Finatec ajuda profissionalmente aluno do ensino superior colocando suas ideias e projetos em prática

Doutorando conta sua experiência de sucesso no laboratório de mecânica da Universidade de Brasília

Poucos sabem ou até desconhecem, especialmente, o estudante do ensino superior, de que a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) também ajuda o aluno a crescer profissionalmente dentro da universidade, colocando suas ideias e projetos, em prática, e que podem gerar enormes benefícios para sociedade. 

A engenheira de energia, doutoranda Karoline Sales, por exemplo, que atua em uma pesquisa, no laboratório de Engenharia Mecânica, da Universidade de Brasília (UnB), conta como enfrentou os desafios até iniciar seus estudos na ampliação de novos conhecimentos. Ela narra que desde pequena sempre teve vontade de ser uma cientista, de fazer coisa diferentes na Ciência. “Não era meu sonho inicial ser engenheira, na verdade queria ser química, mas fui parar na Engenharia de Energia” diz. Ela conta ainda que fez graduação na UnB, no Campus do Gama, na cidade satélite de Brasília.

A doutoranda acrescenta que no Campus Darcy Ribeiro, da UnB de Brasília, onde faz mestrado e doutorado em ciências mecânicas, na área de polímeros (que são a grosso modo plásticos), ela atua em um projeto que veio da área industrial com a demanda para a universidade. “Aqui a gente testa o material mecanicamente, fazendo ensaios longos e desafiadores para tentar trazer validação para o material”, informa.

Doutora Karoline destaca que durante a pesquisa, ela acompanha todos testes realizados, obtém os resultados, e depois discute com os professores e o grupo de pesquisadores. “Aqui a gente consegue ver, na prática, como aquele material vai se comportar a longo prazo, sua aplicação no tempo real. Fazer pesquisa é um trabalho muito difícil, demanda muito recurso e tempo, e obter isso de maneira mais fácil, ajuda bastante e faz com que a gente produza bem mais “ressalta.

Finatec é referência em promoção de eventos científicos e corporativos

A instituição possui ampla infraestrutura para abrigar colaboradores e eventos científicos e corporativos de dentro e fora da UnB

Fundada em 1992, A Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) tinha um orçamento inicial de apenas R$1.200, e depois de mais de três décadas ela se torna a instituição de apoio a iniciação científica referência em todo o país.

O prédio da Finatec fica nas dependências da Universidade de Brasília (UnB), no campus Darcy Ribeiro, na Asa Norte. Na área interna, o auditório tem capacidade para acolher 300 pessoas, dois anfiteatros com 80 lugares, oito salas de reunião e salas de conferência que comportam até 150 pessoas e mais dois restaurantes com espaço para 250 convidados. 

Além de toda essa infraestrutura, a Finatec também conta com a eficiência de seus colaboradores, equipes responsáveis em cuidar de cada etapa da administração. Além de estar à frente também da inscrição de eventos, atendimento a participantes, pagamentos e cobranças, contratação de recursos e pessoal e prestação de contas.

A comunidade acadêmica reconhece que a estrutura física e os colaboradores especializados da organização tiveram um papel fundamental nessa performance. A instituição criou ainda a Academia Finatec com o objetivo de levar à população mais conhecimento adquirido nos processos e pesquisas.

O professor e superintendente da Finatec, Gustavo Condeixa, acentua que a fundação além de atuar na gestão de cursos de pós-graduação em parceria com UnB, ela também oferece especializações próprias. “A UnB atua nos cursos de stricto sensu, e com o apoio da Finatec ela também oferta para sociedade cursos de extensão, cursos curtos e cursos super especialistas”, explica.

 A ideia da Academia Finatec, é justamente, mostrar que a sociedade pode encontrar cursos de curta duração na própria Fundação, e que ela pode ser atendida de forma rápida, até com os cursos mais robustos da UnB e de outras instituições como o Instituto Federal de Brasília.

Relação da Finatec com UnB rende mais de 10 mil projetos em desenvolvimento tecnológico do país

A Finatec é responsável pela gestão de projetos, implementação de bolsas de apoio financeiro para alunos e pesquisadores, realização de compras de materiais durante a execução dos projetos de pesquisa.

Desde a criação da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), em 1992, a Universidade de Brasília (UnB) vem se beneficiando com projetos e pesquisas apoiados pela instituição. Atualmente, os dois órgãos caminham juntos pelo desenvolvendo tecnológico do País. Nesse período de trinta anos, essa relação da Finatec com a UnB já rendeu mais de dez mil projetos.

O diretor-presidente da Finatec, professor Augusto Cesar Brasil, lembra que a Fundação foi criada por professores da UnB, visando a gestão de projetos da Universidade. Ele ressalta que foi a partir desse momento que as relações de afinidade e entre as duas instituições foram firmadas. “Os professores até hoje olham a Finatec como parte inerente da Universidade, como um produto criado por aquela comunidade acadêmica”, destaca.

Segundo o professor, “ UnB tem uma capacidade enorme de captar e propor projetos para órgãos de financiamentos. Ter a Finatec como fundação de apoio é uma vantagem porque a universidade consegue ampliar a captação, que é feita por parte da Finatec, e consegue disseminar seus projetos e os resultados para a sociedade”, explica Augusto.

A Finatec é responsável pela gestão de projetos, implementação de bolsas de apoio financeiro para alunos e pesquisadores, realização de compras de materiais durante a execução dos projetos de pesquisa. Além disso, participa da construção de alguns laboratórios específicos para pesquisa. Augusto explica que “a Finatec participa desse processo burocrático de implementação, enquanto a execução técnica fica por conta dos pesquisadores e dos bolsistas”, esclarece Augusto Brasil.

De acordo com o docente, a ideia inicial da Finatec era fazer a gestão de projetos trazidos para a instituição pelos pesquisadores e por professores da universidade. “Hoje, a Fundação tem um papel mais proativo, ela capta o projeto e faz o percurso invertido, capta projeto de interesse da própria sociedade, de instituições interessadas em executar projetos, contrata o professor ou vai buscar a parceria com o professor dentro da Universidade”, diz.

Augusto Brasil também lembra os tempos difíceis e conta como driblou as dificuldades. Segundo ele, a Finatec precisou se equilibrar financeiramente após o período de pandemia e pós pandemia: “não foi fácil, mas depois de muito esforço conseguimos. Ampliamos a quantidade de projetos, tanto em número quanto em valor. Isso fez com que a Finatec retomasse seu equilíbrio financeiro”, conclui.

Fundação da UnB tem tecnologia avançada para atender empresas e instituições

https://www.youtube.com/watch?v=O-WE45vvY6w

O propósito dos serviços tecnológicos da Finatec é a resolução de problemas, em qualquer esfera, para empresas ou instituições.

O setor de serviços de tecnologia da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) tem a capacidade de resolver problemas que vão desde falhas no design de alguma embalagem ou desenvolvimento e atualizações de equipamentos. A Fundação é responsável por encontrar meios e fazer uma ponte entre o órgão interessado e um especialista ou laboratório. Ela vai identificar o pesquisador ideal, e depois disso, desenvolve a tecnologia ou o produto que chega até o consumidor final.

O professor Gustavo Condeixa, superintendente da Finatec, explica que “os serviços tecnológicos são realizados conforme o que a Universidade de Brasília (UnB), e outras instituições parcerias da Fundação, podem ofertar a sociedade por meio de seus laboratórios, estudos e pesquisas”, observa Condeixa.

Ele destaca ainda que alguns desses serviços prestados à sociedade em áreas de startups, governos, empresas comuns que querem fazer, por exemplo, análise de material, melhorar produto, desenvolver uma solução e mais outros serviços.

Segundo o professor, a UnB tem condições de fazer uma infinidade de serviços nas mais diversas áreas do conhecimento, e de forma rápida, através de uma contratação direta com a Finatec. Condeixa lembra que a implementação do marco legal da ciência e tecnologia reforça esse trabalho e a Universidade, inclusive, dispõe hoje do Setor de Prestação de Serviços Técnicos Especializados, o SPTE, que tem se destacado com sua expertise nesse trabalho.

Apoio a projetos: entenda a dinâmica de trabalho da Finatec

Os serviços prestados pela Finatec e toda comunidade acadêmica são uma referência para o país

Nesta edição vamos responder a uma dúvida que muitas pessoas têm: para quais áreas de atuação a Finatec presta apoio?

Existem três setores muito importantes para fazer com que a dinâmica de captar recursos da Finatec funcione: A Gerência de Relacionamentos e Negócios, Departamento em Gestão de Projeto e Setor de Prestação de Contas. Além disso, o gerenciamento, e principalmente, facilidade para os avanços científicos e acadêmicos também são papeis da Finatec.

A Gerência de Negócios é responsável pela relação institucional entre investidores, gestores, fornecedores, empresas, pesquisadores e alunos, ou seja, toda comunidade envolvida no processo. Essa gerência também atua na estruturação do orçamento, formato, e previsão de despesas, e ainda
orienta, e acompanha todo desenvolvimento do projeto até a conclusão do seu esboço para formalização.

O Departamento em Gestão de Projeto, se divide em setor de Acompanhamento, Setor de Compras e de Prestação de Contas. Durante o acompanhamento do projeto é executado um plano de trabalho com atenção especial a implementação de despesas e contratações e tudo feito em parceria
com a equipe do Setor de Compras.

Por último, o pessoal que compõe a equipe do Setor de Prestação de Contas, monitora os prazos e exigências dos órgãos financiadores, sendo responsável pela elaboração, controle e encaminhamento das prestações de contas, além disso, elabora os relatórios técnicos sobre o andamento ou conclusões
previstas nos projetos, cursos e eventos – Nesse setor também são feitos os relatórios financeiros de tudo que foi gasto durante a execução dos projetos.

O que é uma fundação de apoio a pesquisa?

A Finatec faz a gestão administrativa e financeira dos recursos destinados aos projetos de pesquisa

Além da gestão do projeto, o corpo técnico implementa bolsas, compra equipamentos e presta outros suportes

A Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) foi criada com objetivo específico de dar apoio e suporte a execução de projetos na área de ensino, extensão, pesquisa, além do desenvolvimento científico, tecnológico e institucional. Em outras palavras, a Fundação – Instituição jurídica de direito privado sem fins lucrativos, da Universidade de Brasília (UnB) apoia a pesquisa por meio da ciência e inovação.

Os principais interessados por esse apoio são organizações federais de ensino superior e instituições de pesquisa. É bom lembrar que essas organizações, no formato da Finatec, não são responsáveis por financiamentos. Ou seja, não é papel delas dar recursos diretamente instituições interessadas em obter esse suporte.

A Fundação e outras instituições têm a missão de auxiliar na gestão administrativa e financeira das verbas que são destinadas aos projetos de pesquisa. Como fundação de apoio à pesquisa, a Finatec garante o bom desempenho das atividades dos pesquisadores ao se comprometer apenas com a responsabilidade da gestão administrativa e financeira dos recursos.

A Fundação tem seu próprio corpo técnico que faz a gestão do projeto, implementa bolsas, compra equipamentos, retirando dos pesquisadores o peso de qualquer outra responsabilidade.

Segundo Augusto César de Mendonça Brasil, do Instituto de Ciência Política, da Universidade de Brasília (UnB), o trabalho da Finatec é de fundamental importância para que o professor se dedique as suas pesquisas e obtenha os resultados positivos que chegarão à sociedade de forma étnica e profissional.

Augusto Brasil destaca que além do professor, a comunidade também ganha com a instituição de bolsas de estudo implementadas pela Finatec. E os alunos se beneficiam das bolsas para se integrar em projetos de pesquisas.

A Fundação age como uma entidade que viabiliza os projetos de pesquisas de maneira burocrática, liberando o professor para realizar suas pesquisas. Conforme Augusto Brasil, essa relação da Fundação com a administração da UnB é muito positiva.

Segundo ele, as duas gestões, da UnB e da Finatec, precisam trabalhar em harmonia para que o trabalho não seja perdido para toda a sociedade. “Temos cultivado muito isso”, pontua Augusto Brasil.

O que é a Finatec?

O que é a Finatec, o que ela faz, qual o papel de uma Fundação de Apoio? Essas e outras questões vão ser esclarecidas pelo setor de Comunicação da Finatec, que inicia a partir desta semana, a publicação de uma série de informações jornalísticas sobre o assunto. Nessa primeira parte vamos conhecer a Finatec sobre a ótica de seu idealizador, professor Manoel Antônio, da Departamento de Tecnologia da Universidade de Brasília (UnB).

Após enfrentar todas as adversidades e mais um cenário de crise política e econômica a Finatec é criada em 1992

Instituição jurídica de direito privado sem fins lucrativos é referência nos serviços prestados pela comunidade acadêmica

Em mais de 30 anos de atuação a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) – Instituição jurídica de direito privado e sem fins lucrativos, da Universidade de Brasília (UnB), tem prestado relevantes serviços à comunidade acadêmica e aos seus parceiros na área de pesquisa e
inovação.

Nesse período, de mais de três décadas, a Finatec abraçou mais de oito mil projetos, 197 financiadores, além de cinco instituições apoiadas. Em 2023, aFundação apresentou um dos melhores resultados desde a sua criação, quando obteve. cerca de R$ 200 milhões destinados a projetos através da pesquisa, ensino, extensão, desenvolvimento institucional e científico.

“A Finatec ao longo dos anos tem cumprido sua missão. A Fundação surgiu com essa motivação, exatamente, que a gente possibilitasse que o professor fizesse o que ele faz de melhor, que é pesquisar”, ressalta seu idealizador, professor Manoel Antônio, do Departamento de Tecnologia da UnB. Ele lembra
que a Fundação nasceu em 1992 em pleno cenário de crise econômica e política do País. “Nesse período captar recursos para as universidades públicas era uma missão quase impossível”, observa.


A História da Finatec tem início a partir do sonho, e da vontade empreendedora de Manoel Antônio. O professor participava de um Congresso acadêmico em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, onde foi expor trabalho, e na ocasião, no intervalo do encontro, conheceu a Fundatec – Fundação Universidade Empresa de Tecnologia e Ciência, da capital gaúcha.


A Fundatec, fundação de direito privado e sem fins lucrativos, foi criada pelos gaúchos com o propósito de desenvolver serviços nas áreas de ensino profissional – técnicos e aperfeiçoamentos, agente de interação de estágios, projetos, consultorias e outros serviços. Estava plantada a semente da Finatec.

“É o que precisávamos para a UnB. Está aí a solução para executar nossos projetos”, conta Manoel Antônio.

Enfim, criada a Finatec

Ao enfrentar todas as adversidades e com muita determinação e trabalho, um grupo de professores da UnB, inicia em Brasília, na Promotoria de Fundações do Ministério Público do Distrito Federal, os primeiros passos para criação de Finatec. Empolgados com a ideia, os professores liderados por Antonio Manoel, um total de onze, concretizam o sonho em 1992, e formalizam definitivamente a criação da Finatec.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Com o objetivo de esclarecer e dar transparência aos fatos, a FINATEC vem apresentar suas considerações acerca do “Curso de Especialização em Saúde da População de Rua, com foco na população negra”, objeto de Termo de Execução Descentralizada (TED) assinado entre a Universidade de Brasília e o Ministério da Saúde, em dezembro de 2018.

O objetivo do projeto é capacitar lideranças dos movimentos sociais de promoção de políticas de equidade, conselheiros de saúde, integrantes dos comitês de promoção de equidade, jovens, mulheres, estudantes, gestores e trabalhadores da saúde em gestão participativa e controle social no SUS.

A FINATEC é Fundação de Apoio da UnB, credenciada nos termos da Lei nº 8.958/1994 junto ao MEC/MCTI para apoiar projetos de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvimento institucional, científico e tecnológico e de estímulo à inovação. No caso específico do curso, as atividades realizadas referem-se à gestão administrativa e financeira necessária para execução do projeto.

Nesse sentido, no âmbito da gestão financeira, o TED prevê a execução de R$ 1,8 milhão, repassados em três parcela. A primeira parcela foi repassada no valor de R$ 900 mil em 19/03/2019. A segunda e a terceira parcelas, nos valores respectivos de R$ 300 mil e R$ 600 mil, estiveram previstas para 08/2019 e 10/2019, os quais não foram repassados, circunstância que gerou a inviabilidade financeira para a continuidade do projeto.

A ausência de repasse financeiro das duas últimas parcelas previstas no TED acarretou a necessidade de se suspender temporariamente a execução do projeto, após decisão tomada pela coordenação do projeto e a Empresa L&C Serviços em Tecnologia, que mantém o serviço de hospedagem da plataforma de EaD utilizada para as atividades de capacitação previstas no projeto, até que a situação seja regularizada.

De acordo com a coordenação do projeto, a UnB vem cumprindo com todas as metas previstas no plano de trabalho, apresentando relatórios de execução a cada dois meses ao financiador do Projeto, o Ministério da Saúde, com 77% das metas executadas.

A FINATEC esclarece, por fim, que a sua responsabilidade se refere apenas à gestão administrativa e financeira, não tendo ingerência nas decisões estratégicas, e espera que a situação seja resolvida o mais breve possível, afim de que possa continuar apoiando a execução do projeto, e, em conjunto com a UnB, garanta o êxito dessa iniciativa tão relevante para os profissionais de saúde e para a sociedade, ainda mais neste momento de pandemia.

1º WEBINAR Finatec: Perguntas inéditas dos internautas e ganhadores do livro

No dia 11 de dezembro às 20h30 a Finatec realizou a sua primeira transmissão ao vivo, inaugurando o canal do Youtube da Fundação. O objetivo desta iniciativa é promover um espaço para a troca de informações entre governo, sociedade e universidade, aprimorando as possibilidades de pesquisa, extensão e ensino para os públicos envolvidos.

O tema Marco Legal de CT&I inaugurou a transmissão e agradou os expectadores! Os convidados debatedores, o Procurador-Chefe do CNPq, Dr. Leopoldo Muraro e o advogado da União membro da Consultoria Jurídica do MCTIC, Dr. Rafael Dubeux, ambos autores do livro “Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil”, responderam quatro rodadas de perguntas no primeiro bloco da live.

Cinco convidados especiais fizeram perguntas práticas sobre o tema e serviram como o fio condutor das discussões. Participaram a Assessora Jurídica da Finatec, Nádia Portela, o Superintendente da Finatec, Gustavo Condeixa, o Diretor Presidente da FAPDF, Alessandro Dantas, a Decana de Pesquisa e Inovação da Universidade de Brasília, professora Maria Emília Telles e Reinaldo Ferraz, EX-MCTIC e Consultor.

No segundo bloco, o facilitador da transmissão, o Diretor Presidente da Finatec, professor Armando Caldeira-Pires abriu espaço para perguntas dos internautas ao vivo. Cerca de 12 questões foram enviadas aos advogados especialistas e as perguntas que não foram respondidas no ar podem ser conferidas no final dessa matéria.

Dois exemplares do livro Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil foram sorteados para aqueles se inscreveram no canal e participaram da transmissão. Os ganhadores foram @Andre Al e @Claudio Gomes Rodrigues de Almeida. Caso seja você o sorteado, gentileza entrar em contato pelo e-mail comunicacao@finatec.org.br para que possamos entregar os livros.

Confira abaixo as respostas inéditas dos advogados para as perguntas que não foram ao ar.

Alessandra do Valle Abrahão Soares – Deve se fazer algum exame de compatibilidade do orçamento do convênio de PDI antes da sua celebração?

Dr. Rafael Dubeux – Quando a pessoa apresenta um projeto que vai lá para ser avaliado pelo colegiado do CNPq ou para ou de qualquer agência de fomento eles já avaliam se os valores são compatíveis. Então assim, é uma análise normal.
Em geral, quando apresenta um projeto para uma agência de fomento já tem um comitê técnico que faz a análise. Se o projeto é relevante, se tem consistência cientifica e se os valores são mais ou menos compatíveis com o de mercado. Isso não mudou! O que mudou é que na hora de liberar o dinheiro; quando a pessoa for prestar contas. Digamos que ela recebeu 100 mil (que ela estimou 100 mil), eu só quero saber se ela executou o projeto, eu não vou ficar examinando nota fiscal por nota fiscal, a não ser em alguns casos excepcionais. É na hora da execução que tem a mudança, para orçar mantem mais ou menos igual.

 

Luiza Lavocat – Considerando que o art.15 da lei 13.243/16 estabelece a obrigação da ICT instituir a sua política de inovação, questiona-se: a realização de parcerias para desenvolver tecnologia, a realização da extensão tecnológica e prestação de serviços técnicos não estariam condicionados à instituição desta política?

Dr. Rafael Dubeux – É que muita gente acha que a instituição que não aprovou uma política nova de inovação, pela lei, ela não pode fazer nada. E não é isso! Ela pode fazer tudo. Com a política você faz isso de maneira muito mais estruturada e muito mais fácil de eventualmente defender qualquer coisa perante ao órgão de controle porque você pode simplesmente dizer que está seguindo a sua política. É bem preferível ter a política, agora ela não é requisito para fazer essas atividades.

Dr. Leopoldo Muraro – Para realizar a parceria, realizar a extensão ou prestar o serviço, não precisa. Agora durante a realização começa a surgir um produto ou serviço inovador e, a partir daí, pode começar a ter o problema. Você tem que ter uma política de inovação porque ela vai definir, por exemplo, com quem ficará a patente. Ela dirá se ficará para a Universidade, para o pesquisador, para todo mundo. Assim como os percentuais. Ela tem que definir, entre 10% e 30% e quem vai definir isso é o NIT. O NIT vai pegar o caso concreto e vai ver quanto cada um participou para poder fazer a baliza. Então assim, para realizar não precisa, mas as consequências a partir da realização você vai precisar da política.

 

Ricardo Magnani – No caso dos institutos de ciência aplicada que a atividade fim é a pesquisa (e não o ensino como é na universidade) como ficaria o mecanismo de incentivo aos pesquisadores?

Dr. Rafael Dubeux – Eu acho que não muda nada. Eu acho que todas as ferramentas que se aplicam a ICT, que é voltada para ensino e pesquisa, se aplicam para o instituto que é só pesquisa. Todos os benefícios do professor, regras sobre o afastamento, regras sobre licença, regras sobre a percepção de direto de patente, de propriedade de royalties, de licenciamento de patente tudo vai se aplicar ao pesquisador normalmente. O que não vai se aplicar é talvez uma regra especifica como essa de dedicação exclusiva de professor universitário. No geral os instrumentos da lei se aplicam para todo mundo. Ele pode ganhar bolsa, ele pode ganhar gratificação, ele pode se afastar, ele pode fazer tudo o que um professor pode.

Dr. Leopoldo Muraro – Vamos supor que você está no meio de um desenvolvimento tecnológico, aí tem uma teoria que não se aplica mais, ela já saturou. De repente você vai ter que investir em teoria básica, ciência pura para conseguir rever o modelo cientifico para poder aplicar. Num caso desse vai ser também um estímulo ao pesquisador. É, difícil você ficar definindo o que é cientifico e o que é tecnológico.

 

Carlos Nitão – Qual a diferença da bolsa do art. 9 e a prevista no art. 21-A?

Dr. Leopoldo Muraro – Não tem diferença de bolsa do art. 9 para a do art. 21-A, tudo é bolsa. Se você vai fazer uma bola de pesquisa na Universidade, uma bolsa de estudo naquele modelo teórico, é bolsa. É uma bolsa na empresa, é bolsa. Não tem diferença, a legislação não fez diferença. De novo, como a coisa é muito fluida e depende muito de casos concretos, qual a ideia da bolsa? Você vai desenvolver algo relacionado a inovação? É bolsa!

Dr. Rafael Dubeux – A bolsa do art.9 é uma bolsa que está incluída exclusivamente dentro do acordo de parceria do PDI, ou seja é um caso que nunca tem transferência do público para o privado na parceria. Agora se é uma empresa que quer desenvolver o projeto, precisa abordar a universidade da seguinte forma: “Eu aporto 5 milhões para vocês desenvolverem essa pesquisa”, então essa bolsa vai ser paga com o dinheiro originário desse acordo de parceria. O art.21-A é genérico, todos aqueles casos ali eu posso pagar a bolsa com qualquer fonte de recurso.

Dr. Leopoldo Muraro – Um detalhe importante inclusive no tocante tributário. Não vai ter incidência tributária porque está isento, tanto a bolsa de um como a de outro. A fundação de apoio ou os beneficiários devem possuir vínculo com a apoiada? Não necessariamente porque dentro do acordo de parceria se for professor da universidade, vai receber por ela, mas pode ser que no projeto tenha um pesquisador que seja ligado a uma empresa, pode? Pode! Mas desde que seja ligado com o projeto de pesquisa que está sendo feito.

Dr. Rafael Dubeux – A diferença é que a do artigo 9º está dentro do guarda-chuva do acordo de parceria, a outra não necessariamente está dentro, ela é uma bolsa que pode ser de qualquer fonte de qualquer tipo de projeto.

Dr. Leopoldo Muraro – Projetos de Pesquisa, Desenvolvimento tecnológico, Inovação e atividade de extensão, proteção de propriedade tecnológica e transferência de tecnologia.

 

@Bruno – Para as prestações de serviços motivadas por necessidade de fomentar aulas práticas, produção e publicação de artigos e outros… a classificação da remuneração, quanto ao tratamento tributário pode ser flexibilizado… como bolsa e não adicional variável?

Dr. Leopoldo Muraro – A questão que vai diferenciar da bolsa é que ela está sempre ligada a um projeto de pesquisa. No caso do adicional variável, prestação de serviço que já tem a tecnologia e você está fazendo a aplicação dela, para não falar que é uma prestação de serviço, eles falaram que seria um adicional variável. Um meio termo entre a bolsa e a prestação de serviço trabalhista. Mas no caso dele, para dar aula eu acho difícil enquadrar.

Dr. Rafael Dubeux – Dependendo do desenho que for feito, se tiver alguma atividade de extensão associada a aula pratica, extensão tecnológica, daria para enquadrar, mas para a atividade de docente não cabe o pagamento.

Page Reader Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud Screen Reader Support
× Como posso te ajudar?