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Estudo irá mapear por meio de estudo de DNA ambiental biodiversidade Mata Atlântica

A identificação de espécies evoluiu muito com o avanço da ciência, além das pegadas e fezes, há inúmeros outros elementos, como minúsculos pedaços de pele, pêlos, excreções. As células contidas nesse material carregam em seu interior informação genética que funcionam como códigos de barra e permitem a identificação de espécies.

Essas informações são o objeto do ‘Levantamento intensivo da biodiversidade do corredor sudeste da Mata Atlântica inferidos por sequenciamento de DNA Ambiental (eDNA)’ que será executado pelo projeto Conexão Mata Atlântica – iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em conjunto com apoio financeiro do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e execução da Finatec. 

A extração e o sequenciamento de DNA Ambiental serão empregados para mapear, na água e no solo, a ocorrência de organismos no bioma Mata Atlântica. Os fragmentos de material biológico podem ser facilmente extraídos sem o isolamento direto do organismo alvo e, em seguida, sequenciados e comparados com grandes bases de dados de códigos de barra de DNA, permitindo inferir quais espécies passaram por ali.

O estudo pretende melhorar o monitoramento de espécies da biota na região de intervenção do projeto, que envolve a Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, e avaliar como elas respondem às intervenções, que envolve mais de 22 mil km2 e está localizado no corredor sudeste do bioma, que engloba os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Também serão selecionadas localidades para ‘controle’ em áreas sem intervenção ou unidades de conservação próximas.

O levantamento por meio do eDNA apresenta vantagens em relação aos inventários tradicionais, por ser mais rápido e menos invasivo. A caracterização do número e da identidade de espécies pelos métodos tradicionais demandam expedições científicas que requerem investimento de tempo e presença de pesquisadores altamente especializados no conhecimento taxonômico dos vários grupos da biota, envolvendo captura ou coleta de material, curadoria e depósito em coleções biológicas. Os dados de fragmentos de sequência de eDNA serão disponibilizados no Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SIBBr). 

O mapeamento da biodiversidade por meio do sequenciamento de DNA Ambiental é uma tecnologia recente e efetiva na área de inventários biológicos. A técnica é utilizada para avaliar as atividades de regeneração de áreas. Com os dados gerados pelo estudo, devem ser investigados os aspectos de recuperação de ecossistemas e reconectar fragmentos florestais regenerados por meio de cálculos das métricas de diversidade, bem como de estimativas de riqueza e composição de comunidades. As informações obtidas serão correlacionadas com variáveis dos locais de amostragem e oportunamente comparadas entre localidades.

A base de dados da ocorrência de espécies será disponibilizada no SIBBr e resultará em listas para a região, que podem indicar quais espécies são invasoras, bioindicadoras ou ameaçadas e endêmicas. As informações também auxiliarão na compreensão da existência de interações ecológicas e serviços ecossistêmicos representando informações críticas que ajudam no norteamento da implementação de políticas públicas.

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações

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