Precarização do metrô e direito à cidade abrem os debates na CLDF
Começou nesta quinta-feira (21), no auditório da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), o II Seminário Internacional sobre Mobilidade Urbana, promovido pela Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana (CTMU) em parceria com a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos da Universidade de Brasília (Finatec) e a Unale. Com o tema “Sistemas sobre Trilhos, Eletrificação e Descarbonização: Pensando na Mobilidade do Futuro”, o evento segue até sexta-feira (22), reunindo especialistas do Brasil, Portugal e Chile.
Na abertura, o presidente da CTMU, deputado Max Maciel (PSOL), criticou a falta de expansão do metrô de Brasília desde sua inauguração, em 2001. “Desde que foi inaugurado, se todos os governos que passaram pelo Distrito Federal tivessem feito apenas 1,8 km de trilho, hoje nós teríamos o metrô até o final da Asa Norte, teríamos concluído em Ceilândia e em Samambaia e talvez estaríamos pensando na segunda linha”, afirmou.
Deputado Max Maciel (PSOL)
Também integrante da CTMU, o deputado Fábio Felix (PSOL) disse que a população brasiliense está “vivendo um abandono estrutural do metrô”, citando problemas como superlotação de vagões, ausência de novos trens, falta de funcionários e baixa confiabilidade nos serviços de manutenção. “O que era um sonho virou um pesadelo. Que esse dia de hoje seja um alerta para a situação de profunda precariedade no metrô do Distrito Federal”, declarou. O parlamentar destacou ainda a importância da atuação do SindMetrô/DF, que defende o metrô como política pública essencial.
Com a palavra: Deputado Fábio Felix (PSOL)
Os debates também trouxeram à tona o conceito de direito à cidade, que, segundo Fábio Felix, está diretamente ligado ao direito à mobilidade. “O direito à cidade é o acesso à cultura, é você chegar num cinema, é você acessar um museu, é ter acesso a atividades complementares de educação, é você poder buscar um emprego, é você poder ter acesso aos serviços públicos. A mobilidade é o coração do direito à cidade”, explicou.
O deputado Gabriel Magno (PT) alertou para os riscos da privatização de espaços públicos, citando a concessão da Rodoviária do Plano Piloto como exemplo de exclusão urbana. “A privatização do centro da cidade escancara um modelo de organização muito excludente. Nós estamos vendo uma intervenção para garantir a exploração privada de um espaço público”, avaliou.
Deputado Gabriel Magno (PT)
O professor Augusto Brasil, coordenador do Hub de Mobilidade da Finatec, destacou que os encontros promovidos pela CTMU têm sido propulsores de novas políticas públicas. Ele lembrou que o primeiro seminário tratou da tarifa zero, tema que hoje ganha espaço em diversas cidades brasileiras. “Vemos agora vários municípios do Brasil aderindo à tarifa zero e o Distrito Federal também testando a tarifa zero. Isso é a materialização de um debate constante sobre o tema. É um grande sucesso e mostra a importância de um seminário como esse aqui”, avaliou.
Prof. Augusto Brasil, coordenador do Hub de Mobilidade da Finatec
O diretor presidente da Finatec, professor Daniel Monteiro Rosa, também ressaltou o papel da Fundação de aproximar universidade, sociedade e poder público. “O seminário é a oportunidade de a Finatec, mais uma vez, prestar o seu papel, que é trazer benefícios para a sociedade e conectar todos numa discussão de extrema importância para o DF. A ideia do Hub de Mobilidade é ser o motor propulsor dessas discussões, com participação de diferentes áreas, do poder público e da classe empresarial. Precisamos de um transporte público eficiente, que traga ganhos significativos no deslocamento da população que trabalha e estuda no DF”, explicou.
Prof. Daniel Monteiro Rosa, diretor presidente da Finatec
Segundo ele, ainda há dificuldade do Executivo em reunir todos os agentes em torno de um projeto comum: “Acho que o seminário tem tudo para ser muito profícuo e que possa resultar em reais melhorias para o transporte sobre trilhos no DF.”
Programação
Após a abertura, teve início o painel Sistemas sobre Trilhos: Trens. Toda a programação pode ser acompanhada pelo canal da TV Câmara Distrital no YouTube.
II Seminário Internacional sobre Mobilidade Urbana será realizado nos dias 21 e 22 de agosto na Câmara Legislativa
Brasília se prepara para discutir o futuro da mobilidade urbana de forma ampla e estratégica. Nos dias 21 e 22 de agosto, a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) sediará o II Seminário Internacional sobre Mobilidade Urbana, que trará como tema central “Sistemas sob Trilhos, Eletrificação e Descarbonização: Pensando a Mobilidade do Futuro”. O evento é promovido pela Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana (CTMU), em parceria com a Finatec/UnB e a Unale.
Para o professor da Universidade de Brasília (UnB) Augusto César de Mendonça Brasil, ex-presidente da Finatec e um dos coordenadores do seminário, o momento exige um debate urgente e qualificado sobre o modelo de transporte público praticado no Distrito Federal e na região metropolitana. “O debate deve ser ampliado para que possamos encontrar um novo sistema de transporte, que atenda não só toda a população, mas que seja também eficiente”, afirma.
O evento reunirá especialistas renomados do Brasil, Portugal e Chile, além de gestores públicos, pesquisadores e representantes do setor privado. A proposta é discutir alternativas sustentáveis para reduzir a dependência do transporte individual motorizado, que hoje impacta diretamente na qualidade do ar, no trânsito e nas mudanças climáticas.
A programação do seminário será composta por painéis temáticos que abordarão soluções estruturais e inovadoras. Um dos destaques será o Painel Sistema sobre Trilhos — Trens, mediado pelo deputado distrital Max Maciel (PSOL), presidente da CTMU. Entre os palestrantes confirmados estão o ex-prefeito de Valparaíso de Goiás e atual Secretário de Estado do Entorno de Goiás, Pábio Correia Lopes; o Secretário do Entorno do DF, Cristian Viana; e o Secretário Nacional de Mobilidade, Denis Eduardo Andia, do Ministério das Cidades.
Outro painel de destaque será o Sistema sobre Trilhos – Metrô, com mediação do diretor do Centro Interdisciplinar de Estudos em Transportes (Ceftru/UnB), Fábio Zanchetta. Participam do debate o professor Eduardo Barata, do Conselho de Administração do Metrô Mondego, de Portugal; Handerson Cabral Ribeiro, diretor-presidente do Metrô-DF; Ana Patrizia Lira, diretora da ANPTrilhos; e Rodoldolfo Carlos Nicolazzi Philippi, da UFSC.
A eletrificação da frota também será debatida em um painel mediado por Eliana Alves, gerente do Grupo Caio. O tema contará com a participação de Milena Braga Romano, presidente da Eletra; Gláucio Rocha, Secretário de Mobilidade Urbana de São José dos Campos; e Alejandra Provoste, do governo do Chile. O painel será encerrado com a participação de Talyta Viana, da Abiogás.
Encerrando o seminário, o Painel Descarbonização discutirá políticas e tecnologias para reduzir a emissão de gases poluentes no transporte público, com mediação do professor Tiago Farias. Participam do debate Margarete Gandini, do MDIC; João Francisco Paiva Avelino, especialista em finanças verdes; e Gutemberg Gomes, da Secretaria de Meio Ambiente do DF. A senadora Leila Barros, relatora do PL do mercado de créditos de carbono, e Olmo Xavier, da Secretaria da COP30, também devem marcar presença.
Para o deputado Max Maciel (PSOL), o seminário é uma oportunidade para a construção de soluções que priorizem o transporte coletivo, eficiente e ambientalmente responsável. “O Distrito Federal já sente os efeitos das mudanças climáticas com ondas de calor e alterações nas chuvas. Precisamos repensar nossa lógica de deslocamento e investir em soluções que priorizem o transporte coletivo sustentável. É uma questão de justiça ambiental e social. A população não pode continuar sendo penalizada com sistemas ineficientes, poluentes e excludentes”, destaca.
Inscrições abertas e gratuitas
A participação no seminário é gratuita e aberta ao público. As inscrições podem ser feitas pelo site Sympla. O evento será transmitido ao vivo pelo canal da CLDF no YouTube.
Produzir e circular obras audiovisuais nas periferias brasileiras ainda é um desafio diante das desigualdades no acesso a recursos, formação técnica e espaços de exibição. Mas iniciativas como o Festival Recanto do Cinema – Audiovisual na Periferia mostram que é possível transformar esse cenário. Promovido pelo Instituto Federal de Brasília (IFB), Campus Recanto das Emas, o festival chegou à sua 4ª edição em novembro de 2024, consolidando-se como um importante espaço de formação, visibilidade e valorização do cinema feito nas bordas da cidade.
O evento bateu recorde de inscrições, com 609 curtas-metragens enviados de todas as regiões do Brasil. A iniciativa integra o projeto de extensão “Recanto do Cinema – Cultura Audiovisual na Periferia”, executado pela Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), sob a coordenação dos professores Allex Medrado, Juliane Peixoto, Juliana Lopes e Pedro Bailei.
Um dos destaques da edição foi a ampla diversidade entre os realizadores. Segundo o professor Allex Medrado, coordenador do projeto, o festival tem se afirmado como espaço de acolhimento e visibilidade para grupos historicamente sub-representados no audiovisual.
Dos filmes inscritos, 267 foram dirigidos por mulheres, 236 por pessoas LGBTQIA+, 185 por pessoas negras, 48 por pessoas trans e não-binárias, 23 por indígenas, 10 por pessoas amarelas e 18 por pessoas com deficiência. Além disso, 342 obras foram assinadas por cineastas estreantes, e 36,9% dos filmes foram produzidos por estudantes de cursos de audiovisual.
“Esses números não são apenas estatísticas”, afirma Medrado. “Eles representam trajetórias e a potência de uma produção periférica que resiste, se organiza e se fortalece.”
Alcance regional e descentralização
Com participação de todos os estados, o festival reforçou sua proposta de descentralização cultural. São Paulo liderou o número de inscrições (135 filmes), seguido por outros estados e pelo Distrito Federal, que registrou 41 produções. No DF, 15 das 35 Regiões Administrativas participaram; o Plano Piloto liderou com 19 curtas, seguido por Ceilândia e Recanto das Emas.
Além da exibição de filmes, o festival também serviu como laboratório de aprendizagem. Estudantes do curso Técnico em Produção de Áudio e Vídeo participaram ativamente da organização por meio da disciplina “Prática Profissional 1”, orientada pelo professor Allex Medrado.
Os alunos atuaram em diversas frentes: produção de vídeo-homenagem, itinerância do festival com o projeto Cine Pipoca no Rolê (FAC-UnB), cobertura audiovisual e fotográfica e direção de arte do evento — esta última coordenada pela professora Gaia Schüler.
Para Medrado, o festival, criado em 2019, se consolidou como espaço de resistência e celebração da cultura periférica. “A edição de 2024 reafirma esse compromisso ao exibir curtas que tensionam os modos de ver e ser da sociedade, promovendo trocas e fortalecendo o audiovisual feito por quem historicamente foi colocado à margem.”
Nos dias 3 e 4 de julho, a Fazenda Água Limpa sediou a IV Feira do Produtor Rural da Universidade de Brasília. A Finatec esteve presente mais uma vez no evento, que integra ensino, pesquisa e extensão por meio de atividades voltadas ao setor agropecuário.
Com o tema “Valorizando as Mulheres do Campo”, a Feira reuniu expositores, produtores, pesquisadores, estudantes e representantes de instituições públicas e privadas em uma programação que incluiu minicursos, palestras, mesas-redondas, exposição de produtos e tecnologias, além de atividades voltadas à educação ambiental e ao público escolar.
A iniciativa foi organizada pelos grupos de pesquisa GEHORTI, GEPEC e LAMAGRI, com apoio do Instituto 360 e da Secretaria da Mulher. Ao todo, foram oferecidos 16 minicursos e cerca de 30 expositores participaram da programação.
A Finatec segue atuando em parceria com a UnB no apoio à realização de eventos e projetos voltados à promoção do conhecimento, à troca de experiências e ao fortalecimento das conexões entre universidade e sociedade.
A Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos – Finatec – comunica que seu Conselho Superior irá se reunir para de 4 novos membros para ocupar os cargos vacantes, sendo 01 (um) membro efetivo e 03 (três) membros suplentes. Os cargos não são remunerados.
A Finatec convida a comunidade acadêmica, científica, tecnológica e empresarial de Brasília a se candidatar. Os novos membros eleitos, por meio do presente Edital, exercerão seu mandato até 25 de maio de 2027, sendo admitida uma recondução por mais 02 (dois) anos.
Os interessados deverão encaminhar carta de manifestação dirigida ao Conselho Superior da Finatec, contendo o nome completo, dados pessoais e a qualificação profissional, acompanhada de curriculum vitae para o endereço eletrônico finatec@finatec.org.br até as 17h do dia 13 de agosto de 2025.
O resultado da eleição será divulgado no site da Fundação.
Com papel cada vez mais central na transformação digital e no avanço tecnológico, o setor de microeletrônica tem se consolidado como estratégico para o Brasil e o mundo. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores (ABISEMI), essa cadeia produtiva registra um crescimento acelerado no país, com faturamento anual superior a 1 bilhão de dólares, mais de 2,5 bilhões em investimentos em infraestrutura e equipamentos, além de cerca de 800 milhões de reais destinados à pesquisa e desenvolvimento.
Nesse contexto, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com a Softex, lançou o Programa CI Expert, uma iniciativa voltada à formação de especialistas em semicondutores. O objetivo é conectar o ecossistema nacional de inovação (envolvendo academia, indústria, centros de pesquisa e setor público) à crescente demanda por profissionais altamente qualificados nessa área estratégica. “O CI Expert é um programa de classe mundial, pensado para integrar todo o ecossistema. Há uma demanda crescente por engenheiros capacitados, tanto nas universidades quanto nas empresas, e essa iniciativa é uma resposta concreta a essa necessidade”, afirmou Hamilton José Mendes da Silva, diretor do Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação Digital do MCTI.
A cerimônia de lançamento reuniu autoridades governamentais, representantes de universidades e parceiros institucionais. Estiveram presentes Hamilton José Mendes da Silva, diretor do Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação Digital do MCTI; Alessandro Augusto Nunes Campos, coordenador-geral de Tecnologias em Semicondutores do MCTI; Ruben Delgado, presidente da Softex; o professor Wally Menezes, reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE); Michetl Bonfim, diretor de operações do Instituto iRede; o professor Camilo Allyson Simões de Farias, reitor da UFCG; o professor Marcel Parentoni, reitor da UNIFEI; o professor Daniel Monteiro Rosa, presidente da Finatec; o professor Márcio Muniz de Farias, vice-reitor da UnB; a professora Fernanda Gusmão de Lima Kastensmidt, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Microeletrônica da UFRGS; e Nilson Diniz, prefeito do município de Cedro.
Ao todo, o programa irá capacitar 468 estudantes de diversas áreas do conhecimento, como Engenharia Elétrica, Engenharia Mecatrônica, Engenharia de Computação, Engenharia de Telemática, Engenharia de Automação, Engenharia Física, Sistemas de Informação, Ciência da Computação, Análise de Dados, Estatística, Física, Matemática, entre outras. A proposta é proporcionar uma experiência educacional inovadora e conectada às demandas do mercado, capaz de impulsionar o desenvolvimento tecnológico e industrial do país.
“Estamos falando da formação de quase 500 profissionais em uma área estratégica, o que representa um passo fundamental para reduzir a dependência tecnológica do Brasil. Capacitação, autonomia e inovação são os pilares dessa ação, que reflete um claro compromisso com o futuro”, destacou Ruben Delgado, presidente da Softex.
Um dos diferenciais do CI Expert é o compromisso com a diversidade de gênero no setor de tecnologia. Para isso, 30% das vagas foram reservadas para mulheres, como forma de estimular a participação feminina em uma área historicamente marcada pela predominância masculina. A preocupação com a formação de recursos humanos qualificados também está alinhada a outras agendas estruturantes do país, como a Nova Indústria Brasil e o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial.
“A formação de recursos humanos em tecnologia da informação está diretamente conectada a outras agendas estruturantes do país, como a Nova Indústria Brasil e o nosso Plano Brasileiro de Inteligência Artificial. São iniciativas complementares que apontam para um futuro mais soberano e inovador”, comentou o professor Márcio Muniz, vice-reitor da Universidade de Brasília.
A capacitação será oferecida em quatro polos estratégicos de formação, localizados em diferentes regiões do Brasil. Participam da iniciativa a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), na Paraíba; a Universidade de Brasília (UnB), no Distrito Federal; a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), no Rio Grande do Sul; e a Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), em Minas Gerais. Cada instituição contribuirá com sua expertise acadêmica para garantir a excelência técnica e científica do programa.
Além do papel de apoio técnico e operacional, a Finatec também será responsável pela articulação entre as universidades parceiras. “A Fundação participa com entusiasmo deste projeto. Com a gestão sob responsabilidade da Softex, a Fundação também atuará no suporte técnico e operacional, especialmente na articulação entre as universidades parceiras. Esse arranjo evidencia a capilaridade e o alcance do CI Expert”, afirmou o professor Daniel Rosa, diretor-presidente da Finatec.
Prof. Daniel Rosa, diretor-presidente da Finatec.
Com essa iniciativa, o governo federal reafirma seu compromisso com a reindustrialização do país, a valorização da ciência e tecnologia e a formação de talentos para setores de alta complexidade e valor agregado, considerados essenciais para o futuro do Brasil.
Com papel cada vez mais central na transformação digital e no avanço tecnológico, o setor de microeletrônica tem se consolidado como estratégico para o Brasil e o mundo. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores (ABISEMI), essa cadeia produtiva registra um crescimento acelerado no país, com faturamento anual superior a 1 bilhão de dólares, mais de 2,5 bilhões em investimentos em infraestrutura e equipamentos, além de cerca de 800 milhões de reais destinados à pesquisa e desenvolvimento.
Nesse contexto, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com a Softex, lançou o Programa CI Expert, uma iniciativa voltada à formação de especialistas em semicondutores. O objetivo é conectar o ecossistema nacional de inovação (envolvendo academia, indústria, centros de pesquisa e setor público) à crescente demanda por profissionais altamente qualificados nessa área estratégica. “O CI Expert é um programa de classe mundial, pensado para integrar todo o ecossistema. Há uma demanda crescente por engenheiros capacitados, tanto nas universidades quanto nas empresas, e essa iniciativa é uma resposta concreta a essa necessidade”, afirmou Hamilton José Mendes da Silva, diretor do Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação Digital do MCTI.
A cerimônia de lançamento reuniu autoridades governamentais, representantes de universidades e parceiros institucionais. Estiveram presentes Hamilton José Mendes da Silva, diretor do Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação Digital do MCTI; Alessandro Augusto Nunes Campos, coordenador-geral de Tecnologias em Semicondutores do MCTI; Ruben Delgado, presidente da Softex; o professor Wally Menezes, reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE); Michetl Bonfim, diretor de operações do Instituto iRede; o professor Camilo Allyson Simões de Farias, reitor da UFCG; o professor Marcel Parentoni, reitor da UNIFEI; o professor Daniel Monteiro Rosa, presidente da Finatec; o professor Márcio Muniz de Farias, vice-reitor da UnB; a professora Fernanda Gusmão de Lima Kastensmidt, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Microeletrônica da UFRGS; e Nilson Diniz, prefeito do município de Cedro.
Ao todo, o programa irá capacitar 468 estudantes de diversas áreas do conhecimento, como Engenharia Elétrica, Engenharia Mecatrônica, Engenharia de Computação, Engenharia de Telemática, Engenharia de Automação, Engenharia Física, Sistemas de Informação, Ciência da Computação, Análise de Dados, Estatística, Física, Matemática, entre outras. A proposta é proporcionar uma experiência educacional inovadora e conectada às demandas do mercado, capaz de impulsionar o desenvolvimento tecnológico e industrial do país.
“Estamos falando da formação de quase 500 profissionais em uma área estratégica, o que representa um passo fundamental para reduzir a dependência tecnológica do Brasil. Capacitação, autonomia e inovação são os pilares dessa ação, que reflete um claro compromisso com o futuro”, destacou Ruben Delgado, presidente da Softex.
Um dos diferenciais do CI Expert é o compromisso com a diversidade de gênero no setor de tecnologia. Para isso, 30% das vagas foram reservadas para mulheres, como forma de estimular a participação feminina em uma área historicamente marcada pela predominância masculina. A preocupação com a formação de recursos humanos qualificados também está alinhada a outras agendas estruturantes do país, como a Nova Indústria Brasil e o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial.
“A formação de recursos humanos em tecnologia da informação está diretamente conectada a outras agendas estruturantes do país, como a Nova Indústria Brasil e o nosso Plano Brasileiro de Inteligência Artificial. São iniciativas complementares que apontam para um futuro mais soberano e inovador”, comentou o professor Márcio Muniz, vice-reitor da Universidade de Brasília.
A capacitação será oferecida em quatro polos estratégicos de formação, localizados em diferentes regiões do Brasil. Participam da iniciativa a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), na Paraíba; a Universidade de Brasília (UnB), no Distrito Federal; a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), no Rio Grande do Sul; e a Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), em Minas Gerais. Cada instituição contribuirá com sua expertise acadêmica para garantir a excelência técnica e científica do programa.
Além do papel de apoio técnico e operacional, a Finatec também será responsável pela articulação entre as universidades parceiras. “A Fundação participa com entusiasmo deste projeto. Com a gestão sob responsabilidade da Softex, a Fundação também atuará no suporte técnico e operacional, especialmente na articulação entre as universidades parceiras. Esse arranjo evidencia a capilaridade e o alcance do CI Expert”, afirmou o professor Daniel Rosa, diretor-presidente da Finatec.
Com essa iniciativa, o governo federal reafirma seu compromisso com a reindustrialização do país, a valorização da ciência e tecnologia e a formação de talentos para setores de alta complexidade e valor agregado, considerados essenciais para o futuro do Brasil.
A Finatec agora é oficialmente participante do Programa Pacto Brasil, uma iniciativa da Controladoria-Geral da União (CGU) que busca fortalecer a integridade, a ética e a transparência nas relações entre o setor público e as organizações da sociedade civil.
A adesão representa um passo importante para a consolidação da cultura de integridade na Finatec e reafirma o compromisso institucional com a boa governança, o uso responsável de recursos públicos e a conformidade com as melhores práticas de gestão.
“Nosso ingresso no Pacto Brasil é mais que uma adesão formal: é uma escolha pela responsabilidade institucional, que reconhece o papel estratégico da Finatec na promoção de uma gestão ética e transparente no terceiro setor”, destaca a Prof Daniel Rosa – Diretor Presidente
O que é o Pacto Brasil?
Coordenado pela CGU, o Pacto Brasil pela Integridade é um programa voluntário voltado a organizações privadas sem fins lucrativos que atuam em parceria com a administração pública. Ao aderir, a Finatec assume compromissos alinhados a quatro pilares fundamentais:
Promoção da ética e da responsabilização
Fortalecimento dos controles internos e da gestão de riscos
Prevenção de fraudes e atos de corrupção
Transparência ativa na utilização de recursos públicos
“A adesão da Finatec ao Pacto Brasil reafirma nosso posicionamento institucional como uma fundação que valoriza a ética, a responsabilidade e a excelência na gestão pública. Trata-se de um marco que fortalece nossas práticas internas e amplia nossa credibilidade junto à sociedade.” – Gustavo Condeixa – superintendente — [Gustavo Condeixa, Superintendente] O nome da Finatec como instituição participante já pode ser consultado publicamente na plataforma da CGU: 🔗 https://centralpaineis.cgu.gov.br/visualizar/pactobrasil
Por que isso importa?
A participação da Finatec no programa traz impactos positivos em diferentes frentes:
Reforço da credibilidade institucional junto a órgãos de controle, UnB e parceiros
Estímulo à cultura interna de integridade e colaboração entre equipes
Aprimoramento de processos e mitigação de riscos
Transparência e segurança jurídica para os projetos e parcerias sob gestão da Fundação
Na última terça-feira (01), o novo diretor-presidente da Finatec, Prof. Daniel Rosa, esteve na Reitoria da Universidade de Brasília (UnB) em visita institucional de cortesia. Acompanhado pelo superintendente da fundação, Gustavo Condeixa, o Prof. Daniel foi recebido pela Profa. Rozana Reigota Naves, pelo Prof. Márcio Muniz de Farias e pela Profa. Renata Aquino.
Durante o encontro, foram tratados temas relevantes sobre a atuação estratégica da Finatec e a continuidade da parceria com a UnB em projetos de ensino, pesquisa e inovação. A reunião também marcou a apresentação da nova diretoria da fundação à gestão da Universidade.
A Finatec recebeu o VI SICO, evento que reuniu pesquisadores e estudantes para discutir os avanços da Imunologia. Mais que um evento científico, uma oportunidade de fortalecimento da rede de pesquisa da região. Veja a publicação: https://www.instagram.com/p/DLC5QnsPNhU/?img_index=1 (postar no site)
XXVII Jornada Odontológica da UnB
Com recorde de público, trabalhos e participação estudantil, a Jornada de Odontologia reforçou seu papel como um dos principais eventos acadêmicos do país na área. A edição de 2025 foi marcada por inovação, integração e intenso compartilhamento de conhecimento. (postar no site) Veja a publicação: https://www.instagram.com/p/DLHuOjJPqVR/?img_index=1
Finatec é homenageada pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas
O diretor da Finatec, Prof. Daniel Rosa, recebeu uma honraria da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), em reconhecimento ao compromisso institucional e aos relevantes serviços prestados em defesa dos povos indígenas e da política indigenista no Brasil, reafirmando o papel da Finatec no apoio a projetos voltados à valorização cultural, à proteção de direitos e ao respeito à diversidade dos povos originários do país. Veja: https://www.finatec.org.br/noticia/finatec-recebe-homenagem-da-fundacao-nacional-dos-povos-indigenas/
Projeto recebe investimento de R$ 2 milhões e reforça diagnóstico sobre medo e segurança no DF
O projeto Cidade Mais Segura, coordenado pela UnB, executado pela Finatec e com apoio da FAPDF, ouviu mais de 12 mil pessoas para entender como o medo do crime impacta a rotina da população do Distrito Federal. A iniciativa transforma dados em estratégias para qualificar a gestão da segurança pública, com foco em regiões como o Setor Comercial Sul e a Rodoviária do Plano Piloto. Leia mais: https://www.finatec.org.br/noticia/projeto-recebe-investimento-de-r-2-milhoes-e-reforca-diagnostico-sobre-medo-e-seguranca-no-df/
Projeto OSÍRIS revoluciona tramitação de execuções fiscais com uso de Inteligência Artificial
Desenvolvido pela Procuradoria-Geral do DF, Universidade de Brasília e TJDFT, com financiamento da FAPDF e execução da Finatec, o Projeto OSÍRIS já atinge mais de 90% de precisão na análise de processos fiscais. A ferramenta de inteligência artificial promete reduzir custos e prazos na cobrança judicial de tributos. O projeto será apresentado no ICAIL 2025, em Chicago, como exemplo internacional de inovação na administração pública. Leia mais:https://www.finatec.org.br/noticia/projeto-osiris-revoluciona-tramitacao-de-execucoes-fiscais-com-uso-de-inteligencia-artificial/
Bootcamp sobre inteligência artificial capacita autoridades públicas na Finatec
No dia 26 de junho, a Finatec e a OpenAI realizaram um bootcamp técnico voltado à capacitação de autoridades públicas brasileiras sobre inteligência artificial, com foco nos modelos generativos. O encontro reuniu representantes do Congresso Nacional, ANPD, STF e outros órgãos estratégicos para discutir fundamentos técnicos, riscos, aplicações e desafios regulatórios da IA.
O evento reforçou o compromisso da Finatec com a inovação responsável e com a formulação de políticas públicas baseadas em evidências.