Congresso do CONFIES supera expectativas e inaugura nova era de inovação e parcerias

Debates, palestras e mesas-redondas seguem até sexta-feira na sede da Finatec

A 7ª edição do Congresso Nacional do CONFIES (Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica) surpreendeu pela adesão recorde, com o número de inscritos mais que triplicando em relação às edições anteriores. “Tivemos um crescimento significativo”, destacou o presidente da entidade, Antônio Fernando de Queiroz, durante a abertura oficial, realizada na noite desta quarta-feira (27), no auditório master do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.

Mais cedo, na sede da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), anfitriã do encontro, ocorreram mesas-redondas, oficinas e palestras com foco no tema “As Fundações no Apoio ao Brasil do Futuro: Neoindustrialização, Inovação Tecnológica e Sociedade”. O evento, que reúne fundações de apoio de todo o país, teve início na quarta-feira e prossegue até esta sexta-feira (29) nas dependências da Finatec.

“A grande quantidade de participantes não apenas reflete o aumento do interesse dos membros das fundações, mas também sinaliza o reconhecimento desses importantes organismos do terceiro setor, essenciais ao funcionamento das instituições de ensino e pesquisa”, afirmou Fernando de Queiroz. Segundo ele, as instituições federais de ensino superior e as instituições científicas e tecnológicas do país estão vivendo um novo momento.

“É essencial reforçar o papel preponderante das fundações de apoio no desenvolvimento do ensino, da pesquisa e da inovação tecnológica, além de promoverem um ambiente que propicie intercâmbio, interações e parcerias internacionais. Nossas instituições estão preparadas para contribuir de forma decisiva nesse momento tão importante para a sociedade brasileira”, completou.

O presidente da Finatec, professor Augusto César Brasil, destacou o crescimento do CONFIES como reflexo do fortalecimento do setor: “Este auditório lotado é a prova do avanço da entidade”. Ele aproveitou para lembrar os desafios enfrentados no passado, marcados pela redução do orçamento de despesas discricionárias das universidades. Nesse contexto, as fundações de apoio assumiram um papel ainda mais relevante na execução de recursos dentro das instituições.

Brasil celebrou o atual momento de retomada e perspectivas otimistas: “Hoje, estamos presenciando um novo marco, um período de investimento na inovação e na ciência aplicada, tanto no presente quanto para o futuro”. Ele também mencionou o crescimento de 15% da Finatec na carteira de projetos em 2024, projetando novos desafios, como a necessidade de contratar mais profissionais, implementar novos sistemas de software e fortalecer áreas como gestão de pessoas e jurídica.

O Secretário da Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social (Sedes), Inácio Arruda, representando a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, ressaltou o papel das fundações de apoio no fortalecimento da nova indústria brasileira de base tecnológica avançada. Já Isabele Cardozo Pinto, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação da Saúde, representando a ministra da Saúde, Nísia Trindade, reforçou a importância dessas fundações no desenvolvimento e implementação de políticas públicas, destacando sua atuação como uma rede colaborativa essencial para o avanço de projetos e pesquisas.

A mesa de abertura contou ainda com a presença de Ricardo Galvão, dirigente do CNPq; Valder Steffan Júnior, reitor da Universidade Federal de Uberlândia; Celso Pansera, presidente da FINEP; Fernando Peregrino, presidente de honra do CONFIES e chefe de gabinete da presidência da FINEP; André Godoy, diretor da ABDE, e um representante da CAPES.

Projeto desenvolvido por pesquisadores da UnB devolve mobilidade aos portadores de deficiência

Veículo movido por eletroestimulação resgata os movimentos dos músculos das pernas paralisadas 

Pesquisadores da Universidade de Brasília, da Faculdade de Ciências e Saúde, Campus de Ceilândia, resgatam a esperança de pessoas, com os músculos das pernas paralisadas, de voltarem a pedalar com suas próprias pernas. O Projeto de inovação tecnológica, inspirado na interação corpo-máquina, desenvolvido pela UnB, visa através de eletroestimulação devolver mobilidade e transporte aos portadores de deficiência, especialmente, pessoas com paraplegia ou tetraplegia.

O protótipo da tricicleta (bicicleta de três rodas) já existe, mas a ideia da equipe de pesquisadores, é ter inicialmente dez veículos regularizados pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).O estudo mecânico do Projeto toma como base o triciclo no qual os técnicos da Universidade avaliam a melhor geometria do veículo – Como deve ser configurado seu assento e tudo mais para acomodar com o máximo de conforto o portador de deficiência.

Já a parte eletrônica, é basicamente o eletroestimulador, que fica acoplado ao veículo e que conecta por meio de eletrodos aos músculos das pernas da pessoa com deficiência. Existe toda uma tecnologia robótica por trás desse automatismo para fazer o paciente pedalar. O coordenador do Projeto, professor Emerson Fachin Martins, adianta que também é possível usar o mecanismo em idoso com fragilidade muscular. “Uma vez o produto pronto, a gente consegue visualizar a aplicação dessa tecnologia para outros públicos” assegura.

Segundo Fachin, o principal objetivo do Projeto é amadurecer essa tecnologia conhecida por Ciclismo Assistido por Eletroestimulação. “O mundo inteiro desenvolve essa tecnologia, inclusive existe uma competição com esse tipo de triciclo”, lembra. Ele adianta que a proposta desse trabalho é, primeiro, desenvolver um dispositivo totalmente brasileiro e com tecnologia utilizada pela equipe da Universidade, diferente de outros grupos, que usam estimuladores comerciais.

Além do Distrito Federal e de Minas Gerais, o trabalho beneficia portadores com deficiência nos Estados do Ceará, Santa Catarina, São Paulo, onde a UnB já desenvolve trabalhos em parceira, respectivamente, com a Universidade Federal do Ceará (UFC); Universidade de Santa Catarina (Udesc), em Joinville, e Universidade de São Paulo (USP). De acordo com o professor Fachin a meta é fazer com que o trabalho se consolide nacionalmente.

A Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) apoia o projeto na gestão e execução dos recursos financeiros liberados Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) via CNPq. “O Projeto tem previsão para ser concluído em agosto de 2025. É bastante complexo, envolve muito tempo e profissionais de diversas áreas, como pessoal da saúde, engenheiros, cientistas, analistas da computação, profissionais da Tecnologia da Informação (TI), entre ouros”, conclui Fachin.

Participe da Chamada Start BSB 2024 e impulsione seu projeto inovador no Cocreation Lab DF

Estão abertas as inscrições para a Chamada Start BSB 2024, uma iniciativa voltada ao desenvolvimento de projetos inovadores no Distrito Federal. Empreendedores(as) com ideias de impacto agora têm a oportunidade de participar do programa de pré-incubação no Cocreation Lab DF, que oferece acesso a mentorias, consultorias especializadas e um ambiente colaborativo para a consolidação de negócios.

Serão selecionados até 50 projetos para ingresso direto, além de 30 vagas para cadastro reserva, com o objetivo de promover soluções inovadoras e relevantes para o mercado.

Pesquisadores da UnB combatem a discriminação racial e o preconceito nas cinco regiões do País

Participam também do Projeto Redes Antirracistas dez grupos de estudos afro-brasileiros

A Universidade de Brasília (UnB) através do Departamento de Métodos e Técnicas, da Faculdade de Educação, desenvolve ações para combater a discriminação racial e o preconceito em todo País. O Projeto intitulado Redes Antirracistas, com vigência até novembro de 2025, tem como principal objetivo fortalecer a política de promoção da igualdade racial, nacionalmente, e estreitar o diálogo entre as instituições de educação, tanto em nível federal quanto estadual, em comunidades de diversas localidades que já trabalham com a temática.

Além da UnB, participam o Ministério da Igualdade Racial (MIR), responsável pelo financiamento do Projeto, e a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), que tem importante papel na gestão dos recursos, acompanhamento e orientações técnicas. Segundo a coordenadora geral do Projeto, professora Renísia Garcia Felice também integram o trabalho dez grupos de estudos selecionados em todas regiões do País. São 02 na Região Sul; 02 no Sudeste; 01 no Norte; 03 no Nordeste e 02 no Centro-Oeste.

A professora destaca que o Projeto também potencializa outros trabalhos que estão sendo realizados nas universidades, e que muitas vezes, os professores não têm o apoio necessário para fortalecer muitos projetos interessantes. Ela explica que as redes antirracistas são formadas a partir de três eixos. O primeiro é o observatório de políticas afirmativas. O segundo é o fomento aos Núcleos de Estudos Afro-brasileiros (NEABs e grupos correlatos) e o terceiro eixo é formado pelo apoio aos Núcleos de Práticas Jurídicas.

A coordenadora reforça que as redes antirracistas são formadas por instituições que tenham comprometimento com as políticas de ações afirmativas e com atores fora da universidade, de preferência, que sejam de instituições vinculadas ao Sistema Nacional de Promoção de Políticas de Igualdade Racial (Senapir), cujo Ministério da Igualdade Racial, segundo ela, está tentando fortalecer com algumas medidas.

Professora Renísia Filice (Foto: Marília Marques/G1)

“As Redes Antirracistas significam o diálogo com a universidade e com seu território. Então, pressupõe-se que haja o diálogo com os governos, com os movimentos sociais e com os grupos de pesquisa, não só, interno da universidade, mas também externo” observa Renísia, e complementa ”As redes são fortalecidas por esse impulsionamento do projeto, no sentido de valorizar essa proposta de diálogo, com as comunidades onde as instituições estão inseridas”.


Dinâmica do Projeto

O trabalho prevê, inicialmente, a seleção das ações de políticas de igualdade que foram propostas, e que tenham um maior potencial de entrelaçamento das redes, tanto interna quanto externamente a universidade. O projeto também avalia, nas cinco regiões brasileiras, os trabalhos que tenham maior poder de capilarização em cada território. “É um compromisso da UnB estimular o aprofundamento e o desenvolvimento desse trabalho com reflexões cada vez mais aprofundadas do ponto de vista de implementar e monitorar políticas antirracistas que já estão acontecendo”, pontua Renísia.

Estão envolvidos no projeto professores, pesquisadores e bolsistas. Um kit bolsa remunera professor, com doutorado, com a quantia de R$ 3,100; professor com mestrado com bolsa no valor de R$ 2.100, e mais duas bolsas para estudantes de graduação no valor R$ 750 para cada um. Todas as instituições selecionadas ganham o kit bolsa, podendo elas colocarem até dois voluntários para compor suas equipes.

A coordenadora afirma que a expectativa em relação ao Projeto é das melhores. Conforme um balanço preliminar sobre a inscrição, feito pela própria Renísia Filice, o resultado foi surpreendente pela quantidade de inscritos, e pela grande procura de pessoas negras em participar do Projeto, embora a iniciativa não fosse voltada exclusivamente para pessoas afro-brasileiras.

Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UnB inicia 2ª edição do Curso Residência CTS

Projeto visa promover melhorias habitacionais em sete assentamentos do DF e região do Entorno

Após excelentes resultados obtidos através dos projetos desenvolvidos pelo Curso Residência CTS, versão 01, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (FAU/UnB), teve início nesta sexta-feira, dia 01 de novembro, no auditório Jayme Golubov da Faculdade, a cerimônia de abertura da 2ª edição do projeto com vistas a promover melhorias habitacionais em assentamentos no Distrito Federal e no Entorno de Brasília.

Na 1ª edição destacam-se as ações de promoção da economia solidária no território Dorothy Stang, a implementação de hortas urbanas no Parque Paranoá, a reforma da Cozinha Popular do MTD no Sol Nascente e o planejamento comunitário para a preservação da Lagoinha. Também foram desenvolvidos projetos de infraestrutura turística e paisagística no assentamento Pequeno William, do MST, além de outras ações.

Conforme a coordenadora geral do Projeto 2, professora Liza Andrade, serão desenvolvidos microprojetos e programas de ações locais em sete territórios, são eles: Dorothy Stang, Renascer/Palmares, Quilombo Mesquita, Paranoá Parque, Santa Luzia, Canaã e Sol Nascente. “Temos aqui no DF as periferias que pegam o Sol Nascente, Dorothy Stang, e Santa Luzia, na Estrutural, e ainda o conjunto habitacional Paranoá Parque junto com a Serrinha do Paranoá”, observa.

professora Liza Andrade

A professora lembra que em sua 1ª edição, o projeto contou com recursos de Emenda Parlamentar da deputada federal, Erika Kokai. “A gente conseguiu formar a primeira turma com esse recurso. Agora, a segunda turma, tem investimento do governo federal através do Ministério das Cidades, do Programa Periferia Vida, da Secretaria Nacional de Periferias, e do Ministério de Desenvolvimento Agrário por meio do projeto de Extensão Rural em Agroecologia.

Além do governo federal, o Programa Residência CTS 2 tem apoio da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), que é responsável pela gestão dos recursos. “É muito importante o papel da Finatec para fazer a gestão dos recursos que entram na universidade. Isso é uma tranquilidade pra gente. Todo recurso que vem via TED, a gestão é feita via Finatec”, destaca.

Mudança

Liza Andrade anuncia entre as mudanças do Projeto Residência CTS 02 em relação ao Residência CTS 01 a inclusão dos assentamentos rurais Canaã e Renascer, além do Quilombo Mesquita, em Goiás, a cerca de 65 km de Brasília. “Esse projeto de extensão na pós-graduação é uma tentativa de fortalecer o tripé Pesquisa, Ensino e Extensão da UnB” afirma ao analisar que é um curso de especialização no formato de residência médica.

Compõe a dinâmica do projeto momentos em sala de aula, para formação do aluno, além de vivências territoriais, que é o encontro do saber local (comunidade) com o saber técnico (pesquisadores) e ainda o desenvolvimento de microprojetos para melhorias dos assentamentos. Na versão passada, por exemplo, no assentamento rural Pequeno William, em Planaltina, foram desenvolvidos cinco microprojetos, programa de ação local voltado para o turismo, que melhorou a infraestrutura turística daquela área rural.

Gabinete do deputado Rogério Morro da Cruz promove parceria inédita visando o protagonismo feminino na ciência

No dia 19 de novembro, a equipe do deputado Rogério Morro da Cruz participou de uma reunião na Secretaria de Ciência e Tecnologia do Distrito Federal. O encontro reuniu o Secretário Leonardo Reisman, o Secretário Executivo Alexandre Villain e representantes da Universidade de Brasília (UnB) e do Instituto Federal de Brasília (IFB) para debater iniciativas voltadas à capacitação de mulheres e ao fortalecimento de sua atuação na ciência e tecnologia.

Entre os participantes, estiveram a Reitora do IFB, professora Veruska Machado, o diretor do campus de São Sebastião, professor Robson Caldas, e representantes da UnB, como os professores Luana Cristina Wouk e João Gabriel Rocha. Durante a reunião, foram apresentados dois projetos de destaque: “Elatech: Transformando Mulheres e Meninas com Tecnologia” e “Meninas e Mulheres na Nanotecnologia”.

O projeto Elatech, liderado pelo IFB, prevê a formação de turmas em Robótica, Cultura Maker e Desenvolvimento de Aplicativos, beneficiando até 120 alunas. Já o programa Meninas e Mulheres na Nanotecnologia, em parceria com a UnB, será implementado em escolas públicas de São Sebastião, incentivando carreiras científicas.

Ambas as iniciativas estão em fase de estudo para a formalização de um convênio inédito regido pelo Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação (Lei nº 13.243/2016). Esse acordo deve envolver a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, a UnB, o IFB e a Finatec, com financiamento de emendas parlamentares do deputado Rogério Morro da Cruz.

O parlamentar, autor da Lei nº 7.400/2024, que institui a Política Distrital de Incentivo ao Protagonismo das Mulheres na Ciência, destacou a relevância dessas ações: “Estamos criando oportunidades reais para as mulheres do Distrito Federal ingressarem e se destacarem na ciência e tecnologia, promovendo inclusão e equidade. Agradeço a todos os parceiros por essa importante colaboração.”

Fonte: blogdocafezinho

UnB concede título de Professor Emérito a Sadek Alfaro

No dia 6 de Novembro o professor da Faculdade de Tecnologia (FT), Sadek Alfaro, recebeu o título de Professor Emérito da Universidade de Brasília (UnB). A cerimônia ocorreu no Auditório da Reitoria, no campus Darcy Ribeiro. A honraria, aprovada em março deste ano pelo Conselho Universitário (Consuni), celebra sua trajetória marcante na academia e na pesquisa, por toda sua contribuição científica e acadêmica à Universidade e à ciência.

A reitora Márcia Abrahão destacou o impacto do homenageado na Universidade. “O professor Sadek representa a excelência que buscamos nos servidores da UnB. Seu legado ultrapassa o Departamento de Engenharia Mecânica, impactando toda a nossa comunidade acadêmica. É um exemplo de professor, pesquisador e gestor”, afirmou.

O professor Francisco Cunha, orador da cerimônia, também prestou sua homenagem, lembrando com emoção da amizade e admiração pelo colega. Ele o descreveu como “um homem de fibra, dedicado à família e à profissão, cujo legado de profissionalismo, ética e humanidade será lembrado pelas próximas gerações”.

Sadek Alfaro formou-se em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1979 e concluiu seu mestrado em Engenharia Metalúrgica e de Minas pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 1983. Seu doutorado, realizado em Welding Engineering, foi concluído em 1989 na Universidade de Cranfield, no Reino Unido, onde também realizou estudos de pós-doutorado em 1990 e 2014.

Professor da UnB desde 1983, tornou-se professor titular no Departamento de Engenharia Mecânica da Faculdade de Tecnologia em 2003. Sua atuação acadêmica inclui a orientação de inúmeros alunos de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado, formando profissionais de destaque em suas áreas.

Além de suas contribuições no ensino, Sadek foi pioneiro em pesquisas relacionadas à soldagem, automação de processos e inteligência artificial. Ele fundou o Grupo de Automação e Controle em Processos de Fabricação (Graco) em 1993 e foi fundamental para a criação do curso de Engenharia Mecatrônica da UnB, em 1997.

Também atuou como sócio-fundador e diretor-presidente da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), fortalecendo os laços entre academia e indústria.

Durante a cerimônia, Sadek Alfaro expressou gratidão aos colegas, alunos e familiares que o acompanharam ao longo de sua carreira. “Educar é um desafio, mas suas recompensas são imensas. Receber o carinho e respeito dos meus alunos e saber que contribui para o sucesso deles é motivo de grande orgulho”, declarou.

O diretor da Faculdade de Tecnologia, Edson Silva, também ressaltou a visão pioneira do homenageado. “Sadek já aplicava inteligência artificial em processos de soldagem há mais de 30 anos. Seu legado é inestimável.”

Fonte: https://noticias.unb.br/informes/7657-unb-concede-titulo-de-professor-emerito-a-sadek-alfaro

Chamada para credenciamento e seleção de especialistas – consultor “ad hoc”

Chamada aberta para credenciamento e seleção de profissionais especializados que atuarão na avaliação técnica e emissão de pareceres sobre projetos a serem fomentados pela FAPDF. Os consultores selecionados contribuirão para o programa Cocreation Lab DF, especialmente nas edições do Start BSB (2024 a 2027), promovendo o desenvolvimento de soluções inovadoras para o DF.

O período de inscrições é de 11/11/2024 a 18/11/2024, podendo ser prorrogado. 

Professores e estudantes da UnB criam fungicida para combater ferrugem asiática da soja

Projeto faz parte do Programa Antártico Brasileiro, que explora a biodiversidade única do continente gelado

Pesquisadores do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília (IB/UnB) estão trabalhando no desenvolvimento de um fungicida inovador capaz de combater a ferrugem asiática, uma das principais pragas que afetam as lavouras de soja no Brasil e em várias outras partes do mundo. O trabalho é parte do Programa Antártico Brasileiro (ProAntar), um dos projetos científicos mais longevos do país, com mais de 40 anos de pesquisas contínuas.

A ferrugem asiática da soja, causada por um fungo, pode reduzir em até 50% a produtividade das lavouras, gerando enormes prejuízos econômicos ao setor agrícola. O novo fungicida, que está em desenvolvimento, é baseado em substâncias encontradas em fungos da Antártica e tem grande potencial para inibir o crescimento dessa praga. “Os fungos da Antártica têm propriedades que podem ser chave para reduzir as perdas financeiras na agricultura brasileira”, afirma o professor Paulo Câmara, coordenador da pesquisa na UnB.

O ProAntar é um esforço multidisciplinar, com a participação de universidades e institutos de todo o Brasil. Desde 2013, a UnB vem integrando essa equipe de pesquisadores que investigam o ecossistema único do continente antártico, explorando a rica biodiversidade local para encontrar soluções inovadoras para a agricultura, a medicina e outras áreas. Esta é a terceira vez que a UnB participa do programa, após ser selecionada por editais do CNPq, responsável pelo financiamento do projeto.

A pesquisa atual, que se estenderá até 2027, conta com o apoio financeiro do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), vinculada à UnB. A Finatec atua na gestão financeira e administrativa do projeto, enquanto a CAPES apoia os bolsistas envolvidos na pesquisa.

Antártica: um laboratório natural para o futuro

Paulo Câmara destaca que a Antártica possui um potencial biológico e mineral incomparável, com a capacidade de oferecer soluções para uma série de problemas globais. O continente ainda é pouco estudado, especialmente no que diz respeito à diversidade de fungos. “Atualmente, conhecemos apenas cerca de 100 mil espécies de fungos, mas estima-se que possam existir até cinco milhões de espécies no planeta. A Antártica, com seu ambiente extremo, pode abrigar microrganismos com capacidades únicas, ainda desconhecidas pela ciência”, explica o professor.

Marcelo Jatobá / Secom UnB

O estudo da vegetação e dos organismos que sobrevivem no clima rigoroso do continente antártico é uma das áreas centrais de pesquisa do ProAntar. A equipe da UnB, composta por professores, pesquisadores e estudantes, realiza coletas e análises durante as expedições, tanto a bordo de navios da Marinha do Brasil quanto na Estação Antártica Comandante Ferraz. A estação, que foi reconstruída recentemente, é agora a terceira maior e uma das mais modernas do mundo, especialmente em termos de infraestrutura laboratorial.

Impacto na agricultura e na ciência brasileira

A descoberta de novos insumos agrícolas, como esse fungicida, promete revolucionar a forma como o Brasil lida com a ferrugem asiática e outras pragas que afetam a produção de soja, uma das commodities mais importantes da economia nacional. A redução de até 50% das perdas na colheita poderá gerar ganhos significativos para os produtores e contribuir para a segurança alimentar global.

O projeto da UnB na Antártica não se limita à pesquisa agrícola. Ele também faz parte de um grande esforço de estudos sobre a biodiversidade, o clima, a geologia e a vida marinha na região, envolvendo temas como mudanças climáticas, conservação de espécies ameaçadas (como baleias e pinguins) e o monitoramento das geleiras.

Marcelo Jatobá / Secom UnB

A participação da UnB no ProAntar reforça o papel da universidade como um dos principais centros de pesquisa do Brasil, alinhada com os grandes desafios globais, como a sustentabilidade e a inovação tecnológica. Além de explorar a biodiversidade da Antártica, a equipe busca desenvolver soluções que possam ser aplicadas em diferentes áreas da ciência e tecnologia, melhorando a vida dos brasileiros e contribuindo para o avanço da pesquisa internacional.

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