1º WEBINAR Finatec: Perguntas inéditas dos internautas e ganhadores do livro

No dia 11 de dezembro às 20h30 a Finatec realizou a sua primeira transmissão ao vivo, inaugurando o canal do Youtube da Fundação. O objetivo desta iniciativa é promover um espaço para a troca de informações entre governo, sociedade e universidade, aprimorando as possibilidades de pesquisa, extensão e ensino para os públicos envolvidos.

O tema Marco Legal de CT&I inaugurou a transmissão e agradou os expectadores! Os convidados debatedores, o Procurador-Chefe do CNPq, Dr. Leopoldo Muraro e o advogado da União membro da Consultoria Jurídica do MCTIC, Dr. Rafael Dubeux, ambos autores do livro “Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil”, responderam quatro rodadas de perguntas no primeiro bloco da live.

Cinco convidados especiais fizeram perguntas práticas sobre o tema e serviram como o fio condutor das discussões. Participaram a Assessora Jurídica da Finatec, Nádia Portela, o Superintendente da Finatec, Gustavo Condeixa, o Diretor Presidente da FAPDF, Alessandro Dantas, a Decana de Pesquisa e Inovação da Universidade de Brasília, professora Maria Emília Telles e Reinaldo Ferraz, EX-MCTIC e Consultor.

No segundo bloco, o facilitador da transmissão, o Diretor Presidente da Finatec, professor Armando Caldeira-Pires abriu espaço para perguntas dos internautas ao vivo. Cerca de 12 questões foram enviadas aos advogados especialistas e as perguntas que não foram respondidas no ar podem ser conferidas no final dessa matéria.

Dois exemplares do livro Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil foram sorteados para aqueles se inscreveram no canal e participaram da transmissão. Os ganhadores foram @Andre Al e @Claudio Gomes Rodrigues de Almeida. Caso seja você o sorteado, gentileza entrar em contato pelo e-mail comunicacao@finatec.org.br para que possamos entregar os livros.

Confira abaixo as respostas inéditas dos advogados para as perguntas que não foram ao ar.

Alessandra do Valle Abrahão Soares – Deve se fazer algum exame de compatibilidade do orçamento do convênio de PDI antes da sua celebração?

Dr. Rafael Dubeux – Quando a pessoa apresenta um projeto que vai lá para ser avaliado pelo colegiado do CNPq ou para ou de qualquer agência de fomento eles já avaliam se os valores são compatíveis. Então assim, é uma análise normal.
Em geral, quando apresenta um projeto para uma agência de fomento já tem um comitê técnico que faz a análise. Se o projeto é relevante, se tem consistência cientifica e se os valores são mais ou menos compatíveis com o de mercado. Isso não mudou! O que mudou é que na hora de liberar o dinheiro; quando a pessoa for prestar contas. Digamos que ela recebeu 100 mil (que ela estimou 100 mil), eu só quero saber se ela executou o projeto, eu não vou ficar examinando nota fiscal por nota fiscal, a não ser em alguns casos excepcionais. É na hora da execução que tem a mudança, para orçar mantem mais ou menos igual.

 

Luiza Lavocat – Considerando que o art.15 da lei 13.243/16 estabelece a obrigação da ICT instituir a sua política de inovação, questiona-se: a realização de parcerias para desenvolver tecnologia, a realização da extensão tecnológica e prestação de serviços técnicos não estariam condicionados à instituição desta política?

Dr. Rafael Dubeux – É que muita gente acha que a instituição que não aprovou uma política nova de inovação, pela lei, ela não pode fazer nada. E não é isso! Ela pode fazer tudo. Com a política você faz isso de maneira muito mais estruturada e muito mais fácil de eventualmente defender qualquer coisa perante ao órgão de controle porque você pode simplesmente dizer que está seguindo a sua política. É bem preferível ter a política, agora ela não é requisito para fazer essas atividades.

Dr. Leopoldo Muraro – Para realizar a parceria, realizar a extensão ou prestar o serviço, não precisa. Agora durante a realização começa a surgir um produto ou serviço inovador e, a partir daí, pode começar a ter o problema. Você tem que ter uma política de inovação porque ela vai definir, por exemplo, com quem ficará a patente. Ela dirá se ficará para a Universidade, para o pesquisador, para todo mundo. Assim como os percentuais. Ela tem que definir, entre 10% e 30% e quem vai definir isso é o NIT. O NIT vai pegar o caso concreto e vai ver quanto cada um participou para poder fazer a baliza. Então assim, para realizar não precisa, mas as consequências a partir da realização você vai precisar da política.

 

Ricardo Magnani – No caso dos institutos de ciência aplicada que a atividade fim é a pesquisa (e não o ensino como é na universidade) como ficaria o mecanismo de incentivo aos pesquisadores?

Dr. Rafael Dubeux – Eu acho que não muda nada. Eu acho que todas as ferramentas que se aplicam a ICT, que é voltada para ensino e pesquisa, se aplicam para o instituto que é só pesquisa. Todos os benefícios do professor, regras sobre o afastamento, regras sobre licença, regras sobre a percepção de direto de patente, de propriedade de royalties, de licenciamento de patente tudo vai se aplicar ao pesquisador normalmente. O que não vai se aplicar é talvez uma regra especifica como essa de dedicação exclusiva de professor universitário. No geral os instrumentos da lei se aplicam para todo mundo. Ele pode ganhar bolsa, ele pode ganhar gratificação, ele pode se afastar, ele pode fazer tudo o que um professor pode.

Dr. Leopoldo Muraro – Vamos supor que você está no meio de um desenvolvimento tecnológico, aí tem uma teoria que não se aplica mais, ela já saturou. De repente você vai ter que investir em teoria básica, ciência pura para conseguir rever o modelo cientifico para poder aplicar. Num caso desse vai ser também um estímulo ao pesquisador. É, difícil você ficar definindo o que é cientifico e o que é tecnológico.

 

Carlos Nitão – Qual a diferença da bolsa do art. 9 e a prevista no art. 21-A?

Dr. Leopoldo Muraro – Não tem diferença de bolsa do art. 9 para a do art. 21-A, tudo é bolsa. Se você vai fazer uma bola de pesquisa na Universidade, uma bolsa de estudo naquele modelo teórico, é bolsa. É uma bolsa na empresa, é bolsa. Não tem diferença, a legislação não fez diferença. De novo, como a coisa é muito fluida e depende muito de casos concretos, qual a ideia da bolsa? Você vai desenvolver algo relacionado a inovação? É bolsa!

Dr. Rafael Dubeux – A bolsa do art.9 é uma bolsa que está incluída exclusivamente dentro do acordo de parceria do PDI, ou seja é um caso que nunca tem transferência do público para o privado na parceria. Agora se é uma empresa que quer desenvolver o projeto, precisa abordar a universidade da seguinte forma: “Eu aporto 5 milhões para vocês desenvolverem essa pesquisa”, então essa bolsa vai ser paga com o dinheiro originário desse acordo de parceria. O art.21-A é genérico, todos aqueles casos ali eu posso pagar a bolsa com qualquer fonte de recurso.

Dr. Leopoldo Muraro – Um detalhe importante inclusive no tocante tributário. Não vai ter incidência tributária porque está isento, tanto a bolsa de um como a de outro. A fundação de apoio ou os beneficiários devem possuir vínculo com a apoiada? Não necessariamente porque dentro do acordo de parceria se for professor da universidade, vai receber por ela, mas pode ser que no projeto tenha um pesquisador que seja ligado a uma empresa, pode? Pode! Mas desde que seja ligado com o projeto de pesquisa que está sendo feito.

Dr. Rafael Dubeux – A diferença é que a do artigo 9º está dentro do guarda-chuva do acordo de parceria, a outra não necessariamente está dentro, ela é uma bolsa que pode ser de qualquer fonte de qualquer tipo de projeto.

Dr. Leopoldo Muraro – Projetos de Pesquisa, Desenvolvimento tecnológico, Inovação e atividade de extensão, proteção de propriedade tecnológica e transferência de tecnologia.

 

@Bruno – Para as prestações de serviços motivadas por necessidade de fomentar aulas práticas, produção e publicação de artigos e outros… a classificação da remuneração, quanto ao tratamento tributário pode ser flexibilizado… como bolsa e não adicional variável?

Dr. Leopoldo Muraro – A questão que vai diferenciar da bolsa é que ela está sempre ligada a um projeto de pesquisa. No caso do adicional variável, prestação de serviço que já tem a tecnologia e você está fazendo a aplicação dela, para não falar que é uma prestação de serviço, eles falaram que seria um adicional variável. Um meio termo entre a bolsa e a prestação de serviço trabalhista. Mas no caso dele, para dar aula eu acho difícil enquadrar.

Dr. Rafael Dubeux – Dependendo do desenho que for feito, se tiver alguma atividade de extensão associada a aula pratica, extensão tecnológica, daria para enquadrar, mas para a atividade de docente não cabe o pagamento.

Finatec sedia evento voltado à cooperação científica entre Brasil e União Europeia

Um dia dedicado ao intercâmbio de experiências entre potências internacionais. O evento “Cooperação em Pesquisa & Inovação União Europeia – Brasil” foi realizado na última terça-feira (10), no auditório da Finatec. O seminário é uma realização da Confap, Euraxess Brazil, Delegação Europeia no Brasil e European Network of Research and Innovation Centres and Hubs (Enrich Brazil), cujo objetivo é encorajar e facilitar o suporte em ciência, tecnologia e empreendedorismo entre os países.

A programação contou com palestras sobre políticas de fomento à pesquisa e inovação entre os países envolvidos. Um dos pontos centrais foi a apresentação do programa Horizonte 2020 e as expectativas para o novo Horizonte Europa. A etapa final do EU-Brazil Innovation Pitch – competição destinada a apresentar projetos inovadores e de impacto social – também ocorreu durante o evento. O primeiro colocado ganhou uma viagem à Europa para participar de eventos de inovação e se reunir com pesquisadores internacionais.

Horizonte 2020

A União Europeia mantém uma duradoura relação econômica, comercial e de investimento com os países membros do Mercosul, em especial o Brasil. Para se ter uma ideia, o país detém cerca de 48% de todo o estoque de investimento na América Latina, como explicou o embaixador chefe da delegação da UE no país, Ignacio Ybáñez, durante o evento. Nota-se, em consequência, a importância do diálogo, do comércio e do investimento técnico e científico para garantir a “inovação nos dois lados do Atlântico”.

Nesse contexto, o Horizonte 2020 – maior programa de investigação científica e inovação da UE – já obteve resultados promissores para a Europa e outros países. O objetivo é estimular a excelência científica, conduzindo a descobertas, avanços e lançamentos mundiais. Através do financiamento de estudos produzidos em todo o mundo, várias ideias puderam sair dos laboratórios para irem ao mercado.

“A UE é o maior investidor estrangeiro no Brasil, desse modo, o dinheiro que entra no país proveniente de pesquisa, avanços tecnológicos e ciência é maior que o investimento feito na China e na Índia juntos”, comentou Ybáñes. E concluiu: “O acordo – Horizonte 2020 – facilitará a transferência de know how e de tecnologias para o Brasil, resultando na melhoria de produtividade das empresas, bem como no desenvolvimento internacional de pesquisas benéficas para a população”.

Como já se pressupõe, o programa que oferece suporte à inovação e investigação está previsto para finalizar em 2020. Felizmente, o Horizonte Europa dará continuidade à empreitada para reforçar os setores científicos e tecnológicos da União Europeia e os países parceiros, dentre eles, o Brasil, em especial. O programa-quadro de investigação e inovação tem previsão de ocorrer de 2021 a 2027.

Innovation Pitch

No intuito de empoderar e enaltecer a produção científica no Brasil, o concurso EU-Brazil Innovation Pitch ofereceu a pesquisadores a oportunidade de apresentarem os trabalhos para solucionar problemas decorrentes da globalização. Cinco pesquisadoras de todo o país foram selecionadas para disputar a final do prêmio: uma viagem à Europa para participar de uma semana de reuniões com pesquisadores e instituições acadêmicas, além de eventos de inovação.

Os projetos finalistas trouxeram soluções para várias as temáticas de impacto social e ambiental, como violência contra a mulher, produção de água potável para todos, tratamento com o uso de nanotecnologias para a dor crônica na artrite, produção de bioenergia por meio da descarbonização e transformação do lixo e, por fim, produção de embalagens verdes para substituir o plástico.

“São trabalhos que possuem mérito científico e tecnológico, fora o impacto positivo na vida das pessoas”, comentou Mario Neto Borges, especialista brasileiro em diálogos setoriais entre UE-Brasil. O pesquisador frisou que todos os trabalhos são vencedores e devem ser levados adiante e, por isso, a formalização do prêmio se deu considerando o trabalho que mais se identifica com os objetivos do Innovation Pitch.

A vencedora foi a pesquisadora Beatriz Gasparini Reis, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O projeto “Inovando para garantir água de qualidade para todos” trouxe soluções para garantir o consumo universal de água potável por meio do uso de tecnologias de baixo custo. Muito animada com a vitória, a pesquisadora afirmou ser um passo importante para tirar o projeto da escala piloto e desenvolver a tecnologia universalmente.

“Eu quero ir a Europa preparada para apresentar pesquisas brasileiras e mostrar a qualidade dos nossos estudos. É importante também para estabelecer contatos e trazer coisas novas, como mais parcerias e possibilidades de desenvolvimento”, afirmou Reis.

O Secretário de Pesquisa do Ministério de Ciência, Tecnologia e Comunicação (MCTIC), Marcelo Morales, enalteceu a força feminina na final do concurso. “Eu fico bastante orgulhoso de ver trabalhos de tão alto nível desenvolvido por cinco pesquisadoras. É muito importante mostrar o potencial das mulheres pesquisadoras no país, que são muito competentes e dedicadas nas áreas de ciência e tecnologia”, comentou.

O embaixador chefe da delegação da UE no país ressaltou que todos os projetos são de alta prioridade na União Europeia e do Brasil, dessa forma, é essencial que todas continuem desenvolvendo as pesquisas no intuito de trazer resultados positivos à sociedade.

Universidades Brasileiras

A programação também contou com um momento de exaltar as instituições que desenvolvem pesquisas científicas nacionais, dentre elas a Universidade de Brasília (UnB), considerada a 5ª universidade federal com maior desempenho acadêmico do Brasil. A decana de Pesquisa e Inovação, Maria Emilia Walter, apresentou alguns números e conquistas.

No âmbito científico, a UnB possui mais de 6.500 projetos de pesquisa em vigência, muitos em cooperação internacional. Desse total, 32% são financiados por agências de fomento nacionais e internacionais, bem como órgãos públicos e empresas. “Trabalhamos bastante, assim como as outras universidades do país, para transferir um conhecimento de qualidade aos nossos alunos, para que eles sejam transformados em ação”, observou Walter.

A decana ressaltou, principalmente, a importância da cooperação internacional para obter resultados satisfatórios. “A UnB tem envidado esforços no sentido de consolidar a inovação no seu ambiente”, ressaltou.

Da mesma forma, Fabio Guedes, vice-persidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP), salientou a importância da parceria com a União Europeia para alcançar resultados mais produtivos. “É importante internacionalizar a pesquisa? É. Nós estamos na 13ª posição mundial com cerca de 60 mil artigos publicados por ano. Nossa participação no mercado científico mundial cresceu bastante”, comentou.

O evento “Cooperação em Pesquisa & Inovação União Europeia – Brasil” cumpriu com satisfação o objetivo de facilitar a assistência em ciência, tecnologia e empreendedorismo entre as potências envolvidas. Além de importantes instituições nacionais, o ciclo de palestras contou com representantes técnico-científicos internacionais, bem como a presença de autoridades.

Também estavam presentes no evento o coordenador da Enrich Brazil, Johanna Haunschild; o secretário de empreendedorismo e inovação do MCTIC, Paulo de Carvalho; o diretor do departamento de promoção tecnológica do Ministério das Relações Exteriores, o embaixador Achilles Zaluar; o diretor de ciência e inovação da embaixada da Suécia; a vice-presidente da FAP-DF, Elizabete Lopes; o presidente da FAPESC, Fabio Holthausen.

O 5º Congresso Internacional de Contabilidade e Governança da Unb discutiu a qualidade das Informações Contábeis

Nos dias 04 a 06 de dezembro aconteceu na Finatec o 5º Congresso Internacional de Contabilidade e Governança da Unb. O evento é uma oportunidade para unir a comunidade acadêmica – pesquisadores e estudantes – e a sociedade para debater os rumos e as características das pesquisas em contabilidade no contexto nacional e internacional.

As inovações apresentadas na edição passada, também foram adotadas neste ano: o congresso de iniciação científica, que oportunizou a participação de jovens pesquisadores, e os painéis temáticos; uma resposta às demandas dos congressistas.

Para o formando em Ciências Contábeis pela UnB, Caio Callasans a interação com congressistas de outras nacionalidades é muito importante. “Eu vou palestrar dois artigos da Iniciação Científica aqui no congresso. Esse evento é muito importante porque ele trata diversos aspectos da contabilidade, além de dar oportunidade para novos pesquisadores poderem sentir como é um congresso, principalmente sendo um congresso internacional. Ele reúne pessoas de diferentes países, políticas e até as convergências contábeis, que hoje em dia é um assunto muito discutido no meio acadêmico e profissional. ” – afirma Callasans.

Nesta edição, o tema central das discussões foi “A Qualidade da Informação Contábil no contexto nacional e internacional”. O Professor Helder Kiyoshi Kashiwakura, explica a importância desse tema. “Nas Ciências Contábeis o principal objetivo é o registro de informações que serão utilizadas posteriormente para a tomada de decisão. Assim, para que isso aconteça de forma eficaz, o profissional de contabilidade tem que entender o que está sendo dito. A qualidade de informação é medida a partir do momento em que o profissional consegue tomar a decisão sem prejudicar as empresas. Tudo isso está relacionado a usabilidade dessas informações” – conclui o professor Adjunto do departamento de Ciências Contábeis da UnB.

As alunas Viviane Sousa e Anelisa Carneiro, vieram da Universidade Estadual do Vale do Acaraú, UVA – Ceará para apresentarem artigos no evento. “Vim para apresentar um artigo no Congresso e está sendo muito construtivo assistir as apresentações e palestras que foram expostas aqui. O meu artigo abordou as medidas nos índices de governança dos estados brasileiros, IGEB. Foi um comparativo de um estudo realizado em 2009 e o nosso trabalho resolveu comparar o avanço desse IGEB no decorrer dos anos, num cenário de 10 anos de trabalho.“ – explica Viviane.

“O evento em geral nos proporcionou muito conhecimento e nós vamos voltar para o Ceará com a bagagem cheia de aprendizado. Os temas discutidos nas apresentações e palestras foram muito bem escolhidos e apresentados num nível altíssimo de qualidade. ” – elogia Anelisa.

Veja mais fotos do evento!

Webinar sobre o Marco Legal de Ciência e Tecnologia! Participe

Já ouviu falar sobre o novo marco legal que alterou regras importantes da legislação favorecendo a criação de um ambiente de inovação mais dinâmico no Brasil? Tem dúvidas ou quer saber mais sobre a temática?

Não perca o nosso Webinar com o Procurador Federal, Membro da AGU, Dr. Bruno Portela, o Procurador-Chefe do CNPq, Dr. Leopoldo Muraro e o advogado da União membro da Consultoria Jurídica do MCTIC, Dr. Rafael Dubeux, autores do livro “Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil”.

O Diretor Presidente da Finatec, professor Armando Caldeira-Pires, fará a intermediação desse momento que, também, contará com perguntas de convidados especiais.

Acesse o nosso canal do YouTube, Finatec Oficial, e participe conosco ao vivo enviando suas perguntas!
Anote na agenda para não esquecer!

Dia: 11 de dezembro de 2019
Horário: a partir das 20h30

Pré-lançamento do livro Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil aconteceu na Finatec

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GDF contrata UnB/Finatec para analisar contaminação do antigo Lixão da Estrutural

O Governo do Distrito Federal celebrou, na última quinta-feira (26), a contratação da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) – entidade de apoio à UnB – para realizar a consultoria do antigo Lixão da Estrutural. Trata-se do primeiro passo para recuperação da área, cujo objetivo é elaborar um diagnóstico de contaminação e proposta de remediação ambiental. O prazo de execução é de 12 meses, com orçamento de R$ 1,3 milhões.

Após o fechamento do aterro, em janeiro de 2018, a preocupação agora é analisar a contaminação e as ameaças deixadas pelo antigo lixão. Segundo José Eloi Campos, coordenador técnico do projeto e chefe do Instituto de Geociência da Universidade de Brasília (UnB), o principal desafio é localizar a pluma do chorume – líquido escuro que sai do lixo -, uma vez que pode alcançar a água que é consumida pela população.

 

 

“Mesmo sem depositar mais lixo, a chuva infiltra na região e dilui o chorume, que por sua vez segue migrando. O que ainda não tem resposta é: onde que essa pluma chegou? Sabemos que ela se direciona para o interior do Parque Nacional e também para a cabeceira do córrego Vicente Pires, que é local de captação de água pela Caesb. Então tratar o chorume e evitar essas rotas são os pontos mais importantes no momento”, explicou Campos.

De acordo com o coordenador, os estudos terão dois enfoques principais: o diagnóstico e os testes-pilotos para a apresentação de propostas ao GDF, ou seja, acerca do uso de tecnologias adequadas para o efetivo controle de um dos maiores problemas ambientais da região. “Tratar chorume é a coisa mais simples do mundo, no entanto, é um processo caro. Então vamos buscar rotas alternativas, eficientes e que sejam mais baratas”, comentou.

 

Professor José Eloi Campos, coordenador técnico do projeto e chefe do Instituto de Geociência da Universidade de Brasília (UnB)

 

Dentre as propostas iniciais está a construção de vários poços de até 80 metros de profundidade para bombear o chorume e monitorar os reservatórios de água subterrâneos. Para reter os metais presentes no solo, pretende-se adotar a técnica da fitorremediação com plantio de árvores nativas como agentes purificadores, bem como realizar processos físico-químicos para precipitar os metais, de modo a serem tratados como minerais estáveis.

 

Maior depósito de lixo da América Latina

Por quase 60 anos o Lixão da Estrutural foi responsável por receber todo o resíduo sólido do Distrito Federal. De acordo com o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), estima-se que 40 milhões de toneladas de lixo já foram despejados no local. Com 200 hectares de área e montanhas de lixo de mais de 50 metros, o depósito era considerado o maior da América Latina.

A apenas 20 quilômetros da Praça dos Três Poderes e dividindo cerca com o Parque Nacional de Brasília, o Lixão da Estrutural é considerado uma irregularidade pela Lei de Crimes Ambientais e pela Política Nacional do Meio Ambiente. Felizmente o local foi desativado no dia 20 de janeiro de 2018, quando o Aterro Sanitário de Brasília, em Samambaia, estava pronto para uso.

O chefe do Instituto de Geociência da UnB alertou que a proximidade entre o depósito de lixo e a área de conservação ambiental é um risco para fauna, flora e água que abastece a população do DF. “Assim que acaba a vida útil de um aterro, é preciso que ele seja fechado o quanto antes. É como uma mineradora: quando há a exaustão das minas tem que sair e tirar tudo de lá, caso contrário pode até causar um acidente. Ou seja, a ideia é conseguir minimizar os efeitos negativos logo”, elucidou Campos.

 

Professor José Eloi Campos, coordenador técnico do projeto e chefe do Instituto de Geociência da Universidade de Brasília (UnB)

 

No caso do Lixão da Estrutural, mesmo com as atividades finalizadas há quase dois anos, o local gera preocupação, visto que concentra enorme quantidade de chorume e gás metano no solo, além de possuir grandes volumes de lixo enterrados em decomposição. Ademais de contaminar reservas subterrâneas de água, há também perigo de explosões no local. “Por meio dos estudos, esperamos minimizar os efeitos causados pelo depósito e tratar a área”, ponderou o coordenador.

 

Recuperação do solo

Os resultados obtidos durante os 12 meses de estudo servirão de subsídio para o Projeto de Recuperação da Área Degradada (Prad), realizado pelo Instituto Brasília Ambiental – IBRAM. O objetivo é a recuperação do solo do antigo lixão, além de evitar o impacto negativo sobre os recursos hídricos e a contaminação dos mananciais que fazem parte da bacia hidrográfica do Paranoá.

Vale ressaltar que a execução do projeto será viabilizada por recursos provindos da cooperação técnica entre o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), o Governo do Distrito Federal (representado pela Sema) e o Projeto CITinova – Promovendo Cidades Sustentáveis no Brasil, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTI).

 

Alessandra Andreazzi Peres – Subsecretária da Secretaria de Meio Ambiente – SEMA

 

Para o presidente da Finatec, Armando Pires, a fundação de apoio presta uma assistência fundamental na solução de problemas sociais. “É um honra e uma satisfação ter nossa equipe envolvida nesse estudo, em área na qual já temos grande conhecimento acumulado. Agora é hora de fazê-lo voltar à sociedade, o que é possível por meio da canalização de recursos”, declarou.

 

Armando Caldeira-Pires – Diretor Presidente da Finatec

 

O evento de lançamento dos estudos e divulgação do contrato contou também com a presença do subsecretário de Gestão das Águas e Resíduos Sólidos, Jair Vieira Tannus Júnior, e a subsecretária da Secretaria de Meio Ambiente – SEMA, Alessandra Andreazzi Peres, ambos da SEMA. Participaram igualmente a diretora do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Regina Silvério, o subsecretário de Estruturação e Gestão de Projetos da Secretaria de Projetos Especiais do GDF, Eduardo Amaral da Silveira, e a coordenadora do Projeto CITinova no GDF, Nazaré Soares. O Diretor-adjunto da SLU, Gustavo Souto Maior, e a Chefe do Parque Nacional de Brasília, Juliana de Barros também marcaram presença e elogiaram a iniciativa.

 

Eduardo Amaral da Silveira – Subsecretário de Estruturação e Gestão de Projetos da Secretaria de Projetos Especiais do GDF

 

Veja mais fotos desse momento:

 

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