A Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) iniciou, em 16 de janeiro, o programa de mentorias para transformação digital do Hub da Indústria do DF. O evento ocorreu no Sebraelab, no Biotic, reunindo representantes de indústrias locais e parceiros.
O programa, realizado em parceria com a FAPDF e apoiado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF e pela ABDI, visa capacitar micro, pequenas e médias indústrias no processo de digitalização, fortalecendo competitividade e sustentabilidade.
Com seis meses de duração, as mentorias abrangem cinco pilares: mentalidade digital, gestão digital, compras digitais, produção digital e vendas digitais. “É uma ação que promove inovação, produtividade e crescimento financeiro, impulsionando a economia local”, afirmou Antônio Tafuri, da ABDI.
As atividades incluem encontros presenciais e consultorias híbridas, organizadas pelo Instituto de Contracultura, e seguem as etapas de diagnóstico, planejamento, execução e acompanhamento do progresso das empresas.
As inscrições ficarão abertas enquanto houver vagas (51). Podem participar micro, pequenas e médias empresas do DF ou da Ride com CNAE industrial. A taxa de adesão é de R$ 500, podendo ser parcelada.
A divulgação do resultado ocorrerá ainda em janeiro. A seleção será realizada pelo comitê gestor do Hub da Indústria do DF, liderado pela Fibra e integrado por parceiros do projeto: a Finatec, FAPDF, ABDI, Biotic S.A., Sebrae e Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília (CDT/UnB).
A Portaria Conjunta nº 273/2024 MEC/MCTI, publicada em 27 de dezembro de 2024, autoriza a Finatec a atuar como Fundação de Apoio do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército Brasileiro (DCT), pelo período de 1 (um) ano. Os secretários ADILSON SANTANA DE CARVALHO da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação e ANDREA BRITO LATGÉ da Secretaria de Pesquisa e Formação Científica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, usaram de suas atribuições e se apoiaram nas disposições da Lei.
A portaria entrou em vigor no dia da sua publicação.
A Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos – Finatec, procurando contribuir para o esclarecimento público sobre o tratamento de emendas parlamentares, manifesta-se nos seguintes termos:
01. A Finatec é uma fundação privada constituída há 35 anos e que atua em prol da pesquisa científica e do conhecimento tecnológico, apoiando projetos de instituições renomadas e também desenvolvendo projetos voltados à implementação e ao fortalecimento de políticas públicas e sociais relevantes.
02. A eficiência da gestão administrativa e financeira da Finatec, dentro das finalidades para as quais instituída, vem garantindo a aprovação regular de suas contas, anualmente apresentadas ao Ministério Público, na atividade de velamento da atividade fundacional.
03. Sobre a divulgação das notícias de necessidade de ampliação dos mecanismos de transparência no que se refere à aplicação de recursos oriundos de emendas parlamentares, a Finatec informa que procura manter uma gestão administrativa e financeira transparente e, para isso, vem aprimorando ano a ano os mecanismos de divulgação de dados e informações.
04. Providências internas já foram adotadas para ampliar as informações e dados quantitativos e qualitativos divulgados em seu site, sobre a execução de recursos de emendas parlamentares, em aderência às diretrizes constantes da decisão proferida na ADPF 854-STF, reafirmando o compromisso desta Fundação em atuar de forma cada vez mais transparente e assertiva no cumprimento de sua missão institucional.
Parceria com Repsol e apoio da ANP impulsionam inovação tecnológica no setor energético
Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) desenvolveram um software inovador que promete aumentar a lucratividade e reduzir os custos operacionais na exploração de petróleo no pré-sal brasileiro. A ferramenta, fruto de uma parceria com a Repsol Sinopec Brasil e financiada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), traz uma metodologia capaz de transformar a eficiência nos campos de extração, com potencial para gerar resultados expressivos na economia nacional.
De acordo com o professor Eugênio Feitosa Fortaleza, do Departamento de Engenharia Mecânica da UnB e coordenador do projeto, o software será utilizado pelos engenheiros de reservatório da Repsol para otimizar a produção de petróleo nos reservatórios do pré-sal. “Os resultados serão comparados com as técnicas convencionais e, ao comprovar o aumento da produtividade e da rentabilidade, a aplicação prática da metodologia será ampliada”, destaca.
Na fase atual do projeto, que se estenderá por dois anos e nove meses, os pesquisadores estão focados no aprimoramento de simulações e estratégias avançadas de otimização. A tecnologia se baseia no modelo RESSIM-STORMS, desenvolvido para atender às características desafiadoras do pré-sal, como a complexidade dos reservatórios e as limitações das plataformas. Entre os recursos inovadores incorporados, está a técnica de injeção de Water Alternating Gas (WAG), que aumenta a recuperação de petróleo, além de um plug-in Petrel, que facilita a integração do software ao fluxo de trabalho da Repsol.
A iniciativa é resultado da colaboração de equipes da UnB, Repsol, Engineering Simulation and Scientific Software Ltda (ESSS), Senai Cimatec Bahia, DeepSoft e Schlumberger (SLB). A gestão financeira do projeto está a cargo da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), garantindo a viabilidade da pesquisa em todas as suas etapas.
Mais do que reduzir custos e ampliar a lucratividade, o projeto fortalece o papel da pesquisa brasileira no desenvolvimento de soluções tecnológicas estratégicas para o setor energético. Ao aliar inovação e eficiência, a parceria consolida o Brasil como referência na exploração de petróleo em águas profundas, contribuindo para o avanço econômico e tecnológico do país.
Instituto de Letras (IL) da Universidade foi responsável pela tradução de textos do português para o espanhol
O Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução do Instituto de Letras (IL) da Universidade de Brasília (UnB) teve papel importante na Cúpula de Líderes do G20, realizada nos dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro. O projeto de tradução de textos do português para o espanhol, conduzido por professores da UnB, foi essencial para promover o diálogo entre países de diversas regiões do mundo. Além disso, o trabalho ampliou o acesso às informações em espanhol e favoreceu sua disseminação, beneficiando inclusive nações que não integram o grupo, mas utilizam o espanhol em contextos oficiais.
O evento reuniu representantes de 19 países membros do G20, além da União Africana e União Europeia. A coordenadora do projeto, professora Magali de Lourdes Pedro, destacou a relevância do trabalho, lembrando que a Espanha, país convidado do G20, também tem o espanhol como idioma oficial.
“O espanhol é atualmente a quarta língua mais falada no mundo, com 485 milhões de falantes nativos, mais de 74 milhões como segunda língua e é idioma oficial em 21 países. Sua influência abrange, sobretudo, as Américas, mas também inclui a Europa e a África”, complementou a professora.
Executado entre setembro e novembro – período em que o Brasil lidera a presidência rotativa do G20 –, o projeto é fruto de uma parceria entre a UnB e a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom/PR), que financiou a iniciativa. A Finatec forneceu suporte operacional essencial para a realização do projeto.
A equipe envolvida contou com sete tradutores, três revisores e estudantes do Bacharelado em Letras/Tradução Espanhol. Esses estudantes foram responsáveis pela análise textual, estudo terminológico e elaboração das traduções para o espanhol. Os professores, por sua vez, coordenaram as reuniões e supervisionaram as traduções, garantindo a qualidade final antes do envio para publicação no site oficial do G20.
Um projeto desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) e técnicos contratados pela Finatec está ampliando e modernizando o Parque Científico e Tecnológico da Universidade (PCTec/UnB). Com término previsto para meados de 2025, a iniciativa é financiada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio da FINEP, e busca consolidar a infraestrutura do Parque e aprimorar sua atuação tanto como parque tecnológico quanto como parque científico.
O professor Carlos Alberto Gurgel Veras, coordenador do projeto e diretor do PCTec/UnB, destacou a busca por parcerias institucionais no Brasil e no exterior como uma das estratégias centrais. Ele também foi responsável por trazer a metodologia atualmente utilizada no Parque para a gestão de inovação, que foi transformada em uma plataforma digital. Segundo Flávio Duque Estrada Soares Pereira, analista de negócios da equipe, o projeto representa um marco na evolução do Parque. “Antes, o PCTec não tinha uma vocação clara nem para a UnB nem para o Distrito Federal. Hoje, mesmo sendo ainda jovem, já está consolidado, com infraestrutura renovada graças ao apoio financeiro da FINEP“, afirmou.
O analista também destacou o papel estratégico da Finatec no projeto. “A Fundação tem sido uma parceira essencial, responsável pela gestão financeira e gerencial da iniciativa, além de apoiar outras ações do PCTec e da UnB voltadas à inovação“, pontuou.
O projeto é estruturado em quatro metas principais para superar os desafios do Parque. A primeira delas é a adequação de infraestrutura. Em 2021, funcionava apenas em um prédio na UnB que era relativamente antigo, e precisava de diversas reformas, para que pudesse abrigar empreendimentos e fomentar a inovação. “Hoje estamos com essa meta bem avançada e nosso espaço já é atrativo de incentivar as empresas”, destaca.
A segunda meta – de gestão da inovação- desenvolve métodos de apoio a startups para que tenham sucesso em sua evolução, já que não basta apenas abrigar empresas e instituições, mas apoiar e desenvolver inovação junto com a universidade de modo que produtos e serviços realmente cheguem ao mercado e tragam impactos positivos para a sociedade. Um dos destaques é a plataforma de apoio a inovação, baseada na ferramenta Innovation Readiness Level, desenvolvida na Suécia, que está em fase de validação.
A terceira meta envolve contratação de pessoal e treinamento da equipe para desenvolver atividades próprias de um parque científico e tecnológico. Um resultado de destaque foi o curso realizado na UnB sobre a metodologia de apoio à inovação aplicada no Instituto Real de Tecnologia da Suécia (KTH).
E por último, a quarta meta, que é criar novas parcerias. Afinal, se o parque não tem parcerias ele tem dificuldades em captar e oferecer vantagens para empresas. “Essa meta envolve principalmente visitas técnicas, bem como a participação e a realização de eventos. Além disso, associamos o PCTec a dois organismos importantes, a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (ANPROTEC) e a Associação Internacional de Parques Tecnológicos (IASP)”, concluiu Flávio.
A Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos – FINATEC – comunica que seu Conselho Superior se reunirá, conforme as atribuições estabelecidas pelo artigo 10, inciso VIII do Estatuto, para eleger cinco novos membros.
Convidamos integrantes da comunidade acadêmica, científica, tecnológica e empresarial, que compartilhem dos objetivos da Fundação, a se candidatar para as vagas. O cargo é de caráter voluntário e não remunerado.
Os interessados devem encaminhar uma carta de manifestação de interesse, acompanhada do Curriculum Vitae, para o e-mail finatec@finatec.org.br, até o dia 03/02/2025.
O resultado da eleição será divulgado no site da Finatec. Para mais informações, entre em contato pelo e-mail finatec@finatec.org.br.
A plataforma é resultado do projeto ALEI-1G, executado pela Finatec
O Governo do Distrito Federal (GDF), em parceria com o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), lançou nesta quarta-feira (11) a Plataforma de Inteligência Artificial para o Judiciário. A iniciativa tem como foco modernizar e acelerar a triagem, classificação e elaboração de processos na Justiça Federal, com um investimento de aproximadamente R$ 3 milhões financiados pela Fundação de Apoio à Pesquisa do DF (FAPDF).
O projeto executado pela Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), foi selecionado por meio da chamada pública nº 4/2020 do programa Desafio DF, que busca fomentar a inovação e o desenvolvimento científico para atender demandas de instituições públicas.
Durante o evento de lançamento, o governador Ibaneis Rocha destacou a relevância da nova tecnologia: “A inteligência artificial tem muito a contribuir para a eficiência e agilidade na tramitação dos processos judiciais. Estamos felizes em colaborar com um projeto tão inovador para o aprimoramento da Justiça Federal.”
Como funciona a plataforma?
Desenvolvida ao longo de três anos, a plataforma incorpora inteligência artificial para automatizar tarefas judiciais, agilizar a análise de processos e facilitar o trabalho de magistrados e operadores do direito.
O coordenador do projeto, Prof. Nilton Correia da Silva, destaca o diferencial do sistema: “O diferencial é o que está por trás! Nós temos três motores de ar, como foi apresentado, trabalhando por trás desse sistema, que facilita muito a confecção de modelos de minuta. De que forma? Principalmente, fortemente, correlacionando o acervo de processos com o assunto que está sendo minutado. Então, eventualmente, você tem a facilidade de fazer miniaturas em lotes de processos. A ferramenta consegue criar isso na base de conhecimento de um acervo e trazer processos semelhantes para que ele seja minutado.”
Segundo o juiz federal Itagiba Catta Preta, a ferramenta trará ganhos significativos: “A plataforma atuará em duas frentes: a triagem mais precisa dos processos e a elaboração de minutas, que servirão de base para os juízes tomarem suas decisões. Isso representa mais eficiência e qualidade de vida aos profissionais.”
Inicialmente, a implementação ocorrerá na Justiça Federal do Distrito Federal, beneficiando diretamente juízes, analistas e demais operadores da Corte. Além disso, a iniciativa deverá impactar o ecossistema local de inovação, conectando startups, centros de pesquisa e outras instituições parceiras.
Brasília como referência em inovação no Judiciário
Com apoio do Biotic e da FAPDF, o projeto também viabilizou a criação de um núcleo de inteligência artificial voltado ao desenvolvimento de soluções tecnológicas para o setor jurídico. A expectativa é que a plataforma fortaleça o ecossistema de inovação no DF por meio de capacitações e ações empreendedoras.
Com a plataforma de inteligência artificial, Brasília reforça sua posição de vanguarda no uso da tecnologia para aprimorar a prestação jurisdicional, consolidando-se como um polo inovador no setor público.
A Finatec
O coordenador do projeto, Prof. Nilton Correia da Silva, destaca a atuação da Fundação na gestão e execução do projeto: “A Finatec é para nós uma fundação de apoio à pesquisa muito importante, ela tem nos apoiado de uma maneira muito bacana, principalmente na parte executória administrativa, jurídica e financeira do projeto. Isso deixa nós pesquisadores com mais braços para fazer o que interessa, que é pesquisa e desenvolvimento. Então eu agradeço muito a Finatec pela parceria.”
Entre os obstáculos enfrentados pela população negra no Brasil, o acesso e a permanência no ensino superior são questões cruciais. Este último aspecto é o foco da pesquisa de doutorado de Ícaro Santana, realizada no Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos e Cidadania (PPGDH/Ceam). Em outubro, o trabalho foi reconhecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Foto: Isa Lima/Secom UnB
“Minha pesquisa busca identificar os desafios da permanência de estudantes negros na graduação da Universidade de Brasília e, a partir disso, avaliar as políticas públicas voltadas para garantir sua continuidade nos estudos”, afirma Ícaro Santana. O doutorando realiza sua pesquisa no formato sanduíche na Universidade de Évora, em Portugal, sob a orientação dos professores Mário Theodoro e Renísia Filice. Iniciado em 2022, o estudo combina métodos qualitativos e quantitativos e já recebeu mais de 80 respostas por meio de um questionário eletrônico, que permanece aberto para contribuições.
Ícaro e a professora Renísia Filice também colaboram na Coordenação da Questão Negra da Secretaria de Direitos Humanos da UnB (Coquen/SDH). O pesquisador foi um dos oito selecionados em edital de bolsas para apoiar ações de enfrentamento à violência contra pessoas negras, com foco especial nas mulheres. Renísia, coordenadora da Coquen desde 2023, supervisiona atividades voltadas à conscientização e promoção da igualdade racial com estudantes da graduação.
Além disso, a doutoranda Kátia Brito, do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPGCINF/FCI), também foi contemplada pelo edital. Entre suas contribuições, destaca-se o curso A Construção do Ser Negra, que aborda a vivência de mulheres negras em museus e na Ciência da Informação. Kátia enfatiza que a iniciativa fomentou a troca de saberes e reflexões sobre práticas educacionais decoloniais e antirracistas.
O ano de 2024 também trouxe avanços significativos com o Projeto Redes Antirracistas, uma parceria entre a Finatec, a Unb e o Ministério da Igualdade Racial. Dez pesquisas foram selecionadas para trabalhar em eixos como políticas públicas de igualdade racial, grupos de pesquisa e extensão, e combate ao racismo em Núcleos de Prática Jurídica.