Programa de pré-incubação da FAP-DF ajuda qualquer pessoa a virar um empreendedor

Com apoio da Finatec, UnB, IFB e Sebrae-DF, o CocreationLab DF oferece mentoria com direito a networking que possui uma metodologia própria a TXM Business. Tudo de graça.

É um sonho da maioria das pessoas o de trocar da condição de um simples funcionário para a de patrão montando seu próprio negócio. Mas muitos desejos se perdem pelo caminho por esbarrar naquela máxima de que, para isso, precisa de “tino para negócios”. 

Uma iniciativa da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF), com apoio da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), da Universidade de Brasília, Instituto Federal de Brasília (IFB) e Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-DF) tem desmistificado essa afirmação popular e ajudado empreendedores e sonhadores, nas áreas de tecnologia e economia criativa a abrirem seu próprio negócio.

Trata-se do CocreationLab DF, maior pré-incubadora de ideias do Brasil. O projeto oferece todas as ferramentas para transformar as ideias em negócios de verdade.  A segunda turma do DF está com inscrições abertas, com 75 vagas.

Para participar, o interessado tem de apresentar uma ideia ou um projeto. As ideias que têm potencial para virarem negócios passam por um processo de seleção e, depois de aceitas, recebem apoio para se transformarem em empresa, graças ao networking desenvolvido ao longo do processo, que possui uma metodologia própria, a TXM Business, desenvolvida e validada em Florianópolis – um dos principais pólos de inovação do Brasil – pelo professor Luiz Salomão Ribas Gomez, da Universidade Federal de Santa Catarina.

Um detalhe importante. Tudo é gratuito: desde a inscrição até os cinco meses de mentorias, palestras, workshops e o networking com o ecossistema do DF. Os participantes entram com uma ideia e saem com um plano de negócio estruturado.

Então, o que você, empreendedor, está esperando? As inscrições podem ser feitas até o dia 6 de fevereiro e qualquer pessoa pode participar. O projeto acontece em cinco polos: Campus Samambaia/IFB, Faculdade Gama da Universidade de Brasília (FGA/UnB), Universidade de Brasília Edifício CDT/UnB, Instituto Federal de Brasília – Campus São Sebastião e SebraeLab Parque Tecnológico de Brasília (Biotic).

Edital pode ser acessado em:  finatec.org.br/noticia/cocreation-lab-df-edital-2021-2/

Cases de sucesso

A primeira turma formou 37 projetos inovadores para o DF. Destes, destacamos dois cases de sucesso. O Chame a Lu e Vem Sem Glúten.  O primeiro é um aplicativo de contratação e prestação de serviços domésticos. Oferece pagamento por hora trabalhada com métricas e funções inteligentes. Além disso, também capacita os profissionais prestadores e intermedia o contato entre os clientes. “o cocreation foi a principal ferramenta de propulsão do nosso projeto”, destaca Thiago Rodrigues Silva, um dos sócios do Chame a Lu. Ao final dos cinco meses de mentoria já está com previsão de um primeiro aporte de 500 mil, para fevereiro.

O Vem Sem Glúten é oferece kits com alimentos totalmente sem glúten para o desenvolvimento de receitas seguras para pessoas celíacas (com intolerância ao glúten). Além do mix pronto de farinhas e açúcares, também é disponível uma receita em vídeo, que pode ser acessada via QR Code. “Eu tinha muitas ideias e queria fazer tudo. No fim, não fazia o que gostaria e não conseguia me organizar. O CocreationLab me ensinou a pôr o preço no meu produto e saber quais as etapas para desenvolver o meu negócio”, destaca a estudante de nutrição Marina de Carvalho Bueno, criadora do projeto.

Pesquisa dá um passo importante em busca de medicamento eficaz ao tratamento de Covid-19

Pesquisadores da UnB identificaram molécula capaz de diminuir em até 50% a carga viral

Uma pesquisa da Universidade de Brasília (UnB) identificou em moléculas de proteína produzidas pelo corpo humano a capacidade de diminuir até 50% a carga viral do Sars-Cov-2 em um organismo com baixa concentração do vírus transmissor da Covid-19.

O resultado ainda é embrionário, mas abre uma possibilidade de chegar futuramente a um medicamento capaz de combater o Sars-Cov-2 e servir de barreira contra o vírus.

Esse, aliás, é o objetivo da pesquisa Verificação de Atividade Antiviral de Peptídeos Intragênicos Antimicrobianos (IAPS). O estudo é financiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) e conta com o apoio da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec).

“A gente prospectou seis moléculas e testou mais algumas que tínhamos no banco. Dessas 12 moléculas, uma teve o resultado mais interessante: a capacidade de inibição de 50% da carga viral, mas numa concentração bastante baixa. A gente vai continuar trabalhando nela. São 1,8 mil possibilidades de moléculas que foram prospectadas a partir de proteoma humano (conjunto de proteína) ”, disse o coordenador do trabalho, professor Guilherme Brand, que é do Instituto de Química da UnB.

Início com plantas

Segundo ele, a pesquisa voltada para o Sars-Cov-2 começou em 2017, quando cursava doutorado na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), mas com material extraído da genética de plantas. “Ao arrancar fragmentos de proteínas de alguns seres, como da soja, e sintetizá-los quimicamente, encontramos uma função que oferecia proteção contra determinados patógenos de plantas”, explicou Brand.

Então, com o advento da pandemia de Covid-19, o professor e sua equipe, que conta também com a parceria do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de São Paulo, passaram a aplicar o mesmo conceito em saúde humana. “Se você pegar o conjunto de proteína produzido em um organismo e fizer uma varredura, por intermédio de um software, analisando cada pedacinho dessas proteínas, pode reconhecer um segmento interno que, quando retirado dela, vai ter uma atividade biológica desejada com essa molécula”, detalha ele.

A função que se espera dessas moléculas sintetizadas é desestabilizar a membrana que protege o Sars-Cov-2, levando a sua morte. “A intenção do trabalho é gerar fármacos a partir do próprio genoma humano”, revela Brand. “O vírus percorre um caminho antes de se instalar definitivamente. Ele entra pelas vias respiratórias, as chamadas vias aéreas e só depois desce para o pulmão. Então, tem-se aí uma oportunidade de combate-lo. O método mais eficaz seria a partir de uma aplicação intranasal, por uma espécie de spray, que vá converter durante algum tempo uma proteção”, completa.

Apesar do resultado da pesquisa ser animador, o coordenador do estudo mantém a cautela. “A gente sabe que existe um longo caminho até se comprovar a eficiência de uma pesquisa feita ainda in vitro (em mecanismo que simula a pele humana). Mas eu acredito que essa experiência terá uma capacidade preventiva e de diminuição de carga viral”, sintetiza ele.

Apoio da Finatec

Acostumado a gerenciar os próprios projetos, o professor Guilherme sabe bem como essa atividade é estressante. Com o apoio da Finatec, que cuida dessa parte burocrática, como compra de equipamentos, insumos, ele terá mais tempo para se dedicar à pesquisa. “Devo dizer que toda a minha relação com a Finatec tem sido muito tranquila. Mediante troca de e-mails com vários setores, ela tem cuidado de toda a parte de compras relacionadas ao projeto. A minha experiência tem sido bastante satisfatória, simplesmente de não ter de lidar com isso”, comenta.

O projeto Verificação de Atividade Antiviral de Peptídeos Intragênicos Antimicrobianos (IAPS) faz parte do convênio 003/2020, celebrando entre a FAPDF e a Finatec, que tem como objetivo a conjunção de esforços entre os partícipes, por mútua cooperação técnico científica, visando apoiar a execução e o desenvolvimento de projetos e ações de Pesquisa, Inovação e Extensão destinadas ao combate à Covid-19.

Foto: Igo Estrela/ Metropóles

Ministério da mulher, PNUD e Finatec formalizam parceria em prol de crianças e jovens indígenas

O Ministério da Mulher, da Família e do Direitos Humanos (MMFDH) formalizou, no dia 23 de dezembro de 2021, uma parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec).

A parceria visa proporcionar a  realização de estudos, pesquisas e relatórios que vão apoiar o Governo Federal na promoção de um melhor atendimento a crianças e jovens indígenas em situação de vulnerabilidade social. O acordo foi firmado durante a 14ª reunião do Grupo de Trabalho designado para tratar sobre o tema. O investimento do Governo Federal será de R$1,6 milhão.

“Historicamente, temos quase 70 projetos realizados com o MMFDH e o PNUD. O tema da criança e do jovem indígena é importante porque podemos impactar diretamente na vida de milhares de pessoas e nos deixará com a sensação de missão cumprida, de um legado que ficará para a população”, apontou o diretor-presidente da Finatec, Augusto Brasil.

As 10 iniciativas integram o Projeto Estratégico Plano de Ação de Defesa das Garantias de Direitos das Crianças e Jovens Indígenas, que é composto por quatro eixos e 38 ações. O Grupo de Trabalho sobre Crianças e Jovens Indígenas em Situação de Vulnerabilidade, criado pela Portaria nº 869, de 22 de março de 2021, é um órgão de assessoramento, consultivo e de estudo, destinado também a fomentar discussões sobre o tema.

O Plano de Ação de Defesa das Garantias de Direitos das Crianças e Jovens Indígenas será implementado, inicialmente, em comunidades indígenas dos estados de Mato Grosso (Xavante), Mato Grosso do Sul (Dourados-Guarani Kaiowá) e Roraima (Yanomami).

Foto: Gov.br/Google

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