Comunicado – Cota de Importação do CNPq

A Finatec informa que a cota nacional de importação do CNPq para 2025, definida pelo Governo Federal por meio da Portaria MF nº 2076, de 27 de dezembro de 2024, encontra-se atualmente contingenciada, o que tem resultado no indeferimento de novas solicitações de importação com os benefícios fiscais previstos pela Lei nº 8.010/1990.

Ressaltamos que essa cota é de abrangência nacional e não exclusiva da Finatec, sendo destinada a todas as instituições vinculadas ao sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), com gestão e distribuição realizadas diretamente pelo CNPq.

Com a cota esgotada, não será possível solicitar novas importações com isenção de impostos por meio do CNPq. A Finatec já está em diálogo com o CONFIES e outras entidades representativas para tratar da ampliação da cota em âmbito nacional.

Publicaremos atualizações em nosso site assim que houver novos posicionamentos do CNPq, Ministério da Fazenda, MCTI ou CONFIES.

Para mais informações, entre em contato através do e-mail importacao@finatec.org.br

Diretoria da Finatec realiza visita institucional à Reitoria da UnB

Na última terça-feira (01), o novo diretor-presidente da Finatec, Prof. Daniel Rosa, esteve na Reitoria da Universidade de Brasília (UnB) em visita institucional de cortesia. Acompanhado pelo superintendente da fundação, Gustavo Condeixa, o Prof. Daniel foi recebido pela Profa. Rozana Reigota Naves, pelo Prof. Márcio Muniz de Farias e pela Profa. Renata Aquino.

Durante o encontro, foram tratados temas relevantes sobre a atuação estratégica da Finatec e a continuidade da parceria com a UnB em projetos de ensino, pesquisa e inovação. A reunião também marcou a apresentação da nova diretoria da fundação à gestão da Universidade.

Do planejamento à ação: resumo de junho de 2025

O mês de junho de 2025 foi marcado por grandes iniciativas.

Confira os principais destaques:

Qualidade do Ar e Mobilidade Urbana no DF

A Finatec sediou o seminário que debateu desafios e soluções para cidades mais saudáveis. A abertura contou com o Prof. Augusto Brasil (Diretor-Presidente) e o Prof. Neantro Saavedra Rivano (coordenador do Citilab/MobiLab).
Leia mais: https://www.finatec.org.br/noticia/seminario-debate-solucoes-para-qualidade-do-ar-e-mobilidade-urbana-no-df/ 

Integração internacional: BRICS Educação no Brasil

A equipe da Finatec participou da recepção à comitiva do BRICS promovida pelo IFB. O encontro reforçou o papel da cooperação internacional em ciência, educação e inovação. Agradecemos ao IFB, em nome da reitora Profa. Veruska Ribeiro Machado, pelo convite e parceria.
Leia mais: https://www.finatec.org.br/noticia/representantes-dos-brics-visitam-campus-do-ifb-e-conhecem-modelo-inovador-da-rede-federal-de-educacao/ 

Fomento à inovação: encontro com a Mitsubishi Corporation

Junto à UnB, a Finatec participou da recepção aos representantes da Mitsubishi Corporation América Latina. A visita fortalece o relacionamento internacional e amplia oportunidades de inovação e desenvolvimento.
Leia mais: https://www.finatec.org.br/noticia/finatec-participa-de-recepcao-a-representantes-da-mitsubishi-corporation-na-unb/ 

DF em Tela: protagonismo estudantil no audiovisual

A UnBTV concluiu a primeira edição da Escola de Formação em Audiovisual com a exibição de 18 curtas produzidos por estudantes de diversas áreas da UnB. A iniciativa foi viabilizada pela primeira emenda parlamentar distrital da história da universidade, com apoio da FAPDF e gestão da Finatec.
Leia mais: https://www.finatec.org.br/noticia/unbtv-celebra-encerramento-da-escola-de-formacao-em-audiovisual-com-exibicao-de-curtas-e-reconhecimento-a-estudantes/ 

VI Simpósio de Imunologia do Centro-Oeste (SICO)

A Finatec recebeu o VI SICO, evento que reuniu pesquisadores e estudantes para discutir os avanços da Imunologia. Mais que um evento científico, uma oportunidade de fortalecimento da rede de pesquisa da região.
Veja a publicação: https://www.instagram.com/p/DLC5QnsPNhU/?img_index=1 (postar no site) 

XXVII Jornada Odontológica da UnB

Com recorde de público, trabalhos e participação estudantil, a Jornada de Odontologia reforçou seu papel como um dos principais eventos acadêmicos do país na área. A edição de 2025 foi marcada por inovação, integração e intenso compartilhamento de conhecimento. (postar no site)
Veja a publicação: https://www.instagram.com/p/DLHuOjJPqVR/?img_index=1 

Finatec é homenageada pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas

O diretor da Finatec, Prof. Daniel Rosa, recebeu uma honraria da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), em reconhecimento ao compromisso institucional e aos relevantes serviços prestados em defesa dos povos indígenas e da política indigenista no Brasil, reafirmando o papel da Finatec no apoio a projetos voltados à valorização cultural, à proteção de direitos e ao respeito à diversidade dos povos originários do país.
Veja: https://www.finatec.org.br/noticia/finatec-recebe-homenagem-da-fundacao-nacional-dos-povos-indigenas/ 

Projeto recebe investimento de R$ 2 milhões e reforça diagnóstico sobre medo e segurança no DF

O projeto Cidade Mais Segura, coordenado pela UnB, executado pela Finatec e com apoio da FAPDF, ouviu mais de 12 mil pessoas para entender como o medo do crime impacta a rotina da população do Distrito Federal. A iniciativa transforma dados em estratégias para qualificar a gestão da segurança pública, com foco em regiões como o Setor Comercial Sul e a Rodoviária do Plano Piloto.
Leia mais: https://www.finatec.org.br/noticia/projeto-recebe-investimento-de-r-2-milhoes-e-reforca-diagnostico-sobre-medo-e-seguranca-no-df/ 

Projeto OSÍRIS revoluciona tramitação de execuções fiscais com uso de Inteligência Artificial

Desenvolvido pela Procuradoria-Geral do DF, Universidade de Brasília e TJDFT, com financiamento da FAPDF e execução da Finatec, o Projeto OSÍRIS já atinge mais de 90% de precisão na análise de processos fiscais. A ferramenta de inteligência artificial promete reduzir custos e prazos na cobrança judicial de tributos. O projeto será apresentado no ICAIL 2025, em Chicago, como exemplo internacional de inovação na administração pública.
Leia mais: https://www.finatec.org.br/noticia/projeto-osiris-revoluciona-tramitacao-de-execucoes-fiscais-com-uso-de-inteligencia-artificial/ 

Bootcamp sobre inteligência artificial capacita autoridades públicas na Finatec

No dia 26 de junho, a Finatec e a OpenAI realizaram um bootcamp técnico voltado à capacitação de autoridades públicas brasileiras sobre inteligência artificial, com foco nos modelos generativos. O encontro reuniu representantes do Congresso Nacional, ANPD, STF e outros órgãos estratégicos para discutir fundamentos técnicos, riscos, aplicações e desafios regulatórios da IA.

O evento reforçou o compromisso da Finatec com a inovação responsável e com a formulação de políticas públicas baseadas em evidências.

Encontro entre StartBSB e Assespro-DF promove o fortalecimento do ecossistema de inovação no DF

Evento marcou a inauguração da nova sede da Assespro-DF e reuniu startups, instituições de fomento e representantes do setor público

No dia 11 de junho, o meetup do Programa StartBSB celebrou a inauguração da nova sede da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação do Distrito Federal (Assespro-DF) e promoveu um espaço estratégico de diálogo entre startups, agentes públicos e instituições que atuam no fomento à inovação. A ação teve como objetivo fortalecer o ecossistema de empreendedorismo tecnológico no Distrito Federal, incentivando conexões e parcerias para o desenvolvimento de soluções com impacto econômico e social.

O encontro foi promovido pelas três instituições responsáveis pela execução dos eixos do StartBSB – Finatec, Instituto MultipliCidades e Cotidiano Aceleradora – com apoio da Assespro-DF e financiamento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF). Ao longo da programação, foram apresentadas oportunidades de apoio e financiamento voltadas à inovação. Para Renata Vianna, Superintendente Científica, Tecnológica e de Inovação da FAPDF (SUCTI), iniciativas como essa são essenciais para consolidar redes colaborativas de empreendedorismo:

“Eventos como esse são fundamentais para consolidar uma rede de inovação colaborativa, que valorize as startups em todas as fases e incentive a construção de soluções tecnológicas com impacto social e econômico para o DF”, afirmou.

Mais do que um momento de celebração institucional, o evento serviu como ambiente de networking, geração de negócios e mentorias. A aproximação entre o StartBSB e a Assespro-DF reafirma o compromisso conjunto de impulsionar Brasília como um polo de referência em inovação e tecnologia.

Sobre o Programa StartBSB

Lançado com o objetivo de fomentar o empreendedorismo inovador no Distrito Federal e na Região Integrada de Desenvolvimento do DF e Entorno (RIDE), o StartBSB prevê um investimento de R$ 41 milhões ao longo de três anos. Estruturado em três fases — Ideação (Finatec), Incubação (Instituto MultipliCidades) e Aceleração (Cotidiano Aceleradora) —, o programa oferece apoio técnico e financeiro de até R$ 200 mil por projeto, além de bolsas, capacitações e mentorias especializadas. As primeiras 100 startups já iniciaram suas atividades com suporte do programa.

Fonte: Jornal de Brasília (>https://jornaldebrasilia.com.br/brasilia/startbsb-e-assespro-df-promovem-encontro-para-fortalecer-ecossistema-de-inovacao-no-df/)

Finatec, OpenAI e Alandar realizam Bootcamp “Governança de IA – Estratégias Regulatórias para o Futuro Digital”

Diante da rápida evolução da inteligência artificial e da crescente presença de sistemas generativos na sociedade, torna-se cada vez mais urgente o desenvolvimento de marcos regulatórios eficazes e tecnicamente embasados. Com o objetivo de apoiar a formulação de políticas públicas mais robustas e fomentar o diálogo entre ciência, inovação e regulação, a Finatec sediou, em 26 de junho de 2025, o bootcamp “Governança de IA – Estratégias Regulatórias para o Futuro Digital”, realizado em parceria com a OpenAI.

Voltado para cerca de 50 autoridades públicas, reguladores e assessores parlamentares e legislativos, o evento reuniu representantes do Congresso Nacional, da ANPD, da Anatel, do CADE, de ministérios e de gabinetes do Supremo Tribunal Federal. A programação foi estruturada para oferecer uma introdução técnica acessível à inteligência artificial generativa, além de promover debates sobre boas práticas regulatórias e implicações jurídicas da tecnologia.

Um espaço de formação técnica e troca institucional

Ao longo da tarde, os participantes acompanharam exposições e conversas mediadas com especialistas nacionais e internacionais, abordando desde os fundamentos técnicos da IA até seus impactos regulatórios.

Na primeira sessão, o pesquisador Rildo R. dos Santos apresentou os fundamentos da inteligência artificial e suas principais aplicações, oferecendo um panorama conceitual sobre aprendizado de máquina, redes neurais e limitações atuais dos modelos.

Na sequência, o desenvolvedor Rodrigo Nogueira, do Projeto Maritaca, conduziu uma aula sobre os mecanismos de construção e treinamento de sistemas de IA generativa, tratando de temas como uso de dados, riscos associados, atualização de modelos, privacidade e viés algorítmico. A exposição incluiu demonstrações práticas e espaço para perguntas do público.

Encerrando o bootcamp, especialistas do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS) ministraram a sessão “IA e Direito”, que abordou aspectos legais como copyright, responsabilidade e boas práticas internacionais. A aula foi seguida por uma conversa (fireside chat) entre representantes da OpenAI e do ITS, aprofundando os desafios jurídicos emergentes e a experiência comparada com outros países.

Projeto recebe investimento de R$ 2 milhões e reforça diagnóstico sobre medo e segurança no DF

Iniciativa “Cidade Mais Segura”, apoiada pela FAPDF, une produção acadêmica e ações práticas para enfrentar desafios da segurança urbana na capital federal

Com o objetivo de enfrentar os desafios da segurança pública no Distrito Federal, o projeto “Cidade Mais Segura” vem sendo conduzido pela Universidade de Brasília (UnB), sob a coordenação do professor Arthur Trindade Maranhão Costa, e conta com o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF). A proposta foi uma das selecionadas pelo Programa Desafio DF e está sendo viabilizada por meio de um investimento de R$ 2 milhões. A execução do projeto é realizada pela Finatec e segue até dezembro de 2025.

A iniciativa busca fortalecer a capacidade de gestão das políticas de ordem pública no DF, com foco em áreas que concentram grande fluxo de pessoas e altos índices de vulnerabilidade, como o Setor Comercial Sul e a Rodoviária do Plano Piloto. O diferencial do projeto está na articulação entre pesquisa científica, dados empíricos sobre percepção de segurança e a implementação de medidas concretas, promovendo maior integração entre a universidade e os órgãos responsáveis pela segurança pública.

Segurança baseada em evidências

Um dos eixos do projeto consiste em compreender como a população do DF percebe e experimenta a segurança pública. Nesse sentido, uma das ações em andamento foi a realização de uma pesquisa com aproximadamente 12 mil pessoas atendidas por serviços emergenciais, entre 2023 e 2024. Os dados levantados mostram:

  • 21,2% foram atendidas por telefone e posteriormente por equipes da Polícia Militar;
  • 11,7% receberam atendimento do Corpo de Bombeiros após contato telefônico;
  • 24,3% relataram atendimento presencial, mas não souberam identificar qual corporação compareceu;
  • 42,8% afirmaram ter recebido apenas atendimento telefônico, sem deslocamento de agentes ao local.

Esses resultados indicam a necessidade de aperfeiçoar a articulação e a resposta das instituições públicas em situações de emergência, sobretudo quando a presença física de agentes pode ser determinante.

Medo do crime: três formas de mensuração

A análise sobre o medo do crime também compõe parte importante do diagnóstico realizado pelo projeto. Os pesquisadores identificaram três abordagens principais:

  • Sensação de insegurança: percepção subjetiva de risco em diferentes ambientes e horários;
  • Percepção de vitimização: avaliação racional da probabilidade de sofrer algum tipo de crime;
  • Mudança de rotina: impacto direto do medo nas atividades diárias, como evitar sair à noite ou circular por determinados locais.

Entre essas dimensões, a sensação de insegurança é a mais recorrente, enquanto a mudança de comportamento é menos frequente, por envolver barreiras estruturais e contextuais.

Diagnóstico anterior reforça a urgência de políticas públicas

Estudos anteriores realizados entre 2015 e 2018 já indicavam um cenário crítico: quase 40% da população do DF havia modificado seus hábitos cotidianos devido ao medo da violência. Entre as ações mais comuns estavam:

  • Evitar andar por locais desertos (85%);
  • Não sair com valores elevados em dinheiro (87%).

Essas evidências demonstram a continuidade de um problema estrutural que exige políticas públicas bem embasadas, integradas e sustentáveis — princípios que norteiam o “Cidade Mais Segura”.

Pesquisa, política e impacto social

A seleção do projeto pelo Programa Desafio DF, da FAPDF,  simboliza o fortalecimento da parceria entre universidade, governo e sociedade, colocando a ciência a serviço de soluções práticas para problemas urbanos complexos.Com investimento da Fundação e coordenação da UnB, o projeto representa um avanço concreto na busca por cidades mais seguras, com base em evidências, em que o planejamento urbano e as políticas públicas caminham juntos na promoção da qualidade de vida para a população do Distrito Federal.

Fonte: Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) e projeto Cidade Mais Segura

Finatec recebe homenagem da Fundação Nacional dos Povos Indígenas

O diretor da Finatec, Prof. Daniel Rosa recebeu a honraria da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), em reconhecimento ao compromisso e aos relevantes serviços prestados pela Finatec em defesa dos povos indígenas e da política indigenista no Brasil.

A homenagem reforça o papel da Finatec no apoio a projetos que promovem a valorização, a proteção dos direitos e o respeito à diversidade dos povos originários do Brasil.

Projeto OSÍRIS revoluciona tramitação de execuções fiscais com uso de Inteligência Artificial

O encerramento do projeto “Inteligência Artificial em Execução Fiscal – PGDF” foi marcado por um evento de apresentação de resultados, no dia 12 de junho de 2025, no Auditório da Faculdade de Ciências e Tecnologias em Engenharia (FCTE), no campus Gama da Universidade de Brasília (UnB). O projeto, batizado de OSÍRIS, foi desenvolvido no âmbito do Programa Desafio DF e promete transformar a forma como o Estado lida com processos de cobrança judicial de tributos.

A ocasião reuniu representantes de vinte estados brasileiros e três municípios, interessados em conhecer de perto os resultados do OSÍRIS, além de outras iniciativas tecnológicas que foram  apresentadas ao longo do dia.

Surgimento do OSÍRIS

A execução fiscal é um dos maiores desafios da administração pública. Em média, os processos dessa natureza levam 6 anos e 7 meses para serem concluídos, o que resulta em baixa efetividade na recuperação de créditos públicos. Estima-se que menos de 2% dos valores lançados em execuções fiscais sejam efetivamente recuperados.

Para a Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF), o cenário era ainda mais preocupante. Em 2019, o órgão acumulava cerca de 300 mil ações paradas em uma única Vara de Execução Fiscal, o que comprometia diretamente o retorno de recursos aos cofres públicos.

Nesse contexto, nasceu o projeto OSÍRIS, fruto de um investimento de R$ 3,5 milhões aportado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) e executado pela Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec). A iniciativa uniu esforços da PGDF e do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), em colaboração com equipes do AI Lab (UnB-Faculdade do Gama) e do Dr. IA (UnB-Faculdade de Direito).

O coordenador do projeto, professor Fabricio Braz, explica o objetivo central da iniciativa: “O projeto nunca teve a pretensão de substituir o fluxo processual ou os profissionais, mas sim de apoiar com inteligência artificial (IA) atividades que uma máquina pode realizar com precisão, como classificar documentos, identificar fases processuais e sugerir minutas.”

Embora o desempenho inicial estivesse abaixo das expectativas — com 35% de precisão até março de 2024 —, os resultados deram um salto com a incorporação de técnicas de IA generativa e novos métodos de análise.

“Em novembro de 2024, atingimos 80% de performance, e mais recentemente, nos testes validados pela Procuradoria-Geral do DF, chegamos a 90,9%,” afirma o professor Braz.

Hoje, o OSÍRIS é capaz de identificar 61 estados processuais e sugerir 10 tipos de ações, como citação, constrição e intimação. “A interface é simples: basta inserir o número do processo, e o sistema realiza automaticamente a leitura, classificação e análise das etapas, sugerindo minutas com base no momento processual,” detalha o professor.

Segundo ele, a ideia sempre foi liberar os analistas e procuradores das tarefas repetitivas e padronizadas, para que pudessem se dedicar a atividades mais complexas e estratégicas. “Diante desse cenário, surgem várias motivações para investir em soluções que apoiem a tramitação e o acompanhamento desses processos. Grande parte das tarefas são meramente administrativas — e é aí que entra o OSÍRIS.”

Reconhecimento internacional

O projeto se desenvolveu em 42 meses de trabalho intenso, envolvendo:

  • 34 alunos de graduação
  • 2 alunos de mestrado
  • 1 doutorando
  • 14 professores

Além do reconhecimento nacional, o OSÍRIS também ganha projeção internacional. O projeto será apresentado em 2025 no ICAIL (International Conference on Artificial Intelligence and Law), o mais relevante congresso global de IA aplicada ao Direito.

O artigo aprovado para apresentação em Chicago destaca o custo extremamente competitivo da solução: apenas 7 centavos de dólar por processo analisado, especialmente no que se refere à interpretação de áudios de execuções fiscais — valor insignificante se comparado aos quase R$ 30 mil gastos em processos físicos tradicionais.

“Esse projeto é um exemplo de como pesquisa, inovação e tecnologia podem transformar a realidade da administração pública. A aprovação no ICAIL é a prova de que o mundo está atento ao que estamos fazendo aqui — e isso nos enche de orgulho,” conclui o professor Fabricio Braz.

CINPAR 2025 reúne especialistas internacionais na UnB e reforça protagonismo da pesquisa brasileira em engenharia estrutural

Reconhecido mundialmente por promover o intercâmbio de conhecimentos e experiências no campo da engenharia civil, o Congresso Internacional sobre Patologia e Reabilitação de Estruturas (CINPAR) chega à sua 19ª edição em 2025, consolidado como um dos eventos de maior relevância na área. Neste ano, o congresso aconteceu na Finatec, reunindo profissionais, pesquisadores e estudantes para debater os avanços mais recentes em diagnóstico de patologias, reabilitação e reforço estrutural de edificações.

Desde sua criação, em 2003, o CINPAR já passou por seis países – Brasil, Argentina, Portugal, Chile, Itália e Turquia – contribuindo significativamente para o fortalecimento da comunidade científica e técnica dedicada à durabilidade, sustentabilidade e inovação na construção civil. Fundado pelo professor Francisco Carvalho, da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), o congresso teve sua primeira edição realizada em Sobral (CE), e hoje figura entre os mais importantes encontros científicos do mundo na área.

Com uma programação abrangente, o CINPAR 2025 trouxe debates sobre sustentabilidade, eficiência energética, ciclo de vida das construções, uso de materiais inovadores, preservação do patrimônio edificado, entre outros temas emergentes. 

O evento é voltado a engenheiros, arquitetos, docentes, estudantes e profissionais da construção civil e tem como principais objetivos: 

  • Divulgar e discutir métodos de inspeção, reabilitação e reforço de estruturas; 
  • Apresentar as patologias mais frequentes e suas causas nas edificações; 
  • Promover a discussão sobre sustentabilidade e inovação nos processos construtivos; 
  • Compartilhar o uso de materiais e técnicas modernas de recuperação estrutural.

Selo Pacto CGU