A inovação acontece aqui: Xantoma Biotech terá suas instalações na Finatec

A parceria entre a Universidade de Brasília e a gigante chinesa de biotecnologia Xamamo Biotech entra numa nova fase: a reitora da Universidade de Brasília, Márcia Abrahão, assinou um protocolo de intenções com a empresa que regula a forma e as condições que a Universidade e a empresa buscam.

O trabalho se propõe a desenvolver um Centro Integrado de Tecnologia e Inovação (CITI), além de guiar normas para uma possível instalação da Xamano no Parque Científico e Tecnológico (PCTec) da UnB. Atualmente, o prédio anexo da Finatec é destinado à instalação do CITI e ao funcionamento de empresas vinculadas ao PCTec. A Xamano é uma das empresas que pretende ocupar o edifício.

O diretor presidente da Finatec, Augusto Brasil, ressaltou que o papel fundamental da instituição é ser um braço de viabilização das ações da UnB junto ao seu PCTec. “Foi por esta razão que destinamos um prédio inteiro com esse propósito. Queremos deixar a Universidade cada vez melhor, potencializando-a com pesquisa, inovação e tecnologia.”

A Xamano deverá ocupar uma área de 454 m² no prédio da Fundação. A instalação da empresa no campus Darcy Ribeiro possibilita a ampliação da relação empresa-universidade, visando o fortalecimento das estruturas de pesquisa e da inovação na Universidade.

O diretor do PCTec, Carlos Alberto Gurgel, destacou a relevância de uma empresa como a Xamano ocupar esse espaço de inovação da UnB. “Uma das vertentes do PCTec é puramente tecnológica. Isso significa que é muito importante atrairmos grandes grupos que possam se valer de toda a estrutura de pesquisa da Universidade para alavancar sua inovação. Aqui, a Xamano terá acesso a um capital intelectual que não deixa a desejar em nenhum lugar do país.”

A reitora Márcia Abrahão afirmou que o acordo entre as instituições é um passo importante na consolidação do Parque Científico e Tecnológico. “Desde que assumimos a gestão em 2016, temos fortalecido o PCTec, começando com a sua vinculação direta com a reitoria. Hoje, firmamos um acordo que visa dar à Xamano todas as condições e apoio para a realização das suas atividades de pesquisa e inovação, incluindo a possibilidade de trabalho com o nosso Centro de Biotecnologia Molecular (C-Biotech) que está em construção, com o Hospital Universitário, Fiocruz e Finatec. Tenho certeza de que essa parceria será proveitosa, tanto para o Brasil quanto para a China.”

O CEO da Xamano Internacional, Wang Wei, também considerou a parceria um passo significativo para os países. “Temos o objetivo de progredir em inovação tecnológica na América Latina, especialmente na área de saúde e medicamentos. Agradeço a oportunidade de entrar na UnB e todo o apoio oferecido pela Finatec.”

Fonte: Secom UnB

Na foto: Representantes da administração superior, do PCTec e da Xamano Biotech durante assinatura de acordo com a empresa chinesa para instalação de um Centro Integrado de Tecnologia e Inovação (CITI) na Universidade.

Foto: André Gomes/Secom UnB

Estudo irá mapear por meio de estudo de DNA ambiental biodiversidade Mata Atlântica

A identificação de espécies evoluiu muito com o avanço da ciência, além das pegadas e fezes, há inúmeros outros elementos, como minúsculos pedaços de pele, pêlos, excreções. As células contidas nesse material carregam em seu interior informação genética que funcionam como códigos de barra e permitem a identificação de espécies.

Essas informações são o objeto do ‘Levantamento intensivo da biodiversidade do corredor sudeste da Mata Atlântica inferidos por sequenciamento de DNA Ambiental (eDNA)’ que será executado pelo projeto Conexão Mata Atlântica – iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em conjunto com apoio financeiro do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e execução da Finatec. 

A extração e o sequenciamento de DNA Ambiental serão empregados para mapear, na água e no solo, a ocorrência de organismos no bioma Mata Atlântica. Os fragmentos de material biológico podem ser facilmente extraídos sem o isolamento direto do organismo alvo e, em seguida, sequenciados e comparados com grandes bases de dados de códigos de barra de DNA, permitindo inferir quais espécies passaram por ali.

O estudo pretende melhorar o monitoramento de espécies da biota na região de intervenção do projeto, que envolve a Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, e avaliar como elas respondem às intervenções, que envolve mais de 22 mil km2 e está localizado no corredor sudeste do bioma, que engloba os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Também serão selecionadas localidades para ‘controle’ em áreas sem intervenção ou unidades de conservação próximas.

O levantamento por meio do eDNA apresenta vantagens em relação aos inventários tradicionais, por ser mais rápido e menos invasivo. A caracterização do número e da identidade de espécies pelos métodos tradicionais demandam expedições científicas que requerem investimento de tempo e presença de pesquisadores altamente especializados no conhecimento taxonômico dos vários grupos da biota, envolvendo captura ou coleta de material, curadoria e depósito em coleções biológicas. Os dados de fragmentos de sequência de eDNA serão disponibilizados no Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SIBBr). 

O mapeamento da biodiversidade por meio do sequenciamento de DNA Ambiental é uma tecnologia recente e efetiva na área de inventários biológicos. A técnica é utilizada para avaliar as atividades de regeneração de áreas. Com os dados gerados pelo estudo, devem ser investigados os aspectos de recuperação de ecossistemas e reconectar fragmentos florestais regenerados por meio de cálculos das métricas de diversidade, bem como de estimativas de riqueza e composição de comunidades. As informações obtidas serão correlacionadas com variáveis dos locais de amostragem e oportunamente comparadas entre localidades.

A base de dados da ocorrência de espécies será disponibilizada no SIBBr e resultará em listas para a região, que podem indicar quais espécies são invasoras, bioindicadoras ou ameaçadas e endêmicas. As informações também auxiliarão na compreensão da existência de interações ecológicas e serviços ecossistêmicos representando informações críticas que ajudam no norteamento da implementação de políticas públicas.

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações

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