Apicultura orgânica 4.0

Com apoio da Finatec, pesquisadores da UnB desenvolvem tecnologia que vai alavancar a produção do mel orgânico no DF e região e ainda ajudar a combater o perigoso risco de extinção das abelhas

Imagine ter, ao alcance das mãos, informações para decidir exatamente onde colocar as caixas de abelhas na propriedade para garantir a produção do mel orgânico, aumentar a renda do produtor e ainda preservar as abelhas. É nisso que pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB), em parceria com a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) estão trabalhando. 

O projeto Apicultura Orgânica 4.0 (numa alusão à 4ª revolução industrial) está em fase final e é desenvolvido com apicultores do assentamento Chapadinha, na região do Lago Oeste, produtores da Fercal, em Sobradinho, e outro grupo na região de Anápolis, em Goiás. Ao todo são 45 produtores de mel. 

Coordenador do projeto, o professor Sanderson César Macedo Barbalho ressalta que os apicultores beneficiados terão a possibilidade de aumentar a renda porque o quilo do mel orgânico custa, em média, 50% a 100% a mais do que o tradicional. “Para ter a certificação de mel orgânico, não pode haver lavouras que usam agrotóxico, como as de soja, milho e algodão, num raio de 3km das caixas de abelha”, explica.

Para traçar o perímetro de segurança, os pesquisadores coletaram imagens com um drone que possui câmeras especiais para identificar qual é o local, dentro da propriedade, mais adequado para produzir o mel orgânico. “Isso porque as câmeras captam que tipo de vegetação e lavoura tem ao redor da propriedade. Processamos essas imagens e transferimos as informações para um aplicativo que pode ser acessado via celular”, conta. “Quando as pessoas perceberem que a abelha é rentável, elas vão tentar protegê-las. Hoje o que ocorre é um extermínio por conta dos venenos”.  

Segundo Sanderson, ainda há poucas informações sobre espécies do Cerrado, como aroeira, tamboril-do-cerrado, cipó-uva entre outras. E um dos desafios é, justamente, criar um banco de dados com a vegetação do bioma para enriquecer ainda mais as informações que serão disponibilizadas para os apicultores.

Certificação

Com esse dispositivo, caso o produtor de mel peça a certificação, quando o técnico chegar para avaliar, não precisa entrar em outras propriedades para se certificar que não há lavouras que usam agrotóxico no raio de 3km das colmeias. “Numa propriedade de 10 hectares o certificador teria que entrar em uma média de 10 propriedades vizinhas para avaliar se é ou não mel orgânico. Com o aplicativo, bastará ele colocar o drone do ar e saberá a localização das colmeias e o que tem em volta”, diz Sanderson.  

O Apicultura Orgânica 4.0 está sendo desenvolvido no Assentamento Chapadinha, no Lago Oeste, onde vivem 54 famílias e há 10 apicultores. Na região da Fercal são cinco apicultores envolvidos no projeto. E em Anápolis, há um grupo de 30.

Rota do Mel

Para o futuro, o Prof. Sanderson César espera expandir o uso do aplicativo para as regiões conhecidas como Rota do Mel no Pará, em Minas Gerais, na Bahia, Santa Catarina e São Paulo para aumentar a renda do apicultor por meio da certificação de mel orgânico

Ao todo, 16 pessoas trabalham no projeto que conta com um orçamento de R$ 1,3 milhão, recursos do Ministério do Desenvolvimento Regional, por meio do Instituto Internacional de Cooperação Agrícola. “Os recursos e contratos são geridos pela Finatec e isso reduz bastante o trabalho burocrático. Com isso, conseguimos focar na pesquisa”, elogia Sanderson César.

Além das fronteiras

O Apicultura 4.0 tem parceria com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), um organismo internacional que trabalha com agricultura e sustentabilidade e está presente em 34 países das Américas. O IICA trabalha no desenvolvimento de soluções para questões hemisféricas, regionais e territoriais, aportando conhecimento internacional articulada com expertise local. Uma vez desenvolvidas essas ferramentas, elas podem ser adaptadas para a realidade de outros países, como é o caso do produto do projeto Apicultura 4.0.

Gestora do projeto pelo IICA, Romélia Souza explica que os polinizadores são extremamente relevantes como indicadores naturais de sustentabilidade. O projeto apoiado pelo IICA traz inovação, tecnologia e contato facilitado dessas ferramentas diretamente com o produtor rural, que é o beneficiário direto desta ação. “Apoiar esse projeto é apoiar toda uma plataforma de cooperação em favor da sustentabilidade brasileira e, quem sabe, usar esse conhecimento para além das fronteiras nacionais. Eventualmente, países vizinhos, como o Paraguai, a Colômbia, o Uruguai e an Argentina podem se interessar pela solução desenvolvida pelo projeto”, cita Romélia.

Romélia Souza destaca que o IICA trabalha em conjunto com os ministérios da Agricultura, da Integração e Desenvolvimento Regional e do Meio Ambiente e Mudança do Clima na agenda de polinizadores, além de outros Organismos Internacionais, como a Cooperação Alemã.

Finatec recebe o 7º Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo

Com tema “Sustentabilidade no cooperativismo: competitividade, inovação e diversidade”,o 7º Encontro brasileiro de pesquisadores em Cooperativismo aconteceu de 18 a 20 de setembro, na Finatec, em Brasília. 

Estimulando estudos que buscam maior eficácia e eficiência nos processos das cooperativas, e o alcance de um novo patamar de competência, por meio da percepção, avaliação e compartilhamento de conhecimentos e experiências, o EBPC é um ambiente favorável à criatividade, experimentação e implementação de novas ideias capazes de unir competitividade e desenvolvimento sustentável nas cooperativas.

Mais que um modelo de negócios, o cooperativismo é uma filosofia de vida que busca transformar o mundo em um lugar mais justo, feliz, equilibrado e com melhores oportunidades para todos. Um caminho que mostra que é possível unir desenvolvimento econômico e desenvolvimento social, produtividade e sustentabilidade, o individual e o coletivo.

O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, participou da mesa de abertura do evento e destacou os dados sobre o movimento cooperativista no Brasil. “O cooperativismo brasileiro vem num momento muito interessante, alcançando patamares muito interessantes que vamos destacar no evento. Não que ele esteja perfeito, mas alcançamos patamares muito interessantes esse ano. Superamos a marca dos 20 milhões de colegiados este ano. É um movimento socialmente forte no Brasil. Nós temos 10% da população brasileira nesse movimento. Se considerarmos  os familiares e agregados, vamos chegar no percentual bem interessante da população brasileira, indicado diretamente ao movimento federalista, em todo o estado.” 

Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB. Foto: Comunicação Finatec

A professora e coordenadora de ensino, pesquisa e extensão da Escola Superior do Cooperativismo, faculdade vinculada ao Sescope Rio Grande do Sul, Paola Richter Londero, comenta a importância de encontros com a dinâmica proposta: “Então, a gente é credenciado no MEC e atua diretamente nessa parte de ensino e pesquisa. Para nós participar do EBPC é sempre um prazer, porque é um momento onde a gente tem o contato com os professores, com pesquisadores, sabe o que está acontecendo lá na academia e também como isso reflete na prática, porque para nós é muito importante que todas essas pesquisas que estão sendo discutidas aqui realmente tragam esse impacto prático de contribuir com o crescimento, com o desenvolvimento das cooperativas. A  gente vê aqui através das conversas que a gente tem com as diferentes instituições de ensino, que realmente assim, das nossas conversas surgem inquietações e é sempre. A inquietação que move a pesquisa, né?”. 

Paola Richter Londero. Foto: Comunicação Finatec

“A cada encontro acaba saindo uma ideia, um tema novo. A gente entende o que cada um está investigando dentro da sua instituição que às vezes por questão de tempo, distribuição geográfica, a gente não tem condição de encontrar. Mas acho que é um momento super positivo. Os temas e dados abordados são importantes, pelo menos na minha opinião, no sentido de, além do volume financeiro e de pessoas econômico, é uma relação que leva a objetivos sociais também, desde questão ambiental até a questão de pessoas, desenvolvimento, comunidade. É super importante esse tema e às vezes a gente precisa aumentar a carga de trabalho sobre si.”, comenta William Perressim,  professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

William Perressim. Foto: Comunicação Finatec

O representante do Sistema OCB Goiás, Bruno Fonseca, explica as perspectivas do tema e a interação com a Academia. “O cooperativismo enquanto modelo de negócio tem que ser sustentável sob duas perspectivas: da perspectiva social e da perspectiva econômica. Nesse sentido, a pesquisa vem nos mostrar o que é preciso ser modificado nessas estruturas dentro das cooperativas. Eu que sou do mercado não tenho essa capilaridade de ir até as cooperativas para entender o que precisa ser modificado a partir de uma perspectiva do método científico. Eventos como esse, a gente consegue reunir todas essas questões e nos ajuda a pensar o que é tendência, o que precisa ser melhorado.” 

Bruno Fonseca. Foto: Comunicação Finatec

“Já estive em eventos aqui na Finatec antes da pandemia, então foi um prazer rever esse espaço com vocês. As salas são excelentes, né? A gente consegue ter dinâmica tanto de auditório, quanto salas individuais. Esse espaço aqui no hall de confraternização, de trocas. Então, sem dúvida nenhuma, é um espaço perfeito para que a gente consiga realizar eventos como esse.”, comenta a participante Paola Richter Londero.

Confira as fotos do evento:

Fotos: Robson Cesco e Comunicação Finatec 

Fonte: Sistema OCB

EXAME DE PROFICIÊNCIA DE LÍNGUA CHINESA – HSK – 2023

O Instituto Confúcio na Universidade de Brasília / Departamento de Línguas Estrangeiras e
Tradução (LET) / Instituto de Letras da Universidade de Brasília sob a organização e procedimentos
determinados pelo Governo da República Popular da China / Fundação Internacional de Educação da
Língua Chinesa, torna públicas as condições para a realização do Exame de Proficiência de Língua
Chinesa – HSK níveis 1, 2, 3, 4, 5 e 6 e Exame Oral de Proficiência de Língua Chinesa – HSKK níveis
básico, intermediário e avançado.  
O período de inscrição é de 02 de outubro de 2023 até as 23 horas e 59 minutos do dia 31 de
outubro de 2023, observado o horário oficial de Brasília/DF, somente via Internet.
As inscrições acontecem somente via Internet:

CONHEÇA O EDITAL: Edital 01/2023

As provas são elaboradas exclusivamente pela Fundação Internacional de Educação da Língua
Chinesa e aplicadas pelo Instituto Confúcio na UnB, sob as orientações determinadas pelo governo
Chinês.
Todos os exames serão realizados na sedo do Instituto Confúcio na Universidade de Brasília em
formato presencial, no dia 03 de dezembro de 2023 (domingo).
HSK 0 – Horário: 13h30
HSK 2 – Horário: 9h
HSK 3 – Horário: 13h30
HSK4 – Horário: 9h
HSK 5 – Horário: 13h30
HSK 6 – Horário: 9h
HSKK – básico – Horário: 15:30h
HSKK – intermediário – Horário: 16:00h
HSKK – avançado – Horário: 16:30h

Não perca o prazo de inscrição! Faça já o exame de proficiência de língua Chinesa!

Inscrições: De 02 de outubro até 31 de outubro de 2023
Data dos Exames: 03 de dezembro de 2023

Edital de Convocação de Membros para o Conselho Fiscal

A Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos – Finatec – comunica que seu Conselho Superior irá se reunir para eleger 06 (seis) membros para compor o Conselho Fiscal da Fundação, sendo 03 (três) titulares e 03 (três) suplentes. Os cargos não são remunerados.

A Finatec convida a comunidade acadêmica, científica, tecnológica e empresarial de Brasília a se candidatar.

Os interessados deverão encaminhar carta de manifestação dirigida ao Conselho Superior da Finatec, contendo o nome completo, dados pessoais e a qualificação profissional, acompanhada de curriculum vitae para o endereço eletrônico finatec@finatec.org.br até as 17h do dia 27 de outubro de 2023.

O resultado da eleição será divulgado no site da Fundação.

OUTRAS INFORMAÇÕES:
finatec@finatec.org.br

Acesse edital completo clique aqui!

1º Seminário Internacional e 1º Encontro da Região Norte sobre Desnutrição e Insegurança Alimentar e Nutricional termina com recomendações

Após três dias de debates, o 1º Seminário Internacional e 1º Encontro da Região Norte sobre Desnutrição e Insegurança Alimentar e Nutricional, chegou ao fim com uma série de recomendações para o enfrentamento dos desafios a serem enfrentados na Região Amazônica.

Promovido pelo Ministério da Saúde em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas); apoio e produção da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) e da Universidade Federal do Tocantins, o evento aconteceu entre 19 e 21 de setembro, no Acre.

A carta de recomendação aponta a necessidade de pactuação internacional entre os países da Região Amazônica para uma ação articulada em relação aos temas prioritários da segurança alimentar e nutricional considerando, especialmente, as mudanças climáticas e a prevenção de conflitos de interesse.

“Os países vizinhos já têm experiências, protocolos e condutas instituídos sobre como lidar com o tema durante as emergências. A partir da experiência de gestão de emergência junto aos ianomâmis no início do ano, a proposta do Ministério da Saúde aos demais ministérios que compõem a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan) é que o Brasil avance na pauta com grupo de trabalho para construção de um plano para garantia da segurança alimentar e nutricional em situações de calamidade”, afirmou a coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição da Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde do Brasil (Cgan/Saps), Kelly Alves.

Foto: James Maciel – Panorama Video

Atenção Primária

O Peru pontuou ter experiência com políticas motivadas a partir de situações de emergência no país. “O tempo está ganhando. Outros fenômenos estão chegando, as alterações climáticas estão chegando, e isso tem afetado nossos agricultores e terá um

efeito nas pessoas mais pobres do nosso país. O governo precisa proteger os mais vulneráveis. O Ministério da Saúde tem ferramentas próprias, mas precisamos que todo o país se articule”, defendeu a representante do Ministério da Saúde do Peru, Magdalena del Rosario Quepuy Izarra.

Povos indígenas

Como proposta, a Carta recomenda a inclusão de representação dos Dsei nos Conselhos de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e a promoção de melhor assistência à saúde dos povos indígenas por meio da integração e cooperação entre as Secretarias de Atenção Primária à Saúde (Saps) e de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde e as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde e os Dsei.

Outra recomendação é que sejam considerados o fator amazônico e a cultura alimentar da região Norte na definição de financiamentos para políticas públicas. Fortalecer o Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) na região Norte, por meio da adesão dos estados e municípios a esse sistema, e instalar Câmaras Intersetoriais, bem como os Conselhos de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) estaduais e municipais, também foram ponto de destaque das recomendações.

Segundo a técnica da Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde de Brasil, Gabriele Carvalho de Freitas, outro grande desafio é fazer, de fato, a intersetorialidade funcionar: “O Brasil tem uma experiência muito importante de articulação intersetorial entre órgãos do governo federal. No entanto, fazer essa intersetorialidade ocorrer também nos âmbitos estadual e municipal é ainda desafio também. Mas o Sistema Único de Saúde, pela sua força e capilaridade, é uma potência para iniciar essa articulação intersetorial nos territórios”.

Com informações do Ministério da Saúde.

Finatec produz o I Seminário Internacional e I Encontro da Região Norte sobre Desnutrição e Insegurança Alimentar e Nutricional

Diante do complexo cenário alimentar e nutricional da população da Região Norte do Brasil, que se destaca por ter o maior número de famílias que relatam redução parcial ou severa do consumo de alimentos, o Ministério da Saúde, em parceria com a Organização Panamericana de Saúde (OPAS) promovem o I Seminário Internacional e I Encontro da Região Norte sobre Desnutrição e Insegurança Alimentar e Nutricional. O evento acontece até 21 de setembro, no Centro de Convenções/Teatro Universitário da Universidade Federal do Acre (UFAC) e conta com o apoio e produção da Finatec.

Segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência de déficit de altura para idade foi reduzida pela metade entre 1996 e 2006, passando de 13,5% para 6,8%, com declínio médio anual de 6,3%. “Temos a urgência de tirar o Brasil do mapa da fome e de priorizar os povos originários no foco dessa política. O Acre é um estado valoroso para iniciar essa conversa tão complexa e, reunindo esforços, temos o poder de superar a miséria no território nacional e países vizinhos.”, destacou Nésio Fernandes, secretário de Atenção Primária à Saúde, representando o Ministério da Saúde.

Foto: James Maciel – Panorama Vídeo

Apesar do avanço na redução das taxas de desnutrição em nível nacional, o agravo se manteve alerta em crianças menores de cinco anos pertencentes a famílias beneficiárias de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, crianças indígenas e outros públicos que vivem em situação de vulnerabilidade social. A pró-reitora de Graduação da Universidade Federal do Acre, Ednaceli Damasceno, destacou a importância da discussão dessa temática no atual momento do país. “A região Norte tem especificidades que agravam ainda mais a situação de insegurança alimentar. Precisamos estar unidos para discutir estratégias e políticas públicas para combatê-la.”

Foto: James Maciel – Panorama Vídeo

Devem participar do evento cerca de 190 convidados, representantes de toda a Região Norte, entre eles gestores estaduais da saúde, da proteção social, representantes das câmaras técnicas estaduais de segurança alimentar e nutricional (Caisan), representantes dos distritos sanitários indígenas (Disei), além de entidades como a Unicef, Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura – FAO e Pastoral da Criança. Também foram convidados gestores de saúde de países como Peru, Bolívia, Equador, Venezuela e Colômbia.

Foto: James Maciel – Panorama Vídeo

Confira as fotos:

Foto: James Maciel – Panorama Vídeo

Hub da Indústria do DF iniciou o segundo semestre focado em marketing digital, inovação e comércio exterior

Em mais uma série de capacitações e de atividades de networking do Hub da Indústria do Distrito Federal, empresários tiveram a oportunidade de se aprofundar em questões fundamentais para a competitividade. No quinto ciclo de capacitações, em julho, o enfoque do projeto foi em marketing digital. Em agosto, no sexto ciclo, o destaque foi o comércio exterior.

Com o objetivo de orientar empresas que desejam dar os primeiros passos na internacionalização, foi realizado em 24 de agosto o encontro Comércio Exterior na Prática. A ação, que fechou a programação de agosto do Hub da Indústria do DF, ocorreu no Sebrae Lab, no Parque Tecnológico de Brasília – Biotic.

A gerente do Centro Internacional de Negócios do Distrito Federal (CIN-DF), Viviane Brunelly, abordou a temática a partir de uma visão geral do processo de exportação. O CIN-DF é a área da Federação das Indústrias do DF (Fibra) que dá suporte às empresas para uma entrada segura e bem-sucedida no mercado internacional. Viviane falou sobre critérios para escolha de mercado-alvo, definição de estratégias de entrada e requisitos operacionais, como documentação e despacho aduaneiro.

Além disso, a gerente destacou como benefícios do comércio exterior a diversificação de mercados e de riscos e o aumento de competitividade. “No momento em que você começa a pensar no mercado internacional, vai identificar melhorias que precisam ser feitas na empresa e, a partir disso, expandir internamente o seu negócio”, afirmou.

O CIN-DF aproveitou o encontro para lançar o Guia do Comércio Exterior do DF, que traz informações básicas com os passos relativos ao processo de internacionalização. A publicação está disponível online, no site da Fibra..

Ainda na programação de 24 de agosto, os participantes assistiram a uma palestra do professor Erlano Ribeiro, que ministra disciplinas relacionadas a comércio exterior no Centro Universitário Iesb. Ele falou sobre o Programa Operador Econômico Autorizado (OEA), uma certificação específica da Receita Federal para agentes diversos das operações de comércio internacional.

Para Marja de Sá, sócia da Fabrincadeira, o encontro Comércio Exterior na Prática foi uma oportunidade de compreender como começar a vender a outros países. A empresa está no mercado há oito anos e produz móveis infantis de madeira maciça. “A gente acredita que o nosso produto tenha potencial para exportação por ser genuinamente brasileiro. Só que é preciso dar o primeiro passo e a gente não sabia por onde começar. Agora, já temos o caminho”, diz. Ela já tem ideia de qual pode ser o produto inicial para exportação, mas ainda vai avaliar o mercado e estudar valores e potencial de competitividade.

Foto: Victor Hugo Pessoa/FIBRA

Encontro de Conexões
O primeiro evento promovido pelo Hub da Indústria do DF em agosto, no dia 10, foi o Encontro de Conexões: Networking e Negócios. No formato de bate-papo, um grupo de empresários discutiu sobre demandas para inovar na gestão do negócio.

Guto Ferreira, especialista em gerenciamento de projetos e sócio da empresa Brain — que faz análises políticas e econômicas — mediou o encontro e abordou a necessidade de uma rede de parcerias e de profissionais qualificados para atender os serviços e produtos que cada empreendimento entrega. “Para estar na era digital, é preciso ter uma equipe estruturada e com competências alinhadas ao negócio, além de estar antenado às novidades do mercado. Isso evita que passos sejam refeitos e que haja prejuízos, pois os envolvidos sabem o que e como fazer”, explicou o profissional.

Marketing digital
Um dos assuntos mais importantes para os negócios na atualidade, o marketing digital, tema do ciclo de capacitações do Hub da Indústria em fevereiro, voltou a ser abordado em julho. No dia 13, empresários e representantes de empresas dos segmentos atendidos pelo Hub da Indústria (alimentos; construção; movelaria; vestuário; e mármore, granito, artefatos, cimento e concreto) se reuniram na cafeteria Acorde 27, no Lago Norte, para o evento Meetup: Conexões e Networking.

Na ocasião, eles debateram sobre o cenário atual dos negócios, as demandas relacionadas ao mundo virtual e o que estão fazendo para se enquadrar nas necessidades dos clientes que procuram por serviços e produtos online.

Em 25 de julho, no Parque Tecnológico de Brasília – Biotic, ocorreu a capacitação A Importância do Google Meu Negócio na Prática, ministrada pela administradora e especialista em Marketing Digital e Comércio Exterior Beatriz Portela, CEO da BP Marketing, e pelo publicitário Célio Carvalho, analista de performance da empresa.

Foto: Marcos Gomes/Fibra

Eles apresentaram estratégias para se destacar na plataforma Google e aprimorar a presença online e o posicionamento de anúncios no Google Ads. “A jornada de escolha do cliente, a validação da compra ou a contratação de um serviço, na maioria das vezes, será feita por meio de uma pesquisa no Google. A pessoa vai avaliar a nota e os comentários que outros deram ao negócio, por isso a importância de ter um bom posicionamento na ferramenta”, explicou Beatriz Portela.

A profissional listou alguns critérios que colaboram para o processo: ter um site; fotos em 360º; endereço, telefones e horários de atendimento atualizados; respostas para os comentários e avaliações — até aqueles que são negativos —; e mídias em formato de vídeo. “Ter essas informações alinhadas ao perfil do empreendimento também o coloca em um bom posicionamento no mapa de calor do Google, que é a visualização da intensidade dos dados em pontos geográficos. Assim, é possível identificar os concorrentes próximos e as vantagens ou desvantagens da própria localização.”

Célio Carvalho, por sua vez, explorou questões sobre como melhorar o processo de venda por meio da internet. “Há canais que vão atrair o público-alvo da empresa de forma mais efetiva. Anúncios em plataformas específicas e o uso de palavras-chaves são ótimos aliados”, disse aos participantes.

Hub da Indústria do DF
O projeto busca promover a tecnologia na cadeia produtiva e elevar a maturidade digital do setor industrial brasiliense. Foi aprovado em edital da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), inscrito pela Fibra, pela Biotic S.A. — empresa gestora do Parque Tecnológico de Brasília —, pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no DF, pela Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) e pelo Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT) da Universidade de Brasília.

A iniciativa é voltada a empresários e representantes dos segmentos de alimentos, de construção, de movelaria, de vestuário e de mármore, granito, artefatos, cimento e concreto.

Texto: Dayane dos Santos e Samira Pádua

Foto de abertura da matéria e da personagem: Victor Hugo Pessoa/Fibra

Foto do encontro de julho: Marcos Gomes/Fibra

Assessoria de Comunicação da Fibra

A preparação começou! O programa Enem Inclusivo e Especial 2023 oferece encontros preparatórios para alunos com algum tipo de deficiência ou transtorno da rede pública de ensino

No último sábado (26), aconteceu a aula inaugural na Finatec.

Juntas, a Secretaria de Estado de Educação do DF, por meio da Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin), em parceria com a Finatec, vão reforçar a preparação de estudantes da rede pública de ensino com algum tipo de deficiência ou transtorno que irão prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), Através do projeto Enem Inclusivo e Especial 2023.

Ao todo, 62 estudantes com deficiência e/ou transtornos (TEA, TDAH, Dislexia, entre outros) inscritos no Enem e que demonstraram interesse no reforço participarão das aulas preparatórias, que acontecem de 8h às 12h nos 11 sábados que antecedem a realização das provas. As aulas serão ministradas nas instalações da sede da Finatec.

Além da Fundação, o projeto tem a parceria da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB) e da ONG Programando o Futuro. Até a véspera do exame, eles vão participar de aulas preparatórias que acontecerão todos os sábados. A aula inaugural do projeto aconteceu no último sábado (26).

Como começou 

O ENEM Inclusivo Especial surgiu em 2019 [hiperlink: finatec.org.br/noticias/enem-inclusivo-e-especial-projeto-reune-alunos-especiais-em-aulao-preparatorio-para-prova/]  a partir de um questionamento que a subsecretária Vera Barros fez depois de acompanhar alguns eventos de preparação para o Enem. “Observei os alunos presentes nesses eventos e me perguntei: Não tem alunos com deficiência aqui?”. A partir disso a subsecretária não mediu esforços para juntar voluntários e criar um projeto com aulas e dinâmicas para preparar os alunos na reta final para a prova.

Vera Barros, subsecretária da Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin)

“O Enem Inclusivo e Especial nesta segunda edição tem várias melhorias, onde a Finatec agora conecta o conhecimento da Universidade de Brasília e a tecnologia também, mas não só tecnologias pedagógicas, metodologias de ensino, mas com a parte também de informática, para apoiar os alunos.”, comenta o professor Augusto Brasil, diretor presidente da Finatec.

Professor Augusto Brasil, diretor presidente da Finatec

O diretor se refere ao Laboratório de Experimentações Pedagógicas, uma sala com 11 computadores doados pela ONG Programando o Futuro, parceira apoiadora no Hub da Educação, mais um programa da Finatec voltado para aplicação de conhecimentos.

“Em 2019 a Finatec nos apoiou com os espaços, agora o professor Augusto nos ofereceu novas instalações, um  up. Esse ano estamos com o Laboratório de Experimentações Pedagógicas que respira inovação, criatividade, com a ONG Programando o futuro, que nos ofereceu as máquinas para o laboratório. Nós trabalhamos no currículo básico que é a parte teórica, nós temos agora uma plataforma, nós temos um laboratório exatamente com toda essa proposta de inovação pedagógica”, comemora a idealizadora do projeto, Vera Barros.

“Desde a primeira edição eu participo como voluntário e estou sempre pronto, porque a gente sabe como é difícil essa caminhada, e eles chegarem até aqui já é uma grande vitória. Eles já estão com meio pé dentro da universidade, então precisam desse apoio para conquistarem a tão almejada vaga na universidade. A gente tem que ajudar sim, é maravilhoso esse trabalho, e temos colhido bons frutos nas últimas edições.”, exclama o professor e coordenador intermediário da CRE do Núcleo Bandeirantes. 

Augusto Brasil, Vera Barro e o professor Ney Vieira.

Os docentes que ministrarão as aulas atuarão no projeto de forma voluntária, assim como os monitores e profissionais de apoio. A equipe formativa/pedagógica é composta por profissionais da rede pública do DF, da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília e da Finatec. Além disso, serão oferecidos todos os dispositivos para garantir a plena acessibilidade aos estudantes como audiodescrição e intérprete de libras.

A secretária de educação Hélvia Paranaguá, esteve presente na ocasião e comentou a importância dessas parcerias para a Educação.  “Ainda que fosse só um estudante, nós estaríamos aqui.  A educação, ela tem que ter esse olhar da inclusão. Então, não importa se são 10,  20, 50, 100, 200 mil. A educação não anda sem parcerias: todos os parceiros, o terceiro setor, as universidades, os órgãos do Distrito Federal, todos temos que estar unidos em prol da educação. Educação é uma questão social, nacional e mundial. Não vamos a lugar nenhum sem ela. É a educação que transforma, que modifica a vida das pessoas. Então, eu me emociono bastante quando vejo vocês aqui.”

Hélvia Paranaguá, secretária de educação do Distrito Federal

Importância

A primeira edição do Enem Inclusivo e Especial ocorreu em 2019 e evidenciou que as ações do projeto, de fato, proporcionam uma vivência diferenciada em relação aos processos de ensino-aprendizagem e estímulo aos participantes.

O aluno do sétimo semestre de Jornalismo, Luis Felipe Sales, participou da primeira edição do programa em 2019. Aos 21 anos de idade, o universitário, portador de Transtorno do Espectro Autista explica como o Enem Inclusivo e Especial ajudou na sua trajetória para aprovação. “Tivemos vários professores preparados para instruir os alunos, também tivemos todo o apoio necessário para realizar a prova. Então foi um evento muito importante e realizador, que ajudou bastante. Eu fiz a prova e passei com certeza com os conhecimentos que adquiri na escola, mas com as aulas do projeto, que me ajudaram a fazer a prova tranquilamente.”

Luis Felipe Sales, participante da primeira edição do programa em 2019

“Nós sabemos que o ENEM não sofrerá qualquer alteração, tanto esse ano quanto o próximo. Retornar com esse projeto é fundamental e nós temos grandes professores voluntários aqui para tentar passar para os meninos um pouquinho da nossa experiência, um pouquinho da nossa vivência com exames de seleção, as expectativas são as melhores possíveis.”, exclama o professor Ney Vieira, que desempenha o papel de incentivador dos alunos. 

“Quando nós estamos juntos, tudo é possível, então é em cima dessa ideia que eu estou aqui hoje, iniciando o Enem Inclusivo e Especial,  que está sendo um grande sucesso.Eu acho que em novembro vou comemorar muito o sucesso dos meus estudantes. Sou só a gratidão, a Finatec e a UNB, pela monitoria. E que esse projeto, eu acho que ele veio para ser apenas, ser um projeto que veio fazer a diferença mesmo, né? E que realmente a gente venha a tratar a inclusão de fato, né?”, indaga Vera Barros. 

“O evento hoje, a empolgação dos alunos, a importância para eles que vão agora entrar nessa área da universidade no próximo ano. Então, eu acho que esse evento marca uma expectativa de todos nós do que virá para o futuro. Eu acho que nós estamos num ponto da história em que nós conseguimos agora, através das tecnologias, diminuir esse degrau para melhorar a inclusão.”, finaliza o professor Augusto Brasil.

Confira as fotos do evento!

Finatec sediou a terceira fase da Olimpíada Brasileira de Química

O projeto é realizado anualmente em todo território nacional com participação de estudantes do ensino médio e ensino técnico profissional de escolas públicas e privadas

A Olimpíada Brasileira de Química (OBQ) aconteceu na Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) no último sábado (19/8) com a realização das provas da fase III. A OBQJr será no dia 2 de setembro. O projeto é realizado anualmente em todo território nacional com participação de estudantes do ensino médio e ensino técnico profissional de escolas públicas e privadas.

A competição tem como objetivos estimular o estudo da química, identificar talentos na área e, ainda, promover a inclusão social por meio do conhecimento científico. As inscrições são gratuitas para os estudantes de escolas públicas e, para os estudantes de escolas privadas o valor da taxa de inscrição, em 2023, foi de R$ 4.

“O despertar de talentos em ciências, mais especificamente em Química, é o principal impacto de eventos como a OBQ. Estes talentos e divulgação dos resultados alcançados pelos estudantes brasileiros, além de motivar os jovens permite mais uma via de inserção internacional da ciência brasileira. Esperamos que com a maior visibilidade das etapas da OQDF mais estudantes de ensino fundamental e médio se interessem pela Química, e possam vir a ser selecionados para cursos superiores na área, contribuindo para elevar a qualidade da mão de obra formada no Brasil e no DF, nas áreas de Ciências e Química.”, comenta Cida Prado, professora que aplicou a prova no DF.

A fase III contou com 120 participantes ao todo e atualmente a coordenação da OBQ DF é parte de um projeto de extensão da Universidade de Brasília (UnB), com foco na cooperação entre as licenciaturas da UnB para realização e divulgação da OBQ. Deste modo, a Finatec está viabilizando a realização presencial das OBQ DF e efetivando projeto de extensão da UnB, a principal apoiada.

“O atendimento recebido foi de excelência. Desde a impressão das provas, que foi feita pelo pessoal da parte de eventos, até a recepção e cuidado com os estudantes! A Finatec nos ofereceu toda assistência necessária. Para nós da Coordenação do Distrito Federal da Olimpíada de Química, ficamos muito honrados e agradecidos em poder contar com a Finatec nessa parceria.”, comenta Cida Prado.

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