquisa tem dois interesses: o primeiro é verificar o chamado grau de acurácia dos testes sorológicos da Covid-19. Depois, descobrir quantas pessoas de fato se infectaram com o Sars- CoV-2 no Distrito Federal.

A ideia do professor é visitar pelo menos 6.800 domicílios no Distrito Federal e fazer um verdadeiro raio-X da infecção do novo coronavírus em regiões administrativas como Taguatinga, Ceilândia, Setor Sol Nascente, Plano Piloto e Estrutural.

Finatec: “Importante papel de gerenciar e cuidar da parte burocrática”

O projeto conta com o recurso de R$ 6,5 milhões e tem gestão da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec). “A Finatec tem o importante papel de gerenciar e fazer todo o processo licitatório de contratação, compra de produtos, insumos e equipamentos. A parte burocrática”, avalia o coordenador da pesquisa.

Finatec inicia o ano no azul

Mesmo nesse cenário incerto de pandemia, fundação consegue bater meta de cortar gastos e aumentar execução de projetos: em 2021 conseguiu utilizar quase 80% da verba orçada, que foi da ordem de R$ 126 milhões, superando o ano anterior, que, dos R$ 172 milhões, foram gastos com as pesquisas apenas R$ 70 milhões

O ano de 2022 também não será fácil para a economia brasileira. E não é preciso recorrer aos astros para prever isso, como muitas pessoas fazem em início e término de ciclos. Além de estarmos sob o fantasma de uma pandemia, que vive a nos assustar com a iminência de um novo lockdown por causa da sua nova variante Ômicron, ainda haverá eleições majoritárias, uma delas para presidente da República. Com isso, aqueles setores que dependem de verba da máquina pública para sobreviver vão sentir mais, uma vez que o período de execuções orçamentárias será curto.

Apesar de ter em sua carteira de parceiros financiadores dos projetos ministérios, autarquias e outros órgãos que compõem os governos federal e local, a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) fez o chamado dever de casa e conseguiu se preparar para esse período difícil. Por isso, a entidade vai passar ao largo dessa crise, caso venha de fato.

A previsão é do presidente da Finatec, Augusto Brasil, que, numa espécie de balanço anual, abriu com transparências a contabilidade da fundação para dar a boa notícia. “Muitos projetos geridos pela Finatec são financiados por meio de TED (Termo de Execução Descentralizada). Então, o orçamento dos ministérios é deslocado para estudos e pesquisas dentro da Universidade de Brasília (UnB). Por ser um ano eleitoral, haverá problemas orçamentários para o governo, que terá período curto em termo de execução orçamentária. Então, todo trabalho que a gente fez em 2021, foi tentar captar ao máximo possível de recurso para equilibrar o orçamento de 2022. E conseguimos deixar essa gordurinha para este ano”, revelou Brasil.

Por estar conectado de forma financeira e orçamentária ao ano anterior, o balanço de 2021 é na verdade referente ao biênio 2020/2021. Uma das importantes metas tomadas pela gestão de Brasil, que também é professor, foi o corte de despesa. Mas sem impactar no apoio e execução dos projetos. A medida foi um dos importantes braços para equilibrar 2022. “Tentando cortar gordura e, ao mesmo tempo, executando cada vez mais os recursos destinados para os projetos”, explica ele.

Aliás, esse foi outro fator importante nesse cenário de retomada do equilíbrio financeiro da Finatec: o aumento do uso de recursos destinados aos projetos. Em 2021, a fundação conseguiu utilizar quase 80% da verba orçada para aquele ano, que foi da ordem de R$ 126 milhões, superando o ano anterior, que, dos R$ 172 milhões, foram gastos com as pesquisas apenas R$ 70 milhões.  

“Em 2020, tínhamos de recursos a serem geridos, R$ 172 milhões – recursos que estão na Finatec para serem executados em dois ou três anos de projeto. A gente executou R$ 70 milhões em 2020. Em 2021, a gente passou a ter R$ 126 milhões. Só que a gente executou muito mais: R$ 103 milhões”, comemora o presidente.

O total de projetos desenvolvidos pela Finatec nesse período é impressionante: cerca de 600 pesquisas financiadas pelos chamados parceiros financiadores. Em 2020 eram 295 projetos. Já no ano seguinte, não só manteve a notável quantidade de projetos como subiu para 309.  “Esse foi o nosso trabalho: o de materializar esses recursos que estão disponíveis, aumentando a nossa eficiência nessa execução orçamentária para poder equilibrar mais ainda as contas”, ressalta Augusto Brasil.  

Pandemia

Ao longo dos anos, a Finatec precisou se renovar. A fundação deixou de ser a apenas gestora e passou a captar recursos e encontrar o pesquisador dentro da faculdade, para ampliar o seu papel fundamental que é o apoio à universidade.

Essa nova vertente da fundação foi base para enfrentar anos difíceis como esses inseridos em tempos de pandemia de Covid-19. Apesar de o balanço de 2018, 2019 e 2020se apresentar no vermelho, em 2021, houve uma melhora significativa. “Em 2019 a gente estava caminhando para um bom equilíbrio em 2020 e 2021, mas veio a pandemia. Fomos fortemente impactados pela pandemia”, avalia Brasil. 

Embora a pandemia tenha provocado impacto negativo em boa parte das instituições brasileiras – e com a Finatec não foi diferente -, tendo diminuído os investimentos em ciência, tecnologia e inovação, áreas afins da fundação, a Finatec conseguiu captar dois projetos mesmo em meio a esse cenário ruim.

Um deles ligado diretamente à pandemia, que foi o convênio com a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal – FAPDF, denominado de “O Distrito Federal no combate à Covid-19”, que teve um aporte de R$ 30 milhões.  Junto à UnB, a Finatec passou a apoiar projetos de professores voltados a fomentar estudos, pesquisas e ferramentas que pudessem amenizar e combater a pandemia, como compartilhamento de respiradores em hospitais, máscaras especiais e até a manipulação de proteínas em seres vivos capazes de abater o novo Coronavírus, o transmissor da Covid-19.

“Curioso é que, se por um lado a gente perdeu em investimento como todo, mas também ganhou de um lado que não existia. Esse projeto é importante porque a própria FAP-DF teve interesse em financiar e apoiar projetos em função da Covid-19. Nele, a Finatec cumpre o seu papel, que é o de apoiar e captar recursos para investimento em ciência e tecnologia para UnB”, disse o presidente.

As pesquisas apoiadas pela Finatec, que está vinculada à Universidade de Brasília (UnB), são vastas e estão por toda parte. Desde tecnológicas até a área da construção civil, de petróleo e meio ambiente. Como é o caso do projeto Conexão Mata Atlântica, financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

O convênio foi prorrogado também em meio aos anos de pandemia: no biênio 2020/2021. Considerado um sucesso, ele consiste em financiar e capacitar agentes de proteção e recomposição à floresta. “Ele financia a pessoa que está lá na terra protegendo a floresta ou recompondo a floresta. Agentes de proteção e recuperação dessa terra. Nós temos muito carinho por esse projeto. Pelo seu significado. Estamos tentando expandir essa mesma metodologia para outros biomas”, antecipa Brasil.

Esses contratos firmados não só atendem aos órgãos financiadores dos projetos de interesse, mas também capacita e a ajuda na formação de universitários para o mercado de trabalho. No biênio 2020/2021, a Finatec pagou, com recurso de projetos, aproximadamente 1,6 mil bolsas de pesquisas a estudantes e contratou 263 estagiários, somando os dois períodos.

“São momentos difíceis. Quando o país deposita os recursos para a tecnologia, essas entidades, como fundações, universidades, pesquisadores, correspondem com ciência e tecnologia, dando soluções muito boas para o país”, conclui Augusto Brasil.

Programa de pré-incubação da FAP-DF ajuda qualquer pessoa a virar um empreendedor

Com apoio da Finatec, UnB, IFB e Sebrae-DF, o CocreationLab DF oferece mentoria com direito a networking que possui uma metodologia própria a TXM Business. Tudo de graça.

É um sonho da maioria das pessoas o de trocar da condição de um simples funcionário para a de patrão montando seu próprio negócio. Mas muitos desejos se perdem pelo caminho por esbarrar naquela máxima de que, para isso, precisa de “tino para negócios”. 

Uma iniciativa da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF), com apoio da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), da Universidade de Brasília, Instituto Federal de Brasília (IFB) e Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-DF) tem desmistificado essa afirmação popular e ajudado empreendedores e sonhadores, nas áreas de tecnologia e economia criativa a abrirem seu próprio negócio.

Trata-se do CocreationLab DF, maior pré-incubadora de ideias do Brasil. O projeto oferece todas as ferramentas para transformar as ideias em negócios de verdade.  A segunda turma do DF está com inscrições abertas, com 75 vagas.

Para participar, o interessado tem de apresentar uma ideia ou um projeto. As ideias que têm potencial para virarem negócios passam por um processo de seleção e, depois de aceitas, recebem apoio para se transformarem em empresa, graças ao networking desenvolvido ao longo do processo, que possui uma metodologia própria, a TXM Business, desenvolvida e validada em Florianópolis – um dos principais pólos de inovação do Brasil – pelo professor Luiz Salomão Ribas Gomez, da Universidade Federal de Santa Catarina.

Um detalhe importante. Tudo é gratuito: desde a inscrição até os cinco meses de mentorias, palestras, workshops e o networking com o ecossistema do DF. Os participantes entram com uma ideia e saem com um plano de negócio estruturado.

Então, o que você, empreendedor, está esperando? As inscrições podem ser feitas até o dia 6 de fevereiro e qualquer pessoa pode participar. O projeto acontece em cinco polos: Campus Samambaia/IFB, Faculdade Gama da Universidade de Brasília (FGA/UnB), Universidade de Brasília Edifício CDT/UnB, Instituto Federal de Brasília – Campus São Sebastião e SebraeLab Parque Tecnológico de Brasília (Biotic).

Edital pode ser acessado em:  finatec.org.br/noticia/cocreation-lab-df-edital-2021-2/

Cases de sucesso

A primeira turma formou 37 projetos inovadores para o DF. Destes, destacamos dois cases de sucesso. O Chame a Lu e Vem Sem Glúten.  O primeiro é um aplicativo de contratação e prestação de serviços domésticos. Oferece pagamento por hora trabalhada com métricas e funções inteligentes. Além disso, também capacita os profissionais prestadores e intermedia o contato entre os clientes. “o cocreation foi a principal ferramenta de propulsão do nosso projeto”, destaca Thiago Rodrigues Silva, um dos sócios do Chame a Lu. Ao final dos cinco meses de mentoria já está com previsão de um primeiro aporte de 500 mil, para fevereiro.

O Vem Sem Glúten é oferece kits com alimentos totalmente sem glúten para o desenvolvimento de receitas seguras para pessoas celíacas (com intolerância ao glúten). Além do mix pronto de farinhas e açúcares, também é disponível uma receita em vídeo, que pode ser acessada via QR Code. “Eu tinha muitas ideias e queria fazer tudo. No fim, não fazia o que gostaria e não conseguia me organizar. O CocreationLab me ensinou a pôr o preço no meu produto e saber quais as etapas para desenvolver o meu negócio”, destaca a estudante de nutrição Marina de Carvalho Bueno, criadora do projeto.

“Atuante como sempre, necessária como nunca”: começam as comemorações dos 60 anos da fundação da UnB

Começaram hoje, 15/12, as comemorações aos 60 anos da Universidade de Brasília. O aniversário da instituição é só em 21 de abril, mas a data da primeira solenidade foi escolhida em referência ao dia em que a lei de criação da UnB foi assinada, em 1961.

Os representantes da Comissão UnB 60 Anos aproveitaram a oportunidade para reafirmar que a criação da Universidade foi um marco histórico na educação do Brasil. 

Fizeram parte da mesa a reitora e o vice-reitor da UnB, Márcia Abrahão e Enrique Huelva, o presidente da Fundação Darcy Ribeiro (Fundar), José Ronaldo, a presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, o presidente do Instituto João Goulart, João Goulart Filho, a presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Bruna Brelaz, a presidente da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), Flávia Cale e o professor José Geraldo de Souza Junior, representante da Comissão UnB 60 Anos. Mediados pela Decana de Extensão, a Profa. Olgamir Amancia Ferreira.

Nova marca: UnB 60 Anos

A Universidade de Brasília apresenta campanha institucional que rememora sua missão de ser “atuante como sempre, necessária como nunca” e ratifica seu compromisso com a pesquisa, o ensino, a extensão e com a sua dedicação ao país.

A identidade visual se baseia num farol que orienta, um radar que informa e uma antena que alcança. Os arquétipos balizaram a construção da marca da campanha UnB 60 anos, desenhada pela Secretaria de Comunicação (Secom) da Universidade de Brasília. A identidade visual também foi inspirada por outros elementos, como a natureza, o território brasiliense e a noção de movimento.

“Além de ressaltar os aspectos científicos e sociais da Universidade, a campanha visa aflorar o sentimento de pertencimento das pessoas à UnB, bem como explorar os vínculos entre a identidade do Distrito Federal e da instituição, que são muitos”, explica o coordenador de Comunicação Visual, Marcelo Jatobá.

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