A Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos – Finatec – comunica que seu Conselho Superior irá se reunir para de 4 novos membros para ocupar os cargos vacantes, sendo 01 (um) membro efetivo e 03 (três) membros suplentes. Os cargos não são remunerados.
A Finatec convida a comunidade acadêmica, científica, tecnológica e empresarial de Brasília a se candidatar. Os novos membros eleitos, por meio do presente Edital, exercerão seu mandato até 25 de maio de 2027, sendo admitida uma recondução por mais 02 (dois) anos.
Os interessados deverão encaminhar carta de manifestação dirigida ao Conselho Superior da Finatec, contendo o nome completo, dados pessoais e a qualificação profissional, acompanhada de curriculum vitae para o endereço eletrônico finatec@finatec.org.br até as 17h do dia 24 de outubro de 2025.
O resultado da eleição será divulgado no site da Fundação.
Dirigente da Fundação destaca importância das obras para o futuro da ciência e do País
“Este projeto não é apenas uma iniciativa de infraestrutura; é um investimento visionário no futuro da nossa ciência, da nossa cultura e, sobretudo, do nosso País”, disse o Presidente da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos da Universidade de Brasília (Finatec/UnB), professor Daniel Monteiro Rosa, na cerimônia do anúncio de início das obras do Centro Científico e Cultural da Urca no Rio de Janeiro. Prestigiaram o evento ministros, diretores da Petrobras, da ANP, do SGB e convidados.
O projeto de construção do complexo cultural, aprovado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP), será desenvolvido em parceria com o Serviço Geológico do Brasil (SGE), a Petrobras e a Finatec. “Nossa missão, como bem sabem, é simplificar e otimizar a gestão de projetos de ciência, tecnologia e inovação, garantindo que os recursos e esforços se traduzam em resultados concretos e impactantes” destaca o dirigente da Fundação da UnB.
Igo Estrela / SGB
Conforme Monteiro Rosa, o Centro da Urca, com sua história e potencial, renasce para se tornar um farol de conhecimento, inovação e efervescência cultural, acessível a todos. “Hoje também celebramos a publicação dos editais de seleção pública para a execução de três obras estruturantes. A construção do Centro de Referência em Geociências, a implantação da Litoteca da Urca, e a revitalização do Museu de Ciências da Terra”, lembrou ao emendar que na próxima semana, será publicado ainda o edital para a contratação dos serviços de acompanhamento e fiscalização dessas obras.
O professor reforça que, para o Centro Científico e Cultural da Urca, a Finatec se dedicará a oferecer todo o suporte de gestão administrativa e financeira necessário, com a agilidade e a transparência que a complexidade e a relevância desta obra demandam. “Nosso papel será o de catalisar a execução, desburocratizando processos, assegurando a conformidade e a melhor aplicação dos recursos”, explica.
O professor afirma que a expectativa da Finatec é que o Centro floresça como um polo de excelência, atraindo pesquisadores, educadores, artistas e o público em geral. “É um privilégio para nós podermos emprestar nossa expertise para que este sonho se torne uma realidade sólida e duradoura para o Rio de Janeiro e para o Brasil”, conclui.
A Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (FINATEC), por meio de seu hub de cibersegurança, o CIBERLAB, teve papel fundamental na articulação da parceria estratégica entre a Intel e a Universidade de Brasília (UnB). Essa colaboração resultou na seleção da UnB para sediar um novo e avançado Laboratório Multiusuário Institucional de Inteligência Artificial e Supercomputação (LMISup), equipado com tecnologia de ponta da Intel.
A parceria, que culmina com a inauguração do laboratório, teve seu início em um evento promovido pelo CIBERLAB no início deste ano. O painel “Estratégias Vencedoras em Inteligência Artificial e o Futuro Cibernético”, realizado em 14 de maio de 2025, reuniu lideranças da Intel, da UnB e da FINATEC para debater as fronteiras da cibersegurança e da IA, criando o ambiente propício para a colaboração que agora se materializa.
Como resultado direto dessa articulação, a Intel já entregou e instalou dois supercomputadores “Intel Habana Gaudi” no datacenter da Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) da UnB, em Brasília. Essas duas supermáquinas representam o estado da arte em aceleradores de IA, projetados especificamente para treinamento e inferência de modelos de aprendizado profundo. Os processadores Intel Habana Gaudi oferecem uma alternativa econômica e de alto desempenho para workloads de inteligência artificial, posicionando a Universidade de Brasília na vanguarda da pesquisa em IA na América Latina.
O novo laboratório representa um marco para a comunidade acadêmica brasileira. A partir de agora, todos os departamentos, laboratórios e parceiros da UnB terão acesso a uma infraestrutura de supercomputação capaz de processar as mais complexas e avançadas pesquisas. O LMISup oferece poder computacional e ferramentas de IA que aceleram soluções concretas para problemas públicos, incluindo o aprimoramento de diagnósticos em saúde, previsão e mitigação de eventos climáticos, fortalecimento da segurança digital, qualificação de políticas públicas com análise de grandes bases de dados, e
fomento à inovação em campos como agricultura, cidades inteligentes, educação, artes e humanidades digitais. A iniciativa promete acelerar novas descobertas em áreas tão diversas quanto Engenharia, Medicina, Química, Biologia, Arquitetura e Direito, entre muitos outros campos da ciência que poderão se beneficiar diretamente do poder computacional instalado.
O Vice-Reitor da UnB, Professor Márcio Muniz, destacou a urgência do tema durante o evento que semeou a parceria: “A inteligência artificial é, sem dúvida, um dos temas mais fundamentais do nosso tempo. Ela não é apenas uma tendência: é o pilar central de todo o desenvolvimento no século XXI.”
O Diretor Presidente da FINATEC, Professor Daniel Rosa, reforçou a importância da conexão entre os setores: “O CIBERLAB e os eventos promovidos fortalecem a missão da FINATEC de atuar em três pilares: academia, fundação e mercado.”
A inauguração oficial do Laboratório Multiusuário Institucional de Inteligência Artificial e Supercomputação acontece hoje, 15 de setembro de 2025, no campus Darcy Ribeiro da UnB. Na ocasião, será lançada a 1ª Chamada Pública de Usuários do LMISup, democratizando o acesso à nova infraestrutura e estimulando a colaboração científica entre todas as áreas do conhecimento.
Sobre a FINATEC e o CIBERLAB
A FINATEC (Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos) é uma fundação de apoio que tem como finalidade promover e apoiar o desenvolvimento científico e tecnológico, a transferência de tecnologia e a inovação. O CIBERLAB é o hub de cibersegurança da FINATEC, que atua na avaliação de riscos, capacitação e promoção de uma cultura de segurança cibernética, em parceria com a UnB e o mercado
Vínculo do ensino básico com a educação superior contribui para crescimento da educação brasileira
A visita de alunos de duas escolas públicas do ensino médio de São Sebastião, das comunidades Centrão e Chicão, aos laboratórios da Universidade de Brasília (UnB), foi um dos destaques do último dia do Seminário H2TECH que teve início dia 08 e se encerrou na quarta-feira, dia 10. A professora Sarah Brum, coordenadora do Projeto Einstein Jr, que desenvolve experiência científica de forma lúdica e divertida com jovens do ensino básico, destacou a importância da participação das crianças e adolescentes no estudo de experimentos científicos.
A influencer da área de Física, Carolina Oliveira, reforçou o papel importante da equipe do Projeto Einstein Jr. Segundo ela, nunca é tarde para se aprender ou participar de uma jornada científica, independentemente, da idade ou da área da ciência. “Não existe um tempo certo para se desenvolver pesquisa”, refletiu. Outro grande momento do evento foi a premiação dos posteres com apresentação de vários experimentos científicos de alunos participantes do Einstein Jr.
Transformação social
A reitora da UnB, professora Rozana Naves, ressaltou a disposição dos participantes do encontro em fazer a transformação social de que tanto almeja o País – Sua fala deixou claro que o vínculo do ensino básico com a educação superior contribui de forma significativa para a educação brasileira em todos os níveis. A reitora teceu elogios ao Projeto Einstein Jr, que segundo ela, tem essa visão estratégica na relação entre a educação superior e a educação básica. “Esse elo que a gente vai criando no dia a dia pode fazer uma verdadeira transformação social” afirmou.
O presidente da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), professor Daniel Monteiro Rosa, frisou que o papel da Fundação é trazer a sociedade para perto da universidade. O Seminário, segundo ele, foi o ponta pé inicial para a transição energética. “É isso que estamos implantando de certa forma aqui hoje e nosso papel é realmente trazer essa conexão da universidade para sociedade”, concluiu.
Conforme análise da professora Luana Wourk, coordenadora do Seminário H2TECH 2025, o evento foi realizado, não somente, para conectar a comunidade acadêmica da UnB a sociedade nas discussões do hidrogênio como alternativa energética para o Distrito Federal, mas teve como objetivo a interlocução com as políticas públicas. “Temos que estar cada vez mais próximos da sociedade para mostrar o que estamos fazendo e também incentivar a nova geração a buscar cada vez mais a validação científica como ferramenta” comentou ao acrescentar: “Estou feliz com o resultado”.
Evento continua nesta terça e quarta, 09 e 10, com ampla programação na sede da Finatec/UnB
“O Brasil tem recursos naturais abundantes e um capital humano invejável para nos tornarmos uma potência na produção e exportação do chamado hidrogênio verde oriundo de fontes renováveis”, afirmou o presidente da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos da Universidade de Brasília (Finatec/UnB), professor Daniel Monteiro Rosa, na abertura do Seminário H2TECH – Avanços Tecnológicos e perspectivas Científicas no Uso do Hidrogênio realizado nesta segunda-feira, dia 08, na CLDF.
O encontro prossegue nesta terça e quarta, 09 e 10, na Finatec, com uma vasta programação: Pesquisas de vanguarda de diversas universidades, visitas em laboratórios e ainda com a premiação dos melhores pôsteres. Segundo o dirigente da Finatec, essa sinergia entre UnB, governo e empresas mostra todo potencial de hidrogênio que tem o Distrito Federal e coloca o Brasil como protagonista global nessa nova era energética.
Prof. Daniel Rosa, diretor-presidente da Finatec
Para o professor, o evento é uma grande oportunidade de todos para aprofundar os conhecimentos sobre os múltiplos aspectos que envolvem a cadeia do hidrogênio. “A Finatec tem um papel ativo e fundamental nessa jornada, colocando à disposição da comunidade científica e do setor produtivo toda estrutura e expertise para transformar descobertas em inovações e impulsionar a transferência de conhecimentos”, pontua.
Agricultura familiar
O representante da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF), Gilmar Marques, destacou a importância do hidrogênio verde na produção da agricultura familiar no Distrito Federal. “Por meio do hidrogênio verde podemos produzir a amônia verde, insumo que melhora a produtividade de alimentos e que deve beneficiar comunidades como São Sebastião, Planaltina, Morro da Cruz, aonde temos uma produção significativa da agricultura familiar “, lembra ao destacar ainda a geração de emprego, renda e novas tecnologias.
Gilmar Marques, representante da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF)
Marques ressaltou a importância da legislação (fruto do projeto de lei do deputado distrital Rogério Morro da Cruz – PRD) como respaldo as novas tecnologias. “Isso ajuda as instituições públicas, os pesquisadores. Pode ser que a legislação tenha críticas, ótimo, vamos melhorar, mas é um ponto de partida muito importante”, disse ao reforçar que a FAP-DF entrou como executora do projeto da emenda parlamentar que saiu do gabinete do deputado.
O professor Valdir Adilson Steinke, pesquisador da UnB, que integrou a mesa de abertura dos trabalhos, ressaltou que a iniciativa do seminário é bastante positiva diante do cenário global que se tem vivido em relação ao clima. “O hidrogênio verde tem um papel importante no processo de descarbonização e também para garantir segurança energética para o futuro”, lembrou ao reforçar o compromisso da UnB em contribuir para essa transição energética justa e sustentável.
Prof.. Valdir Adilson Steinke, secretário de meio ambiente da UnB
A coordenadora do Seminário, professora Luana Cristina Wouk, destacou a importância da interação entre a CLDF e a UnB na discussão de um tema como a transição energética que, segundo ela, é um marco para a comunidade científica do DF – Tecnologias de geração, armazenamento, uso do hidrogênio, colaborações científicas e tecnológicas, além da formulação de políticas públicas de transição energética vão fechar o ciclo de painéis e palestra do evento.
A coordenadora do Seminário, professora Luana Cristina Wouk
O deputado distrital, Rogério Morro da Cruz (PRD), autor do projeto de lei do hidrogênio verde, abriu a solenidade dando boas-vindas aos participantes do evento. O parlamentar fez uma pequena explanação sobre o drama que vive algumas comunidades periféricas do DF, com as mudanças climáticas, e ressaltou a importância da Câmara Distrital em caminhar junto com a ciência nessa transição energética com vistas a construir um DF com desenvolvimento social e sustentável.
O evento será realizado na CLDF e na Finatec e participam pesquisadores, gestores públicos, setor produtivo e sociedade civil.
A Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos da Universidade de Brasília (Finatec/UnB) em parceria com a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) promove de 08 a 10 de setembro o Seminário H2TECH – Avanços Tecnológicos e perspectivas Científicas no Uso do Hidrogênio. O evento vai debater o papel do hidrogênio como vetor energético de baixa emissão de carbono. Participam do encontro pesquisadores, gestores públicos, representantes do setor produtivo e sociedade civil.
A solenidade de abertura e a promoção de painéis acontecem no dia 08 na CLDF e os dois últimos dias do encontro, 09 e 10, vão ser realizados na sede da Finatec, com apresentação de resultados de pesquisas de professores de diversas universidades, debates e mostra de pôsteres. Conforme a coordenadora do evento, professora Luana Cristina Wouk, debater tecnologias de geração, armazenamento e uso do hidrogênio, além de estimular as colaborações científicas e tecnológicas e apoiar a formulação de políticas públicas de transição energética, são os principais focos do encontro.
O Seminário também tem como objetivo valorizar a participação feminina na ciência do Laboratório de Estudos de Hidrogênio da UnB (Lotus-Hidrogênio). “A realização deste seminário mostra que Brasília está pronta para ocupar um lugar central na pesquisa energética do País, unindo instituições e valorizando os pesquisadores que trabalham por soluções concretas para nossa matriz energética”, destaca a professora. A professora também ressalta o apoio fundamental da Finatec e da FAP-DF para a realização do evento
Estudo mostra que entre os diferentes modelos de transporte público o sistema sobre trilhos é mais viável
Um transporte público eficiente, de qualidade e sem emissão de poluição (Gases do Efeito Estufa), com foco no sistema sobre trilhos, é o caminho para solucionar a crise em que se encontra a mobilidade urbana no Distrito Federal e região – A frase resume os dois dias (21 e 22/08) do II Seminário Internacional Sobre Mobilidade Urbana, promovido pela Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana (CTMU) da CLDF em parceria com a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) e a União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale).
O professor Augusto Mendonça Brasil, coordenador do HUB de Mobilidade da Finatec encerra o ciclo de palestra do seminário com o tema A Descarbonização: Como Planejar A Redução das Emissões de CO2. O professor com base em estudo dos alunos de Graduação da UnB mostrou através de slide diversas simulações com modelos do transporte público. “O estudo norteia a proposta que deve ser apresentada durante a COP30”, ressalta.
Prof. Augusto Mendonça Brasil, coordenador do HUB de Mobilidade da Finatec
Entre outros pontos, o estudo apresentado pelo professor, revela que as emissões de carbono no DF continuam a crescer e os carros são ainda os responsáveis pelo aumento de CO2; ao contrário dos veículos elétricos sobre trilhos, que estão entre as melhores opções para o transporte público. “Temos metas que podemos alcançar e a gente já pode mostrar isso na COP30”, informa Augusto Brasil ao acrescentar que o transporte sobre trilhos tem condições de oferecer grande potencial de descarbonização para o DF.
O palestrante Francisco Paiva Avelino, do Ministério das Cidades, destaca a integração entre os ministérios para desenvolver de forma coordenada todos os programas do governo federal com vistas a descarbonização e melhoria da mobilidade urbana. Ele ressalta também a importância dos projetos atualmente em execução pelo governo federal e critica algumas políticas públicas adotados na área ambiental pelo governo anterior.
O representante do governo federal adianta algumas das propostas que o Brasil vai levar para a Conferência do Clima (COP30) em novembro no estado do Pará. Segundo ele, o País anfitrião vai mostrar aos visitantes estrangeiros o quanto o governo valoriza a política sustentável, adotando vários programas e criando leis com vistas a descarbonização da indústria nacional, além de incentivar a produção de energia limpa, dados que segundo o palestrante, tem como perspectiva atrair investimento estrangeiro.
Francisco Paiva Avelino, do Ministério das Cidades
Eletrificação e Descarbonização
Debates e palestras sobre Eletrificação e Descarbonização fecharam o último dia do encontro com especialistas internacionais, de Brasília e de alguns estados brasileiros. O professor do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, professor Tiago Farias, mediador do Painel Descarbonização, abriu os trabalhos. O português foi enfático ao afirmar: “A questão não é só substituir uma tecnologia que emite gases do efeito estufa por outra que não emite”, mas segundo ele, envolve outros fatores de forma mais complexa, como liderança forte, visão de futuro e planejamento estratégico.
Prof. Tiago Farias, do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa
“Não podemos deixar nosso planeta em piores condições do que já está”, comenta o professor ao reforçar a necessidade urgente de se resolver essa equação da mobilidade urbana que enfrenta hoje a população dos centros urbanos nas grandes cidades. Tiago Farias também argumenta que a descarbonização não será completa se for somente de forma tecnológica, segundo ele, a mudança no financiamento tarifário também é necessária.” Só há oito casos no mundo em que o sistema tarifário cobre realmente os custos operacionais do sistema de transporte”, lembra o português.
O problema do transporte público não é fácil e tende a se agravar com o passar dos tempos se não houver uma solução rápida. Mais de 80% da população brasileira vive em centros urbanos e a expectativa, reforça o professor, é que até 2050 dois terços da população mundial passem a viver em comunidades urbanas. “Resolver essa equação é o grande desafio do transporte público”, garante.
Conforme o professor, o setor de transporte é o único de toda sociedade que não consegue resolver a questão de emissão de gases do efeito estufa e o problema tem se agravado assustadoramente desde 1990 no setor. “É preciso garantir para que a próxima geração tenha um planeta em melhores condições”, pontua ao alertar: “Somos a geração bem preparada tecnologicamente e corremos sérios riscos de entregar as próximas gerações um planeta em piores condições”.
O palestrante Giancarlo Moreira Gama, especialista em transporte público e Diretor Executivo da Jevy Cidades, aborda a crise que vive o setor de mobilidade urbana e defende uma política de justiça urbana e tecnológica para o transporte público. “Nosso objetivo é desenvolver o setor de transporte com políticas públicas, confrontando com a crise e o abandono que hoje afetam a mobilidade urbana”, observa.
O palestrante garante que o sistema de transporte público está em colapso, é uma bomba relógio e a sociedade precisa discutir isso com os três setores federativos brasileiros (governo federal, estadual e municipal). “Quase 70% das cidades brasileiras não possuem transporte coletivo intramunicipal para se locomover, principalmente, as cidades com até cem mil habitantes”, garante. Giancarlo completa que isso tem como reflexo o aumento de acidentes no trânsito.
O especialista lembra que o aumento nas tarifas do transporte público em várias cidades brasileiras penaliza as pessoas mais pobres e coloca o setor em risco, e que provavelmente, no futuro, as cidades fiquem sem transporte público. “Vamos repensar essa estrutura de financiamento da política pública com o transporte urbano no Brasil. “Se não discutirmos a política tarifária no transporte público não avançaremos na descarbonização nem na mobilidade urbana” completa.
O palestrante teme que futuramente não se tenha veículos elétricos no transporte coletivo, fundamental para a descarbonização. “As pessoas estão deixando o transporte público, o setor de transporte não está conseguindo avançar”, explica. Segundo ele, é preciso trazer de volta as pessoas que estão optando pelo carro (modelo em falência). “A política tarifária do sistema de transporte público é fundamental para chegarmos ao processo de descarbonização”, afirma.
Thomas Caldellas, especialista em inovação para descarbonização da mobilidade urbana, do Ministério de Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços, alerta que o mundo enfrenta hoje a necessidade de descarbonizar o sistema de transporte, mas não é fácil, porque segundo ele, cada região acaba tendo sua própria solução, que não é única, porque geralmente são várias as soluções tomadas de acordo com as regiões e territórios em que se encontram.
Thomas Caldellas, especialista em inovação para descarbonização da mobilidade urbana, do Ministério de Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços
O Brasil apesar de ser o sétimo emissor de gás carbono (Gases do Efeito Estufa) no mundo, ele contribui apenas com 3% das emissões totais, valor bem pequeno se comparado a outros países (somente EUA, China e Índia emitem mais de 50%) e o Brasil por ter uma diversidade enorme de fontes renováveis, acaba que o setor de transporte responde por apenas 9% em emissões de carbono, a indústria brasileira 4% e o setor agropecuária com 74% de nossas emissões de CO2.
O palestrante também abordou o Programa Mover, do governo federal, iniciativa que também contribui para reduzir as emissões de carbono em veículos pesados. “O programa tem um papel fundamental para reduzir CO2 no transporte sobre trilhos, mas tem um caminho longo ainda a ser feito”, conclui.
O primeiro dia do seminário contou também com a participação de especialistas renomados na área de transporte, autoridades e palestrantes que enfocaram temas como Sistema Sobre Trilhos: Trens e Sistema Sobre Trilhos: Metrô. Entre os palestrantes destacam-se o Secretário do Entorno do DF, Cristian Viana; Antônio Maria Espósito Neto, do Ministério das Cidades; Ticiana Marques Vieira Ximenes, do Metrofor, com sua experiência no Estado do Ceará; Eduardo Barata do Metrô Mondego de Portugal; Ana Patrizia Lira, da ANPTrilhos, entre outros.
O Inep realizou a aplicação de uma prova para promover um estudo com foco no comportamento de questões de múltipla escolha criadas para compor o Banco Nacional de Itens (BNI), que forneceu insumos para as diversas avaliações e exames desenvolvidos pelo Instituto. A ação teve como objetivo garantir a qualidade técnico-pedagógica e psicométrica dos itens que puderam fazer parte de instrumentos avaliativos.
Quem participa?
O Prêmio CAPES Talento Universitário 2025 reconhece o desempenho dos estudantes com destacado grau de desenvolvimento de competências cognitivas. Os inscritos nos municípios que fizeram parte do Prêmio Capes estão aptos a participar do Estudo sobre Comportamento Diferencial de Itens.
Vale destacar que, conforme previsto no edital do Prêmio CAPES Talento Universitário 2025, em razão do interesse do Ministério da Educação (MEC) em estudos longitudinais de acompanhamento de trajetórias discentes, os candidatos poderão ser convidados a participar de etapas futuras de acompanhamento do seu percurso de formação acadêmica, envolvendo participação em entrevista ou preenchimento de questionários.
Inscrições
Os participantes do Prêmio CAPES Talento Universitário 2025 receberam, via e-mail, o link para inscrição no Estudo sobre Comportamento Diferencial de Itens. Foram disponibilizadas 3.250 vagas, que foram preenchidas por ordem de data/horário da inscrição, distribuídas entre os municípios participantes.
Prova e premiação
A prova, composta por 80 questões de múltipla escolha, foi realizada no dia 25 de junho, no período da tarde, no mesmo município indicado para a aplicação do Prêmio CAPES Talento Universitário 2025. A aplicação ocorreu no formato digital, no local previamente informado pelo Inep.
A presença do inscrito foi remunerada com o valor de R$ 400,00, desde que as questões fossem respondidas entre duas e três horas de prova. Foi eliminado o participante que se ausentou da sala de provas, em definitivo, antes de decorridas duas horas do início.
Os 600 candidatos com maior percentual de acertos no estudo receberam o valor de R$ 2 mil.
Os pagamentos referentes à participação dos estudantes no Estudo DIF, uma parceria entre o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e a Universidade de Brasília (UnB), serão realizados conforme cronograma estabelecido pela Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), entidade responsável pela execução financeira do projeto.
Serão contemplados:
Os estudantes que permaneceram, no mínimo, 2 horas na aplicação da prova; e
Os 600 estudantes mais bem classificados, conforme critérios definidos no estudo, que receberão premiações adicionais.
O Inep enviará um e-mail diretamente aos estudantes informando que atenderam aos critérios para recebimento da bolsa e/ou da premiação, e conforme previsto no Termo de Aceite do estudo, não haverá divulgação pública de resultados gerais, por se tratar de um estudo de natureza científica.
A Finatec entrará em contato diretamente com os estudantes elegíveis, por meio de e-mail, para solicitar o preenchimento e/ou atualização cadastral necessário ao repasse dos valores.
O link para cadastro será enviado em 1º de setembro de 2025.
Os estudantes terão um prazo de 5 dias para preencher e revisar os dados.
A atualização correta das informações é essencial para o processamento dos pagamentos.
Cronograma de pagamentos
1/9/2025 – Envio do link de cadastro (prazo de 5 dias para preenchimento e revisão dos dados)
A partir de 22/9/2025 – 1ª data de pagamento: bolsa no valor de R$ 400
A partir de 29/9/2025 – 2ª data de pagamento: bolsa no valor de R$ 400
A partir de 13/10/2025 – 3ª data de pagamento: premiação de R$ 2.000 para os 600 mais bem classificados
A partir de 27/10/2025 – 4ª data de pagamento: estudantes remanescentes com pendências ou problemas anteriores
Os pagamentos serão realizados de forma escalonada, conforme a regularização cadastral e a liberação dos recursos.
Órgãos responsáveis
Inep: É o órgão proponente do estudo, que firmou um Termo de Execução Descentralizada (TED) com repasse financeiro para a UnB a fim de viabilizar a pesquisa. O Inep tem como missão promover estudos, avaliações e pesquisas voltadas ao sistema educacional brasileiro, assegurando a produção de informações claras e confiáveis para subsidiar políticas públicas de qualidade e equidade.
Universidade de Brasília (UnB): É a instituição executora da pesquisa. Professores e pesquisadores da UnB conduzem o estudo conforme plano de trabalho previamente pactuado com o Inep. Em conjunto com o Instituto, ela define os critérios de seleção, avaliação e classificação dos participantes.
Finatec: Atua como fundação de apoio à UnB e responsável pela gestão administrativa e financeira do projeto. Cabe à Finatec executar os procedimentos de pagamento das bolsas e premiações.
Perguntas frequentes
1. No cadastro dos dados bancários pede o digito da conta porém minha conta não possui digito?
Se a sua conta não possuí dígito não insira nenhuma informação, deixe em branco.
Não se faz necessário o preenchimento do campo “nome da agencia” se o seu banco for virtual pois o mesmo não possui uma agencia física .
Obrigatório 7 informações: nome, telefone, e-mail, RG, CPF, dados bancários, data de nascimento; 3 documentos: Identidade/CNH (RG +CPF), Comprovante de endereço e Dados bancários
Não é necessário dados e nem documentos dos dependentes.
2. Como saber se meu cadastro foi concluído com sucesso no sistema?
Após realizar o cadastro aparecerá a confirmação. Revise e veja se está tudo correto, em caso positivo basta aguardar, vamos validar os seus dados.
O responsável por divulgar o resultado e as devidas classificações é o INEP;
Quem estiver sem acesso ao e-mail da inscrição deve encaminhar um e-mail para avaliacao.enem.inep@gmail.com nos seguintes moldes:
Título: NOME COMPLETO – Sem acesso ao e-mail
Informar: Nome completo, CPF, RG e e-mail novo
Anexar: documento com foto
3. Os resultados de quem vai receber os R$ 2000 ainda será divulgado ou já estão mandando junto com esse email sobre os R$ 400?
Os alunos que ganharam os 2000 serão informados no mesmo e-mail sobre os 400 reais, diretamente pelo INEP.
Precarização do metrô e direito à cidade abrem os debates na CLDF
Começou nesta quinta-feira (21), no auditório da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), o II Seminário Internacional sobre Mobilidade Urbana, promovido pela Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana (CTMU) em parceria com a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos da Universidade de Brasília (Finatec) e a Unale. Com o tema “Sistemas sobre Trilhos, Eletrificação e Descarbonização: Pensando na Mobilidade do Futuro”, o evento segue até sexta-feira (22), reunindo especialistas do Brasil, Portugal e Chile.
Na abertura, o presidente da CTMU, deputado Max Maciel (PSOL), criticou a falta de expansão do metrô de Brasília desde sua inauguração, em 2001. “Desde que foi inaugurado, se todos os governos que passaram pelo Distrito Federal tivessem feito apenas 1,8 km de trilho, hoje nós teríamos o metrô até o final da Asa Norte, teríamos concluído em Ceilândia e em Samambaia e talvez estaríamos pensando na segunda linha”, afirmou.
Deputado Max Maciel (PSOL)
Também integrante da CTMU, o deputado Fábio Felix (PSOL) disse que a população brasiliense está “vivendo um abandono estrutural do metrô”, citando problemas como superlotação de vagões, ausência de novos trens, falta de funcionários e baixa confiabilidade nos serviços de manutenção. “O que era um sonho virou um pesadelo. Que esse dia de hoje seja um alerta para a situação de profunda precariedade no metrô do Distrito Federal”, declarou. O parlamentar destacou ainda a importância da atuação do SindMetrô/DF, que defende o metrô como política pública essencial.
Com a palavra: Deputado Fábio Felix (PSOL)
Os debates também trouxeram à tona o conceito de direito à cidade, que, segundo Fábio Felix, está diretamente ligado ao direito à mobilidade. “O direito à cidade é o acesso à cultura, é você chegar num cinema, é você acessar um museu, é ter acesso a atividades complementares de educação, é você poder buscar um emprego, é você poder ter acesso aos serviços públicos. A mobilidade é o coração do direito à cidade”, explicou.
O deputado Gabriel Magno (PT) alertou para os riscos da privatização de espaços públicos, citando a concessão da Rodoviária do Plano Piloto como exemplo de exclusão urbana. “A privatização do centro da cidade escancara um modelo de organização muito excludente. Nós estamos vendo uma intervenção para garantir a exploração privada de um espaço público”, avaliou.
Deputado Gabriel Magno (PT)
O professor Augusto Brasil, coordenador do Hub de Mobilidade da Finatec, destacou que os encontros promovidos pela CTMU têm sido propulsores de novas políticas públicas. Ele lembrou que o primeiro seminário tratou da tarifa zero, tema que hoje ganha espaço em diversas cidades brasileiras. “Vemos agora vários municípios do Brasil aderindo à tarifa zero e o Distrito Federal também testando a tarifa zero. Isso é a materialização de um debate constante sobre o tema. É um grande sucesso e mostra a importância de um seminário como esse aqui”, avaliou.
Prof. Augusto Brasil, coordenador do Hub de Mobilidade da Finatec
O diretor presidente da Finatec, professor Daniel Monteiro Rosa, também ressaltou o papel da Fundação de aproximar universidade, sociedade e poder público. “O seminário é a oportunidade de a Finatec, mais uma vez, prestar o seu papel, que é trazer benefícios para a sociedade e conectar todos numa discussão de extrema importância para o DF. A ideia do Hub de Mobilidade é ser o motor propulsor dessas discussões, com participação de diferentes áreas, do poder público e da classe empresarial. Precisamos de um transporte público eficiente, que traga ganhos significativos no deslocamento da população que trabalha e estuda no DF”, explicou.
Prof. Daniel Monteiro Rosa, diretor presidente da Finatec
Segundo ele, ainda há dificuldade do Executivo em reunir todos os agentes em torno de um projeto comum: “Acho que o seminário tem tudo para ser muito profícuo e que possa resultar em reais melhorias para o transporte sobre trilhos no DF.”
Programação
Após a abertura, teve início o painel Sistemas sobre Trilhos: Trens. Toda a programação pode ser acompanhada pelo canal da TV Câmara Distrital no YouTube.