Finatec recebe MiniDebConf, evento que reuniu comunidade brasileira do Projeto Debian

Nos dias 25 a 27 de maio, Brasília sediou pela primeira vez uma MiniDebConf. O evento reuniu na Finatec a comunidade brasileira do Projeto Debian para palestras celebrando o maior projeto de Software Livre no mundo.

O Projeto Debian é uma associação de indivíduos que têm como causa comum criar um sistema operacional livre: conjunto de programas básicos e utilitários que fazem seu computador funcionar. No núcleo do sistema operacional está o kernel. O kernel é o programa mais fundamental no computador e faz todas as operações mais básicas, permitindo que você execute outros programas.

Carlos Henrique Lima Melara

Nas atividades do dia a dia os usuários buscam aplicativos que ajudam a realizar suas tarefas, desde editar um documento até a administração de um negócio, muitas vezes o sistema operacional  é um detalhe para aqueles que não dominam o tema. O Debian vem com mais de 59.000 softwares pré-compilados e empacotados em um formato amigável, o que faz com que sejam de fácil instalação em sua máquina, um gerenciador de pacotes (APT) e outros utilitários que tornam possível gerenciar milhares de pacotes em milhares de computadores de maneira tão fácil quanto instalar um único aplicativo. Todos são livres.

Davi Antônio e Bruno Ribas

Funciona como uma torre: na base está o kernel. Sobre ele estão todas as ferramentas básicas. Acima delas estão todos os outros softwares que você executa em seu computador. No topo da torre está o Debian — cuidadosamente organizando e ajustando o restante de modo que tudo funcione em conjunto.

Um dos organizadores do evento, Lucas Kanashiro, comenta a importância desses encontros da comunidade: “A ideia de promover esse projeto é fomentar o tema de Software Livre como um todo. Então a liberdade do usuário de poder executar compartilhar e distribuir, soltar a maneira que quiser, em contrapartida software privativo, onde os usuários não tem essa liberdade. Então  aqui na MiniDebConf Brasília a gente tá tentando fortalecer essa comunidade aqui em Brasília, aos poucos estamos conseguindo atrair pessoas novas, estudantes e profissionais da área.”, comenta o desenvolvedor oficial do Debian. 

Lucas Kanashiro

Assim como esse projeto mundial, a Finatec também busca criar conexões e estabelecer ambientes propícios para o crescimento de comunidades de desenvolvedores de tecnologias. “ Tivemos a oportunidade de realizar o evento aqui na Finatec através da professora Carla Rocha, que também compartilha vários valores que a gente tá buscando aqui no no evento. O espaço aqui é bem amplo, arejado, os funcionários são muito prestativos, todos os imprevistos que a gente encontrou e foram solucionados de certa forma de maneira muito tranquila. Espaço excelente, gostamos bastante do auditório e do anfiteatro, além do prédio ser bem localizados, até pelo fato de ser próximo aqui ao centro do de Brasília, onde pessoal que vem era de os estados estão  hospedados bem perto, então aqui ficou um lugar bem estratégico.”, exclama Kanashiro.

Conheça mais sobre o Projeto Debian: https://brasilia.mini.debconf.org/

Fonte: Debian Brasil

Confira as fotos do evento:

Ciberlab: A Prontidão Cibernética agrega novo patamar de capacidades preventivas contra riscos no ambiente digital

Painel aborda os resultados de pesquisa aplicada no processo de transição do governo federal

Doutores da Universidade de Brasília (UnB) apresentaram os resultados de uma pesquisa recente que trata da “metodologia de check-up de prontidão cibernética, para mensuração do grau de exposição aos riscos das instituições”. A prontidão cibernética é uma estratégia de defesa contra as ameaças cibernéticas, tão comuns atualmente.

Durante o processo de transição do governo federal, um inovador instrumento de Governança de Riscos foi utilizado, e um laudo técnico avaliou as vulnerabilidades e os riscos cibernéticos de algumas das principais instituições no Poder Executivo Federal.

Professor Rildo Ribeiro dos Santos

Seis meses após esse trabalho, pesquisadores da UnB analisam a metodologia aplicada, os resultados agregados obtidos, bem como os benefícios trazidos pelos mecanismos de prontidão cibernética, a resistência das organizações e a proteção de dados de governos e dos cidadãos.

Painel

No último dia 23, a Finatec promoveu o painel “Risco cibernético, um diagnóstico do Poder Executivo na transição”. O evento é uma iniciativa do Centro de Serviços de Prevenção de Incidentes Cibernéticos (Ciberlab), fruto de uma parceria entre a Finatec e Aware, com participação da Universidade de Brasília, através do Grupo de Pesquisa CIGOD-UnB, Ciência, Governança de Dados e Cibersegurança, registrado no CNPq.

O evento trouxe como painelistas, o doutor em Ciência da Informação pela UnB nos campos de Proteção da Informação Digital, professor Eduardo Wallier Vianna; o doutor em Física Computacional pelo IFSC/USP nos campos de banco de dados, data mining e IA e o professor Rildo Ribeiro dos Santos. Eles realizaram um estudo de caso real que teve como alvo as superfícies expostas de ataque de instituições federais.

Professor Eduardo Wallier Vianna e Professor Rildo Ribeiro dos Santos

Durante o painel foi possível conhecer os componentes-chave desta metodologia, com seus aspectos técnicos e gerenciais, e também reflexões sobre o alcance e o valor agregado desse moderno instrumento de governança.

O surgimento dos hubs tem sido cada vez mais frequente, um modelo de grupo que facilita a discussão de temas relevantes. “Gostaria de manifestar a minha alegria e prazer por conseguirmos fazer essa sequência de eventos que fazem parte da construção de um hub de prontidão cibernética. O primeiro evento foi justamente para divulgar e lançar a ideia e agora estamos aqui criando conexões, com o um hub promovido pela Finatec, estamos conquistando a academia e a sociedade, isso me deixa muito feliz!”, celebra o professor Augusto Brasil, diretor presidente da Finatec.

Humberto Ribeiro, representante da Aware e Professor Augusto Brasil, diretor presidente da Finatec

Assista o painel:

Confira as fotos do evento:

Os desafios e novidades da mobilidade urbana em Brasília e Lisboa

Painel reuniu autoridades para discutir os cases da capital portuguesa e o histórico avanço do Distrito Federal

O surgimento de grandes centros urbanos veio numa crescente desordenada com o surgimento de polos industriais, conglomerados comerciais, residências mais próximas ao centro e circuitos culturais.  Apesar de todos esses fatores refletirem crescimento para as cidades, a mobilidade urbana nem sempre acompanha esse fluxo de mudanças.

O planejamento das cidades precisa refletir o senso de movimento que ela precisa ter: como a população vai se locomover? A estrutura de transporte (vias e transporte público) promovem bem-estar para quem usa os espaços públicos? O processo de mobilidade urbana está diretamente ligado à urbanização das cidades, que apresentam suas necessidades depois de anos estruturadas. 

Brasília, por exemplo, foi projetada com o conceito de utilitarismo, pensando no bem do maior número de pessoas. Ao longo da construção foram definidos os espaços para moradia, trabalho e lazer. A princípio era pra ser funcional e completamente planejada. 

Em abril, a Finatec abriu a série de eventos do Hub de Mobilidade Urbana, evento proposto pelo diretor presidente Augusto Brasil. “A missão desta como Fundação de Apoio, é não só apoiar os projetos da Universidade de Brasília, a sua principal apoiada, mas também das outras que nós somos credenciados, o Instituto Federal, por exemplo, o IBICT,  e a EBSERH. Dentro desse contexto a fundação então de um tempo pra cá, sob minha gestão na Fundação, nós começamos a formatar hubs de áreas do conhecimento.” comenta o professor.  

Professor Augusto Brasil, diretor presidente da Finatec

A professora de Engenharia Civil da Faculdade de Tecnologia da UnB, Fabiana Serra foi a mediadora da conversa. “Esse evento de mobilidade urbana tem como objetivo trazermos discussões que são relevantes para a sociedade e como de fato a universidade pode contribuir na busca de soluções para os problemas identificados. Por exemplo, o transporte público é um assunto que a gente precisa discutir mais e mais, porque nós temos que pensar na qualidade do serviço que é prestado para o usuário, temos que entender melhor o sistema de governança do sistema de transporte, como está a gestão do sistema de transporte, né?” , indaga a professora.

Professora Fabiana Serra, UnB

“Nós precisamos avançar e para justamente tentar avançar com esse hub, eu convidei essas pessoas, que são pessoas que eu acho que são estratégicas para falar sobre o assunto e falar sobre práticas de nós evoluirmos nisso – do ponto de vista energético, do ponto de vista das emissões de gases de efeito estufa e também das opções tecnológicas e de investimento, por exemplo do Ministério Investimento Científico, para desenvolver o equipamento de mobilidade e a mobilidade como um todo.”, explica Brasil. 

Brasília, a capital dos carros?

Segundo dados da  Codeplan, Brasília é uma cidade com 3 milhões de habitantes, com uma frota de ônibus de quase 3 mil veículos, 600 mil usuários por dia no sistema de transporte público por ônibus, mais 170 mil no metrô. 36% da população que se movimenta em Brasília usa o transporte público, então é um percentual relativamente alto. 

O ex-secretário de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal (SEMOB), Valter Casimiro, esteve presente no evento e explicou a matemática dos veículos da Capital: “Nós temos 3 milhões de habitantes, a cada três, dois têm um veículo. E aí é o que reflete o nosso fluxo. O Augusto falou assim: “fiquei preso hoje no engarrafamento aqui tentando vir para cá”, é por conta disso: 2 milhões de veículos na nossa cidade. Aqui no Distrito Federal temos cidades dormitório, nem todo mundo se desloca aqui para Brasília em grandes distâncias, então a gente tem uma malha cicloviária relativamente grande, a gente só perde aqui no Brasil para São Paulo, temos a segunda maior malha (637 km), mas a gente vai discursar um pouco aqui que ainda precisa evoluir muito.”, comenta Casimiro. 

Valter Casimiro, ex-secretário de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal, agora representante do Departamento de Infraestrutura de Transportes (DNIT)

Mesmo tendo os meios de transporte mais comuns já implementados, a capital ainda precisa avançar muito para estar entre as principais cidades inteligentes em mobilidade urbana. A SEMOB focou no desenvolvimento do sistema de bilhetagem. “Existia uma autarquia que fazia isso e identificamos que o melhor, vamos dizer assim, “operador de tarifa” para colocar crédito no cartão é o banco. Banco faz isso muito bem,  todo mundo tem aqui uma conta bancária e tem seu crédito no cartão, e quando a gente identificou que a  autarquia  que fazia esse serviço  tinha muitos problemas de interligação de sistema, optamos por chamar o Banco de Brasília, que é um banco que fomenta o desenvolvimento para o Distrito Federal, desde então a gente diminui 99% dos problemas que nós tínhamos com bilhetagem.” comenta Valter Casimiro.

Débito, Crédito ou PIX?

A SEMOB anunciou a novidade prevista na Portaria 118/2023, a previsão é de que os novos equipamentos aceitem os meios de pagamento digital. “Vamos começar a usar o cartão bandeirado em toda a nossa rede. Hoje nós usamos no metrô porque nós temos estações que são fixas, a gente tá mudando todo o sistema para um sistema online, hoje no nosso sistema é offline, e com isso a gente vai conseguir ampliar o uso do meio eletrônico para poder pagar. Para vocês terem ideia, hoje a gente ainda tem 30% do pessoal pagando em dinheiro no sistema, que é um volume muito alto e aumenta o custo para o sistema, porque você tem toda essa movimentação de dinheiro que aumenta muito custo.”, explica Valter Casimiro.

O novo sistema é para facilitar o pagamento por parte dos usuários e reduzir a circulação de dinheiro nos veículos. Além de diversificar as formas de pagamento de tarifas, o novo modelo vai contribuir para aumentar a segurança nos ônibus. Os usuários dos coletivos deverão ficar atentos na hora de escolher a forma de pagamento. O uso do cartão bancário não permite os transbordos sem a cobrança de nova tarifa.

As vantagens do novo sistema se relacionam com a facilidade do usuário na hora de sair de casa. “A bilhetagem online vai permitir que você use o cartão de débito e de crédito no sistema da roleta do ônibus e vai permitir a alimentação do cartão mobilidade com o cartão de débito ou PIX. Isso vai ser alimentado de forma online, então vai possibilitar que você recarregue seu cartão com o celular sem precisar ir para um sistema de bilheteria do BRB, que gera fila ou você paga por boleto, que demora 48 horas para poder fazer a alimentação do cartão. Isso vai fazer de forma automática, então acredito que em aproximadamente seis meses todo o sistema já esteja funcionando desse jeito para poder facilitar a vida do usuário do transporte coletivo”, explica o ex-secretário de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal (SEMOB), agora representante do Departamento de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

Lisboa: cidade inteligente

Portugal tem cerca de 10 milhões de habitantes distribuídos por 308 concelhos (distritos), um deles é o de Lisboa, que  tem duas áreas metropolitanas: uma no Porto e uma em Lisboa. A de Lisboa tem 18 municípios. Na capital portuguesa também existe um grande desafio: o transporte individual. Segundo o professor Tiago Farias, do Instituto Superior técnico, escola de engenharia, “no país, 60% da população usa transporte individual, sendo 46% só na cidade de Lisboa. Ou seja, há um peso muito forte no transporte individual.”    

Para viver essa mudança, os gestores de mobilidade urbana precisaram pensar em estratégias para potencializar o transporte público. Foram implementados um novo modelo de governança, reforçar e requalificar a oferta, implementar novas tarifas, expansão da rede metropolitana de Lisboa, urbanismo tático, conectividade. 

“Nos últimos 10 anos eu diria muito por causa da revolução das tecnologias digitais e da revolução dos sistemas de proporção elétrica, o mundo viu nascer novos players que têm ocupado de uma forma dinâmica há uma velocidade para que isto são tudo muitos deles são empresas com carisma exponencial, são células que rapidamente colocam num terreno nos seus produtos. Portanto, às vezes é uma dificuldade ainda maior para quem gere a cidade, para quem gere o espaço público, de conseguir regular e definir exatamente o que pretende quando os produtos surgem e equipamentos mais depressa, não é?”, comenta o professor Tiago Farias.

Professor Tiago Farias, do Instituto Superior técnico, escola de engenharia

“Eu vi o professor Tiago falando de toda essa questão da modelagem, os três pilares para poder ter uma mobilidade mais eficiente, principalmente na questão do transporte público, e nós elencamos algumas questões que entendemos como prioritário aqui em Brasília para poder melhorar a questão do transporte público. O PDTU aqui do Distrito Federal já prevê algumas características que foram colocadas no transporte de Lisboa. Então nós temos aqui o operador como o Distrito Federal, como o órgão regulador do sistema, que define as linhas, os traçados, a forma que tem que ser atendido os horários e o operador contratado ele simplesmente executa aquilo que o operador do sistema, o órgão gestor, determina. Então a ampliação de oferta, horários, o traçado que a linha vai passar, tudo é o Distrito Federal que determina.”, comenta Valter Casimiro. 

O evento aconteceu na Finatec e reuniu atores da sociedade civil e acadêmica. A professora Fabiana Serra explica a importância de debates como esse. “Acho que aqui é o lugar, a Finatec, para a gente trazer as discussões, né? Então, assim, o professor Augusto é um parceiro já de alguns anos, eu fiquei muito feliz com essa iniciativa dele e eu realmente espero e tenho certeza que nós vamos fazer outros eventos como esse. Então é importante que a gente faça essas rodas de debate justamente para que venham ideias, experiências, para que a gente possa se basear e trazer soluções aqui para o Distrito Federal, né? Sempre com foco na sociedade. Como é que nós podemos melhorar o deslocamento da população aqui do DF?”

Assista o painel:

Confira as fotos do evento:

Fonte: https://semob.df.gov.br/passagens-de-onibus-do-df-poderao-ser-pagas-com-cartao-bancario-e-a-recarga-no-pix/

Nanossatélite desenvolvido com fomento da FAPDF completa um ano em órbita

Em seu primeiro ano de viagem espacial, a missão AlfaCrux passou a fazer parte do dia a dia acadêmico de professores e alunos da UnB com dados na área de telecomunicações

Em 1º de abril de 2022, o primeiro nanossatélite do Distrito Federal foi lançado para a órbita da Terra. Com apenas 10 centímetros de aresta e cerca de 1kg, o AlfaCrux ganhou o espaço para analisar e propor soluções na área das telecomunicações. O cubo fica a 500 km de altitude e dá em torno de 15 voltas no planeta por dia, captando informações e as armazenando no próprio satélite para retransmissão.

Desenvolvido com recursos da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), que investiu R$ 2,2 milhões, o projeto completou um ano do lançamento com resultados animadores que são acompanhados na estação de comando e controle por uma equipe composta por professores, técnicos e estudantes da Universidade de Brasília (UnB) das áreas de engenharia e correlatas. Ao todo, participam cerca de 17 pessoas, sendo sete da equipe fixa.

“Essa é uma missão que tem como foco a análise, investigação, avaliação de soluções de telecomunicações, desde os aspectos operacionais até a aplicação no usuário final. É um trabalho que contribui para a melhoria da formação, olhando pela perspectiva da universidade”, explica o coordenador da Missão AlfaCrux e professor do Departamento de Engenharia Elétrica da Faculdade de Tecnologia da UnB, Renato Alves Borges.

Primeiros resultados

Neste primeiro ano do projeto espacial, o principal legado foi a inserção da operação espacial no dia a dia acadêmico e o início do estudo de caso sobre a missão. “O que considero um dos grandes aprendizados são as competências que estão sendo geradas e produzidas no que diz respeito a operar e conduzir um satélite. Estar à frente de uma missão espacial nessa fase de operação é relevante para o desenvolvimento do país”, revela o engenheiro eletricista e membro sênior do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE).

O projeto ajudará a validar tecnologias que possam gerar soluções para situações que o setor produtivo enfrenta diariamente. “Podemos fazer o monitoramento de ativos estratégicos e coletar informações para entender um pouco melhor o ciclo do carbono em diferentes biomas. Do espaço conseguimos olhar características que não conseguiria perceber da superfície da Terra. Também conseguimos levar comunicação para uma área remota sem comunicação em solo”, revela.

A Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal incentivou financeiramente a missão desde a fase zero até o lançamento feito nos Estados Unidos pela empresa SpaceX. “A FAPDF fomentou todo o material necessário para construir a infraestrutura. A execução está dentro da Universidade de Brasília com apoio da Finatec. É um empenho de todos e uma mudança de realidade para o DF, coloca Brasília dentro desse circuito e como protagonista no contexto de soluções e serviços espaciais”, define Renato Alves Borges. O projeto conta também com o apoio da Agência Espacial Brasileira e da Agência Nacional de Telecomunicações.

Para o presidente da FAPDF, Marco Antônio Costa Júnior, o projeto representa uma grande conquista para a ciência do Brasil. “FAPDF se orgulha de ter fomentado essa iniciativa inovadora. Ela representa a produção de tecnologia de alta performance no DF e, além disso, pudemos proporcionar aos pesquisadores e alunos da UnB uma experiência prática incrível desde a produção e construção do satélite e, após posto em órbita, a operação, a coleta e a análise dos dados recebidos”, comenta.

Futuro

Com expectativa para permanecer mais alguns anos em órbita, o nanossatélite ainda vai gerar muitos novos resultados. A coordenação da Missão AlfaCrux já desenha um novo projeto que possa contar com uma constelação de satélites.

“Esses outros satélites vão naturalmente trazer as lições aprendidas neste primeiro ano, com adequações em aspectos técnicos da comunicação e faixa de operação que permitam ampliar o escopo da produção”, diz o coordenador.

O próximo passo é também abrir diálogo com a iniciativa privada e a sociedade civil. “Estamos conversando com setores interessados em discutir problemas específicos e soluções que passam por implementação de sistemas espaciais”, acrescenta Renato Alves Borges.

Fonte: Adriana Izel, da Agência Brasília | Edição: Claudio Fernandes

Painel reúne atores do mercado e apresentou o Ciberlab – Centro de Prevenção de Incidentes Cibernéticos – à sociedade brasiliense

Numa sociedade em que expomos nossos dados diariamente na internet, a segurança cibernética é assunto emergente em discussões nos ambientes acadêmicos, públicos e privados. No Brasil, o crime cibernético está tomando uma proporção jamais vista. No ano passado, o Brasil teve 112 terabytes (TB) de dados vazados, o que corresponde a 43% dos vazamentos registrados no mundo. A implementação da Lei Geral de Proteção de Dados, a LGPD, que tem como objeto de tutela o dado da pessoa física,é outro driver para a discussão em comento.

Segundo dados do relatório ESET Security Report, publicado no ano passado, os ataques de ransomware (ataque feito através de um software nocivo usado para bloquear dados de computadores e servidores através do uso de algum tipo de criptografia) passaram a ser cada vez mais direcionados e as empresas não estão devidamente preparadas para enfrentar este tipo de ameaça.

Nesse contexto, o Ciberlab, parceria entre a empresa Aware e a Finatec, atua no desenvolvimento e aplicação de tecnologias voltadas para segurança cibernética para empresas públicas e privadas. Para dar o start neste projeto, recebemos na sala de Conferência da Finatec atores do setores público e privado, especialistas e gestores nos temas LGPD, Governança e Segurança.

O Painel Prontidão Cibernética e Proteção de Dados no Contexto da Transformação Digital faz parte do calendário de atividades do Ciberlab, que prevê eventos  bimestrais sobre assuntos de relevância sobre o tema.  Estavam presentes Fabrício Alves, Membro da Comissão de Juristas de Inteligência Artificial no Senado Federal; Rodrigo Carvalho, ex Secretário de Tecnologia da Informação do STJ; Wilson Lauria, sócio co-fundador da Aware e Humberto Ribeiro, co-fundador do Ciberlab e mediador do painel. 

Rodrigo Carvalho, ex Secretário de Tecnologia da Informação do STJ

Criada para apoiar projetos de pesquisa, a Finatec como fundação de apoio, somente executava projetos ligados a universidades, o diretor presidente da Fundação, Professor Augusto Brasil, explicou a importância desse coBusiness: “As fundações sempre tiveram esse DNA que é fazer gestão de projetos, que muitas vezes eram captados preferencialmente pelos professores das universidades. Dos anos 90 pra cá, década em que a Finatec foi fundada, esse cenário mudou bastante e não que isso tenha deixado de ser importante para nós, ainda é muito importante essa gestão, mas para as próximas décadas precisamos firmar essas esse coBusiness. Então devemos manter essa gestão de projetos, que é a existência da Finatec, mas o contexto de fundação e dessa relação entre universidade e as instituições fora da Universidade mudou muito. A missão da Finatec, por exemplo, é conectar o conhecimento das suas apoiadas.”, comenta Brasil. 

Professor Augusto Brasil, diretor presidente da Fundação

Os hubs são fundamentais nesse novo cenário do mercado de inovação, a Aware  trouxe esse formado de “hub do conhecimento” de forma mais concreta pro nosso espaço. “É nesse sentido que no último ano começamos  a formatar o que nós conhecemos como hub e eu queria agradecer aqui especialmente General Lauria e Humberto Ribeiro por essa ótima parceria que nasceu da Aware, que é justamente uma conexão, que é uma conexão entre a universidade. Gostaria também de agradecer a presença do professor Rildo dos Santos que é justamente essa essa outra parte do hub dentro da Universidade. E aí vem essa transferência de  conhecimento da universidade para fora e de fora para dentro da Universidade, esse fluxo vai melhorar tudo para a sociedade. Assim nasce o  Ciberlab,  que tem um tema em que um tema tá muito quente hoje que é o tema de cyber segurança de dados.”, comenta o diretor da Finatec. 

 Vivemos um processo de transformação digital intenso e ajudou  de diversas formas a sociedade humana a se firmar enquanto busca de condição de bem-estar, conveniência para as pessoas, de saúde pública, de aumento da capacidade educacional, nas diversas vertentes da logística. “Num determinado momento a gente também percebe que esse aumento da transformação digital que muda tempo e espaço das pessoas. Aquilo que antes levava esses dias, passa a levar x segundos, aquilo que antes eu precisava me deslocar eu faço online. Agora com uma outra interface do outro lado do mundo em tempo real, tudo isso trouxe um aumento da nossa exposição de vulnerabilidades digitais, seja por descuido,  por negligência ou seja inclusive por atos de má-fé dos agentes agressores que existem no planeta fora né?! Num determinado momento os agressores tinham um nível de maturidade ainda Inicial.”, comenta Humberto Ribeiro, representante da Aware.

Humberto Ribeiro, co-fundador do Ciberlab e da Aware

O que é prontidão cibernética?

Prontidão Cibernética é atuar – preventivamente e proativamente – com foco em toda a cadeia produtiva a fim de impedir que o elemento adverso obtenha acesso indevido ao ecossistema alvo. Em síntese, é quebrar o processo de ataque em suas fases iniciais.

Criando conexões e espalhando conhecimento, o Painel Prontidão Cibernética e Proteção de Dados no Contexto da Transformação Digital, como primeiro evento do Ciberlab alcançou o seu objetivo.  “Eu que agradeço todo o carinho e dizer que eu tô muito feliz com esse encontro de hoje, porque ele cria uma conexão com todas as falas que nós ouvimos hoje. Dentro dessa área que é  fronteira do conhecimento hoje, evolui exponencialmente. E esse nosso objetivo, eu me sinto plenamente atendido com essa oportunidade então agradeço agradeço a vocês aqui foi um dia maravilhoso muito obrigado obrigado pela presença de todos e contem com a Finatec sempre para promover este evento. Essa reunião marca um bom momento da fundação.” agradece o professor Augusto Brasil.

Assista o painel

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Projetos premiados: Professores vão a São Paulo para o Prêmio CONFAP

A cidade de São Paulo sedia entre os dias 22 a 24 de março a primeira edição de 2023 do Fórum Nacional CONFAP. O evento reúne dirigentes das 27 Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs) e representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e das agências federais de fomento à CT&I para debater temas prioritários da política científica e tecnológica no Brasil.

Esta edição do Fórum é uma realização do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP) em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

A  Profº. Dra. Suélia de Siqueira Rodrigues Fleury Rosa (FGA-UnB)  é a vencedora em segundo lugar do Prêmio CONFAP “Professora Odete Fátima Machado da Silveira” na  categoria “Pesquisador Inovador – Inovação para o Setor Empresarial”. 

foto: Chico Max/ Divulgação CONFAP

Representando o projeto Vesta,  primeira máscara facial com nanotecnologia de proteção contra vírus e bactérias. Financiado pela Fapdf e gerido pela Finatec, a barreira criada pelos estudiosos têm quitosana, um composto natural encontrado na casca de crustáceos, como o camarão, que envolve e degrada a membrana do vírus, inativando a contaminação. Por ser tão pequena quanto o vírus, a trama – que são os espaços formados entre as fibras e também chamados de poros – acaba impedindo a passagem do patógeno.

Além disso, o seu tecido é composto por um tipo de tecnologia que exerce atração eletrostática no vírus, que é atraído pela superfície por interpretar que está se aproximando de vias aéreas humanas. Dessa forma, uma pessoa infectada que estiver usando a Vesta adequadamente não vai contaminar ninguém porque o vírus será eliminado. Mas o ideal é que as outras pessoas também estejam protegidas pelo mesmo equipamento.

O outro professor premiado foi o  Renato Alves Borges, da UnB, em 3º lugar na categoria Pesquisador(a) Inovador(a) – Inovação Para o Setor Público  (Indicado pela FAPDF – Distrito Federal).

foto: Chico Max/ Divulgação CONFAP

O projeto de destaque de Renato é o Alfa Crux, nanosatélite lançado no espaço em 2022. Também fomentado pela FAP-DF e gerido pela Finatec. “Nosso objetivo é aumentar a conectividade em escala global, disponibilizando enlace de comunicação tanto para o setor civil quanto para a área de defesa do país. Isso é a base para viabilizar a ‘internet das coisas’, que possibilita ao usuário estar conectado por meio de dispositivos como celular e relógio. Essas soluções via satélite já são usadas hoje no país, mas carecemos ampliá-las. O projeto beneficiará, por exemplo, agricultores em regiões com folhagem densa ou com muita umidade, como é a Amazônia. Não é qualquer sinal que consegue penetrar nesses ambientes”, explica o chefe do Departamento de Engenharia Elétrica da UnB e um dos coordenadores do Alfa Crux, professor Renato Borges.

fonte: https://confap.org.br/news/forum-nacional-confap-sao-paulo-sp-2023/

Pesquisadores da UnB projetaram equipamento único no mundo para testar resistência de turbinas de motores de avião

Professores da Universidade de Brasília (UnB) projetaram equipamento único no mundo para realizar sofisticados ensaios que simulam, em ambiente de laboratório, as condições extremas que a conexão entre as pás e os discos de turbinas de motores de aviões estão submetidas durante vôo.

Os pesquisadores buscam avaliar a resistência ao aparecimento de fissuras (trincas) causadas pela fadiga do metal nesta interface pá-disco visando aumentar a segurança das peças e diminuir seu peso, melhorando a eficiência do motor.

As pesquisas são financiadas pela Safran, uma gigante do setor industrial francês que fabrica  motores a jato para aviões e helicópteros. Coordenado por José Alexander Araújo, professor titular do Departamento de Engenharia Mecânica da UnB e PhD pela Universidade de Oxford, o trabalho consiste não apenas em testar espécimes (peças metálicas retiradas do próprio disco da turbina) sob condições muito similares às enfrentadas durante um vôo, mas também em desenvolver modelos matemáticos que sejam capazes de prever a durabilidade das turbinas para uma operação segura, ou seja, antes do aparecimento de uma trinca.  A quebra da pá ou do disco pode ser fatal para a segurança dos passageiros pois as partes rompidas podem perfurar o sistema hidráulico da aeronave ou mesmo sua fuselagem.

Em 2018 a imprensa americana divulgou detalhes de um acidente desta natureza onde uma passageira morreu após ter parte do corpo sugada para fora da janela quebrada por um estilhaço da pá. “Trata-se de pesquisa de alto nível, cara mas com resultados vitais para o projeto e à segurança do motor da aeronave. Não seria possível de ser desenvolvida sem a parceria entre universidade, fundação de apoio e empresa. Só as peças para os testes custam aproximadamente trinta e oito mil reais cada. Ensaiamos 26 peças destas nos últimos dois anos.  Além disto, para construir o equipamento de testes desenvolvido na UnB houve investimentos da ordem de R$ 3 milhões.  Assim, são os cérebros da universidade pública associados aos investimentos captados juntos ao setor privado nacional e internacional e uma moderna e competente gestão administrativa do projeto por meio de uma Fundação de apoio privado como a Finatec, que são a receita do sucesso para uma pesquisa aplicada de ponta!” ressalta o  professor Araújo.

O pesquisador também avalia o impacto de um projeto dessa natureza para a reputação da pós-graduação da UnB. “Este projeto demonstra que fomos identificados por uma gigante do setor aeronáutico mundial como um dos laboratórios líderes na produção de conhecimento e tecnologia nesta área. Isso resulta em forte internacionalização da universidade com presença de alunos e cientistas franceses em nossa pós-graduação.  Isso põe o Departamento de Engenharia Mecânica da UnB no mapa dos grandes em nível internacional!”

Professor José Alexander Araújo, professor titular do Departamento de Engenharia Mecânica da UnB e PhD pela Universidade de Oxford e Gabriel Juvenal, aluno de doutorado orientado por ele

Questionado sobre o papel da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), neste processo, o professor Araújo resume como vital. “É a Finatec e seus excelentes quadros técnicos que cuidam de forma célere de todas as importações, compras e prestações de conta do projeto. Isto nos dá o tempo e a tranquilidade necessária para nos concentrarmos na atividade fim: a produção do conhecimento e a formação dos alunos!”

Conteúdo e relacionamento marcam o retorno presencial do Seminário de Políticas Públicas de Telecomunicações

O Seminário de Políticas Públicas de Telecomunicações tem sua casa, há 21 anos o evento acontece na Finatec e reúne os atores do setor de Comunicação para discutir a agenda do setor e as perspectivas para os próximos anos. No último dia 15, 230 pessoas estiveram na capital acompanhando o evento organizado pelo portal Teletime.

Entre as pautas deste ano, representantes do Ministério das Comunicações, entidades reguladoras e empresas privadas discutiram sobre as perspectivas das políticas setoriais no novo governo, as prioridades setoriais, as políticas de telecomunicações,  a regulação do ecossistema digital e os problemas e novos desafios da regulação da comunicação social eletrônica no ambiente digital.

Em um dos seus primeiros compromissos públicos à frente do Ministério das Comunicações, o ministro Juscelino Filho destacou que os primeiros 100 dias do novo Governo terão grande foco em políticas de promoção de universalização de conectividade. Segundo o ministro, serão lançados programas de linhas de crédito no BNDES com recursos do Fundo de Universalização de Telecomunicações (Fust). O contrato com o banco terá um valor de R$ 1,2 bilhão no total, com contrapartidas para conexões a escolas.

“Estamos com uma atenção muito especial para poder dar acesso para prestadoras de pequeno porte (PPPs) e  em fase de elaboração de um programa de garantia de crédito de 32 milhões a fundo perdido para projeto pde  conexão de escolas, sem se falar na disponibilidade de recursos para projetos incentivados na área de cobertura Rural também”, comenta Juscelino Filho, ministro das Comunicações. 

Juscelino Filho, Ministro das Comunicações – Foto: Rebecca Omena

Outra pauta levantada pelo ministro foi a estruturação de um grupo para construir uma nova proposta de política pública para levar a banda larga em dois eixos: letramento digital e conectividade significativa. “Foi  elaborado um plano de universalização da banda larga,  focando na redução das desigualdades e na promoção do acesso especialmente às comunidades rurais, povos e comunidades tradicionais. Essa é uma pauta estruturante do nosso Ministério enquanto política pública, a inclusão digital vai ter total atenção durante o nosso exercício, então após décadas em que a conectividade universal era um sonho distante, hoje está ao nosso alcance.”, exclama Filho. 

Com o apoio da nova Secretaria de Comunicação Social Eletrônica (SECOE) , Juscelino Filho pretende promover a atualização do setor de Radiodifusão. “Vamos trabalhar para modernizar as regras da área, adotando uma regulação assimétrica que busque reduzir a carga de obrigações sobre os radiodifusores de menor porte e de radiodifusão pública, comunitária e estatal. Nos 100 dias de governo, vamos lançar a portaria com as diretrizes para as buscas da TV 3.0”.

Com tantas propostas apresentadas, o diretor editorial do Teletime e organizador do evento, Samuel Possebon, avaliou positivamente o início dos trabalhos do ministério. “Com tantos anos de experiência no setor, nunca vi uma agenda tão completa. Teremos quatro anos para discutir e o governo para colocar as ações em prática”, comentou.

Samuel Possebon, diretor editorial da Teletime – Foto: Rebecca Omena

As agências reguladoras trabalham para auxiliar o MCom a executar as ações do planejamento, o presidente da Anatel, Carlos Baigorri explica essa relação: “Nós iremos contribuir para a execução das políticas públicas, com grande sinergia entre os problemas que o ministro trouxe aqui e os problemas setoriais de longa data e que certamente estão ao nosso foco também .”

Carlos Baigorri, presidente da Anatel – Foto: Rebecca Omena

Brasília, a capital da (Tele)Comunicação

Já são 21 edições do seminário acontecendo na Finatec, após dois anos de evento híbrido, as atividades presenciais retornam. “É incrível estar junto com as pessoas de novo, esse  evento não é só o conteúdo. É conteúdo mais o relacionamento e sempre, sempre na Finatec e  em parceria com a universidade. Falamos sobre políticas de telecomunicações, falamos de políticas, falamos de regulação, falamos  de assuntos relacionados ao dia a dia de Brasília, então faz todo sentido que ele aconteça aqui e está sendo muito bom voltar ao presencial.” comenta Samuel Possebon, diretor editorial da Teletime.

Gostaria de parabenizar pela organização do evento sobre as novas perspectivas das Comunicações e aproveito para destacar a importância fundamental do jornalista especializado no debate aberto com a sociedade e a opinião pública, na figura do Samuel. Quero parabenizar aqui a Universidade Brasília, a Finatec e a CCOM, esse seminário traz a discussão da agenda política das Comunicações no Brasil, mas não poderia deixar de registrar a história e a contribuição da Universidade, da academia e dos centros de pesquisa para o setor das Comunicações do país, o ensino e na capacitação, inovação sobretudo nas novas tecnologias de Vanguarda”, agradece o ministro Juscelino Filho.

Confira as fotos:

Fotos: Rebecca Omena

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Ciência e tecnologia a serviço da sociedade

Laboratório de metrologia da UnB atua na gestão de dados e possui equipamentos de alta precisão capazes de medir, com exatidão, peças complexas, como turbinas hidráulicas e eólicas

Ensino, com atuação na formação de engenheiros, capacitação de profissionais em cursos de Mestrado e Doutorado, além de apoio no desenvolvimento de produtos de precisão. Essas são algumas das áreas de expertise do Laboratório de Metrologia do Departamento de Engenharia Mecânica, Faculdade de Tecnologia, Universidade de Brasília. A novidade é que, a partir deste ano, professores, alunos e pesquisadores devem se dedicar a compartilhar o conhecimento com empresas e com o setor público, contribuindo para melhorar processo de produção, criar banco de dados capazes de melhorar o desempenho, o faturamento, a grade de manutenção e compra de insumos e equipamentos, por exemplo.

Professor associado da UnB e coordenador do Laboratório, Antonio Piratelli Filho explica que o foco dessa proposta do Laboratório de Metrologia são a oferta de cursos de extensão, a execução de análise de dados e a medição de peças complexas.

Medição de peças complexas

Neste caso, o Professor detalha como é feita a medição de um pequeno rotor usando um scanner laser, disponível no Laboratório, por meio do qual é possível fazer medições exatas a partir das coordenadas de pontos da superfície, além da possibilidade da reconstrução do desenho da peça no computador (conhecido como modelo CAD, Computer-Aided Design). “Com isso, se houver necessidade de reconstrução da peça para fabricação a partir do modelo no computador ou a necessidade de ajustes no design para otimizar o funcionamento de um equipamento, o trabalho é muito mais assertivo, muito mais eficiente. Estamos falando de peças com geometria não trivial, de forma livre, como exemplificado pelos rotores de ventiladores e turbinas hidráulicas”, pontua.

Professor associado da UnB e coordenador do Laboratório, Antonio Piratelli Filho

Análise de dados

Todo gestor sabe da importância de a organização ter em mãos um banco de dados dos seus processos. Mas nem todos conseguem fazer a análise, interpretar esses dados e, a partir dos resultados, tornar a sua gestão ainda mais eficiente. Dentro do Laboratório de Metrologia, existe pessoal capacitado para coletar essas informações em bancos de dados e entregar propostas de projetos ou ações que vão otimizar os custos, dentre outras possibilidades.

Cursos de extensão

E por fim, tem os cursos de extensão. “A empresa ou agente público define qual é a necessidade de formação e desenvolvemos cursos de extensão para gestores e demais colaboradores”, cita Antonio Piratelli Filho.

Quem tiver interesse em qualquer desses serviços, deve procurar a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), que é a entidade que intermedia a necessidade do público externo com os pesquisadores da universidade. Após esse processo, são feitas reuniões para que as demandas sejam apresentadas e os estudiosos tenham as ferramentas para apresentar as melhores soluções.

Finatec
Telefone: (61) 3348-0400
E-mail: projetosdepesquisa@finatec.org.br

Conheça mais sobre o projeto!

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