Convênio entre FAP e Finatec gera 175 projetos voltados à saúde, tecnologia e ciências

A união dessas fundações, ajudou o DF a mitigar e combater a pandemia de Covid-19 com a apresentação de 19 pesquisas

A união dessas fundações, ajudou o DF a mitigar e combater a pandemia de Covid-19 com a apresentação de 19 pesquisas, que vão de máscara capaz de matar vírus a respiradores desenvolvidos pela UnB ao custo mais barato.

Em sete anos de vigência desse “casamento”, ou seja, a partir de 2015, foram apresentados 175 projetos voltados Área de Saúde, Tecnologia, Ciências Exatas, Biotecnologia. De lá para cá, o cenário mudou. E veio novos desafios. Como a pior pandemia já enfrentada pelo mundo neste século. A Covid-19, transmitida pelo Sars-Cov-2, que mais tarde se chamaria Novo Coronavírus, se impunha com a vitimização de milhares de vidas pelo mundo afora.

Foi preciso unir esforços que ajudaram a mitigar os danos que ela causou, principalmente, a perda de vidas. E, mais uma vez, a parceria entre FAP-DF e Finatec foi testada e aprovada quando acabou aceitando a convocação para essa luta contra um inimigo invisível, colocando em prática diversas ações voltadas para o combate da pandemia do Novo Coronavírus.

Por intermédio do Convênio 03/2020, firmado entre a FAP-DF e a Finatec, foram apoiados vários projetos que ajudariam não só na contenção da disseminação do coronavírus como nos efeitos provocados na população brasiliense. As pesquisas foram voltadas para os mais diversificados campos: da saúde ao econômico.

Os projetos consistiram na concepção de máscara capaz de matar o vetor da Covid-19, de respiradoras a baixo custo para a rede pública e com capacidade de compartilhamento, de aferição da confiabilidade dos testes rápidos, da criação de startups financeiras.

Ao todo, foram 19 projetos financiados com recursos da FAP-DF e apoiados pela Finatec, que emprestou sua expertise para serviços de suporte às pesquisas, como a compra de materiais, insumos e busca de menores valores e prestação de contas. Porque transparência é a marca desse convênio. Oito foram finalizados e 11 estão vigentes.

Os projetos e pesquisas foram agrupados em três eixos. O primeiro trata-se de apoio a projetos selecionados pela UNB. Ao todo, são 17 ações de pesquisas, inovação e extensão para o combate à Covid. No Eixo 2, foram contemplados projetos voltados para solução de demandas da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. No Eixo 3, contemplou-se o fomento ao setor produtivo: ações e projetos de inovações tecnológicas no combate à Covid.

Dos R$ 30 milhões foram investidos R$ 11 milhões nos projetos executados até o momento. Esse recurso foi na compra insumos, equipamentos, pagamento de pessoal e alunos bolsistas. Fora 150 bolsas concedidas a universitários e 800 pagamentos a bolsistas. Além disso, o recurso serviu para contratar 41 estagiários.

Foi utilizado R$ 1,5 milhão em bens adquiridos nesses 19 projetos, na compra de materiais permanentes, bens duráveis, que irão servir para subsidiar outras pesquisas. Aproximadamente R$ 8 milhões foram investidos em itens de custeio: pagamento de pessoal, contratação de serviços.

Esses dados estão todos disponíveis no Portal da Transparência da FAP-DF, que é um dos pilares do plano de trabalho. Mensalmente, são atualizados com informações financeiras e técnicas dos projetos. Como cumprindo aos pré-requisitos do convênio, foi elaborada uma revista que traz em sua edição todos esses dados e a finalidade de cada projeto. A Revista Projetar está em sua terceira edição. O exemplar é dedicado a apresentar o Convênio Covid, seus projetos e resultados.

Na publicação, estão contemplados os projetos destinadas à ações voltadas à Covid-19. E não é somente no campo da saúde. O Lift Learning Programa Distrital de Fomento a Startups Financeiras (as chamadas Fintechs) no Contexto da Luta contra o Sars- Sovid-19, coordenado pelo professor Ricardo Paixã (UnB), viu crescendo um tendência ainda no início da pandemia de prestação de serviços on-lines e resolveu desenvolver um projeto voltado a fomentar a cultura de startups financeiras na região especializados na oferta deste serviços pix e open banking. O investimento de R$ 563 mil foi pago pela FAP e operacionalizado pela Finatec, que fez toda a gestão financeira.

Mas a grande maioria das pesquisas foi direcionada para a saúde. A professora Cristina Brandão, do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da UnB, utilizou um método peculiar para detectar a presença de o Sars-CoV-2 numa determinada comunidade: pela análise do esgoto.

Foi isso o que se propôs a fazer o projeto Monitoramento, Mapeamento e Elaboração de Sistemas de Alerta Rápido para Covid-19 no DF Via Análise do Sars-CoV-2 em Esgotos Urbanos. “As estações coletam o esgoto de cerca de 80% da população do DF, temos uma amostra bem abrangente das regiões administrativas. Podemos gerar relatórios sobre o crescimento da carga viral nos esgotos e associar os números aos casos clínicos, seria uma ferramenta auxiliar para os sistemas de saúde”, explica a professora a Projetar. O recurso usado foi de somente R$ 98.800.

Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou uma máscara desenvolvida pela Unb em parceria com a FAP-DF e Finatec capaz de matar o novo coronavírus. Denominada de Vesta, o dispositivo possui cinco camadas compostas por tramas de TNT e tecido com nanopartículas que atraem e inativam o vírus.

A máscara já está liberada para a sua comercialização em farmácias e utilização em hospitais. Para a professora Suélia Fleury Rosa, coordenadora da pesquisa, um projeto como esse, se abraçado pelo Estado, pode mudar completa- mente a situação sanitária e até mesmo econômica no país. “Imagina todo mundo usando uma máscara dessa, distribuída como política pública como é o caso da camisinha? Nesse momento, seria análogo a um lockdown, mas com variáveis positivas porque a economia poderia voltar a abrir”, argumenta.

EMPREENDEDOR: estão abertas as inscrições para a terceira turma do Cocreation Lab DF. Acesse o edital!

Com 15 vagas por polo, terceira turma busca novos cases de sucesso

A Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) publicou nesta segunda-feira (16/05) o edital de chamada para empreendedores interessados em participar da terceira turma do CocreationLab no Distrito Federal. O projeto é uma iniciativa da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP-D)F e tem como apoiadores Finatec, Universidade de Brasília (UnB) e Instituto Federal de Brasília (IFB).

Com 60 vagas para a terceira turma, o CocreationLab é o maior laboratório de ideação do país e ajuda empreendedores a transformarem suas ideias em realidade. O objetivo é auxiliar no desenvolvimento de negócios inovadores por meio de metodologia própria. 

Para participar, o interessado tem de apresentar uma ideia ou um projeto. As ideias que têm potencial para virarem negócios passam por um processo de seleção e, depois de aceitas, recebem apoio para se transformarem em empresa, graças ao networking desenvolvido ao longo do processo, que possui uma metodologia própria, a TXM Business, desenvolvida e validada em Florianópolis – um dos principais pólos de inovação do Brasil – pelo professor Luiz Salomão Ribas Gomez, da Universidade Federal de Santa Catarina.

Sabe o que é melhor? É tudo gratuito! Desde a inscrição até os cinco meses de mentorias, palestras, workshops, o networking com o ecossistema do DF e os  encontros presenciais e metodologia própria, a TXM Business. Os participantes entram com uma ideia e saem com um plano de negócio estruturado.

Então, empreendedor, tá esperando o que? As inscrições podem ser feitas até o dia 16 de junho de 2022 e qualquer pessoa pode participar. O projeto acontece em quatro polos: Campus Samambaia/IFB, Faculdade Gama da Universidade de Brasília (FGA/UnB), Universidade de Brasília Edifício CDT/UnB, Instituto Federal de Brasília – Campus São Sebastião.

Anvisa aprova máscara da UnB capaz de matar o vírus da Covid-19

O dispositivo é composto de cinco camadas. Uma das quais chamada de quitosana, um composto natural encontrado na casca de crustáceos, como o camarão

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou uma máscara desenvolvida pela Universidade de Brasília (UnB) em parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF) e a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) que é capaz de matar vírus que transmitem doenças como sarampo, gripe e Covid-19.

É o primeiro dispositivo médico classe 1 liberado pela Anvisa fruto dessa parceria. A Finatec foi a responsável pela gestão dos recursos oriundos da FAP-DF investidos na pesquisa, auxiliando na compra de equipamentos e insumos para a confecção da máscara.

O protótipo já está liberado para produção nacional. Em breve, o dispositivo genuinamente brasiliense estará disponível no mercado para a venda. “Para trabalhar na execução de um projeto que envolve recursos se não tiver uma equipe como a da Finatec, com a metodologia de trabalho e a velocidade de resposta, o projeto poderá não acontecer”, explicou a coordenadora do projeto, professora Suélia Fleury Rosa.

Suélia destaca a importância da autorização da Anvisa. “A Anvisa é o primeiro foco de parcerias que a gente tem de dar a mão. É um lema ter de dialogar de mãos dadas com a Anvisa porque há um conjunto de exigências em benefício da sociedade”, ressalta.

O primeiro item exigido pela agência ao dispositivo foi justamente a segurança. Denominada de Vesta, a máscara possuir cinco camadas compostas de tramas de TNT e tecido com nanopartículas que atraem e inativam o coronavírus.

A barreira criada pelos estudiosos tem quitosana, um composto natural encontrado na casca de crustáceos, como o camarão, que envolve e degrada a membrana do vírus, inativando a contaminação.

Por ser tão pequena quanto o vírus, a trama – que são os espaços formados a entre as fibras e também chamados de poros – acaba impedindo a passagem do patógeno.

Além disso, o seu tecido é composto por um tipo de tecnologia que exerce atração eletrostática no vírus, que é atraído pela superfície por interpretar que está se aproximando de vias aéreas humanas.

Dessa forma, uma pessoa infectada que estiver usando a Vesta adequadamente não vai contaminar ninguém porque o vírus será eliminado. Mas o ideal é que as outras pessoas também estejam protegidas pelo mesmo equipamento.

Agricultura familiar

A confecção da Vesta impactará na cadeia produtiva da agricultura familiar. Como um dos elementos que compõem o dispositivo é a quitosana, um composto encontrado na casca de crustáceos, os pesquisadores usaram apenas produtos desenvolvidos na agricultura familiar. Aliás, essa foi uma prerrogativa para ceder o projeto para a iniciativa privada: que os fabricantes continuem comprando de pequenos produtores.

Além da Covid-19, a Vesta também pode ser usada para combater e eliminar outros vírus, como o da gripe e do sarampo. “Outros episódios virais vão surgir. Temos de estar preparados. Esse produto pode ser aplicado numa gama de espectros virais. Portanto, haverá uma política de incorporação da máscara”, vaticina a professora.

Finatec

O processo de gestão do recurso investido no projeto faz com os pesquisadores concentrem sua atenção à pesquisa. “Este é o papel da Finatec: gestão do recurso. Eu não sei lidar com isso. Então, a fundação nos deu a liberdade de fazer aquilo que somos capacitados, que é a pesquisa, estudo. Outro papel importante da Finatec é a transparência da utilização do recurso no projeto”, avalia a docente.  

Conheça 4 podcasts sobre ciência e tecnologia

Os conteúdos no formato de áudio caíram no gosto dos brasileiros nos últimos anos, os famosos podcasts podem ser consumidos de qualquer lugar a qualquer hora, basta do seu fone de ouvido.

Os conteúdos? Diversos temas ganharam espaço nos streamings. Pensando nisso, fizemos uma curadoria e trouxemos 4 programas sobre ciência, tecnologia e inovação para os amantes dos podcasts.

Confira:

Ciência sem Fim

Tecnocast

Braincast

Ciência Suja

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