Painel reúne atores do mercado e apresentou o Ciberlab – Centro de Prevenção de Incidentes Cibernéticos – à sociedade brasiliense

Numa sociedade em que expomos nossos dados diariamente na internet, a segurança cibernética é assunto emergente em discussões nos ambientes acadêmicos, públicos e privados. No Brasil, o crime cibernético está tomando uma proporção jamais vista. No ano passado, o Brasil teve 112 terabytes (TB) de dados vazados, o que corresponde a 43% dos vazamentos registrados no mundo. A implementação da Lei Geral de Proteção de Dados, a LGPD, que tem como objeto de tutela o dado da pessoa física,é outro driver para a discussão em comento.

Segundo dados do relatório ESET Security Report, publicado no ano passado, os ataques de ransomware (ataque feito através de um software nocivo usado para bloquear dados de computadores e servidores através do uso de algum tipo de criptografia) passaram a ser cada vez mais direcionados e as empresas não estão devidamente preparadas para enfrentar este tipo de ameaça.

Nesse contexto, o Ciberlab, parceria entre a empresa Aware e a Finatec, atua no desenvolvimento e aplicação de tecnologias voltadas para segurança cibernética para empresas públicas e privadas. Para dar o start neste projeto, recebemos na sala de Conferência da Finatec atores do setores público e privado, especialistas e gestores nos temas LGPD, Governança e Segurança.

O Painel Prontidão Cibernética e Proteção de Dados no Contexto da Transformação Digital faz parte do calendário de atividades do Ciberlab, que prevê eventos  bimestrais sobre assuntos de relevância sobre o tema.  Estavam presentes Fabrício Alves, Membro da Comissão de Juristas de Inteligência Artificial no Senado Federal; Rodrigo Carvalho, ex Secretário de Tecnologia da Informação do STJ; Wilson Lauria, sócio co-fundador da Aware e Humberto Ribeiro, co-fundador do Ciberlab e mediador do painel. 

Rodrigo Carvalho, ex Secretário de Tecnologia da Informação do STJ

Criada para apoiar projetos de pesquisa, a Finatec como fundação de apoio, somente executava projetos ligados a universidades, o diretor presidente da Fundação, Professor Augusto Brasil, explicou a importância desse coBusiness: “As fundações sempre tiveram esse DNA que é fazer gestão de projetos, que muitas vezes eram captados preferencialmente pelos professores das universidades. Dos anos 90 pra cá, década em que a Finatec foi fundada, esse cenário mudou bastante e não que isso tenha deixado de ser importante para nós, ainda é muito importante essa gestão, mas para as próximas décadas precisamos firmar essas esse coBusiness. Então devemos manter essa gestão de projetos, que é a existência da Finatec, mas o contexto de fundação e dessa relação entre universidade e as instituições fora da Universidade mudou muito. A missão da Finatec, por exemplo, é conectar o conhecimento das suas apoiadas.”, comenta Brasil. 

Professor Augusto Brasil, diretor presidente da Fundação

Os hubs são fundamentais nesse novo cenário do mercado de inovação, a Aware  trouxe esse formado de “hub do conhecimento” de forma mais concreta pro nosso espaço. “É nesse sentido que no último ano começamos  a formatar o que nós conhecemos como hub e eu queria agradecer aqui especialmente General Lauria e Humberto Ribeiro por essa ótima parceria que nasceu da Aware, que é justamente uma conexão, que é uma conexão entre a universidade. Gostaria também de agradecer a presença do professor Rildo dos Santos que é justamente essa essa outra parte do hub dentro da Universidade. E aí vem essa transferência de  conhecimento da universidade para fora e de fora para dentro da Universidade, esse fluxo vai melhorar tudo para a sociedade. Assim nasce o  Ciberlab,  que tem um tema em que um tema tá muito quente hoje que é o tema de cyber segurança de dados.”, comenta o diretor da Finatec. 

 Vivemos um processo de transformação digital intenso e ajudou  de diversas formas a sociedade humana a se firmar enquanto busca de condição de bem-estar, conveniência para as pessoas, de saúde pública, de aumento da capacidade educacional, nas diversas vertentes da logística. “Num determinado momento a gente também percebe que esse aumento da transformação digital que muda tempo e espaço das pessoas. Aquilo que antes levava esses dias, passa a levar x segundos, aquilo que antes eu precisava me deslocar eu faço online. Agora com uma outra interface do outro lado do mundo em tempo real, tudo isso trouxe um aumento da nossa exposição de vulnerabilidades digitais, seja por descuido,  por negligência ou seja inclusive por atos de má-fé dos agentes agressores que existem no planeta fora né?! Num determinado momento os agressores tinham um nível de maturidade ainda Inicial.”, comenta Humberto Ribeiro, representante da Aware.

Humberto Ribeiro, co-fundador do Ciberlab e da Aware

O que é prontidão cibernética?

Prontidão Cibernética é atuar – preventivamente e proativamente – com foco em toda a cadeia produtiva a fim de impedir que o elemento adverso obtenha acesso indevido ao ecossistema alvo. Em síntese, é quebrar o processo de ataque em suas fases iniciais.

Criando conexões e espalhando conhecimento, o Painel Prontidão Cibernética e Proteção de Dados no Contexto da Transformação Digital, como primeiro evento do Ciberlab alcançou o seu objetivo.  “Eu que agradeço todo o carinho e dizer que eu tô muito feliz com esse encontro de hoje, porque ele cria uma conexão com todas as falas que nós ouvimos hoje. Dentro dessa área que é  fronteira do conhecimento hoje, evolui exponencialmente. E esse nosso objetivo, eu me sinto plenamente atendido com essa oportunidade então agradeço agradeço a vocês aqui foi um dia maravilhoso muito obrigado obrigado pela presença de todos e contem com a Finatec sempre para promover este evento. Essa reunião marca um bom momento da fundação.” agradece o professor Augusto Brasil.

Assista o painel

Confira as fotos do evento:

Projetos premiados: Professores vão a São Paulo para o Prêmio CONFAP

A cidade de São Paulo sedia entre os dias 22 a 24 de março a primeira edição de 2023 do Fórum Nacional CONFAP. O evento reúne dirigentes das 27 Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs) e representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e das agências federais de fomento à CT&I para debater temas prioritários da política científica e tecnológica no Brasil.

Esta edição do Fórum é uma realização do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP) em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

A  Profº. Dra. Suélia de Siqueira Rodrigues Fleury Rosa (FGA-UnB)  é a vencedora em segundo lugar do Prêmio CONFAP “Professora Odete Fátima Machado da Silveira” na  categoria “Pesquisador Inovador – Inovação para o Setor Empresarial”. 

foto: Chico Max/ Divulgação CONFAP

Representando o projeto Vesta,  primeira máscara facial com nanotecnologia de proteção contra vírus e bactérias. Financiado pela Fapdf e gerido pela Finatec, a barreira criada pelos estudiosos têm quitosana, um composto natural encontrado na casca de crustáceos, como o camarão, que envolve e degrada a membrana do vírus, inativando a contaminação. Por ser tão pequena quanto o vírus, a trama – que são os espaços formados entre as fibras e também chamados de poros – acaba impedindo a passagem do patógeno.

Além disso, o seu tecido é composto por um tipo de tecnologia que exerce atração eletrostática no vírus, que é atraído pela superfície por interpretar que está se aproximando de vias aéreas humanas. Dessa forma, uma pessoa infectada que estiver usando a Vesta adequadamente não vai contaminar ninguém porque o vírus será eliminado. Mas o ideal é que as outras pessoas também estejam protegidas pelo mesmo equipamento.

O outro professor premiado foi o  Renato Alves Borges, da UnB, em 3º lugar na categoria Pesquisador(a) Inovador(a) – Inovação Para o Setor Público  (Indicado pela FAPDF – Distrito Federal).

foto: Chico Max/ Divulgação CONFAP

O projeto de destaque de Renato é o Alfa Crux, nanosatélite lançado no espaço em 2022. Também fomentado pela FAP-DF e gerido pela Finatec. “Nosso objetivo é aumentar a conectividade em escala global, disponibilizando enlace de comunicação tanto para o setor civil quanto para a área de defesa do país. Isso é a base para viabilizar a ‘internet das coisas’, que possibilita ao usuário estar conectado por meio de dispositivos como celular e relógio. Essas soluções via satélite já são usadas hoje no país, mas carecemos ampliá-las. O projeto beneficiará, por exemplo, agricultores em regiões com folhagem densa ou com muita umidade, como é a Amazônia. Não é qualquer sinal que consegue penetrar nesses ambientes”, explica o chefe do Departamento de Engenharia Elétrica da UnB e um dos coordenadores do Alfa Crux, professor Renato Borges.

fonte: https://confap.org.br/news/forum-nacional-confap-sao-paulo-sp-2023/

Pesquisadores da UnB projetaram equipamento único no mundo para testar resistência de turbinas de motores de avião

Professores da Universidade de Brasília (UnB) projetaram equipamento único no mundo para realizar sofisticados ensaios que simulam, em ambiente de laboratório, as condições extremas que a conexão entre as pás e os discos de turbinas de motores de aviões estão submetidas durante vôo.

Os pesquisadores buscam avaliar a resistência ao aparecimento de fissuras (trincas) causadas pela fadiga do metal nesta interface pá-disco visando aumentar a segurança das peças e diminuir seu peso, melhorando a eficiência do motor.

As pesquisas são financiadas pela Safran, uma gigante do setor industrial francês que fabrica  motores a jato para aviões e helicópteros. Coordenado por José Alexander Araújo, professor titular do Departamento de Engenharia Mecânica da UnB e PhD pela Universidade de Oxford, o trabalho consiste não apenas em testar espécimes (peças metálicas retiradas do próprio disco da turbina) sob condições muito similares às enfrentadas durante um vôo, mas também em desenvolver modelos matemáticos que sejam capazes de prever a durabilidade das turbinas para uma operação segura, ou seja, antes do aparecimento de uma trinca.  A quebra da pá ou do disco pode ser fatal para a segurança dos passageiros pois as partes rompidas podem perfurar o sistema hidráulico da aeronave ou mesmo sua fuselagem.

Em 2018 a imprensa americana divulgou detalhes de um acidente desta natureza onde uma passageira morreu após ter parte do corpo sugada para fora da janela quebrada por um estilhaço da pá. “Trata-se de pesquisa de alto nível, cara mas com resultados vitais para o projeto e à segurança do motor da aeronave. Não seria possível de ser desenvolvida sem a parceria entre universidade, fundação de apoio e empresa. Só as peças para os testes custam aproximadamente trinta e oito mil reais cada. Ensaiamos 26 peças destas nos últimos dois anos.  Além disto, para construir o equipamento de testes desenvolvido na UnB houve investimentos da ordem de R$ 3 milhões.  Assim, são os cérebros da universidade pública associados aos investimentos captados juntos ao setor privado nacional e internacional e uma moderna e competente gestão administrativa do projeto por meio de uma Fundação de apoio privado como a Finatec, que são a receita do sucesso para uma pesquisa aplicada de ponta!” ressalta o  professor Araújo.

O pesquisador também avalia o impacto de um projeto dessa natureza para a reputação da pós-graduação da UnB. “Este projeto demonstra que fomos identificados por uma gigante do setor aeronáutico mundial como um dos laboratórios líderes na produção de conhecimento e tecnologia nesta área. Isso resulta em forte internacionalização da universidade com presença de alunos e cientistas franceses em nossa pós-graduação.  Isso põe o Departamento de Engenharia Mecânica da UnB no mapa dos grandes em nível internacional!”

Professor José Alexander Araújo, professor titular do Departamento de Engenharia Mecânica da UnB e PhD pela Universidade de Oxford e Gabriel Juvenal, aluno de doutorado orientado por ele

Questionado sobre o papel da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), neste processo, o professor Araújo resume como vital. “É a Finatec e seus excelentes quadros técnicos que cuidam de forma célere de todas as importações, compras e prestações de conta do projeto. Isto nos dá o tempo e a tranquilidade necessária para nos concentrarmos na atividade fim: a produção do conhecimento e a formação dos alunos!”

Conteúdo e relacionamento marcam o retorno presencial do Seminário de Políticas Públicas de Telecomunicações

O Seminário de Políticas Públicas de Telecomunicações tem sua casa, há 21 anos o evento acontece na Finatec e reúne os atores do setor de Comunicação para discutir a agenda do setor e as perspectivas para os próximos anos. No último dia 15, 230 pessoas estiveram na capital acompanhando o evento organizado pelo portal Teletime.

Entre as pautas deste ano, representantes do Ministério das Comunicações, entidades reguladoras e empresas privadas discutiram sobre as perspectivas das políticas setoriais no novo governo, as prioridades setoriais, as políticas de telecomunicações,  a regulação do ecossistema digital e os problemas e novos desafios da regulação da comunicação social eletrônica no ambiente digital.

Em um dos seus primeiros compromissos públicos à frente do Ministério das Comunicações, o ministro Juscelino Filho destacou que os primeiros 100 dias do novo Governo terão grande foco em políticas de promoção de universalização de conectividade. Segundo o ministro, serão lançados programas de linhas de crédito no BNDES com recursos do Fundo de Universalização de Telecomunicações (Fust). O contrato com o banco terá um valor de R$ 1,2 bilhão no total, com contrapartidas para conexões a escolas.

“Estamos com uma atenção muito especial para poder dar acesso para prestadoras de pequeno porte (PPPs) e  em fase de elaboração de um programa de garantia de crédito de 32 milhões a fundo perdido para projeto pde  conexão de escolas, sem se falar na disponibilidade de recursos para projetos incentivados na área de cobertura Rural também”, comenta Juscelino Filho, ministro das Comunicações. 

Juscelino Filho, Ministro das Comunicações – Foto: Rebecca Omena

Outra pauta levantada pelo ministro foi a estruturação de um grupo para construir uma nova proposta de política pública para levar a banda larga em dois eixos: letramento digital e conectividade significativa. “Foi  elaborado um plano de universalização da banda larga,  focando na redução das desigualdades e na promoção do acesso especialmente às comunidades rurais, povos e comunidades tradicionais. Essa é uma pauta estruturante do nosso Ministério enquanto política pública, a inclusão digital vai ter total atenção durante o nosso exercício, então após décadas em que a conectividade universal era um sonho distante, hoje está ao nosso alcance.”, exclama Filho. 

Com o apoio da nova Secretaria de Comunicação Social Eletrônica (SECOE) , Juscelino Filho pretende promover a atualização do setor de Radiodifusão. “Vamos trabalhar para modernizar as regras da área, adotando uma regulação assimétrica que busque reduzir a carga de obrigações sobre os radiodifusores de menor porte e de radiodifusão pública, comunitária e estatal. Nos 100 dias de governo, vamos lançar a portaria com as diretrizes para as buscas da TV 3.0”.

Com tantas propostas apresentadas, o diretor editorial do Teletime e organizador do evento, Samuel Possebon, avaliou positivamente o início dos trabalhos do ministério. “Com tantos anos de experiência no setor, nunca vi uma agenda tão completa. Teremos quatro anos para discutir e o governo para colocar as ações em prática”, comentou.

Samuel Possebon, diretor editorial da Teletime – Foto: Rebecca Omena

As agências reguladoras trabalham para auxiliar o MCom a executar as ações do planejamento, o presidente da Anatel, Carlos Baigorri explica essa relação: “Nós iremos contribuir para a execução das políticas públicas, com grande sinergia entre os problemas que o ministro trouxe aqui e os problemas setoriais de longa data e que certamente estão ao nosso foco também .”

Carlos Baigorri, presidente da Anatel – Foto: Rebecca Omena

Brasília, a capital da (Tele)Comunicação

Já são 21 edições do seminário acontecendo na Finatec, após dois anos de evento híbrido, as atividades presenciais retornam. “É incrível estar junto com as pessoas de novo, esse  evento não é só o conteúdo. É conteúdo mais o relacionamento e sempre, sempre na Finatec e  em parceria com a universidade. Falamos sobre políticas de telecomunicações, falamos de políticas, falamos de regulação, falamos  de assuntos relacionados ao dia a dia de Brasília, então faz todo sentido que ele aconteça aqui e está sendo muito bom voltar ao presencial.” comenta Samuel Possebon, diretor editorial da Teletime.

Gostaria de parabenizar pela organização do evento sobre as novas perspectivas das Comunicações e aproveito para destacar a importância fundamental do jornalista especializado no debate aberto com a sociedade e a opinião pública, na figura do Samuel. Quero parabenizar aqui a Universidade Brasília, a Finatec e a CCOM, esse seminário traz a discussão da agenda política das Comunicações no Brasil, mas não poderia deixar de registrar a história e a contribuição da Universidade, da academia e dos centros de pesquisa para o setor das Comunicações do país, o ensino e na capacitação, inovação sobretudo nas novas tecnologias de Vanguarda”, agradece o ministro Juscelino Filho.

Confira as fotos:

Fotos: Rebecca Omena

Veja também:

Universalização da conectividade e atualização das regras para radiodifusão estão entre prioridades, diz ministro
Modernização do SeAC e de radiodifusão são foco nos 100 dias do governo Lula
MCom e Unb vão atualizar leis do audiovisual

Ciência e tecnologia a serviço da sociedade

Laboratório de metrologia da UnB atua na gestão de dados e possui equipamentos de alta precisão capazes de medir, com exatidão, peças complexas, como turbinas hidráulicas e eólicas

Ensino, com atuação na formação de engenheiros, capacitação de profissionais em cursos de Mestrado e Doutorado, além de apoio no desenvolvimento de produtos de precisão. Essas são algumas das áreas de expertise do Laboratório de Metrologia do Departamento de Engenharia Mecânica, Faculdade de Tecnologia, Universidade de Brasília. A novidade é que, a partir deste ano, professores, alunos e pesquisadores devem se dedicar a compartilhar o conhecimento com empresas e com o setor público, contribuindo para melhorar processo de produção, criar banco de dados capazes de melhorar o desempenho, o faturamento, a grade de manutenção e compra de insumos e equipamentos, por exemplo.

Professor associado da UnB e coordenador do Laboratório, Antonio Piratelli Filho explica que o foco dessa proposta do Laboratório de Metrologia são a oferta de cursos de extensão, a execução de análise de dados e a medição de peças complexas.

Medição de peças complexas

Neste caso, o Professor detalha como é feita a medição de um pequeno rotor usando um scanner laser, disponível no Laboratório, por meio do qual é possível fazer medições exatas a partir das coordenadas de pontos da superfície, além da possibilidade da reconstrução do desenho da peça no computador (conhecido como modelo CAD, Computer-Aided Design). “Com isso, se houver necessidade de reconstrução da peça para fabricação a partir do modelo no computador ou a necessidade de ajustes no design para otimizar o funcionamento de um equipamento, o trabalho é muito mais assertivo, muito mais eficiente. Estamos falando de peças com geometria não trivial, de forma livre, como exemplificado pelos rotores de ventiladores e turbinas hidráulicas”, pontua.

Professor associado da UnB e coordenador do Laboratório, Antonio Piratelli Filho

Análise de dados

Todo gestor sabe da importância de a organização ter em mãos um banco de dados dos seus processos. Mas nem todos conseguem fazer a análise, interpretar esses dados e, a partir dos resultados, tornar a sua gestão ainda mais eficiente. Dentro do Laboratório de Metrologia, existe pessoal capacitado para coletar essas informações em bancos de dados e entregar propostas de projetos ou ações que vão otimizar os custos, dentre outras possibilidades.

Cursos de extensão

E por fim, tem os cursos de extensão. “A empresa ou agente público define qual é a necessidade de formação e desenvolvemos cursos de extensão para gestores e demais colaboradores”, cita Antonio Piratelli Filho.

Quem tiver interesse em qualquer desses serviços, deve procurar a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), que é a entidade que intermedia a necessidade do público externo com os pesquisadores da universidade. Após esse processo, são feitas reuniões para que as demandas sejam apresentadas e os estudiosos tenham as ferramentas para apresentar as melhores soluções.

Finatec
Telefone: (61) 3348-0400
E-mail: projetosdepesquisa@finatec.org.br

Conheça mais sobre o projeto!

[Prorrogadas] Inscrições abertas: Quarta turma do Cocreation LAB DF vem aí!

As inscrições para a quarta turma do CocreationLab DF abrem nesta quinta-feira (26). O maior programa de pré incubação do país é uma iniciativa da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP-DF), com apoio da Finatec, UnB, IFB e Sebrae DF e utiliza a metodologia TXM (Think, Experience, Manage) para ajudar a tirar ideia do papel e transformá-las em negócios, por meio de mentorias, workshops, palestras e outras atividades, tudo gratuito. As inscrições podem ser feitas pelo  inscrever.txm.business.

O programa é para qualquer pessoa que queira tirar do papel suas ideias e começar a empreender. É necessário preencher o formulário e informar qual é a sua ideia. Todos os participantes passarão por uma seleção, que irá escolher as 75 com maior potencial para se transformarem em negócios. O programa já ajudou a formar 114 empresas de economia criativa no DF.

A última turma, realizada no segundo semestre de 2022 apresentou projetos de inovação em diversas áreas: tecnologia, vestuário, cosméticos, gastronomia, audiovisual, saúde, educação, arquitetura e artesanato. O trabalho foi concluído com o Pitch dos Pitches, que aconteceu no Sebrae Lab e reuniu os ganhadores de cada polo.

 Depois de 9 turmas nas primeiras rodadas, o professor Luiz Salomão, idealizador do Cocreation Lab, comenta a mudança de percepção dos alunos na última rodada: “A primeira e a segunda turma ainda precisavam conhecer o que era o Cocreation Lab e fizeram isso muito bem. A terceira turma parecia estar mais por dentro e subiu a régua! 70% dos projetos concluíram o processo. Isso é muito bom, uma média muito alta. Globalmente num processo de ideação como esse o resultado é de 8 a 10%.”

As atividades são divididas em cinco polos: Campus Samambaia/IFB; Faculdade Gama da Universidade de Brasília (FGA/UnB); Universidade de Brasília Edifício CDT/UnB; Instituto Federal de Brasília – Campus São Sebastião e Parque Tecnológico de Brasília – BIOTIC. Marileusa Chiarello, Diretora do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da UnB.

“Nós entramos num edital chamado “Edital de animação do ecossistema” e nós estamos animando. “Talvez faltasse o gatilho do empreendedorismo à população do DF, mas nós estamos trazendo esse gatilho. Os projetos apresentados aqui são espetaculares e já estão virando empresas e crescendo.” vibra Salomão.

 Como participar:

Acesse o site: inscrever.txm.business

Clique em “Acesse o edital 2023-01”

Leia as instruções e preencha os campos com as informações sobre o seu projeto.

Dúvidas: contato@cocreationlab.com.br

1º Encontro do Hub da Indústria do DF será sobre automação em gestão empresarial

Se você deseja promover o desenvolvimento digital da sua micro ou pequena indústria, tem um compromisso em 26 de janeiro, às 17h30, no Sebraelab (Biotic). O 1º Encontro do Hub da Indústria do DF marcará o início das atividades de capacitação do projeto, cujo objetivo é promover a tecnologia na cadeia produtiva e elevar a maturidade digital do setor industrial brasiliense.

O encontro desta quinta-feira será sobre automação em gestão empresarial. Haverá capacitações sobre o tema, apresentação de case de sucesso e exposição de startups locais que oferecem soluções na área. Os presentes poderão, ainda, visitar o espaço do Hub da Indústria do DF no Biotic, onde ocorrerão capacitações setoriais, mentorias e atendimento individuais. O evento é aberto a micro e pequenas indústrias locais, mesmo que não sejam atendidas pelo projeto. É necessário se inscrever neste link (inscrições limitadas): https://www.sympla.com.br/evento/i-encontro-hub-da-industria-do-df-automacao-como-melhorar-a-gestao-de-sua-empresa/1848922

O tema do primeiro encontro foi escolhido com base em diagnósticos feitos no ano passado, em que a equipe do Hub da Indústria constatou entre empresas do DF dificuldades na gestão de estoques e no acompanhamento de resultados financeiros, baixa capacitação de funcionários e indisponibilidade de tempo dos gestores.

Ainda neste trimestre, estão programadas capacitações em marketing (ferramentas e serviços para inserção na internet), em acompanhamento de métricas de mídias sociais e sites e em gestão de estoques.

Lançamento do projeto

No encontro do dia 26, com o início das atividades de capacitação, o Hub da Indústria do DF será oficialmente lançado. Em 2022, o projeto foi aprovado em edital da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), inscrito pela Fibra, pela Biotic S.A. — empresa gestora do Parque Tecnológico de Brasília —, pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no DF, pela Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) e pelo Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT) da Universidade de Brasília.

Ainda no ano passado, o projeto começou a caminhar com pesquisas e workshops para diagnóstico da maturidade digital, a fim de identificar as principais necessidades de empresas do setor. Houve workshops com os segmentos de vestuário, de alimentos, de construção e de mármore, granito, artefatos, cimento e concreto. As empresas dessas áreas que aderirem ao projeto serão acompanhadas gratuitamente em atividades de apoio à transformação digital. Os temas centrais são voltados ao aumento de receita, à visibilidade e à competitividade do negócio.

Após a fase de capacitações, serão executados os outros dois eixos do projeto: solução e transformação, com curadoria, aconselhamento e acesso dos participantes a ferramentas digitais aplicáveis à solução de seus maiores desafios; e conexão e interação, com integração e incentivo à inovação aberta em transformação digital, por meio de ações entre empresas, startups, governo, academia e outros agentes que compõem o ecossistema de inovação.

Interessados em participar do Hub da Indústria (segmentos de vestuário, de alimentos, de construção e de mármore, granito, artefatos, cimento e concreto) podem entrar em contato com a Gerência de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico da Fibra pelo telefone (61) 3362-6017, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, ou pelo e-mail diretoria.inovacaotecnologica@sistemafibra.org.br.

Assessoria de Comunicação da Fibra

(61) 3362-6127/6025

(61) 99674-0238

Participe da pesquisa: “Infraestrutura de Transportes e Mobilidade no Campus Darcy Ribeiro – CDR”

O campus Darcy Ribeiro é a casa de milhares de pessoas que possuem a Universidade de Brasília presente em suas vidas.

Um dos eixos do Plano Diretor é a infraestrutura de transporte e mobilidade, por isso, a equipe responsável por essa parte te convida a responder a pesquisa: Consulta Pública – Eixo Infraestrutura de Transportes e Mobilidade.

O objetivo é levantar dados e informações sobre a mobilidade, acessibilidade e a situação dos transportes das pessoas que realizam suas atividades diárias no CDR . Os resultados possibilitaram propor diretrizes e ações para o Plano Diretor do CDR, trazendo benefícios para toda a comunidade universitária.

Fonte: UnB

Concluída a primeira etapa do projeto de tradução do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) e do Estatuto da Juventude para a língua tikuna. Projeto vai virar livro

Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) e das aldeias Tikuna acabam de concluir a primeira etapa do projeto de tradução do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) e do Estatuto da Juventude para a língua tikuna. Esta fase consistiu na pesquisa para entender o universo simbólico da criança, do adoescente e do jovem na cultura Tikuna, e na aplicação de um questionário com 50 perguntas para representantes de aldeias indígenas desta etnia.

Todo o processo contou com a participação ativa dos povos originários e todas as perguntas do questionário foram elaboradas a partir dos artigos do ECA e do Estatuto da Juventude de forma que a tradução respeite a maneira como eles enxergam e educam suas crianças e adolescentes. “Não nos interessa uma tradução literal da lei. Queremos uma tradução cultural, que considere apenas aquilo que não entre em conflito com o modo de ver o mundo dos Tikunas”, ressalta a Coordenadora do Laboratório de Línguas e Literatura Indígenas Aryon Dall’igna Rodrigues (LALLI) da UnB, Ana Suelly Arruda Câmara Cabral.

As aldeias Tikunas se estendem ao longo do Solimões e para além das fronteiras com o Peru e a Colômbia. Em solo brasileiro, a exploração dos seringais e a extração criminosa de madeira os expuseram não só à cultura dos não-indígenas como também à violência e à invasão das terras onde viveram por séculos.

Para garantir um olhar abrangente sobre o modo de vida dos povos originários, os tradutores tikunas que fazem parte do projeto aplicaram os questionários para 11 tikunas, homens e mulheres e de diferentes faixas etárias. Escolheram também representantes de aldeias de diferentes municípios do Amazonas, entre eles, Santo Antônio do Içá, Benjamim Constant e Amaturá. “A definição das lideranças cobre uma parte representativa do percurso geográfico das aldeias e possibilita o acolhimento de visões representativas dessa diversidade geográfica, linguística e cultural dos Tikunas” detalha Ana Suelly.

Glossário e livro


Assim que o compilado da primeira etapa do projeto for aprovado pela Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do Ministério da Família e dos Direitos Humanos e pela Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e Cultura (OEI), os pesquisadores vão se dedicar à produção de um glossário com termos tikuna-português/português-tikuna. E, por fim, de um livro que vai ser distribuído para as aldeias Tikunas.

O projeto é executado na Década Internacional das Línguas Indígenas e, além do pioneirismo, promove e valoriza a língua dos povos originários e será um instrumento fundamental para que os Tikunas protejam suas crianças, adolescentes e jovens.

Ana Suelly faz um apelo para que a equipe do presidente Lula que assumir o ministério entenda que este não é um projeto deste governo, mas, sim, para os povos indígenas do Brasil e para os Tikunas. “Nos custou muito conseguir as aprovações todas. É tudo muito demorado e burocrático. A Finatec (Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos) foi crucial nesse processo, pois tem um quadro muito competente, que entende, não só da burocracia, como tem conteúdo, se entrosam com a temática do projeto, dão opinião e o resultado é sempre muito positivo”, afirma Ana Suelly.

A pesquisadora destaca ainda que, ao assumir a gestão financeira, de pessoal e orçamentária, a Finatec libera os pesquisadores para mergulharem nos projetos e produzirem o conhecimento científico, elevando a qualidade dos trabalhos.

Page Reader Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud Screen Reader Support
× Como posso te ajudar?