Profissionais e estudantes se reúnem no I Workshop de Avaliação Psicopedagógica

O evento, liderado pelos especialistas Tiago Figueiredo e Camila Leon, acontecerá no auditório da Finatec, em Brasília

Médicos, psicólogos da área da neuropsicologia, profissionais da psicopedagogia e estudantes que atuam ou desejam atuar na área clínica podem participar do I Workshop de Avaliação Psicopedagógica, que será realizado neste sábado, dia 06 de abril, pela manhã, no auditório da Fundação de Empreendimentos Tecnológicos (Finatec), no Campus Universitário Darcy Ribeiro, da UnB, na Avenida L3 Norte, Edifício Asa Norte, em Brasília. O credenciamento será feito no próprio local das 8h15 às 8h30.

O médico psiquiatra Tiago Figueiredo abrirá o Simpósio com a palestra “As Bases do Raciocínio Clínico Psicopedagógico”, que terá início às 8h30 e se encerrará às 9h30. Em seguida, a doutora Camila Leon retomará os trabalhos com o tema “Quais Instrumentos Utilizar na Avaliação?”, com duração de uma hora, das 9h30 às 10h30. O encontro terá intervalo de uma hora (das 10h30 às 11h30) e voltará às atividades com os dois palestrantes juntos, quando abordarão o tema “O Que Deve Constar no Relatório da Avaliação”. O encerramento está previsto para as 12h30.

“Durante o evento, será feito um treino prático e com muita fundamentação teórica sobre a avaliação das dificuldades de aprendizagem, que são tão pertinentes na nossa prática clínica”, adianta o psiquiatra Tiago Figueiredo, ao destacar a importância do encontro, principalmente para os profissionais da área que têm o trabalho voltado para os jovens. “Você que trabalha diretamente ou indiretamente com crianças e adolescentes está convidado para esse dia de imersão de aprendizagem sobre a avaliação das dificuldades de aprendizagem na prática clínica”, conclui.

Técnicos da UnB transformam a realidade de famílias residentes em áreas vulneráveis ou em situação de risco

Bons resultados já podem ser constatados por meio das ações de moradores

A Universidade de Brasília (UnB), por meio do Departamento de Arquitetura e Urbanismo, está inovando com o lançamento do primeiro curso de especialização que propõe uma imersão em vivências territoriais. Iniciado em outubro de 2022 e chegando ao seu término este mês, o curso oferece uma série de módulos de estudo, incluindo oficinas, visitas a áreas vulneráveis e experiências práticas que possibilitam uma troca de conhecimentos entre os participantes do curso e as comunidades locais.

Os resultados positivos já são visíveis, com projetos de urbanismo e melhorias habitacionais sendo celebrados pelos moradores. Destacam-se iniciativas como a promoção de economia solidária na ARIS Dorothy Stang, a implementação de hortas urbanas no Parque Paranoá, a reforma da Cozinha Popular do MTD no Sol Nascente e o planejamento comunitário para a preservação da Lagoinha. Além disso, há esforços em andamento, como a produção de cartilhas para auxiliar na luta pela regularização fundiária em Santa Luzia, o desenvolvimento de projetos de infraestrutura turística e paisagística no assentamento Pequeno William MST, e a promoção de ações voltadas para o fortalecimento do planejamento territorial afrorrural do Quilombo Mesquita.

O engajamento da comunidade, com o apoio financeiro da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), é notável, incluindo a concessão de bolsas para jovens do ensino médio, residentes nas áreas abordadas, permitindo-lhes participar ativamente desse processo de transformação. “Isso mudou a realidade deles. Os pais comentam que os filhos começaram a se interessar mais pelos problemas locais após essa interação com os técnicos da UnB”, observa Liza Andrade, coordenadora do projeto.

A expectativa é que, até o final deste ano ou início do próximo, seja lançada a segunda edição do curso de Residência. Esta iniciativa é parte de um esforço nacional, com apenas cinco universidades no Brasil desenvolvendo cursos nesse formato, visando fortalecer a assistência técnica em habitação de interesse social nas periferias. A participação ativa dos professores e estudantes nas comunidades é fundamental para o sucesso do programa, especialmente com o apoio do Ministério das Cidades, por meio do Programa Periferia Viva da Secretaria Nacional de Periferias.

Liza Andrade destaca a importância de superar a elitização na área de Arquitetura, onde apenas 16% da população tem acesso a esse tipo de assistência habitacional. “As pessoas que vivem em territórios de risco necessitam de profissionais não apenas da arquitetura, mas também da engenharia, para abordar essa questão social. Esta assistência técnica é fundamental para mudar a realidade”, ressalta.

O curso de pós-graduação Residência Multiprofissional em Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS): Habitat, Agroecologia, Economia, Sociedade e Saúde Ecossistêmica em Territórios do DF e entorno, do Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da UnB, tem como objetivo formar “assessores sociotécnicos” em parceria com os moradores locais, visando soluções mais resilientes e solidárias para os desafios habitacionais enfrentados por diversas comunidades, incluindo camponeses, quilombolas e moradores da periferia.

A coordenação do projeto, liderada por Liza Andrade, destaca o processo de criação da disciplina Fundamentos em Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS) em 2021, que serviu de base para a concepção do curso e contou com o apoio de diversos professores. O projeto recebeu recursos por meio de uma emenda parlamentar da deputada Erika Kokay, reconhecendo assim o impacto positivo que tem nas comunidades atendidas.

Seminário Saúde Mental na Parentalidade

A complexidade das relações familiares exige constante atualização dos profissionais que atuam no campo da parentalidade, assim como a permanente aquisição de novas ferramentas e estratégias de intervenção na saúde pública, como condição para o enfrentamento dos desafios contemporâneos face à problemática da violência intrafamiliar, às questões raciais e aos diferentes arranjos na constituição familiar.

​O Seminário é fruto da pesquisa “Escola da família: promovendo saúde mental na parentalidade”, apoiado por emenda parlamentar da bancada do Distrito Federal em 2022. Nesse contexto, o Seminário Saúde Mental na Parentalidade marca a finalização desse trabalho e pretende fomentar debates interdisciplinares sobre intervenção, políticas públicas em saúde e concepções teóricas da parentalidade e suas vulnerabilidades.

“Esse projeto então é um desdobramento do projeto Escola da Família de Niterói, em relação à temática da saúde, a gente percebeu que seria interessante afunilar um pouco a temática e trazer a discussão também da questão da saúde mental, tendo em vista os números de depressão pós-parto e também da violência e da solidão das mulheres gestantes, a situação em que elas estão expostas e a quantidade de que existe no Brasil.”, explica Aline Tarouquella Matias, pesquisadora do projeto.

Aline Tarouquella Matias

​O período da infância é de suma importância na constituição da subjetividade. As crianças estão sujeitas às vicissitudes do ambiente que as rodeia. O cuidado dos adultos possibilita ao bebê viver e se desenvolver enquanto não possui ainda condições de fazê-lo por si próprio. Os adultos cuidadores são os responsáveis, num primeiro momento, pelo que ocorre no ambiente da criança. Portanto, cuidar das gestantes, dos familiares é também promover saúde mental.

“O projeto possibilitou a formação de 95 profissionais na área da saúde do DF, no tema da saúde mental da parentalidade, que é um tema extremamente sensível nesse momento da vida, na ideia das depressões pós-parto, das violências, da solidão. Os espaços de saúde podem ser acolhedores e de promoção da saúde mental. Esse projeto também trouxe três dissertações, tivemos 13 bolsistas de pesquisa, uma publicação numa revista A1, da CAPS, com o tema da parentalidade, a gente tem um chamado público sobre isso, produzimos três vídeos explicando o projeto. O livro está sendo finalizado com a editora Blucher.”, comenta a professora Kátia Tarouquella Brasil, coordenadora do projeto.

Kátia Tarouquella Brasil

A deputada Erika Kokay esteve presente na abertura do evento e explicou a importância de apoiar projetos como esse e a vulnerabilidade da mulher. “Todos os anos, nós destinamos uma emenda de bancada, que são emendas mais vultosas para a Universidade de Brasília, para que nós possamos realizar projetos como esse, que via de regra acontecem através da Finatec. E é absolutamente fundamental, porque aqui nós estamos falando de ensino, nós estamos falando de pesquisa, nós estamos falando de extensão, mas, fundamentalmente, nós estamos falando de problematizar as nossas realidades para que nós possamos encontrar soluções para resgatar uma cidadania e resgatar uma liberdade que, em grande medida, esse país com tantas casas grandes, sem alas literais e metafóricas, não permite que nós resistamos. Portanto, essas emendas, quando vem para cá, elas são emendas que sempre trabalham na perspectiva de autonomia, de vivenciar uma humanidade que pressupõe diversidade. Pressupõe condição de sujeito, mas também pressupõe afetividade. Por isso, são atividades que sempre carregam muita amorosidade e muita afetividade. Continuaremos sempre contribuindo com a diversidade de Brasília e com projetos como esses que vêm através da Finatec.”, comenta a deputada.

Deputada Erika Kokay

“A Finatec teve um apoio fundamental, desde a busca junto com a deputada Erika Kokay, junto ao gabinete dela e toda a administração, toda a gestão do projeto. O apoio é fundamental porque a gente pudesse fazer a publicação, fazer o nosso trabalho sem se preocupar com a parte financeira, contratual e a gente conseguiu ter mais liberdade para construir o trabalho. O evento foi maravilhoso, acho que todo o apoio, que a nossa equipe junto com a equipe da Finatec, ela realmente conseguiu trazer uma discussão científica, cultural. Mental e humana, porque eu acho que a ideia é falar de saúde mental na parentalidade e não esquecer o lado humano que atravessa esse lugar de assumir a parentalidade.”, finaliza a professora Kátia Tarouquella Brasil.

Confira as fotos do evento:

Finatec apoia prefeitura da UnB na aplicação de fumacê

Com a chegada do período chuvoso, observa-se um aumento significativo na proliferação de larvas de mosquitos, o que eleva consideravelmente o risco de transmissão de doenças como dengue, zika e chikungunya.

Diante desse cenário preocupante, a aplicação de fumacê se torna uma medida urgente e imprescindível para proteger a saúde da nossa comunidade e conter a disseminação do mosquito Aedes aegypti.

Neste sentido, a Finatec atendeu uma solicitação de apoio da Prefeitura da Universidade de Brasília para preparar os espaços dos Institutos Centrais de Ciências neste início do semestre 2024.1, ao todo foram investidos 26 mil reais na compra e aplicação do inseticida: no dia 15/03 um carro do fumacê transitou pelas dependências do ICC sul e norte, garantindo ambientes mais seguros para os alunos, professores e servidores.

O C-MOVE Brasília 2024 abriu as portas para uma ampla discussão sobre a mobilidade urbana sustentável na capital federal

Com o objetivo de apresentar as últimas novidades em veículos elétricos e fomentar um diálogo entre o setor privado e órgãos públicos, o congresso acontece nos dias 19 e 20 de março e  visa destacar as tecnologias emergentes e as vantagens da eletrificação para a mobilidade urbana sustentável.

Além de líderes e gestores públicos para debater os últimos avanços em veículos elétricos e mobilidade urbana, participam ainda do evento empresas, operadoras de transporte e gestores de frota de ônibus elétricos.

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Professor Augusto Brasil, diretor presidente da Finatec

Nesse contexto, o Professor Augusto Brasil, participou do painel “Mover – P&D, moderado pelo Bruno Portella, da PNME.”. Estavam presente também o Sérgio Knorr Velho, MSc. servidor do MDIC, o profº Marcelo Tete, da Universidade Federal de Goiás (UFG) e a Letícia Missiatto Gavioli, pesquisadora da FGVces.

Fonte: DF Mobilidade

Projeto desenvolvido pelo Instituto de Ciências Humanas da UnB é divulgador de iniciativas de extensão e inovação

Oficinas qualificam funcionários e estudantes do Centro de Difusão Científico-Cultural nas áreas de produção e divulgação

O Projeto Ações estratégicas Para o Desenvolvimento do Centro de Difusão Científico-Cultural desenvolvido pela Universidade de Brasília (UnB), por meio do Instituto de Ciências Humanas (ICH), tem como principal objetivo servir como uma espécie de “amplificador, divulgador” das várias inciativas de extensão e inovação que são promovidas pelo Instituto da UnB. A Finatec atua como parceira para gerenciar os recursos e possibilitar a contratação de estagiários e equipamentos.

A coordenadora do Projeto, Priscila Rufinoni, garante que várias iniciativas foram beneficiadas pela divulgação e pelas oficinas realizadas durante execução do Projeto. Ela exemplifica, que a Editora Caliandra, de Brasília, que publica materiais de livre acesso é uma delas. “Duas de nossas publicações, inclusive, estão batendo mais de mil acessos” informa ao completar: “Para a editora, o projeto auxilia com oficinas de produção editorial, qualificando funcionários e estudantes, além de produzir livros de qualidade”.

Professora Rufinoni acrescenta ainda que outras iniciativas valem ser divulgadas, como, por exemplo, aquelas em que há interação do Instituto com as escolas públicas do Distrito Federal. “São várias as interações, somos três licenciaturas: Filosofia, História e Geografia, além do curso de Serviço Social. Estes cursos compõem o ICH”, detalha.

No caso da interação com as escolas, explica a professora, que há projetos para uso de metodologias ativas na Geografia; para incentivo e divulgação de Filosofia Africana nas escolas; de trabalho filosófico com a disciplina Projeto de vida no novo ensino médio; há projetos para iniciar os estudantes de ensino médio na paleografia; há projetos sobre as várias histórias de Brasília, que produzem jogos para salas de aulas e vários outros materiais.

“Todas essas incitavas serão beneficiadas pelo nosso projeto Ações Estratégicas para o Desenvolvimento do Centro de Difusão Científico-Cultural do Instituto de Ciências Humanas, que busca qualificar funcionários e estudantes do Centro de Difusão Científico-cultural (CDCC) com oficinas de produção e divulgação” destaca.

Rufinoni lembra ainda que outras frentes também serão beneficiadas pelo Projeto, e cita aquelas ligadas ao curso de Serviço Social, que segundo ela, atua diretamente com a comunidade, com projetos sobre maternidade, políticas sociais e políticas para o uso da água no DF; Ou projetos do campo da Geografia que visam pensar áreas de preservação ambiental no DF.

Dinâmica do Projeto

Conforme a professora, o projeto é, na verdade, um laboratório para estudantes e funcionários no sentido de qualificar a divulgação e os processos de inovação na UnB. “É um desafio muito grande dar o salto para a sociedade, apesar da qualidade de nossas produções. Precisamos muitas vezes de um auxílio mais técnico e profissional. Funcionamos, neste projeto, como um guarda-chuva para outras inciativas, por meio de oficinas interativas de produção gráfica e divulgação cultural” detalha.

Os recursos são provenientes de outros projetos de extensão do ICH que geram um orçamento extra para a área extensionista. “Usamos, assim, um projeto para impulsionar outros, em uma integração de áreas. Sou docente do curso de Filosofia, mas, como coordenadora de extensão do ICH, busco coordenar esse projeto no intuito de fomentar uma dinâmica de interação entre todos os cursos.

“Sabemos que algumas iniciativas importantíssimas possuem mais dificuldades, pela característica inerente a suas atividades, em captar recursos”, observa ao complementar: “Assim, os recursos de uma área de atuação de mais visibilidade podem reverberar para outras áreas menos visíveis, como o ensino e a pesquisa ambiental”.

Departamento de Sociologia da UnB elabora diagnóstico sobre a realidade da juventude negra brasileira para subsidiar o novo Plano Juventude Negra Viva

O PJNV é uma iniciativa do Ministério da Igualdade Racial e da Secretaria Nacional da Juventude da Secretaria-Geral da Presidência da República

O Projeto Diagnóstico da Juventude Negra Brasileira desenvolvido pelo Departamento de Sociologia, da Universidade de Brasília (UnB), a pedido da Secretaria Nacional da Juventude (SNJ), visa subsidiar a elaboração do Plano Juventude Negra Viva, que pretende apresentar a sociedade brasileira e aos governos um conjunto de políticas públicas voltado ao bem-estar de jovens negros em situação de risco social.

Conforme a coordenadora acadêmica do Projeto, professora Haydée Caruso, do Departamento de Sociologia, o trabalho tem como proposta compreender o principal problema que afeta a juventude negra brasileira, “a violência letal intencional que atinge essa população” – O foco do projeto esteve em produzir pesquisa de alta qualidade a fim de compreender os fenômenos da violência letal e das vulnerabilidades sociais que afetam à juventude negra e, assim, contribuir  para o enfrentamento ao racismo estrutural na sociedade brasileira” pontua a coordenadora.

Haydée Caruso enumera algumas das ações desenvolvidas durante a pesquisa: 1) O mapeamento dos atores sociais do movimento negro e suas estratégias de atuação no enfrentamento da violência contra os jovens negros; 2) Sistematização a produção acadêmica dos últimos 10 anos sobre o tema; 3) Análise com base em dados socioeconômicos de violência e criminalidades dos territórios considerados críticos contra jovens negros, especialmente aqueles em que há alta letalidade desta população.

A pesquisa contou com a gestão técnico-administrativa da Finatec, bem como foi coordenada pela UnB, através de pesquisadores(as) do Departamento de Sociologia da Universidade Católica de Brasília (UCB), Universidade de São Paulo (USP), UNICAMP, AFRO-CEBRAP, UFMG, UERG e UFRRJ. A Secretaria Nacional de Juventude prevê a publicação do estudo ainda esse semestre. No próximo dia 21 de março será lançado o Plano Juventude Negra Viva, no Ginásio Regional da Ceilândia, de 09h as 11h, localizado no St. N QN N 16, em Brasília-DF.

UnB – Campus Planaltina desenvolve projeto de autonomia financeira para mulheres trabalhadoras rurais

Além de fortalecer as organizações produtivas, mulheres da Marcha das Margaridas conquistam oportunidades de negócios

O Projeto Organização Produtiva e Autonomia Econômica das Mulheres Rurais: Um Diálogo com as Margaridas desenvolvido pela Universidade de Brasília (UnB) – Faculdade Planaltina, com apoio financeiro do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) contribui para promoção econômica das mulheres inseridas no contexto da Marcha das Margaridas – Movimento que reúne trabalhadoras rurais de todo território nacional.

Conforme a coordenadora do projeto, professora Eliene Novaes Rocha, da UnB/FUP, o trabalho tem entre outras prioridades sensibilizar e orientar as participantes sobre o papel das políticas públicas para a inclusão produtiva, o aproveitamento de oportunidades de negócios e o fortalecimento das organizações produtivas e econômicas das mulheres do campo, das águas e das florestas.

A coordenadora explica que entre as ações desenvolvidas destacam-se o planejamento logístico e operacional para exposição dos produtos trazidos peças mulheres do Brasil inteiro; Execução da mostra das margaridas durante a 7ª Marcha das Margaridas realizada em Brasília durante os dias 15 e 16 de agosto do ano passado; Oficina sobre políticas públicas para a estruturação produtiva (fomento, crédito e assistência técnica) e a Oficina de troca de experiência com mulheres da Reunião Especializada da Agricultura Familiar (REAF) e do Brasil.

Nas oficinas que ocorreram durante o projeto, as mulheres discutiram sobre agroecologia, quintais produtivos e economia criativa proporcionando um novo olhar para os seus quintais e também refletiram sobre feiras em suas comunidades. Além disso, as margaridas conseguiram dialogar com o governo o qual publicou um edital para fomento de quintais produtivos.

O MDA fez o termo de execução descentralizada com a UnB no valor de R$ 470.000,00 (quatrocentos e setenta mil) para viabilizar ações de extensão com As Margaridas proporcionando uma formação na perspectiva emancipatória e interdisciplinar juntando teoria e pratica. A Fundação de Empreendimentos Técnicos (Finatec), foi responsável pelo gerenciamento dos recursos durante a execução do projeto.

A coordenadora ressalta o importante trabalho da UnB, pois segundo ela, a Instituição de ensino tem como missão ser uma Universidade inovadora e inclusiva, comprometida com as finalidades essenciais de ensino, pesquisa e extensão, integradas para a formação de cidadãs e cidadãos éticos e qualificados para o exercício profissional e empenhados na busca de soluções democráticas para questões nacionais e internacionais, por meio de atuação de excelência. E completa: “A Faculdade UnB Planaltina tem a formação em perspectiva emancipatória, a interdisciplinaridade e transdisciplinaridade, o diálogo com a sociedade, o incentivo ao trabalho coletivo e a sustentabilidade, que dialoga com as Margaridas”.

Marcha das Margaridas           

O termo As Margaridas refere-se as mulheres que pertencem aos mais diversos territórios do campo, floresta e água. “São locais que abrigam as riquezas dos diferentes biomas e de onde se constrói a resistências contra qualquer projeto político de desenvolvimento que explore e esgote os bens naturais, os trabalhos da agricultura familiar, vidas e corpos de todas as mulheres” descreve Eliene ao emendar: “Coletivamente as margaridas se organizam e vão para as ruas em marcha para reivindicar e lutar pelo direito à terra, pela reforma agrária, por educação, por igualdade e por direitos trabalhistas e vida digna para trabalhadoras e trabalhadores rurais”.

A Marcha das Margaridas reafirma a agroecologia como movimento político em defesa do desenvolvimento sustentável, de resistência contra a ocupação dos territórios pelo agronegócio, pelas mineradoras e grandes projetos, de denúncia da destruição e dos males desse modelo social capitalista, patriarcal, racista e ambientalmente criminoso. “Sob a ótica das mulheres do campo, da floresta e das águas, a agroecologia, para além de uma prática, é um modo de viver e exercitar de forma sustentável a agricultura, a diversidade e a soberania das culturas, onde a agricultura familiar tem um papel fundamental”, conclui Eliene.

Campus de Taguatinga do IFB capacita 180 mulheres em situação de vulnerabilidade social

Cursos formam profissionais do sexo feminino nas especialidades Cuidadoras de Idosos e Recepcionistas

O Instituto Federal de Brasília (IFB) – Campus de Taguatinga, em parceria com a Secretaria da Mulher do Distrito Federal (SMDF), por meio do Projeto Mulheres Mil, capacita 180 mulheres em situação de vulnerabilidade social. As primeiras quatro turmas de 120 mulheres, que iniciaram o curso em fevereiro, dia 19, devem concluir o primeiro ciclo em abril, dia 25. Com a abertura de vagas para novas turmas, previstas para maio, dia 02, mais 60 mulheres serão capacitadas (inscrições devem começar em abril).

Os cursos tem como objetivo formar profissionais do sexo feminino nas especialidades de Cuidadora de Idosos e Recepcionistas. Ambos têm a duração de 160 horas e estão sendo realizados, de segunda a sexta, no espaço Empreende Mais Mulher, da Casa da Mulher Brasileira (CMB), em Ceilândia, e na Agência do Trabalhador, em Taguatinga.

Os cursos são gerenciados pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura do IFB, em conjunto com as coordenadoras do Programa Mulheres do IFB, professoras Fernanda Bezerra Mateus Martins e Vanessa de Deus de Mendonça. Além da parceria com a Secretaria de Estado da Mulher do DF, o Projeto conta com o apoio da Fundação de Empreendimentos Tecnológicos (Finatec), da Universidade de Brasília (UnB), responsável pelo gerenciamento dos recursos, para aquisição de materiais, execução do programa e pagamento dos bolsistas.

O Programa Mulheres Mil foi instituído pela Portaria MEC/Setec nº 1.015, de 21 de julho de 2011, visando à formação profissional e tecnológica das mulheres em situação de vulnerabilidade social. Como uma política social de inclusão e gênero, tem como diretriz o acesso à educação, a redução das desigualdades sociais e econômicas das mulheres, a promoção da igualdade de gênero e o combate à violência contra a mulher.

Para execução do Projeto foi realizado um processo seletivo simplificado para participação nos cursos (as inscrições ocorreram no período de 28 de janeiro a 02 de fevereiro). O processo exigiu alguns requisitos: Ser do gênero feminino: mulher cis ou mulher trans (travesti, transexual ou transgênero); Para o Curso de Cuidadora de Idosos, ter no mínimo 18 anos de idade, e para o Curso de Recepcionista, ter no mínimo 16 anos de idade.

Também foram exigidos outros requisitos, como, por exemplo, para o Curso de Cuidadora de Idosos, possuir o Ensino Fundamental II completo, e para o Curso de Recepcionista possuir o Ensino Fundamental II incompleto (6º ao 9º) e ter o cadastro de qualificação e empregabilidade da Secretaria de Estado da Mulher do Distrito Federal.

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