Finatec e Aesbe assinam termo de parceria

A Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos – Finatec e a Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento – Aesbe assinaram, em 18.05.2023, Termo de Parceria para trazer benefícios nos cursos ofertados pela Fundação aos colaboradores das empresas associadas à Aesbe. A primeira ação proveniente do acordo é o desconto referente a 25% de desconto na  inscrição do curso “Conceitos básicos e aplicações da métrica Technology Readiness Level (TRL) em programas de PD&I”, que será promovido pela Finatec de 12 a 15 de junho de 2023.

O curso de TRL é destinado aos colaboradores envolvidos em qualquer atividade relacionada ao desenvolvimento tecnológico e inovação, e tem como objetivo apresentar a métrica NASA-TRL para profissionais do saneamento, focando na estruturação e avaliação de projetos inovadores. A metodologia do curso consiste em aulas expositivas e tarefas. Será ministrado das 9h às 12h, de 12 a 15 de junho, por meio de aulas virtuais, síncronas via plataforma Zoom, com um total de 11h de carga horária.

Para informações e inscrições, entre em contato via telefone: (61) 3348-0476; e-mail: negocios@finatec.org.br, ou site: https://www.academiafinatec.com.br/curso-de-trl/.

25% de desconto para colaboradores das empresas associadas à Aesbe

Finatec recebe MiniDebConf, evento que reuniu comunidade brasileira do Projeto Debian

Nos dias 25 a 27 de maio, Brasília sediou pela primeira vez uma MiniDebConf. O evento reuniu na Finatec a comunidade brasileira do Projeto Debian para palestras celebrando o maior projeto de Software Livre no mundo.

O Projeto Debian é uma associação de indivíduos que têm como causa comum criar um sistema operacional livre: conjunto de programas básicos e utilitários que fazem seu computador funcionar. No núcleo do sistema operacional está o kernel. O kernel é o programa mais fundamental no computador e faz todas as operações mais básicas, permitindo que você execute outros programas.

Carlos Henrique Lima Melara

Nas atividades do dia a dia os usuários buscam aplicativos que ajudam a realizar suas tarefas, desde editar um documento até a administração de um negócio, muitas vezes o sistema operacional  é um detalhe para aqueles que não dominam o tema. O Debian vem com mais de 59.000 softwares pré-compilados e empacotados em um formato amigável, o que faz com que sejam de fácil instalação em sua máquina, um gerenciador de pacotes (APT) e outros utilitários que tornam possível gerenciar milhares de pacotes em milhares de computadores de maneira tão fácil quanto instalar um único aplicativo. Todos são livres.

Davi Antônio e Bruno Ribas

Funciona como uma torre: na base está o kernel. Sobre ele estão todas as ferramentas básicas. Acima delas estão todos os outros softwares que você executa em seu computador. No topo da torre está o Debian — cuidadosamente organizando e ajustando o restante de modo que tudo funcione em conjunto.

Um dos organizadores do evento, Lucas Kanashiro, comenta a importância desses encontros da comunidade: “A ideia de promover esse projeto é fomentar o tema de Software Livre como um todo. Então a liberdade do usuário de poder executar compartilhar e distribuir, soltar a maneira que quiser, em contrapartida software privativo, onde os usuários não tem essa liberdade. Então  aqui na MiniDebConf Brasília a gente tá tentando fortalecer essa comunidade aqui em Brasília, aos poucos estamos conseguindo atrair pessoas novas, estudantes e profissionais da área.”, comenta o desenvolvedor oficial do Debian. 

Lucas Kanashiro

Assim como esse projeto mundial, a Finatec também busca criar conexões e estabelecer ambientes propícios para o crescimento de comunidades de desenvolvedores de tecnologias. “ Tivemos a oportunidade de realizar o evento aqui na Finatec através da professora Carla Rocha, que também compartilha vários valores que a gente tá buscando aqui no no evento. O espaço aqui é bem amplo, arejado, os funcionários são muito prestativos, todos os imprevistos que a gente encontrou e foram solucionados de certa forma de maneira muito tranquila. Espaço excelente, gostamos bastante do auditório e do anfiteatro, além do prédio ser bem localizados, até pelo fato de ser próximo aqui ao centro do de Brasília, onde pessoal que vem era de os estados estão  hospedados bem perto, então aqui ficou um lugar bem estratégico.”, exclama Kanashiro.

Conheça mais sobre o Projeto Debian: https://brasilia.mini.debconf.org/

Fonte: Debian Brasil

Confira as fotos do evento:

Ciberlab: A Prontidão Cibernética agrega novo patamar de capacidades preventivas contra riscos no ambiente digital

Painel aborda os resultados de pesquisa aplicada no processo de transição do governo federal

Doutores da Universidade de Brasília (UnB) apresentaram os resultados de uma pesquisa recente que trata da “metodologia de check-up de prontidão cibernética, para mensuração do grau de exposição aos riscos das instituições”. A prontidão cibernética é uma estratégia de defesa contra as ameaças cibernéticas, tão comuns atualmente.

Durante o processo de transição do governo federal, um inovador instrumento de Governança de Riscos foi utilizado, e um laudo técnico avaliou as vulnerabilidades e os riscos cibernéticos de algumas das principais instituições no Poder Executivo Federal.

Professor Rildo Ribeiro dos Santos

Seis meses após esse trabalho, pesquisadores da UnB analisam a metodologia aplicada, os resultados agregados obtidos, bem como os benefícios trazidos pelos mecanismos de prontidão cibernética, a resistência das organizações e a proteção de dados de governos e dos cidadãos.

Painel

No último dia 23, a Finatec promoveu o painel “Risco cibernético, um diagnóstico do Poder Executivo na transição”. O evento é uma iniciativa do Centro de Serviços de Prevenção de Incidentes Cibernéticos (Ciberlab), fruto de uma parceria entre a Finatec e Aware, com participação da Universidade de Brasília, através do Grupo de Pesquisa CIGOD-UnB, Ciência, Governança de Dados e Cibersegurança, registrado no CNPq.

O evento trouxe como painelistas, o doutor em Ciência da Informação pela UnB nos campos de Proteção da Informação Digital, professor Eduardo Wallier Vianna; o doutor em Física Computacional pelo IFSC/USP nos campos de banco de dados, data mining e IA e o professor Rildo Ribeiro dos Santos. Eles realizaram um estudo de caso real que teve como alvo as superfícies expostas de ataque de instituições federais.

Professor Eduardo Wallier Vianna e Professor Rildo Ribeiro dos Santos

Durante o painel foi possível conhecer os componentes-chave desta metodologia, com seus aspectos técnicos e gerenciais, e também reflexões sobre o alcance e o valor agregado desse moderno instrumento de governança.

O surgimento dos hubs tem sido cada vez mais frequente, um modelo de grupo que facilita a discussão de temas relevantes. “Gostaria de manifestar a minha alegria e prazer por conseguirmos fazer essa sequência de eventos que fazem parte da construção de um hub de prontidão cibernética. O primeiro evento foi justamente para divulgar e lançar a ideia e agora estamos aqui criando conexões, com o um hub promovido pela Finatec, estamos conquistando a academia e a sociedade, isso me deixa muito feliz!”, celebra o professor Augusto Brasil, diretor presidente da Finatec.

Humberto Ribeiro, representante da Aware e Professor Augusto Brasil, diretor presidente da Finatec

Assista o painel:

Confira as fotos do evento:

Os desafios e novidades da mobilidade urbana em Brasília e Lisboa

Painel reuniu autoridades para discutir os cases da capital portuguesa e o histórico avanço do Distrito Federal

O surgimento de grandes centros urbanos veio numa crescente desordenada com o surgimento de polos industriais, conglomerados comerciais, residências mais próximas ao centro e circuitos culturais.  Apesar de todos esses fatores refletirem crescimento para as cidades, a mobilidade urbana nem sempre acompanha esse fluxo de mudanças.

O planejamento das cidades precisa refletir o senso de movimento que ela precisa ter: como a população vai se locomover? A estrutura de transporte (vias e transporte público) promovem bem-estar para quem usa os espaços públicos? O processo de mobilidade urbana está diretamente ligado à urbanização das cidades, que apresentam suas necessidades depois de anos estruturadas. 

Brasília, por exemplo, foi projetada com o conceito de utilitarismo, pensando no bem do maior número de pessoas. Ao longo da construção foram definidos os espaços para moradia, trabalho e lazer. A princípio era pra ser funcional e completamente planejada. 

Em abril, a Finatec abriu a série de eventos do Hub de Mobilidade Urbana, evento proposto pelo diretor presidente Augusto Brasil. “A missão desta como Fundação de Apoio, é não só apoiar os projetos da Universidade de Brasília, a sua principal apoiada, mas também das outras que nós somos credenciados, o Instituto Federal, por exemplo, o IBICT,  e a EBSERH. Dentro desse contexto a fundação então de um tempo pra cá, sob minha gestão na Fundação, nós começamos a formatar hubs de áreas do conhecimento.” comenta o professor.  

Professor Augusto Brasil, diretor presidente da Finatec

A professora de Engenharia Civil da Faculdade de Tecnologia da UnB, Fabiana Serra foi a mediadora da conversa. “Esse evento de mobilidade urbana tem como objetivo trazermos discussões que são relevantes para a sociedade e como de fato a universidade pode contribuir na busca de soluções para os problemas identificados. Por exemplo, o transporte público é um assunto que a gente precisa discutir mais e mais, porque nós temos que pensar na qualidade do serviço que é prestado para o usuário, temos que entender melhor o sistema de governança do sistema de transporte, como está a gestão do sistema de transporte, né?” , indaga a professora.

Professora Fabiana Serra, UnB

“Nós precisamos avançar e para justamente tentar avançar com esse hub, eu convidei essas pessoas, que são pessoas que eu acho que são estratégicas para falar sobre o assunto e falar sobre práticas de nós evoluirmos nisso – do ponto de vista energético, do ponto de vista das emissões de gases de efeito estufa e também das opções tecnológicas e de investimento, por exemplo do Ministério Investimento Científico, para desenvolver o equipamento de mobilidade e a mobilidade como um todo.”, explica Brasil. 

Brasília, a capital dos carros?

Segundo dados da  Codeplan, Brasília é uma cidade com 3 milhões de habitantes, com uma frota de ônibus de quase 3 mil veículos, 600 mil usuários por dia no sistema de transporte público por ônibus, mais 170 mil no metrô. 36% da população que se movimenta em Brasília usa o transporte público, então é um percentual relativamente alto. 

O ex-secretário de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal (SEMOB), Valter Casimiro, esteve presente no evento e explicou a matemática dos veículos da Capital: “Nós temos 3 milhões de habitantes, a cada três, dois têm um veículo. E aí é o que reflete o nosso fluxo. O Augusto falou assim: “fiquei preso hoje no engarrafamento aqui tentando vir para cá”, é por conta disso: 2 milhões de veículos na nossa cidade. Aqui no Distrito Federal temos cidades dormitório, nem todo mundo se desloca aqui para Brasília em grandes distâncias, então a gente tem uma malha cicloviária relativamente grande, a gente só perde aqui no Brasil para São Paulo, temos a segunda maior malha (637 km), mas a gente vai discursar um pouco aqui que ainda precisa evoluir muito.”, comenta Casimiro. 

Valter Casimiro, ex-secretário de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal, agora representante do Departamento de Infraestrutura de Transportes (DNIT)

Mesmo tendo os meios de transporte mais comuns já implementados, a capital ainda precisa avançar muito para estar entre as principais cidades inteligentes em mobilidade urbana. A SEMOB focou no desenvolvimento do sistema de bilhetagem. “Existia uma autarquia que fazia isso e identificamos que o melhor, vamos dizer assim, “operador de tarifa” para colocar crédito no cartão é o banco. Banco faz isso muito bem,  todo mundo tem aqui uma conta bancária e tem seu crédito no cartão, e quando a gente identificou que a  autarquia  que fazia esse serviço  tinha muitos problemas de interligação de sistema, optamos por chamar o Banco de Brasília, que é um banco que fomenta o desenvolvimento para o Distrito Federal, desde então a gente diminui 99% dos problemas que nós tínhamos com bilhetagem.” comenta Valter Casimiro.

Débito, Crédito ou PIX?

A SEMOB anunciou a novidade prevista na Portaria 118/2023, a previsão é de que os novos equipamentos aceitem os meios de pagamento digital. “Vamos começar a usar o cartão bandeirado em toda a nossa rede. Hoje nós usamos no metrô porque nós temos estações que são fixas, a gente tá mudando todo o sistema para um sistema online, hoje no nosso sistema é offline, e com isso a gente vai conseguir ampliar o uso do meio eletrônico para poder pagar. Para vocês terem ideia, hoje a gente ainda tem 30% do pessoal pagando em dinheiro no sistema, que é um volume muito alto e aumenta o custo para o sistema, porque você tem toda essa movimentação de dinheiro que aumenta muito custo.”, explica Valter Casimiro.

O novo sistema é para facilitar o pagamento por parte dos usuários e reduzir a circulação de dinheiro nos veículos. Além de diversificar as formas de pagamento de tarifas, o novo modelo vai contribuir para aumentar a segurança nos ônibus. Os usuários dos coletivos deverão ficar atentos na hora de escolher a forma de pagamento. O uso do cartão bancário não permite os transbordos sem a cobrança de nova tarifa.

As vantagens do novo sistema se relacionam com a facilidade do usuário na hora de sair de casa. “A bilhetagem online vai permitir que você use o cartão de débito e de crédito no sistema da roleta do ônibus e vai permitir a alimentação do cartão mobilidade com o cartão de débito ou PIX. Isso vai ser alimentado de forma online, então vai possibilitar que você recarregue seu cartão com o celular sem precisar ir para um sistema de bilheteria do BRB, que gera fila ou você paga por boleto, que demora 48 horas para poder fazer a alimentação do cartão. Isso vai fazer de forma automática, então acredito que em aproximadamente seis meses todo o sistema já esteja funcionando desse jeito para poder facilitar a vida do usuário do transporte coletivo”, explica o ex-secretário de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal (SEMOB), agora representante do Departamento de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

Lisboa: cidade inteligente

Portugal tem cerca de 10 milhões de habitantes distribuídos por 308 concelhos (distritos), um deles é o de Lisboa, que  tem duas áreas metropolitanas: uma no Porto e uma em Lisboa. A de Lisboa tem 18 municípios. Na capital portuguesa também existe um grande desafio: o transporte individual. Segundo o professor Tiago Farias, do Instituto Superior técnico, escola de engenharia, “no país, 60% da população usa transporte individual, sendo 46% só na cidade de Lisboa. Ou seja, há um peso muito forte no transporte individual.”    

Para viver essa mudança, os gestores de mobilidade urbana precisaram pensar em estratégias para potencializar o transporte público. Foram implementados um novo modelo de governança, reforçar e requalificar a oferta, implementar novas tarifas, expansão da rede metropolitana de Lisboa, urbanismo tático, conectividade. 

“Nos últimos 10 anos eu diria muito por causa da revolução das tecnologias digitais e da revolução dos sistemas de proporção elétrica, o mundo viu nascer novos players que têm ocupado de uma forma dinâmica há uma velocidade para que isto são tudo muitos deles são empresas com carisma exponencial, são células que rapidamente colocam num terreno nos seus produtos. Portanto, às vezes é uma dificuldade ainda maior para quem gere a cidade, para quem gere o espaço público, de conseguir regular e definir exatamente o que pretende quando os produtos surgem e equipamentos mais depressa, não é?”, comenta o professor Tiago Farias.

Professor Tiago Farias, do Instituto Superior técnico, escola de engenharia

“Eu vi o professor Tiago falando de toda essa questão da modelagem, os três pilares para poder ter uma mobilidade mais eficiente, principalmente na questão do transporte público, e nós elencamos algumas questões que entendemos como prioritário aqui em Brasília para poder melhorar a questão do transporte público. O PDTU aqui do Distrito Federal já prevê algumas características que foram colocadas no transporte de Lisboa. Então nós temos aqui o operador como o Distrito Federal, como o órgão regulador do sistema, que define as linhas, os traçados, a forma que tem que ser atendido os horários e o operador contratado ele simplesmente executa aquilo que o operador do sistema, o órgão gestor, determina. Então a ampliação de oferta, horários, o traçado que a linha vai passar, tudo é o Distrito Federal que determina.”, comenta Valter Casimiro. 

O evento aconteceu na Finatec e reuniu atores da sociedade civil e acadêmica. A professora Fabiana Serra explica a importância de debates como esse. “Acho que aqui é o lugar, a Finatec, para a gente trazer as discussões, né? Então, assim, o professor Augusto é um parceiro já de alguns anos, eu fiquei muito feliz com essa iniciativa dele e eu realmente espero e tenho certeza que nós vamos fazer outros eventos como esse. Então é importante que a gente faça essas rodas de debate justamente para que venham ideias, experiências, para que a gente possa se basear e trazer soluções aqui para o Distrito Federal, né? Sempre com foco na sociedade. Como é que nós podemos melhorar o deslocamento da população aqui do DF?”

Assista o painel:

Confira as fotos do evento:

Fonte: https://semob.df.gov.br/passagens-de-onibus-do-df-poderao-ser-pagas-com-cartao-bancario-e-a-recarga-no-pix/

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