Brasília produzirá primeiro teste de Covid-19

 Departamento de Biologia Celular da UnB está realizando pesquisa de diagnóstico da doença com proteínas desenvolvidas em células de insetos e plantas

A Universidade de Brasília está muito perto de começar a produzir o primeiro kit de diagnóstico de Covid-19 com proteínas desenvolvidas em células de insetos e plantas a partir da aplicação de gene do Coronavírus (transmissor da doença) nesses seres vivos.

Com a gestão da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), o Projeto “Geração de insumos biotecnológicos utilizando diferentes sistemas” deve levar  seis meses para liberar os primeiros protótipos de teste de Covid-19 nas pessoas.

O exame que identificará se uma pessoa está contaminada pela doença é o resultado de uma pesquisa iniciada no ano passado pelo Departamento de Biologia Celular da UnB. Os biólogos conseguiram clonar o gene que codifica as proteínas da capa do Coronavírus.

A partir da coleta dessas amostras, introduziram o material em células de plantas e insetos e começaram a obter um novo tipo de proteína capaz de reagir à presença do vírus em sangue contaminado, detectando, assim, a presença do Coronavírus, que é o vetor da Covid-19.

O trabalho científico é coordenado pelo professor Bergmann Ribeiro, da UnB, em parceria com o professor Tatsuya Nagata (também da universidade) e com outros professores da Universidade Federal de Goiás, onde estão os soros (com amostras de sagues) de pessoas infectadas com o Coronavírus disponíveis para a experiência.

“A principal vantagem é o custo e o encerramento da demora para ser aprovada por um controle de qualidade. O teste será bem mais em conta. E a detecção, muito mais rápida. Esse vírus veio para ficar. Então, vamos precisar desses teste o tempo inteiro”, salienta o docente.

A pesquisa já rendeu reconhecimento internacional. A revista científica Journal of Virological Methods  publicou um artigo na semana passada sobre o procedimento de purificação dessa proteína em células e insetos. “Ninguém tinha ainda publicado um trabalho numa revista científica relacionada à purificação dessa proteínas do Coronavírus em células de insetos”, enfatiza Bergmann.

Equipamentos

O coordenador da pesquisa destaca a importância do apoio da Finatec no trabalho. A fundação agiliza o papel de gestão dos recursos na aquisição de material, insumos e equipamentos utilizados pela equipe de pesquisadores, fazendo pesquisa de preços e cotação. “O pesquisador não tem dor de cabeça com a burocracia. Vai ter mais tempo para se dedicar à pesquisa”, ratifica.

Um dos maquinários adquiridos pela Finatec com serventia ao trabalho foi a Leitora de placa, responsável por fazer a interação da proteína produzida em plantas e insetos com o anticorpo que está no sangue da pessoa. “Se tiver anticorpo com o vírus nessa pessoa, a máquina detecta”, explicou o docente.

O projeto “Geração de insumos biotecnológicos utilizando diferentes sistemas” faz parte do convênio 003/2020, celebrando entre a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (Fap-DF) e a Finatec, que tem como objetivo a conjunção de esforços entre os partícipes, por mútua cooperação técnico científica, visando apoiar a execução e o desenvolvimento de projetos e ações de Pesquisa, Inovação e Extensão destinadas ao combate à COVID-19.

Economia criativa: Cocreation Lab DF forma primeiras turmas de empreendedores

Ao todo, 37 projetos apresentam seus pitches finais a partir desta segunda-feira (22)

Parte de um amplo programa de fomento à inovação no Distrito Federal, o Cocreation Lab conclui as primeiras turmas a partir desta segunda-feira (22), com o início dos pitches finais de 37 projetos de economia criativa. As apresentações serão transmitidas ao vivo e seguem até quinta-feira (25).

Durante cinco meses, os projetos receberam apoio de 130 mentores, que ajudaram os futuros empreendedores na formatação dos negócios, com centenas de horas de mentoria, diagnósticos e mais de 50 eventos gratuitos. Nesse período, especialistas em diversas áreas da economia criativa ajudaram a tirar sonhos da cabeça e a colocá-los no papel, em áreas como moda, agronegócio, design, games e nanotecnologia.

 “Mais de 60% dos projetos inscritos chegaram a esta fase, o que é um número extraordinário, que mostra o potencial do ecossistema do Distrito Federal”, comemora Luiz Salomão Ribas Gomez, idealizador do CocreationLab e consultor da TXM Business, startup responsável pela metodologia usada no projeto.

O CocreationLab do Distrito Federal é parte integrante do programa de animação do Ecossistema de Inovação do Distrito Federal, uma parceria entre a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), com apoio da Universidade de Brasília – através do CDT (NIT DA UnB) – e do Instituto Federal de Brasília.

No DF, dois polos de Cocreation Lab estão localizados na UnB: um no campus Darcy Ribeiro e outro no campus FGA. Os outros dois ficam nos campus do IFB: em Samambaia e São Sebastião. Ainda em 2021, será lançado o edital de seleção para cinco novas turmas, uma delas com apoio do Sebrae.

Veja os projetos que serão apresentados em cada espaço do DF:

Ipê Rosa

Bio Farm

Kursay

EntregaFer

Chayim

Coopertronik

Ipê Roxo

Akvofluo

Chame a Lú

Conecta Jobs

Dyona

Foodtech

IdeiaSpace

Nutriva Kids

Sócius

Veggi e Taís

VibeUp!

Ipê Branco

ProSenior

Bamburiti

Cromática

Escrita Consciência

Groof

Nanosensors

Levare Bioprocessos

BUMI

Experience Box

EngiTech

P-Last

Arena Gamer BSB

Recarregue

Envoltoria Embalagens Agroecológicas

Ipê Amarelo

Virtual Design Fla´s

Vem Sem Glúten

Venda Mais na Sua Região

Fenix Pintura por Elas

Reforço e Acompanhamento Escolar e Inovação

Digital Startups Inovação e Consultoria

Projeto apoiado pela Finatec desenvolve ferramenta que conecta alunos à escola em tempo real

A ferramenta está no pacote de produtos desenvolvidos para aproveitar tecnologia adquirida na pandemia. Governo Federal investe R$ 3,5 bilhões com a conectividade nas escolas públicas do País. Objetivo é não deixar que esse recurso vá para o ralo.

O agravamento da pandemia de Covid-19 fez com que a nossa sociedade se adaptasse aos novos tempos impostos pela expansão da doença. Muitos paradigmas foram quebrados. Como por exemplo, as atividades presenciais. Uma das formas encontradas para compensar a ausência de trabalhadores, artistas, professores, alunos foi a aquisição de tecnologia.

O afastamento das crianças das escolas gerou gastos no sistema educacional, acelerando a introdução de certa tecnologia que pode auxiliar no processo de aprendizagem. O governo federal está gastando agora R$ 3,5 bilhões em conectividade de alunos com as escolas.

Mas, com a volta à normalidade, o desafio agora é evitar que, após o retorno das atividades presenciais, esse dinheiro público que foi gasto com tecnologia seja perdido com o abandono dela.

Ao aceitar o desafio, a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento de Educação (FNDE), está apoiando o “Projeto Desenvolvimento Regional Governo Pós Pandemia”.

Um dos objetivos do projeto é fazer com que a tecnologia utilizada no período da pandemia seja útil daqui para frente. “Se você não tem escola envolvida na execução daquela nova tecnologia, o desenvolvimento é pífio. Para que tenha utilidade no pós-pandemia, o resto precisa funcionar também. Essa é uma das preocupações do projeto”, explica o coordenador técnico, o professor José Carneiro da Cunha.

Iniciado em abril de 2020, quando o número de mortes provocadas pela pandemia aumentava, o projeto voltado para a educação básica, que vai

da primeira série da alfabetização ao ensino médio, começou a estudar os desdobramentos da pandemia sobre a educação.

Entre os aspectos diagnosticados no âmbito educacional, está a violência contra crianças cometida em casa, a necessidade de obras de tecnologia para colégios, novos conceitos arquitetônicos, melhorias na segurança do transporte escolar, entre outros.

Então, a iniciativa apoiada pela Finatec desenvolveu uma série de 35 produtos que visam solucionar os fatores diagnosticados na pesquisa. Vão desde o emprego de tecnologia capaz de constatar se uma criança sofre violência em casa a melhorias para as escolas, como o emprego de tecnologia, uso de tabletes e sistemas capazes de conectar os alunos ao corpo docente em tempo real.

O Projeto que tem recurso da ordem de R$ 90 milhões do FNDE está sendo implementado em 200 escolas públicas do País (três delas no Distrito Federal).

Uma das ferramentas permite fazer um acompanhamento em tempo real do desenvolvimento cognitivo do estudante. “Dá para saber, por exemplo, em qual disciplina ele tem mais dificuldade, pela quantidade de vezes que ele tentou resolver uma questão ou exercício. Vai ficar disponível na rede. Ao final, o professor recebe um e-mail com uma série de materiais relacionados com a dificuldade diagnosticada do aluno, que vai ter acesso via professor”, explica Carneiro. Segundo ele, até abril de 2023, serão contemplados 11 mil alunos.

A tecnologia será um importante aliado do professor, mas não vai suprimir sua importância em sala de aula. “Uma coisa que fica clara no projeto é que não se substitui o professor”, afirma o coordenador do projeto, José Carneiro.

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