Filme coreano Welcome to Dongmakgol será exibido na FINATEC

Com 1h30 de duração, a produção narra a convivência de soldados americanos e coreanos com moradores da vila Dongmakgol.

Como parte do projeto de divulgação da cultura e da língua coreana, o Instituto Rei Sejong de Brasília exibe, em 24 de novembro, a partir das 14h, o filme coreano Welcome to Dongmakgol no Anfiteatro 1 da FINATEC. A programação é voltada, especialmente, para os alunos do curso de línguas que ensina o idioma coreano e, dependendo da procura e do interesse do público externo, ele também poderá assistir. 

Segundo Marcus Tanaka de Lira, diretor do Instituto Rei Sejong Brasília, é possível que uma representante da Embaixada da Coreia do Sul vá ao evento cumprimentar os alunos. 

Fundado há cinco anos, o Instituto Rei Sejong de Brasília funciona em parceria com a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), com a Universidade de Brasília (UnB), com a Fundação Instituto Rei Sejong e com uma organização sem fins lucrativos chamada Sociedade Brasil-Coreia, com sede na Coreia do Sul. 

A missão é difundir a língua e a cultura do país. Os interessados nas aulas, em geral, são amantes da cultura pop contemporânea coreana, como dorama e k-pop. Desde que foi criado, já passaram pelo instituto 717 alunos em cinco anos. Atualmente, segundo Marcus Tanaka existem 166 matriculados. “As aulas são gratuitas e as inscrições são abertas sempre um mês antes do início do semestre letivo da UnB”, explica.

Finatec recebe oficina que marca início da discussão sobre nova Estratégia Nacional de Prevenção ao Lixo no Mar

Nos dias 19 e 20 de outubro de 2023, em Brasília, o Departamento de Oceano e Gestão Costeira do MMA, em parceria com a Cátedra UNESCO para Sustentabilidade dos Oceanos (USP) e o Projeto TerraMar (MMA, ICMBio e GIZ/IKI), promoveu a oficina “Prevenção e Combate ao Lixo no Mar: Nivelamento governamental”, para o nivelamento do governo federal.

Reuniram-se na sala de Conferências da Finatec, representantes de órgãos como o Ministério das Relações Exteriores (MRE), Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Ministério da Saúde (MS), Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Ministério do Turismo (MTur), Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Casa Civil, Secretaria Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM),  Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ),  entre outros, estiveram presentes para iniciar a elaboração da Estratégia Nacional de Combate ao Lixo no Mar, com foco na poluição por plástico.

No Brasil, 70% dos resíduos encontrados nas praias consistem em resíduos plásticos. Estima-se que o país contribui com um total de 325 mil toneladas de resíduos plásticos despejados nos oceanos a cada ano. Esse material leva aproximadamente 400 anos para se decompor completamente. Essa presença representa uma ameaça significativa para a marinha e impacta na mudança do clima, uma vez que o oceano desempenha um papel vital na regulação do clima (Oceana, 2020).

Diante disso, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu o Comitê de Negociação Intergovernamental (INC, em inglês) em março de 2022, com o objetivo de desenvolver um instrumento internacional legalmente vinculante sobre a poluição por plásticos até o final de 2024. Esse instrumento deve adotar uma abordagem global abrangendo todo o ciclo de vida do plástico.

Reconhecendo a necessidade de uma governança eficaz para enfrentar o desafio do combate ao plástico no mar em âmbito nacional, o evento reuniu instituições do governo federal para iniciar a discussão sobre uma estratégia de redução e prevenção de lixo no mar.

Durante a oficina, foi realizada uma contextualização do problema, uma análise sobre o Plano Nacional de Combate ao Lixo no Mar (Portaria MMA nº 209, de 22 de março de 2019), um nivelamento de informações sobre as iniciativas já em andamento e um mapeamento das principais representações institucionais que deverão participar da elaboração e da implementação da Estratégia.

Como próximos passos, serão organizados webinários para promoção de debates e capacitação sobre temas relevantes que precisam de  aprofundamento, como plásticos evitáveis, de uso único, desnacessários, microplásticos e seus efeitos na saúde e no meio ambiente, dentre outros levantados na oficina. Além disso, será formado um grupo de acompanhamento para elaboração de um primeiro rascunho da Estratégia de Prevenção e Combate ao Lixo no Mar e estão previstos outros eventos com a sociedade civil e setor privado para coletar os insumos necessários para elaboração do documento.

Desafios da maternidade em foco

“Saúde mental e parentalidade” é um projeto que capacita profissionais da rede pública de saúde do DF para que possam trabalhar questões como depressão, fragilidades econômicas, redes de apoio e para fortalecer o vínculo entre as famílias nos cuidados e o bebê.

Atendimento integral à gestante e puérpera. Este é o objetivo do projeto Saúde mental e parentalidade coordenado pela professora Katia Tarouquella Brasil. A proposta é capacitar 120 profissionais de saúde que atendem esse público a prevenir a fragilização da saúde mental; fortalecer vínculo entre mãe, pai ou cuidador com o bebê; prevenir violências antes que elas se instalem de forma mais consolidada na vida familiar; e divulgar e encaminhar a gestante para a rede de apoio do Estado para que ela não fique numa posição de solidão nos cuidados com recém-nascido.

O projeto é desenvolvido graças a uma emenda parlamentar de R$ 1 milhão destinados pela bancada do DF, que tem entre os integrantes a deputada Erika Kokay (PT-DF). “O foco é trabalhar com os profissionais de saúde o tema da saúde mental e da parentalidade para que, na ponta, eles estejam preparados para lidarem as fragilidades, o sofrimento e os desafios da gestante e puérpera principalmente das populações mais vulneráveis”, explica a professora Katia Tarouquella Brasil

O grupo em formação gerou um espaço de reflexão para tratar esta mulher além das questões físicas, criando uma possibilidade de escuta para outras questões que envolvem a gestação e os cuidados com o bebê. Além disso, as mulheres terão a possibilidade de criar um grupo onde possam compartilhar experiências e informações. “Também é objetivo do projeto capturar os pais para que eles possam estar mais presentes na vida do bebê porque tem aparecido muitas mães solo ou que os pais são ausentes. Portanto, também é uma forma de ver como estes profissionais de saúde podem intervir e atuar na questão da parentalidade entre pais, avós e companheiros”, completa Katia.

O projeto será encerrado em março de 2024 e a ideia é que a universidade possa gerar conhecimento. “Vamos lançar, em 2024, um número especial da revista Teoria e Pesquisa, do Instituto de Psicologia da UnB, com a temática parentalidade. Justamente para trazer uma perspectiva de interdisciplinaridade, com profissionais da psicologia, enfermagem, medicina e serviço social. A ideia é que esses profissionais, de diversas áreas, possam trazer suas reflexões sobre o tema”, adianta kátia.

Durante todo esse processo, a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) tem sido o suporte para que o projeto seja executado. Toda a formação dos profissionais é feita no espaço da fundação que ainda apoia no pagamento das bolsas; na compra de materiais, na logística e com todo o suporte para que os professores e demais integrantes da equipe de capacitação se dediquem integralmente a desenvolver material didático e as oficinas para os alunos.

Outros parceiros são a Secretaria de Saúde do Distrito Federal e com a Universidade Federal Fluminense, do Rio de Janeiro.

Futuro

O desejo da professora Kátia é que, para o próximo ano, a equipe consiga uma nova emenda parlamentar para promover o desdobramento deste projeto “Se conseguirmos a verba, vamos fazer a intervenção com as famílias junto com os profissionais de saúde lá na ponta, com as famílias”, finaliza Kátia

Alunos com deficiência ou transtorno concluem aulas preparatórias para o Enem

Nests sábado (04), a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (DF), em parceria com a Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin), a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), e outros colaboradores, celebraram o encerramento das aulas preparatórias para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) voltadas aos estudantes da rede pública com deficiência ou transtorno. Essas aulas especiais ocorreram ao longo de 11 sábados, com o objetivo de oferecer suporte educacional personalizado para esses alunos.

Vera Barros, subsecretária da Subin, expressou sua satisfação e emoção no encerramento do programa, enfatizando a importância de combater a exclusão e proporcionar igualdade de oportunidades para todos. Ela compartilhou histórias de alunos cujas vidas foram transformadas por essa iniciativa, destacando o poder da educação inclusiva, com um agradecimento especial à Finatec pelo seu apoio inestimável.

Vera Barros, subsecretária da Subin

Luiz Gustavo Besson de França, aluno da Escola 414 de Samambaia, compartilhou sua experiência positiva no curso preparatório, ressaltando a importância do suporte oferecido pela Finatec. Ele mencionou como as aulas ajudaram a lidar com seu Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) de maneira lúdica e eficaz. Luiz Gustavo expressou sua gratidão à Finatec e a esperança de que um bom desempenho no Enem possa beneficiar sua família.

Luiz Gustavo Besson de França, aluno da Escola 414 de Samambaia

As aulas preparatórias, que envolveram a colaboração da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB) e da ONG Programando o Futuro, representam um compromisso com a educação inclusiva e a igualdade de oportunidades. Danielle Nogueira, vice-diretora da Faculdade de Educação da UnB, destacou o papel fundamental da universidade em proporcionar educação de qualidade para todos, enfatizando a importância de manter a esperança no caminho da melhoria, da qualidade de vida e da educação.

Danielle Nogueira, vice-diretora da Faculdade de Educação da UnB

Com as aulas preparatórias concluídas, os estudantes agora se preparam para realizar as provas do Enem, que estão programadas para os dias 05 e 12 de novembro. Este programa exemplifica o compromisso do DF e suas parceiras, com destaque especial para a Finatec, em criar um ambiente educacional inclusivo e acessível para todos os alunos, independentemente de suas necessidades especiais.

Confira as fotos do evento:

Finatec participa de congresso sobre papel das fundações

Evento acontece em Brasília entre os dias 29 de novembro e 1º de dezembro, trazendo mesas redondas e oficinas

A Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) participa do 6º Congresso Nacional do Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (Confies). O evento será em Brasília, entre os dias 29 de novembro e 1º de dezembro.

O tema do encontro é “O papel das Fundações de Apoio para Acesso, Inclusão e Democratização da Ciência e Tecnologia do Brasil” que tem como objetivo difundir o papel das fundações de apoio por meio de conferências, mesas-redondas e fóruns.

Também vão acontecer oficinas temáticas sobre processos de gestão/administração estimulando parcerias e intercâmbio de ideias entre essas entidades, além de buscar mais agilidade e segurança aos projetos de pesquisa das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) e demais Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs) apoiadas pelas 99 fundações filiadas ao Confies.

Diretor-presidente da Finatec, Augusto Brasil afirma que trazer o evento do Confies para Brasília dá possibilidade de congregar todas as fundações. “As fundações cumprem hoje um papel fundamental que é complementar muitos recursos que foram tirados das universidades em forma investimento, infraestrutura e custeio. As fundações conseguiram suprir não só para dentro das universidades em termos de manutenção e infraestrutura, mas também no financiamento de projetos e bolsas de pesquisa, contratação de pessoas e compra de equipamento que é uma agregação de valor enorme para a ciência do país”, defende.

A programação

O presidente do Confies, Antônio Fernando de Souza Queiroz, explica que, no primeiro dia, haverá fóruns onde os representantes das fundações poderão discutir assuntos específicos para cada uma das categorias. “Haverá o fórum dos presidentes das fundações, dos gestores, dos procuradores, dos contadores, das equipes da tecnologia da informação e fórum dos comunicadores”, detalha.

No segundo dia, o debate será em uma mesa com o tema “O Estudo sobre relações dos órgãos de controle para com as fundações de apoio” e três oficinas. Assembleia geral ordinária do Confies e a celebração dos 36 anos do Confies, com a entrega do prêmio boas práticas em 2023.  No terceiro e último dia, a mesa terá como tema “A incorporação das fundações de direito privado na chamada administração pública” e oficinas.

Durante o congresso, vai ser divulgado o resultado do Prêmio Boas Práticas das Fundações de Apoio –, concurso criado há cinco anos para premiar os melhores projetos desenvolvidos por essas entidades.

Fundações de Apoio

O Confies reúne 99 fundações de apoio que gerenciaram no ano passado mais de R$ 9 bilhões da atividade de pesquisa de mais de 230 universidades públicas e institutos federais de ensino e pesquisa. Catalisadoras de recursos para instituições de ensino superior, essas instituições de direito privado são credenciadas pelo MEC e MCTI e instituídas e veladas pelos Ministérios Públicos Estaduais e do Distrito Federal.

Finatec recebe o primeiro PMODay da RNP

Na última semana, os colaboradores da Rede de Ensino e Pesquisa – RNP se reuniram na sala de conferência da Finatec para o primeiro PMODay da instituição, evento que promoveu palestras sobre gestão de projetos e como estabelecer conexões significativas com profissionais de toda a organização.

Um dos objetivos do PMO (Escritório de projetos, setor responsável por implementar e garantir a manutenção dos padrões de Gerenciamento de Projetos adotados pelas organizações), é a disseminação de boas práticas na gestão de projetos. Com lotação máxima, o encontro foi bem recebido pelos colaboradores.

“Temos os escritórios de projetos das diretorias e queremos compartilhar aqui as boas práticas, compartilhar conhecimento espelhado nas normas internacionais, nos preceitos do PMI, do PMO, enfim, é muito importante para nós. Em uma época pós pandemia, a gente trabalha em remoto, então juntar pessoas é uma motivação especial. A gente compartilha conhecimento com os nossos, é falar de gestão de projeto, é melhor ainda. Nós estamos com muitos projetos e essa é uma oportunidade de trabalharmos para melhorar nossa própria gestão.”, afirma Eduardo Grizendi, diretor de Engenharia e Operações da RNP. 

Eduardo Grizendi, diretor de Engenharia e Operações da RNP

Na programação, os representantes do Esquadrão do PMO abordaram temas como boas práticas, inovação em gestão, boas práticas de custos, processos e riscos, branding organizacional e os cases de sucesso da RNP.

“Estamos aqui hoje no PMODay, que é um encontro de vários coordenadores gerentes de projetos em busca de troca, compartilhar conhecimentos e informações na metodologia de RNP, no sentido de buscar as melhores práticas para a gestão de projetos. Fazer projeto está no nosso DNA, somos uma empresa que conecta com projetos. Então, à medida que esses que eles vão crescendo, os desafios vão aumentando, se faz necessário rever as nossas metodologias.”, comenta Iara Machado, Diretora de Pesquisa e Desenvolvimento na RNP. 

Iara Machado, Diretora de Pesquisa e Desenvolvimento na RNP

Antônio Carlos Fernandes Nunes, diretor de serviço e soluções da RNP, explica como o PMODay impacta no escritório de projetos da instituição. “Trocamos de conhecimentos em relação a gerenciamento de projetos, mas também a essa estruturação de escritórios de projetos na organização, em relação à forma de trabalhar, à interação, à padronização, a questão também do acompanhamento, a forma que nós também vamos internamente poder fazer um acompanhamento da autodireção, dos gestores, das equipes, mas também a forma. O mais importante do que áreas e os escritórios que se espalharam é, nós podermos trazer isso por uma visão mais uníssona, uma visão mais integrada e padronizada em relação a essa iniciativa.”.

Antônio Carlos Fernandes Nunes, diretor de serviço e soluções da RNP

Na ocasião, alguns colaboradores da Gerência de Projetos participaram dos painéis com o intuito de absorver novos conhecimentos em gestão ágil. “O maior patrimônio de uma empresa é o seu capital intelectual. Colaboradores capacitados têm mais habilidades de liderança, comunicação, organização e maior disponibilidade para trabalhar em equipe. Eventos como o PMODay além de agregar para o crescimento individual, impulsiona para que práticas ágeis sejam renovadas nos processos da Fundação, melhorando o dia a dia da execução dos projetos, principalmente na qualidade e eficiência organizacional, garantindo a entrega de valor.”, afirma Cláudia Carvalho, analista de Prestação de Contas da Finatec.

Claudia Carvalho, Debora Maria e Anna Carolina, colaboradoras da Finatec

“A estrutura da Finatec é excepcional para nós! É em Brasília, é dentro da universidade, é bem fácil. A estrutura é muito boa, nós estamos muito satisfeitos, agradecemos muito a oportunidade de realizar esse evento aqui, tudo de bom, muito obrigado. Nós estamos revendo pessoas, da própria RNP. Tem gente de todos esses lugares. Tem gente que está aqui porque trabalha remoto.”, finaliza Eduardo Grizendi.

Confira as fotos do evento:

Tecnologia de Medicamentos e Cosméticos

Especialização da UnB está na segunda turma e tem como público alvo pessoas que atuam na indústria, na manipulação, em agências regulatórias e em clínicas de estética

A Especialização em Tecnologia de Medicamentos e Cosméticos é uma Pós-Graduação Lato sensu vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da Universidade de Brasília (UnB). O curso tem como meta apresentar aos estudantes as mais recentes tecnologias da área.

O objetivo é capacitar os profissionais farmacêuticos, químicos e pessoas que atuam na produção, na manipulação, na regulação e no controle da qualidade de medicamentos e cosméticos. O curso está na segunda turma e é composto por 13 módulos, com duração de 18 meses.

Público alvo

O público alvo é aquele que atua na indústria, na manipulação, em agências regulatórias, em clínicas de estética e de procedimentos estéticos com o emprego de cosméticos e técnicas de promoção de permeação de ativos, além dos profissionais que desejam se preparar para um mestrado ou doutorado na área

Taís Gratieri, professora do curso de Farmácia e da Pós-Graduação em Ciências

Farmacêuticas da Universidade de Brasília (UnB) é a coordenadora pedagógica e docente da especialização. Ela explica que a primeira edição do curso foi em 2022 e que ele acontece a cada 18 meses. São no máximo 30 alunos por turma.

Para ela, além de capacitar tecnicamente os profissionais farmacêuticos, biomédicos, químicos e de outras áreas relacionadas à produção, manipulação, regulação e controle da qualidade de medicamentos e cosméticos, quanto às mais recentes tecnologias que vêm surgindo com o desenvolvimento científico da área, o curso contribui para a formação do senso crítico e a visão científica nesses profissionais, de forma que eles tenham os instrumentos necessários para tomar decisões conscientes no futuro.

A pós-graduação será realizada na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (UnB). As aulas teóricas e práticas serão ministradas quinzenalmente, aos sábados.

Para onde vai o trabalho humano na era digital?

Pesquisadores da UnB trabalham para responder entender e dar respostas a essa pergunta

Analisar as transformações na forma de ser e de organização do trabalho no início de século XXI, em particular com o aprofundamento das transformações tecnológicas — a chamada 4ª revolução industrial, indústria 4.0, revolução digital— entre outras expressões. É sobre este tema que um grupo de pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) e outros de Portugal e da França se debruçam para ter respostas. 

Por meio da Finatec, o grupo recebeu recursos para financiar dois projetos que compõem um projeto guarda-chuva e coletivo intitulado Para onde vai o trabalho humano na era digital? “Nosso foco é olhar esses processos desde baixo, isto é, a partir das percepções e vivências das trabalhadoras e dos trabalhadores, buscando compreender os impactos dessa realidade sobre o labor”, explica o professor Ricardo Festi, coordenador do projeto. 

A investigação teve início em março de 2020 e, neste ano, o grupo entrou numa nova fase concentrada em alguns eixos temáticos: os entregadores e motoristas de plataformas digitais (os uberizados) e os microempreendedores individuais (MEIs). A abrangência da pesquisa é o Distrito Federal e Entorno, mas também é parte deste projeto mais amplo uma análise comparativa com a realidade de Portugal e França. Temos inclusive pesquisa sendo realizada nos dois países. “Futuramente, queremos avançar para compreender as modalidades de micro trabalho e de teletrabalho, todas impactadas pela plataformização”, antecipa Festi. 

No primeiro semestre de 2023, os pesquisadores aplicaram uma survey com entregadores de aplicativos do Distrito Federal e Entorno. O questionário chegou a mais de 700 trabalhadores e trabalhadoras e foi integralmente respondido por 247 (por meio on-line e presencial). Além disso, a parte presencial contou também com observações e registros fotográficos dos locais de descanso e coletas de alimentos destes profissionais. O objetivo do questionário foi compreender as suas posições e percepções em relação ao debate sobre a regulação do trabalho em plataformas digitais.

Neste caso, a pesquisa com os entregadores de aplicativo mostrou uma contradição entre o desejo de ter direitos trabalhistas garantidos nas plataformas digitais, ao mesmo tempo que se rejeita o contrato de trabalho e se valoriza a autonomia e a flexibilidade. Os respondentes sabem que as condições

de trabalho são bastante precárias, mas ainda assim preferem trabalhar em média 16 horas por dia para obter uma renda líquida que não teria como celetista.

“Esta constatação nos tem feito revisitar a tradição crítica da sociologia do trabalho e da história da força de trabalho no Brasil e compará-la com os outros países envolvidos na pesquisa para compreender melhor este fenômeno presente há décadas numa camada da classe trabalhadora brasileira (que, em sua maioria, vive na informalidade e precariedade), isto é, a vontade de estar livre dos ditames de um patrão.” 

MEIs

As próximas etapas da pesquisa envolverão a aplicação de uma survey entre motoristas de aplicativos sobre a mesma temática e, concomitante, a realização de entrevistas em profundidade. “No caso da frente de pesquisa sobre MEIs, realizamos Grupos Focais com diversos perfis de diferentes regiões administrativas do DF. Neste caso, ainda estamos em processo de sistematização e análise dos dados obtidos. E, por fim, no âmbito da pesquisa comparativa com outros países, temos realizado entrevistas com entregadores e motoristas de aplicativos de Portugal”, explica Ricardo Festi. 

Como se trata de uma pesquisa que envolve vários pesquisadores e pesquisadoras, há duas dimensões neste projeto. Uma, coletiva, que busca por meio de ações comuns levantar dados empíricos (como as entrevistas, aplicação de survey, análise de dados estatísticos de fontes oficiais etc.) para os auxiliar em reflexões teóricas mais profundas. 

A outra dimensão do projeto envolve as vontade e necessidades individuais de cada pesquisador e pesquisadora. Todos estão realizando pesquisas de iniciação científica, pós-graduação ou pós-doutorado. Dessa forma, confluímos o individual e o coletivo, criando um espaço comum de trocas e reflexões em nosso grupo de pesquisa.

O projeto tem uma equipe de 18 pesquisadores, composta por professores, uma pós-doutoranda, um pesquisador colaborador júnior, doutorandos, mestrandos e graduandos. Há também uma outra parte da equipe, envolvida na pesquisa, de colegas portugueses. “Estes estão envolvidos como parceiros de uma rede de investigação que temos buscado construir e colaborar por meio de agendas comuns de reflexão e estudos”, explica Festi.

Gestão

Os recursos geridos pela Finatec são provenientes de emendas parlamentares. Mas também há auxílios financeiros da FAPDF, de um edital de demanda espontânea, e do Proic (Iniciação Científica de alunos/as da graduação).

A Finatec tem sido fundamental no auxílio da gestão do recurso, segundo Ricardo Festi. A sua execução começou recentemente, com o pagamento de bolsas e, agora, a aquisição de serviços (como a produção de um site para o projeto, assinatura de software etc.). Mas a parceria com a fundação começou muito antes, com o auxílio no processo de tramitação burocrática nas instâncias da UnB.

Futuro

Diante dos resultados obtidos os pesquisadores já traçam planos para novas pesquisas nos anos subsequentes, pois muitos novos temas estão se abrindo com a investigação e que deverão originar novas investigações, tais como a questão racial, a de gênero, a geracional, o micro trabalho, o teletrabalho etc. 

O balanço até aqui tem sido muito positivo. A pesquisa resultou em reflexões que permitiram aos participantes entrar no debate público sobre a regulação do trabalho em plataformas. “Participamos de audiências públicas na Câmara Legislativa do DF e do Senado Federal, além de compor um grupo de pesquisadores de todo país que tem auxiliado no debate do GT, criado pelo governo federal, sobre a regulação do trabalho em plataformas digitais. Além do artigo citado anteriormente, publicamos um livro intitulado A tragédia de Sísifo: trabalho, capital e suas crises no século XXI pela editora Paco”, concluiu Ricardo Festi.

Estudo busca proteger empresas publicas e privadas de hackers

Em 48 horas, foram realizados 207,4 mil testes verificando ameaças

Os avanços tecnológicos criam facilidades ao mesmo tempo em que se tornam alvo de hackers em busca de dados de empresas e cidadãos. Um relatório produzido pela Universidade de Brasília, por meio do Ciberlab (laboratório de cibersegurança resultante da cooperação do Cigod, Aware e Finatec) traz uma nova abordagem para a segurança cibernética: a avaliação do risco de prontidão cibernética das instituições. Com inovadoras capacidades preemptivas e não-intrusivas, a nova abordagem fortalece a prevenção de incidentes e a resiliência das empresas públicas e privadas.

Para o estudo, o grupo de pesquisa analisou, de forma não intrusiva, os ativos de TI de 20 empresas de infraestrutura crítica, entre elas agências públicas reguladoras; empresas privadas concessionárias de utilidade pública do setor de energia e saneamento; do setor financeiro; do ramo de telecomunicações e, por fim, de transportes.

Para avaliar a segurança, em 48 horas foram feitos 207,4 mil testes verificando ameaças e vulnerabilidades. Destes, 163,5 mil foram aprovados, 24,7 mil receberam status de alerta; e 17,4 mil foram reprovados. Do universo de reprovados, 13,7 mil testes apontaram falhas de baixo e médio risco e, preocupantemente, 3,7 mil testes detectaram falhas críticas e severas. “O que este estudo mostra é que, num contexto preventivo, conseguimos atuar para que incidentes sejam evitados antes que gerem danos. As organizações criminosas do mundo digital são transnacionais, atuam de forma discreta e estão cada vez mais agressivas”, alerta Humberto Ribeiro, diretor da Aware.

A pesquisa classificou os testes em 19 categorias de risco cibernético para as empresas pesquisadas. E o resultado será apresentado de forma agregada pelos pesquisadores. “Essas empresas representam uma amostra da elite do ambiente brasileiro. Sendo assim, acreditamos que seus resultados de risco cibernético estejam bem melhores que a média geral do país”, explica Ribeiro.

Para o professor Rildo Ribeiro dos Santos, o alinhamento entre o aparato tecnológico disponibilizado pela Aware e as abordagens metodológicas e de pesquisa presentes na Universidade possibilita a realização de um estudo com essa amplitude de capacidade de coleta e análise de dados. A parceira Ciberlab, Aware, Finatec-UnB disponibiliza para a comunidade de instituições públicas e privada um ambiente de desenvolvimento de pesquisas na área de cibersegurança em geral, com especialização em prontidão cibernética.

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