A preparação começou! O programa Enem Inclusivo e Especial 2023 oferece encontros preparatórios para alunos com algum tipo de deficiência ou transtorno da rede pública de ensino

No último sábado (26), aconteceu a aula inaugural na Finatec.

Juntas, a Secretaria de Estado de Educação do DF, por meio da Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin), em parceria com a Finatec, vão reforçar a preparação de estudantes da rede pública de ensino com algum tipo de deficiência ou transtorno que irão prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), Através do projeto Enem Inclusivo e Especial 2023.

Ao todo, 62 estudantes com deficiência e/ou transtornos (TEA, TDAH, Dislexia, entre outros) inscritos no Enem e que demonstraram interesse no reforço participarão das aulas preparatórias, que acontecem de 8h às 12h nos 11 sábados que antecedem a realização das provas. As aulas serão ministradas nas instalações da sede da Finatec.

Além da Fundação, o projeto tem a parceria da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB) e da ONG Programando o Futuro. Até a véspera do exame, eles vão participar de aulas preparatórias que acontecerão todos os sábados. A aula inaugural do projeto aconteceu no último sábado (26).

Como começou 

O ENEM Inclusivo Especial surgiu em 2019 [hiperlink: finatec.org.br/noticias/enem-inclusivo-e-especial-projeto-reune-alunos-especiais-em-aulao-preparatorio-para-prova/]  a partir de um questionamento que a subsecretária Vera Barros fez depois de acompanhar alguns eventos de preparação para o Enem. “Observei os alunos presentes nesses eventos e me perguntei: Não tem alunos com deficiência aqui?”. A partir disso a subsecretária não mediu esforços para juntar voluntários e criar um projeto com aulas e dinâmicas para preparar os alunos na reta final para a prova.

Vera Barros, subsecretária da Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin)

“O Enem Inclusivo e Especial nesta segunda edição tem várias melhorias, onde a Finatec agora conecta o conhecimento da Universidade de Brasília e a tecnologia também, mas não só tecnologias pedagógicas, metodologias de ensino, mas com a parte também de informática, para apoiar os alunos.”, comenta o professor Augusto Brasil, diretor presidente da Finatec.

Professor Augusto Brasil, diretor presidente da Finatec

O diretor se refere ao Laboratório de Experimentações Pedagógicas, uma sala com 11 computadores doados pela ONG Programando o Futuro, parceira apoiadora no Hub da Educação, mais um programa da Finatec voltado para aplicação de conhecimentos.

“Em 2019 a Finatec nos apoiou com os espaços, agora o professor Augusto nos ofereceu novas instalações, um  up. Esse ano estamos com o Laboratório de Experimentações Pedagógicas que respira inovação, criatividade, com a ONG Programando o futuro, que nos ofereceu as máquinas para o laboratório. Nós trabalhamos no currículo básico que é a parte teórica, nós temos agora uma plataforma, nós temos um laboratório exatamente com toda essa proposta de inovação pedagógica”, comemora a idealizadora do projeto, Vera Barros.

“Desde a primeira edição eu participo como voluntário e estou sempre pronto, porque a gente sabe como é difícil essa caminhada, e eles chegarem até aqui já é uma grande vitória. Eles já estão com meio pé dentro da universidade, então precisam desse apoio para conquistarem a tão almejada vaga na universidade. A gente tem que ajudar sim, é maravilhoso esse trabalho, e temos colhido bons frutos nas últimas edições.”, exclama o professor e coordenador intermediário da CRE do Núcleo Bandeirantes. 

Augusto Brasil, Vera Barro e o professor Ney Vieira.

Os docentes que ministrarão as aulas atuarão no projeto de forma voluntária, assim como os monitores e profissionais de apoio. A equipe formativa/pedagógica é composta por profissionais da rede pública do DF, da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília e da Finatec. Além disso, serão oferecidos todos os dispositivos para garantir a plena acessibilidade aos estudantes como audiodescrição e intérprete de libras.

A secretária de educação Hélvia Paranaguá, esteve presente na ocasião e comentou a importância dessas parcerias para a Educação.  “Ainda que fosse só um estudante, nós estaríamos aqui.  A educação, ela tem que ter esse olhar da inclusão. Então, não importa se são 10,  20, 50, 100, 200 mil. A educação não anda sem parcerias: todos os parceiros, o terceiro setor, as universidades, os órgãos do Distrito Federal, todos temos que estar unidos em prol da educação. Educação é uma questão social, nacional e mundial. Não vamos a lugar nenhum sem ela. É a educação que transforma, que modifica a vida das pessoas. Então, eu me emociono bastante quando vejo vocês aqui.”

Hélvia Paranaguá, secretária de educação do Distrito Federal

Importância

A primeira edição do Enem Inclusivo e Especial ocorreu em 2019 e evidenciou que as ações do projeto, de fato, proporcionam uma vivência diferenciada em relação aos processos de ensino-aprendizagem e estímulo aos participantes.

O aluno do sétimo semestre de Jornalismo, Luis Felipe Sales, participou da primeira edição do programa em 2019. Aos 21 anos de idade, o universitário, portador de Transtorno do Espectro Autista explica como o Enem Inclusivo e Especial ajudou na sua trajetória para aprovação. “Tivemos vários professores preparados para instruir os alunos, também tivemos todo o apoio necessário para realizar a prova. Então foi um evento muito importante e realizador, que ajudou bastante. Eu fiz a prova e passei com certeza com os conhecimentos que adquiri na escola, mas com as aulas do projeto, que me ajudaram a fazer a prova tranquilamente.”

Luis Felipe Sales, participante da primeira edição do programa em 2019

“Nós sabemos que o ENEM não sofrerá qualquer alteração, tanto esse ano quanto o próximo. Retornar com esse projeto é fundamental e nós temos grandes professores voluntários aqui para tentar passar para os meninos um pouquinho da nossa experiência, um pouquinho da nossa vivência com exames de seleção, as expectativas são as melhores possíveis.”, exclama o professor Ney Vieira, que desempenha o papel de incentivador dos alunos. 

“Quando nós estamos juntos, tudo é possível, então é em cima dessa ideia que eu estou aqui hoje, iniciando o Enem Inclusivo e Especial,  que está sendo um grande sucesso.Eu acho que em novembro vou comemorar muito o sucesso dos meus estudantes. Sou só a gratidão, a Finatec e a UNB, pela monitoria. E que esse projeto, eu acho que ele veio para ser apenas, ser um projeto que veio fazer a diferença mesmo, né? E que realmente a gente venha a tratar a inclusão de fato, né?”, indaga Vera Barros. 

“O evento hoje, a empolgação dos alunos, a importância para eles que vão agora entrar nessa área da universidade no próximo ano. Então, eu acho que esse evento marca uma expectativa de todos nós do que virá para o futuro. Eu acho que nós estamos num ponto da história em que nós conseguimos agora, através das tecnologias, diminuir esse degrau para melhorar a inclusão.”, finaliza o professor Augusto Brasil.

Confira as fotos do evento!

Finatec sediou a terceira fase da Olimpíada Brasileira de Química

O projeto é realizado anualmente em todo território nacional com participação de estudantes do ensino médio e ensino técnico profissional de escolas públicas e privadas

A Olimpíada Brasileira de Química (OBQ) aconteceu na Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) no último sábado (19/8) com a realização das provas da fase III. A OBQJr será no dia 2 de setembro. O projeto é realizado anualmente em todo território nacional com participação de estudantes do ensino médio e ensino técnico profissional de escolas públicas e privadas.

A competição tem como objetivos estimular o estudo da química, identificar talentos na área e, ainda, promover a inclusão social por meio do conhecimento científico. As inscrições são gratuitas para os estudantes de escolas públicas e, para os estudantes de escolas privadas o valor da taxa de inscrição, em 2023, foi de R$ 4.

“O despertar de talentos em ciências, mais especificamente em Química, é o principal impacto de eventos como a OBQ. Estes talentos e divulgação dos resultados alcançados pelos estudantes brasileiros, além de motivar os jovens permite mais uma via de inserção internacional da ciência brasileira. Esperamos que com a maior visibilidade das etapas da OQDF mais estudantes de ensino fundamental e médio se interessem pela Química, e possam vir a ser selecionados para cursos superiores na área, contribuindo para elevar a qualidade da mão de obra formada no Brasil e no DF, nas áreas de Ciências e Química.”, comenta Cida Prado, professora que aplicou a prova no DF.

A fase III contou com 120 participantes ao todo e atualmente a coordenação da OBQ DF é parte de um projeto de extensão da Universidade de Brasília (UnB), com foco na cooperação entre as licenciaturas da UnB para realização e divulgação da OBQ. Deste modo, a Finatec está viabilizando a realização presencial das OBQ DF e efetivando projeto de extensão da UnB, a principal apoiada.

“O atendimento recebido foi de excelência. Desde a impressão das provas, que foi feita pelo pessoal da parte de eventos, até a recepção e cuidado com os estudantes! A Finatec nos ofereceu toda assistência necessária. Para nós da Coordenação do Distrito Federal da Olimpíada de Química, ficamos muito honrados e agradecidos em poder contar com a Finatec nessa parceria.”, comenta Cida Prado.

Empreendedorismo e inovação: “IFB mais empreendedor” é lançado para comunidade acadêmica

O incentivo ao empreendedorismo é uma abordagem crucial para estimular a criação e o crescimento de novos negócios e, mais do que isso, incentivar a inovação.  O Instituto Federal de Brasília (IFB) está investindo R$250 mil na capacitação de 100 micro e pequenos empreendedores do Distrito Federal. Os cursos, com duração de seis meses, são ministrados por professores e alunos bolsistas e os recursos são fruto de uma emenda parlamentar da deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF).                                                                                                                                       

“Quem participa de alguma atividade no Instituto Federal de Brasília, sabe que o DNA de empreendedorismo corre nos corredores dos campus, essa é a premissa para a criação do “Programa IFB mais Empreendedor”.”, comentou a professora Carla Castro no evento de lançamento no dia 17 de agosto no campus Brasília. 

O programa abriga 10 projetos de extensão coordenados por docentes do IFB. Cada um tem uma destinação, desde desenvolvimento de planos de negócios até estratégias digitais. Alguns apoiam na área de alimentos e gastronomia, oferecendo consultoria de desenvolvimento de rotulagem, por exemplo.  

Na ocasião estavam reunidos professores de diversos cursos da instituição, alunos contemplados no projeto, o professor Paulo de Montenegro, diretor do Campus Ceilândia e um dos desenvolvedores do programa, a professora Christine Lourenço, diretora do campus Brasília, a professora Diene Tavares Silva, pró-reitora de Extensão e cultura e a reitora Veruska Machado.

“Fala-se muito em empreendedorismo, mas a nossa força de trabalho e a riqueza do país vem de micro pequenos empreendedores. Eu fiquei muito feliz em começar  pesquisar o assunto, porque existem muitos programas de incentivo financeiro para os médios e grandes e os pequenos empreendedores produzem muito e nem sempre tem esse acesso. Então se a gente puder de alguma forma democratizar e viabilizar o sonho de alguém, isso vai ser maravilhoso!”, exclama  a professora Carla Castro, coordenadora do projeto.

Professora Carla Castro, coordenadora do projeto

O que se espera no futuro é que esses micros e pequenos empreendedores cresçam, porque com a técnica e formação, o caminho pode ser mais fácil. “A instituição realmente tem a ganhar muito com esse trabalho que está sendo desenvolvido. Eu sempre repito a missão da nossa instituição: transformação de vidas, por meio da educação profissional. Um programa como esse, ele está completamente alinhado à nossa missão institucional, que é transformar vidas  por meio de conhecimento do empreendedorismo, mas não só desenvolvendo habilidades e conhecimentos. Neste programa, os contemplados  vão sair daqui treinados e fazendo a diferença nos territórios.”, afirma Veruska Machado, a recém empossada reitora do IFB.

Veruska Machado, Reitora do Instituto Federal de Brasília

“O impacto positivo que o programa traz para esses jovens, porque além de trabalhar com a questão fundamental, que é a autoestima, possibilitar a formação, ajuda no empreender, que está muito relacionado ao território, às comunidades, à mudança de vida dessas pessoas, que na sua grande maioria são mulheres.”, comenta Diene Tavares Silva, pró-reitora de Extensão e cultura.

“É  muito interessante o dado de 63% de mulheres inscritas, tanto nos projetos quanto bolsistas, e a gente também não notabilizou as mulheres que estão por trás do desenvolvimento do projeto. E uma coisa que eu acho que é importante é o que esses  dados que podem gerar, pesquisa que pode gerar dados que podem, quem sabe, virar uma política pública, que é perceber e fazer a intersexualidade, não só de gênero, mas também de raça, quem são essas mulheres que empreendem dentro dos nossos territórios. Eu acho que isso traz uma consistência muito importante, né, para que a gente implementa cada vez mais dentro desse projeto que a gente tem, nesse programa, né, mais que a gente possa realmente dar continuidade, quem sabe, no virar uma grande política pública.” comenta pró-reitora de Extensão e cultura, Diene Tavares Silva.

Diene Tavares Silva, pró-reitora de Extensão e cultura

Expectativas

“Depois desses seis meses acho que os bolsistas do projeto vão conseguir entregar para os alunos um conhecimento pedagógico muito significativo e envolvê-los na área de gestão e até quem sabe também se aventurar no empreendedorismo. Para se ter noção,  mais de 70% dos que se inscreveram conosco não estão formalizados. Então a nossa meta é mais do que 50% de formalização ao final do projeto.”, comenta a professora Carla Castro.

“Eu sou uma instituição de ensino,  não consigo lidar com dinheiro, pagamento de bolsa, prestação de conta, contratação de pessoal. A Finatec é o nosso braço operacional, sem a Fundação  a gente não teria mobilizado a execução do programa. O que depender de mim e se a gente conseguir recursos para viabilizar mais turmas desse programa a parceria técnica vai longe!”, finaliza a professora Carla Castro. 

Confira os projetos contemplados, clique aqui!

Confira as fotos do evento:

IFB mais empreendedor 2023 será lançado em 17 de agosto

Por meio de edital, foram selecionados 100 empreendedores do Distrito Federal que receberão capacitação durante seis meses

O Instituto Federal de Brasília (IFB) está investindo R$250 mil na capacitação de 100 micro e pequenos empreendedores do Distrito Federal. Os cursos, com duração de seis meses, são ministrados por professores e alunos bolsistas e os recursos são fruto de uma emenda parlamentar da deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF).

O programa abriga 10 projetos de extensão coordenados por docentes do IFB. Cada um tem uma destinação, desde desenvolvimento de planos de negócios até estratégias digitais. Alguns apoiam na área de alimentos e gastronomia, oferecendo consultoria de desenvolvimento de rotulagem, por exemplo.

A coordenadora do programa, Carla Simone Castro explica que o grupo foi selecionado por meio de edital e de uma parceria com a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec). E cada projeto atende entre cinco e 10 empreendedores por meio do desenvolvimento do negócio e suporte técnico-operacional que visem ao aprimoramento das atividades empresariais.

A primeira iniciativa de apoio aos micro e pequenos empreendedores ocorreu em 2020, ainda na pandemia. Em 2022, houve uma proposta nacional, e o IFB Brasília participou apoiando sete projetos de iniciativa nacional da rede federal. “Este ano tivemos a iniciativa de fazer nosso próprio projeto de empreendimento, o que se tornou possível graças à emenda da deputada Paula Belmonte. As iniciativas anteriores se mostraram muito eficazes, com cerca de 42% dos participantes partindo para a formalização”, comemora.

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