A preparação começou! O programa Enem Inclusivo e Especial 2023 oferece encontros preparatórios para alunos com algum tipo de deficiência ou transtorno da rede pública de ensino

No último sábado (26), aconteceu a aula inaugural na Finatec.

Juntas, a Secretaria de Estado de Educação do DF, por meio da Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin), em parceria com a Finatec, vão reforçar a preparação de estudantes da rede pública de ensino com algum tipo de deficiência ou transtorno que irão prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), Através do projeto Enem Inclusivo e Especial 2023.

Ao todo, 62 estudantes com deficiência e/ou transtornos (TEA, TDAH, Dislexia, entre outros) inscritos no Enem e que demonstraram interesse no reforço participarão das aulas preparatórias, que acontecem de 8h às 12h nos 11 sábados que antecedem a realização das provas. As aulas serão ministradas nas instalações da sede da Finatec.

Além da Fundação, o projeto tem a parceria da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB) e da ONG Programando o Futuro. Até a véspera do exame, eles vão participar de aulas preparatórias que acontecerão todos os sábados. A aula inaugural do projeto aconteceu no último sábado (26).

Como começou 

O ENEM Inclusivo Especial surgiu em 2019 [hiperlink: finatec.org.br/noticias/enem-inclusivo-e-especial-projeto-reune-alunos-especiais-em-aulao-preparatorio-para-prova/]  a partir de um questionamento que a subsecretária Vera Barros fez depois de acompanhar alguns eventos de preparação para o Enem. “Observei os alunos presentes nesses eventos e me perguntei: Não tem alunos com deficiência aqui?”. A partir disso a subsecretária não mediu esforços para juntar voluntários e criar um projeto com aulas e dinâmicas para preparar os alunos na reta final para a prova.

Vera Barros, subsecretária da Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin)

“O Enem Inclusivo e Especial nesta segunda edição tem várias melhorias, onde a Finatec agora conecta o conhecimento da Universidade de Brasília e a tecnologia também, mas não só tecnologias pedagógicas, metodologias de ensino, mas com a parte também de informática, para apoiar os alunos.”, comenta o professor Augusto Brasil, diretor presidente da Finatec.

Professor Augusto Brasil, diretor presidente da Finatec

O diretor se refere ao Laboratório de Experimentações Pedagógicas, uma sala com 11 computadores doados pela ONG Programando o Futuro, parceira apoiadora no Hub da Educação, mais um programa da Finatec voltado para aplicação de conhecimentos.

“Em 2019 a Finatec nos apoiou com os espaços, agora o professor Augusto nos ofereceu novas instalações, um  up. Esse ano estamos com o Laboratório de Experimentações Pedagógicas que respira inovação, criatividade, com a ONG Programando o futuro, que nos ofereceu as máquinas para o laboratório. Nós trabalhamos no currículo básico que é a parte teórica, nós temos agora uma plataforma, nós temos um laboratório exatamente com toda essa proposta de inovação pedagógica”, comemora a idealizadora do projeto, Vera Barros.

“Desde a primeira edição eu participo como voluntário e estou sempre pronto, porque a gente sabe como é difícil essa caminhada, e eles chegarem até aqui já é uma grande vitória. Eles já estão com meio pé dentro da universidade, então precisam desse apoio para conquistarem a tão almejada vaga na universidade. A gente tem que ajudar sim, é maravilhoso esse trabalho, e temos colhido bons frutos nas últimas edições.”, exclama o professor e coordenador intermediário da CRE do Núcleo Bandeirantes. 

Augusto Brasil, Vera Barro e o professor Ney Vieira.

Os docentes que ministrarão as aulas atuarão no projeto de forma voluntária, assim como os monitores e profissionais de apoio. A equipe formativa/pedagógica é composta por profissionais da rede pública do DF, da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília e da Finatec. Além disso, serão oferecidos todos os dispositivos para garantir a plena acessibilidade aos estudantes como audiodescrição e intérprete de libras.

A secretária de educação Hélvia Paranaguá, esteve presente na ocasião e comentou a importância dessas parcerias para a Educação.  “Ainda que fosse só um estudante, nós estaríamos aqui.  A educação, ela tem que ter esse olhar da inclusão. Então, não importa se são 10,  20, 50, 100, 200 mil. A educação não anda sem parcerias: todos os parceiros, o terceiro setor, as universidades, os órgãos do Distrito Federal, todos temos que estar unidos em prol da educação. Educação é uma questão social, nacional e mundial. Não vamos a lugar nenhum sem ela. É a educação que transforma, que modifica a vida das pessoas. Então, eu me emociono bastante quando vejo vocês aqui.”

Hélvia Paranaguá, secretária de educação do Distrito Federal

Importância

A primeira edição do Enem Inclusivo e Especial ocorreu em 2019 e evidenciou que as ações do projeto, de fato, proporcionam uma vivência diferenciada em relação aos processos de ensino-aprendizagem e estímulo aos participantes.

O aluno do sétimo semestre de Jornalismo, Luis Felipe Sales, participou da primeira edição do programa em 2019. Aos 21 anos de idade, o universitário, portador de Transtorno do Espectro Autista explica como o Enem Inclusivo e Especial ajudou na sua trajetória para aprovação. “Tivemos vários professores preparados para instruir os alunos, também tivemos todo o apoio necessário para realizar a prova. Então foi um evento muito importante e realizador, que ajudou bastante. Eu fiz a prova e passei com certeza com os conhecimentos que adquiri na escola, mas com as aulas do projeto, que me ajudaram a fazer a prova tranquilamente.”

Luis Felipe Sales, participante da primeira edição do programa em 2019

“Nós sabemos que o ENEM não sofrerá qualquer alteração, tanto esse ano quanto o próximo. Retornar com esse projeto é fundamental e nós temos grandes professores voluntários aqui para tentar passar para os meninos um pouquinho da nossa experiência, um pouquinho da nossa vivência com exames de seleção, as expectativas são as melhores possíveis.”, exclama o professor Ney Vieira, que desempenha o papel de incentivador dos alunos. 

“Quando nós estamos juntos, tudo é possível, então é em cima dessa ideia que eu estou aqui hoje, iniciando o Enem Inclusivo e Especial,  que está sendo um grande sucesso.Eu acho que em novembro vou comemorar muito o sucesso dos meus estudantes. Sou só a gratidão, a Finatec e a UNB, pela monitoria. E que esse projeto, eu acho que ele veio para ser apenas, ser um projeto que veio fazer a diferença mesmo, né? E que realmente a gente venha a tratar a inclusão de fato, né?”, indaga Vera Barros. 

“O evento hoje, a empolgação dos alunos, a importância para eles que vão agora entrar nessa área da universidade no próximo ano. Então, eu acho que esse evento marca uma expectativa de todos nós do que virá para o futuro. Eu acho que nós estamos num ponto da história em que nós conseguimos agora, através das tecnologias, diminuir esse degrau para melhorar a inclusão.”, finaliza o professor Augusto Brasil.

Confira as fotos do evento!

Finatec sediou a terceira fase da Olimpíada Brasileira de Química

O projeto é realizado anualmente em todo território nacional com participação de estudantes do ensino médio e ensino técnico profissional de escolas públicas e privadas

A Olimpíada Brasileira de Química (OBQ) aconteceu na Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) no último sábado (19/8) com a realização das provas da fase III. A OBQJr será no dia 2 de setembro. O projeto é realizado anualmente em todo território nacional com participação de estudantes do ensino médio e ensino técnico profissional de escolas públicas e privadas.

A competição tem como objetivos estimular o estudo da química, identificar talentos na área e, ainda, promover a inclusão social por meio do conhecimento científico. As inscrições são gratuitas para os estudantes de escolas públicas e, para os estudantes de escolas privadas o valor da taxa de inscrição, em 2023, foi de R$ 4.

“O despertar de talentos em ciências, mais especificamente em Química, é o principal impacto de eventos como a OBQ. Estes talentos e divulgação dos resultados alcançados pelos estudantes brasileiros, além de motivar os jovens permite mais uma via de inserção internacional da ciência brasileira. Esperamos que com a maior visibilidade das etapas da OQDF mais estudantes de ensino fundamental e médio se interessem pela Química, e possam vir a ser selecionados para cursos superiores na área, contribuindo para elevar a qualidade da mão de obra formada no Brasil e no DF, nas áreas de Ciências e Química.”, comenta Cida Prado, professora que aplicou a prova no DF.

A fase III contou com 120 participantes ao todo e atualmente a coordenação da OBQ DF é parte de um projeto de extensão da Universidade de Brasília (UnB), com foco na cooperação entre as licenciaturas da UnB para realização e divulgação da OBQ. Deste modo, a Finatec está viabilizando a realização presencial das OBQ DF e efetivando projeto de extensão da UnB, a principal apoiada.

“O atendimento recebido foi de excelência. Desde a impressão das provas, que foi feita pelo pessoal da parte de eventos, até a recepção e cuidado com os estudantes! A Finatec nos ofereceu toda assistência necessária. Para nós da Coordenação do Distrito Federal da Olimpíada de Química, ficamos muito honrados e agradecidos em poder contar com a Finatec nessa parceria.”, comenta Cida Prado.

Empreendedorismo e inovação: “IFB mais empreendedor” é lançado para comunidade acadêmica

O incentivo ao empreendedorismo é uma abordagem crucial para estimular a criação e o crescimento de novos negócios e, mais do que isso, incentivar a inovação.  O Instituto Federal de Brasília (IFB) está investindo R$250 mil na capacitação de 100 micro e pequenos empreendedores do Distrito Federal. Os cursos, com duração de seis meses, são ministrados por professores e alunos bolsistas e os recursos são fruto de uma emenda parlamentar da deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF).                                                                                                                                       

“Quem participa de alguma atividade no Instituto Federal de Brasília, sabe que o DNA de empreendedorismo corre nos corredores dos campus, essa é a premissa para a criação do “Programa IFB mais Empreendedor”.”, comentou a professora Carla Castro no evento de lançamento no dia 17 de agosto no campus Brasília. 

O programa abriga 10 projetos de extensão coordenados por docentes do IFB. Cada um tem uma destinação, desde desenvolvimento de planos de negócios até estratégias digitais. Alguns apoiam na área de alimentos e gastronomia, oferecendo consultoria de desenvolvimento de rotulagem, por exemplo.  

Na ocasião estavam reunidos professores de diversos cursos da instituição, alunos contemplados no projeto, o professor Paulo de Montenegro, diretor do Campus Ceilândia e um dos desenvolvedores do programa, a professora Christine Lourenço, diretora do campus Brasília, a professora Diene Tavares Silva, pró-reitora de Extensão e cultura e a reitora Veruska Machado.

“Fala-se muito em empreendedorismo, mas a nossa força de trabalho e a riqueza do país vem de micro pequenos empreendedores. Eu fiquei muito feliz em começar  pesquisar o assunto, porque existem muitos programas de incentivo financeiro para os médios e grandes e os pequenos empreendedores produzem muito e nem sempre tem esse acesso. Então se a gente puder de alguma forma democratizar e viabilizar o sonho de alguém, isso vai ser maravilhoso!”, exclama  a professora Carla Castro, coordenadora do projeto.

Professora Carla Castro, coordenadora do projeto

O que se espera no futuro é que esses micros e pequenos empreendedores cresçam, porque com a técnica e formação, o caminho pode ser mais fácil. “A instituição realmente tem a ganhar muito com esse trabalho que está sendo desenvolvido. Eu sempre repito a missão da nossa instituição: transformação de vidas, por meio da educação profissional. Um programa como esse, ele está completamente alinhado à nossa missão institucional, que é transformar vidas  por meio de conhecimento do empreendedorismo, mas não só desenvolvendo habilidades e conhecimentos. Neste programa, os contemplados  vão sair daqui treinados e fazendo a diferença nos territórios.”, afirma Veruska Machado, a recém empossada reitora do IFB.

Veruska Machado, Reitora do Instituto Federal de Brasília

“O impacto positivo que o programa traz para esses jovens, porque além de trabalhar com a questão fundamental, que é a autoestima, possibilitar a formação, ajuda no empreender, que está muito relacionado ao território, às comunidades, à mudança de vida dessas pessoas, que na sua grande maioria são mulheres.”, comenta Diene Tavares Silva, pró-reitora de Extensão e cultura.

“É  muito interessante o dado de 63% de mulheres inscritas, tanto nos projetos quanto bolsistas, e a gente também não notabilizou as mulheres que estão por trás do desenvolvimento do projeto. E uma coisa que eu acho que é importante é o que esses  dados que podem gerar, pesquisa que pode gerar dados que podem, quem sabe, virar uma política pública, que é perceber e fazer a intersexualidade, não só de gênero, mas também de raça, quem são essas mulheres que empreendem dentro dos nossos territórios. Eu acho que isso traz uma consistência muito importante, né, para que a gente implementa cada vez mais dentro desse projeto que a gente tem, nesse programa, né, mais que a gente possa realmente dar continuidade, quem sabe, no virar uma grande política pública.” comenta pró-reitora de Extensão e cultura, Diene Tavares Silva.

Diene Tavares Silva, pró-reitora de Extensão e cultura

Expectativas

“Depois desses seis meses acho que os bolsistas do projeto vão conseguir entregar para os alunos um conhecimento pedagógico muito significativo e envolvê-los na área de gestão e até quem sabe também se aventurar no empreendedorismo. Para se ter noção,  mais de 70% dos que se inscreveram conosco não estão formalizados. Então a nossa meta é mais do que 50% de formalização ao final do projeto.”, comenta a professora Carla Castro.

“Eu sou uma instituição de ensino,  não consigo lidar com dinheiro, pagamento de bolsa, prestação de conta, contratação de pessoal. A Finatec é o nosso braço operacional, sem a Fundação  a gente não teria mobilizado a execução do programa. O que depender de mim e se a gente conseguir recursos para viabilizar mais turmas desse programa a parceria técnica vai longe!”, finaliza a professora Carla Castro. 

Confira os projetos contemplados, clique aqui!

Confira as fotos do evento:

Hidrogênio Verde: Aneel lança chamada pública para receber propostas que contribuam com o avanço da produção de hidrogênio renovável no país

O hidrogênio é denominado renovável quando é produzido a partir de matérias primas e fontes energéticas limpas. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), colocou em consulta pública a minuta da Chamada No 023/2023 – Projeto Estratégico: Hidrogênio Renovável no Contexto do setor Elétrico Brasileiro. É o foco desta chamada impulsionar projetos que promovam a produção do hidrogênio renovável, também conhecido como hidrogênio verde, utilizando a energia gerada por fontes renováveis de eletricidade, como a hidráulica, a biomassa, a eólica e a solar. 

A chamada também poderá abarcar o desenvolvimento de tecnologias acessórias que contribuam para a eficiência energética dos processos de conversão (eletricidade para hidrogênio e hidrogênio para eletricidade) e os processos de armazenamento e transporte quando importarem em redução ou recuperação de perdas energéticas.

Serão admitidos projetos nas modalidades Planta Piloto e Peças e Componentes. A Aneel espera que as propostas permitam a análise dos impactos e externalidades do produto do projeto sobre o sistema elétrico, a identificação das oportunidades para o setor elétrico no âmbito da produção de hidrogênio renovável, o dimensionamento dos obstáculos não técnicos e a proposição de melhorias regulatórias.

No seminário “Hidrogênio Renovável”, realizado no último dia 14, na Finatec, os representantes das agências reguladoras do setor e atores da academia se reuniram para discutir possíveis caminhos para os projetos a serem aplicados para a Chamada No 023/2023.

“A gente sabe que o hidrogênio está muito em voga agora no momento, mas queria lembrar que a gente já tem discussões a nível federal no Brasil nos últimos 20 anos para o hidrogênio. Em 2020 o Ministério do Meio Ambiente em conjunto Empresa de Pesquisa Energética publicaram o Plano Nacional de expansão de energia do DNA 2050 e nele foi a primeira vez que o hidrogênio entrou como uma tecnologia disruptiva no plano para 30 anos de expansão de energia,” relata a Patrícia Naccache, diretora Substituta do Departamento de Transição Energética do Ministério das Minas e Energia (MME).

Patrícia Naccache, diretora Substituta do Departamento de Transição Energética do MME

Veja como participar da consulta pública

A Consulta Pública nº 018/2023, que tratará da minuta da chamada, está disponível para contribuições até 24 de julho deste ano por meio de formulário específico. Os documentos relacionados à chamada e o formulário para envio de contribuições poderão ser acessados na página da ANEEL: https://www.gov.br/aneel/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-social/consultas-publicas no espaço da Consulta Pública nº 018/2023.

Já a Chamada Pública 023/2023 pode ser acessada aqui: https://pt.surveymonkey.com/r/CP023_2023


Fonte: Agência Nacional de Energia Elétrica

Vantagens e desafios do hidrogênio verdeSeminário Hidrogênio Renovável reúne comunidade acadêmica, setor produtivo e governo para debater caminhos para a produção em larga escala

O hidrogênio renovável é uma das inovações capazes de sustentar o crescimento da demanda por eletricidade. Existem várias vantagens associadas ao uso de hidrogênio. Em primeiro lugar, é uma fonte de energia limpa, pois a sua utilização não liberta dióxido de carbono (CO2) ou outros gases poluentes.

O tema foi tratado durante o Seminário Hidrogênio Renovável, promovido pela Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) e a Universidade de Brasília (UnB). Apesar das vantagens, existem alguns desafios para a adoção em larga escala. Um deles é o custo de produção, relativamente alto quando comparado aos combustíveis fósseis. Além disso, ainda é necessário avançar em tecnologias de armazenamento e conversão para maximizar a eficiência do hidrogênio.

professor Augusto Brasil, diretor presidente da Finatec

“Esse seminário reflete o ponto atual da Finatec, que vem propondo várias ações como essa e cumpriundo a  nossa função que é não só conectar o conhecimento da universidade e disseminá-lo para a sociedade, empresas e comunidade em geral, mas também ser um catalisador e um potencializador desse conhecimento para todo mundo. Então a fundação está cumprindo esse papel.”, comenta o professor Augusto Brasil, diretor presidente da Finatec.

Entre os impactos do hidrogênio renovável visualizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), estão a redução das emissões de gases de efeito estufa, a flexibilidade operativa da rede elétrica, considerando que o hidrogênio pode ser armazenado e transportado com relativa facilidade, e a abertura de oportunidades de negócios, com criação de empregos e a possibilidade de agregação de valor para diversos produtos da indústria nacional.

O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Hélvio Neves Guerra, explica como a implementação madura de fontes renováveis no país reflete nos dias de hoje: “A matriz elétrica do Brasil mais recentemente está crescendo com a implantação das eólicas, fotovoltaicas. Hoje, na nossa matriz elétrica, mais de 85% é composta por fontes renováveis. Isso é possivelmente a matriz mais limpa do mundo se não for a mais limpa está junto com alguns outros poucos países em relação a renovabilidade e a sustentabilidade da matriz elétrica.”

Hélvio Neves Guerra, diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)

Duas décadas

Apesar de o hidrogênio estar muito em voga no momento, as discussões a nível federal no Brasil acontecem há mais de 20 anos. “Em 2020 o Ministério do Meio Ambiente em conjunto Empresa de Pesquisa Energética publicaram o Plano Nacional de expansão de energia do DNA 2050 e nele foi a primeira vez que o hidrogênio entrou como uma tecnologia disruptiva no plano para 30 anos de expansão de energia”, relata a Patrícia Naccache, diretora Substituta do Departamento de Transição Energética do Ministério das Minas e Energia (MME).

Patrícia Naccache, diretora Substituta do Departamento de Transição Energética do MME

O vice-diretor da Faculdade de Tecnologia da Unb, professor Paulo Gomes, avalia que a discussão sobre essa fonte de energia é extremamente relevante. “Eu trabalho com resíduos sólidos e todo mundo pergunta sobre hidrogênio verde. É incrível como esse assunto hoje em dia é de grande interesse, surge nos assuntos técnicos e científicos. É um tema que tenho muito mais dúvidas do que respostas e espero aprender um pouquinho nesse caminho que nós vamos começar a traçar,” afirma Gomes.

professor Paulo Gomes, vice-diretor da Faculdade de Tecnologia da Unb

Para o professor Ivan Camargo, do Departamento de Engenharia Elétrica da UnB, a iniciativa da Finatec, de chamar parceiros para o Seminário Hidrogênio Renovável, e a Aneel lançar uma Chamada pública para receber propostas de desenvolvimento do Hidrogênio Verde no país mostra que estamos engatinhando nesse processo e caminhando na direção correta. “A Finatec que está fazendo um papel muito importante para a gente na universitário de Brasília, que é conseguir congregar todos eles nessa discussão para a gente apresentar projetos e trazer dinheiro para pesquisa para a universidade.” comenta o professor Ivan Camargo de engenharia elétrica da UnB.

professor Ivan Camargo de engenharia elétrica da UnB

Confira as fotos do evento:

Conexão Mata Atlântica transforma vidas e o meio ambiente

Projeto de recuperação e proteção dos serviços de clima e da biodiversidade do corredor sudeste da Mata Atlântica já bateu todas as metas

Proteger e recuperar áreas degradadas da Mata Atlântica. Estes são os principais objetivos do projeto Conexão Mata Atlântica, que começou em 2015 e deve ser concluído em janeiro de 2024. A meta do projeto era assinar 940 contratos de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) totalizando 16 mil hectares de terra, cujos proprietários estejam comprometidos com ações de conservação e restauração ou adoção de práticas produtivas mais sustentáveis para preservar o chamado corredor Sudeste da Mata Atlântica, que abrange os estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro (Espírito Santo não foi incluído no projeto).

A boa notícia é que o Conexão Mata Atlântica é um sucesso e já superou todas as metas. O projeto só acaba em janeiro de 2024 e já contabiliza 1.233 contratos de PSA e uma área de 25.217 hectares protegidos. “O PSA é um instrumento que consiste em remunerar e incentivar agricultores que adotam medidas para proteger o meio ambiente. É um instrumento de reconhecimento da sociedade para os proprietários rurais que promovem a recuperação e conservação de suas nascentes, matas ciliares, encostas e adotam práticas produtivas sustentáveis”, detalha a gerente do projeto Conexão Mata Atlântica, Maria Alcimar Bezerra Tolentino Aguiar.

A definição do valor depende da área e do tipo de projeto que será colocado em prática. Os valores variam de R$ 500 a R$ 45 mil por ano, segundo Maria Alcimar. Existem PSAs de proteção, de construção de cerca para que o gado não destrua nascentes, de plantação de macaúba. “Os agricultores são selecionados por meio de edital e, a cada seis meses, nossos técnicos vistoriam para saber se o projeto está sendo executado. Sendo aprovado, eles recebem os pagamentos por serviços ambientais”, explica.

Além da modalidade PSA, existe ainda a Cadeia de Valor Sustentável (CVS) e a Certificação. O CVS custeia maquinários e insumos necessários para melhorar as práticas de produção. Já a Certificação, consiste na produção de alimentos ancorados em boas práticas (os produtores são capacitados para isso). Os produtos recebem, então, uma Certificação e os produtores podem ampliar o mercado comprador.

O Conexão Mata Atlântica é financiado com recursos do Global Environment Facility – GEF (Fundo Global para o Meio Ambiente), por meio do Banco Interamericano do Desenvolvimento – BID, tem como órgão executor dos recursos a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos – Finatec. O investimento é de US$ 31.505.960,00. O convênio foi assinado em dezembro de 2015 e tem previsão de encerramento em janeiro de 2024.  

Maria Alcimar explica que a Finatec faz a gestão financeira do projeto que é muito complexo. “Ele é muito dividido, tem inúmeras aquisições, pagamentos, seleções públicas. Ela (fundação) toma conta de tudo isso. Temos uma unidade de gerenciamento do projeto com cinco pessoas. A UGP faz a prestação de contas de todo o processo, incluindo a prestação de contas para o BID, para as empresas de auditoria interna e externa, para o CGU e Ministério Público. É uma gestão muito complexa e muito correta”, elogia.

A proteção da Mata Atlântica promove o que os ambientalistas chamam de captura e armazenamento de carbono (CCS). Esta é uma tecnologia que reduz as emissões de dióxido de carbono na atmosfera. O processo é dividido em três partes: a captura, o transporte e o armazenamento. “Como conseguimos isso? Reflorestando áreas desmatadas, especialmente com espécies nativas. A partir disso, a planta retira do ar esse gás carbônico e devolve o oxigênio. O meio ambiente fica menos poluído. Essa forma natural de sequestro de carbono ajuda a diminuir a quantidade de CO2 da atmosfera. É por isso que o desmatamento é um grande inimigo do sequestro de carbono, já que o corte de árvores promove a liberação deste Co2”, exemplifica Maria Alcimar.

Segundo Alcimar, mais do que números de investimentos e de contratos assinados, o projeto muda a vida das pessoas. “O Jorginho, morador de São Francisco do Glória (MG) tinha um projeto muito bacana, mas não tinha dinheiro para colocar em prática. Hoje, a propriedade dele é modelo e recebe visita de estudantes que vão aprender sobre as técnicas de reflorestamento e conservação de nascentes. Ele é uma das pessoas que teve a vida transformada”, cita.

Para saber mais

O Corredor Sudeste da Mata Atlântica é uma região importante para a conservação da biodiversidade e proteção do clima no Brasil. Essa região abrange parte dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, e é caracterizada pela presença de remanescentes de Mata Atlântica, um dos biomas mais ricos em biodiversidade do mundo.

A recuperação e proteção do Corredor Sudeste da Mata Atlântica são fundamentais para a manutenção de serviços ecossistêmicos importantes, como a regulação do clima, a proteção de recursos hídricos, a polinização de culturas agrícolas e a preservação da biodiversidade. Para isso, é necessário adotar medidas de conservação e recuperação de áreas degradadas, como o reflorestamento, a recuperação de nascentes e a criação de corredores ecológicos que permitam a conexão entre áreas protegidas.

Além disso, é preciso adotar políticas públicas que incentivem práticas sustentáveis, como a agricultura de baixo impacto, a gestão adequada de resíduos e a redução de emissões de gases de efeito estufa. A conscientização da população sobre a importância da conservação da biodiversidade e proteção do clima também é fundamental para o sucesso dessas iniciativas. Com o engajamento de todos os setores da sociedade, é possível garantir a proteção do Corredor Sudeste da Mata Atlântica e contribuir para a construção de um futuro mais sustentável.

Participe do Seminário Energia Renovável

Acontecerá na Finatec, dia 14 de julho, o Seminário Energia Renovável! O hidrogênio renovável, também conhecido como hidrogênio verde, é uma das inovações capazes de sustentar o crescimento da demanda energética, segundo a ANEEL.

Os impactos do uso do hidrogênio verde é o da redução das emissões de gases de efeito estufa, flexibilidade operativa da rede elétrica e várias outras facilidades que ele pode nos trazer, assim gerando a energia de forma mais sustentável.

PROGRAMAÇÃO  

9h – 9h15: Recepção  

Prof. Edson Paulo e Silva – Diretor da Faculdade de Tecnologia da UnB 

Prof. Augusto César de Mendonça Brasil – Diretor Presidente da Finatec 

9h15-10h: Abertura  

Hidrogênio Renovável – Projeto Estratégico da Agência Nacional de Energia Elétrica 

Diretor Hélvio Neves Guerra – Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).  

10h-10h45: A Transição Energética e o Hidrogênio Renovável   

Prof. Ivan Marques Toledo de Camargo  

Professor Titular do Departamento de Engenharia Elétrica da UnB 

10h45 -11h30: Plano Nacional de Hidrogênio

Diretora: Patrícia Naccache Martins da Costa

Diretora Substituta do Departamento de Transição Energética do MME

11h30 -12h15: Células a Combustível:  Aplicações e Perspectivas Futuras  

Profa. Juliana Petrocchi 

Professora da Faculdade do Gama da UnB 

12h15 – 12h30:  Encerramento  

Se interessou pelo assunto?

Venha participar do seminário! Ele é aberto ao público e esperamos você para ampliarmos nosso debate sobre esse assunto tão atual e importante.

Finatec faz doações de máscara para secretaria de Saúde

A UPA do Núcleo Bandeirante, recebeu 200 unidades da máscara Vesta, na última sexta-feira. Um tipo de máscara modelo N95 cuja camada filtrante é aprimorada com a aplicação de nanopartículas de quitosana, um polímero catiônico – macromolécula natural – encontrado na casca do camarão, capaz de atuar como superfície de absorção e inativação viral. A Finatec foi a responsável pela gestão do projeto Vesta.

A máscara Vesta a primeira máscara facial com nanotecnologia de proteção contra vírus e bactérias foi enfim apresentada e já está liberada para sua comercialização.


Janaina, gerente da unidade ressaltou a importância da doação. “Muito importante o recebimento dessa doação de máscaras, pois demonstra a preocupação para com nossa equipe assistencial, que luta diuturnamente para salvar vidas”.

Edital para eleger nova Diretora Executiva da Finatec é lançado

A Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos – Finatec comunica que elegerá nova Diretoria Executiva, composta por 03 (três) membros, sendo um Diretor-Presidente, um Diretor-Secretário e um Diretor-Financeiro. O Mandato da Diretoria Executiva é de 02 (dois) anos, admitida uma recondução.

O cargo de Diretor-Presidente poderá ser remunerado, sendo o valor da remuneração fixado pelo Conselho Superior. Já os cargos de Diretor-Secretário e Diretor-Financeiro são exercidos em caráter de voluntariado e não são remunerados.

As chapas deverão ser compostas por profissionais da comunidade acadêmica, científica, tecnológica ou empresarial, com notório saber no campo de sua formação. O registro das chapas, com todos os documentos exigidos neste Edital, deverá ser realizado por meio do endereço eletrônico finatec@finatec.org.br, até o dia 10/08/2023.

Acesse o edital completo, clique aqui!

Page Reader Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud Screen Reader Support
× Como posso te ajudar?