Reforma tributária pode comprometer investimentos em ciência e tecnologia no Brasil

Presidente da Finatec alerta que novos tributos vão prejudicar o desenvolvimento científico e tecnológico

A proposta de reforma tributária em tramitação no Congresso Nacional pode trazer impactos severos para o setor de ciência, tecnologia e inovação no Brasil. Isso porque o Projeto de Lei nº 108/2024, que regulamenta o novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e cria o Comitê Gestor do IBS, não contempla as fundações de apoio no mesmo regime tributário das universidades e institutos públicos.

A medida, aprovada pelo Senado em 30 de setembro, pode resultar em perdas significativas de recursos para instituições que viabilizam o desenvolvimento científico no país. O alerta é do diretor-presidente da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos da Universidade de Brasília (Finatec/UnB), professor Daniel Monteiro Rosa.

“Se não houver mudança, passaremos a ser tributados pelos novos tributos, o que reduzirá drasticamente os recursos destinados ao desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil”, afirmou o presidente da Finatec.

De acordo com Daniel Rosa, a Finatec e mais de 100 fundações associadas ao Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa (Confies) seriam diretamente afetadas. Em 2023, essas entidades geriram mais de R$ 20 bilhões em projetos de pesquisa e inovação em universidades, institutos e centros de pesquisa em todo o Brasil.

Para o dirigente, tributar as atividades das fundações de apoio significa retirar dinheiro da ciência e da educação pública, comprometendo bolsas, laboratórios, programas de extensão e parcerias estratégicas com o setor produtivo.

“É fundamental que as fundações de apoio recebam o mesmo tratamento já concedido às universidades e institutos públicos. Contamos com o apoio de senadores, deputados e representantes dos ministérios, estados e municípios para aprovar as emendas nº 543 e nº 602”, ressaltou.

Daniel Rosa reforça que as fundações de apoio são essenciais para o desenvolvimento científico, tecnológico e social do Brasil e que a mobilização do Congresso e da sociedade é decisiva para garantir a continuidade das pesquisas e a sustentabilidade das instituições que fomentam o conhecimento no país.

Foto: Andressa Anholete/Agência CLDF

8º Congresso Nacional do Confies debate inovações tecnológicas, sustentabilidade e o papel das fundações de apoio na sociedade

Inscrições seguem abertas até 6 de outubro para o maior encontro nacional das fundações de apoio, que reunirá autoridades, pesquisadores e gestores de todo país

O 8º Congresso do Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior (Confies), que será realizado entre os dias 15 e 17 de outubro de 2025, no Parlamundi Centro de Convenções, em Brasília (DF), terá como tema “Fundações de Apoio: Inovações Tecnológicas, Sustentabilidade e Sociedade”. “Este ano, devemos chegar a 550 participantes com representantes de fundações das cinco regiões do país”, afirma o presidente do Confies, Antônio Fernando de Souza Queiroz. As inscrições podem ser feitas pelo site do evento 8congressoconfies.org.br.

De acordo com Antônio Fernando, o encontro reunirá dirigentes de fundações de apoio, representantes de órgãos de controle, autoridades governamentais, pesquisadores e especialistas em ciência, tecnologia e inovação de todo o país. “Essa é a oitava edição do nosso encontro, e nosso maior objetivo é consolidar esse evento como um espaço para intercâmbio de experiências, fortalecimento de boas práticas e a busca de soluções para os desafios enfrentados pelas instituições que fomentam a pesquisa científica e a inovação no Brasil”, afirma.

Ao longo de três dias, a programação incluirá fóruns, oficinas, mesas-redondas, painéis, assembleias e a entrega do “Prêmio Boas Práticas Fundações de Apoio”. Entre os temas em debate estão a integridade da informação e o combate à desinformação científica; empreendedorismo e a inovação; sustentabilidade e a diversificação de receitas; uso de inteligência artificial; desafios na relação com órgãos de controle; estratégias para o redimensionamento das fundações de apoio;  melhoria da qualidade dos processos de TI; compliance e a integridade empresarial; além da discussão sobre o papel das fundações de apoio no Brasil de hoje e do futuro. A programação completa também está disponível no site do evento.

A mesa de abertura, no dia 16, contará com a presença de importantes lideranças nacionais, entre elas: Luciana Santos (Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação), Camilo Santana (Ministro da Educação), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Vital do Rêgo (TCU), Vinícius Marques de Carvalho (CGU), Ricardo Magnus Osório Galvão (CNPq), Denise Pires de Carvalho (Capes), Antônio Elias (Finep), além de reitores e representantes de entidades nacionais ligadas à educação, ciência e inovação.

O evento também promoverá debates sobre deep techs, reforma tributária e seu impacto nas fundações de apoio, comunicação institucional e relacionamento com stakeholders, bem como oficinas sobre sistemas de organismos de fomento como o SISGON (Finep) e o novo SIGITEC (Petrobras).

“As fundações de apoio têm sido fundamentais para viabilizar projetos de interesse nacional em ciência, tecnologia e inovação. Nosso congresso é um espaço de diálogo e de construção coletiva para que possamos avançar diante dos novos desafios”, destaca Antônio Fernando.

Serviço

8º Congresso Nacional do Confies – Fundações de Apoio: Inovações Tecnológicas, Sustentabilidade e Sociedade

Data: 15 a 17 de outubro de 2025

Local: Parlamundi Centro de Convenções – SGAS 915, Asa Sul, Brasília (DF)

Inscrições: até 6 de outubro

https://www.sympla.com.br/evento/8-congresso-nacional-do-conselho-nacional-das-fundacoes-de-apoio-as-ifes-e-ict-s/3020338?referrer=www.google.com

O valor das inscrições para todas as atividades do evento variam de R$ 742,00 entre R$ 1.060,00

Mais informações: 8congressoconfies.org.br

Edição especial em Inglês RP3 – COP 30: Desafios e Oportunidades na Era Global

Prezados professores, pesquisadores, estudantes de pós-graduação, gestores de instituições públicas e privadas, e demais profissionais interessados.
A Revista de Pesquisa em Políticas Públicas (RP3) convida à submissão de artigos para a edição especial em inglês dedicada à COP 30, com foco na interseção entre sustentabilidade, mudanças climáticas e as áreas de economia, finanças, contabilidade, políticas públicas, gestão e áreas afins.
Esta edição especial, tem como objetivo reunir contribuições originais e relevantes que dialoguem com os temas centrais da Conferência das Partes (COP 30).
Quando aprovado, o mesmo será publicado na Revista de Pesquisa em Políticas Públicas.

Para que o artigo seja submetido, é necessário estar atento à algumas especificações e informações importantes. Tais como:

  • Os artigos devem ser originais e deverão ser submetidos em inglês;
  • O formato e as normas de submissão seguem as orientações da Revista de Pesquisa em Políticas Públicas;
  • Os manuscritos devem ser enviados em Microsfoft Word ou equivalente para futura editoração, se aprovados. Solicitamos aos autores que formatem seus textos a serem submetidos a partir da *ABNT 2023;
  • Artigos e entrevistas devem ter as seguintes dimensões: 25 a 60 mil caracteres (com espaço), incluindo a bibliografia, tabelas e diagramas ou outras.

Caso o artigo seja aceito, será emitido pela Comissão Editorial um parecer sobre a aceitação do trabalho proposto, do qual será cientificado o autor por e-mail. Sendo do autor a inteira responsabilidade pelo conteúdo do material enviado, inclusive a revisão gramatical e adequação às normas de publicação.

Cronograma

  • Encerramento do período de Submissão: 10 de outubro de 2025;
  • Início de Submissão: 07 de setembro de 2025;
  • Divulgação dos resultados: até 20 de outubro de 2024;
  • Previsão de publicação: até 30 de novembro de 2025.

Os trabalhos deverão ser encaminhados para o seguinte endereço eletrônico:
ceag.unb.ascom@gmail.com

Compromisso com a Igualdade e Transparência Salarial

Em alinhamento com nosso compromisso de promover um ambiente de trabalho inclusivo, a Finatec assegura processos seletivos justos e igualitários, independentemente de cor, etnia, religião, gênero, idade, orientação sexual ou deficiência. Nosso objetivo é garantir as mesmas oportunidades para todos os colaboradores, em todos os níveis e funções da instituição.

De acordo com o nosso Plano de Cargos e Salários, destacamos que o salário mediano das mulheres corresponde a 100% do salário mediano recebido pelos homens. Eventuais variações podem ocorrer em função de fatores legítimos, como: nível do cargo, faixas salariais, tempo de empresa, tempo na função, desempenho individual e outros critérios previstos no artigo 461 da CLT.

Em cumprimento à Lei nº 14.611/2023, que estabelece a igualdade salarial e de critérios remuneratórios entre mulheres e homens, a Finatec divulga os Relatórios de Transparência Salarial gerados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, com base nos dados informados pelas empresas.

Ressaltamos que todas as informações exigidas pela legislação foram devidamente fornecidas e que os resultados apresentados refletem integralmente as metodologias adotadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Assim, os dados divulgados representam a totalidade das informações oficiais disponíveis até a data desta publicação.

Edital de Convocação de Membros para o Conselho Fiscal

A Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos – Finatec – comunica que seu Conselho Superior irá se reunir para de 4 novos membros para ocupar os cargos vacantes, sendo 01 (um) membro efetivo e 03 (três) membros suplentes. Os cargos não são remunerados.

A Finatec convida a comunidade acadêmica, científica, tecnológica e empresarial de Brasília a se candidatar. Os novos membros eleitos, por meio do presente Edital, exercerão seu mandato até 25 de maio de 2027, sendo admitida uma recondução por mais 02 (dois) anos.

Os interessados deverão encaminhar carta de manifestação dirigida ao Conselho Superior da Finatec, contendo o nome completo, dados pessoais e a qualificação profissional, acompanhada de curriculum vitae para o endereço eletrônico finatec@finatec.org.br até as 17h do dia 24 de outubro de 2025.

O resultado da eleição será divulgado no site da Fundação.

OUTRAS INFORMAÇÕES:
finatec@finatec.org.br

Clique aqui para ter acesso ao edital na íntegra

Finatec participa do projeto de construção do complexo científico e cultural da Urca no RJ

Igo Estrela/ SGB

Dirigente da Fundação destaca importância das obras para o futuro da ciência e do País

“Este projeto não é apenas uma iniciativa de infraestrutura; é um investimento visionário no futuro da nossa ciência, da nossa cultura e, sobretudo, do nosso País”, disse o Presidente da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos da Universidade de Brasília (Finatec/UnB), professor Daniel Monteiro Rosa, na cerimônia do anúncio de início das obras do Centro Científico e Cultural da Urca no Rio de Janeiro. Prestigiaram o evento ministros, diretores da Petrobras, da ANP, do SGB e convidados.

O projeto de construção do complexo cultural, aprovado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP), será desenvolvido em parceria com o Serviço Geológico do Brasil (SGE), a Petrobras e a Finatec. “Nossa missão, como bem sabem, é simplificar e otimizar a gestão de projetos de ciência, tecnologia e inovação, garantindo que os recursos e esforços se traduzam em resultados concretos e impactantes” destaca o dirigente da Fundação da UnB.

Igo Estrela / SGB

Conforme Monteiro Rosa, o Centro da Urca, com sua história e potencial, renasce para se tornar um farol de conhecimento, inovação e efervescência cultural, acessível a todos. “Hoje também celebramos a publicação dos editais de seleção pública para a execução de três obras estruturantes. A construção do Centro de Referência em Geociências, a implantação da Litoteca da Urca, e a revitalização do Museu de Ciências da Terra”, lembrou ao emendar que na próxima semana, será publicado ainda o edital para a contratação dos serviços de acompanhamento e fiscalização dessas obras.

O professor reforça que, para o Centro Científico e Cultural da Urca, a Finatec se dedicará a oferecer todo o suporte de gestão administrativa e financeira necessário, com a agilidade e a transparência que a complexidade e a relevância desta obra demandam. “Nosso papel será o de catalisar a execução, desburocratizando processos, assegurando a conformidade e a melhor aplicação dos recursos”, explica.

O professor afirma que a expectativa da Finatec é que o Centro floresça como um polo de excelência, atraindo pesquisadores, educadores, artistas e o público em geral. “É um privilégio para nós podermos emprestar nossa expertise para que este sonho se torne uma realidade sólida e duradoura para o Rio de Janeiro e para o Brasil”, conclui.

Igo Estrela / SGB

FINATEC e CIBERLAB conectam Intel e UnB para lançamento de laboratório de IA e Supercomputação de ponta

A Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (FINATEC), por meio de seu hub de cibersegurança, o CIBERLAB, teve papel fundamental na articulação da parceria estratégica entre a Intel e a Universidade de Brasília (UnB). Essa colaboração resultou na seleção da UnB para sediar um novo e avançado Laboratório Multiusuário Institucional de Inteligência Artificial e Supercomputação (LMISup), equipado com tecnologia de ponta da Intel.

A parceria, que culmina com a inauguração do laboratório, teve seu início em um evento promovido pelo CIBERLAB no início deste ano. O painel “Estratégias Vencedoras em Inteligência Artificial e o Futuro Cibernético”, realizado em 14 de maio de 2025, reuniu lideranças da Intel, da UnB e da FINATEC para debater as fronteiras da cibersegurança e da IA, criando o ambiente propício para a colaboração que agora se materializa.

Como resultado direto dessa articulação, a Intel já entregou e instalou dois supercomputadores “Intel Habana Gaudi” no datacenter da Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) da UnB, em Brasília. Essas duas supermáquinas representam o estado da arte em aceleradores de IA, projetados especificamente para treinamento e inferência de modelos de aprendizado profundo. Os processadores Intel Habana Gaudi oferecem uma alternativa econômica e de alto desempenho para workloads de inteligência artificial, posicionando a Universidade de Brasília na vanguarda da pesquisa em IA na América Latina.

O novo laboratório representa um marco para a comunidade acadêmica brasileira. A partir de agora, todos os departamentos, laboratórios e parceiros da UnB terão acesso a uma infraestrutura de supercomputação capaz de processar as mais complexas e avançadas pesquisas. O LMISup oferece poder computacional e ferramentas de IA que aceleram soluções concretas para problemas públicos, incluindo o aprimoramento de diagnósticos em saúde, previsão e mitigação de eventos climáticos, fortalecimento da segurança digital, qualificação de políticas públicas com análise de grandes bases de dados, e

fomento à inovação em campos como agricultura, cidades inteligentes, educação, artes e humanidades digitais. A iniciativa promete acelerar novas descobertas em áreas tão diversas quanto Engenharia, Medicina, Química, Biologia, Arquitetura e Direito, entre muitos outros campos da ciência que poderão se beneficiar diretamente do poder computacional instalado.

O Vice-Reitor da UnB, Professor Márcio Muniz, destacou a urgência do tema durante o evento que semeou a parceria: “A inteligência artificial é, sem dúvida, um dos temas mais fundamentais do nosso tempo. Ela não é apenas uma tendência: é o pilar central de todo o desenvolvimento no século XXI.”

O Diretor Presidente da FINATEC, Professor Daniel Rosa, reforçou a importância da conexão entre os setores: “O CIBERLAB e os eventos promovidos fortalecem a missão da FINATEC de atuar em três pilares: academia, fundação e mercado.”

A inauguração oficial do Laboratório Multiusuário Institucional de Inteligência Artificial e Supercomputação acontece hoje, 15 de setembro de 2025, no campus Darcy Ribeiro da UnB. Na ocasião, será lançada a 1ª Chamada Pública de Usuários do LMISup, democratizando o acesso à nova infraestrutura e estimulando a colaboração científica entre todas as áreas do conhecimento.

Sobre a FINATEC e o CIBERLAB

A FINATEC (Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos) é uma fundação de apoio que tem como finalidade promover e apoiar o desenvolvimento científico e tecnológico, a transferência de tecnologia e a inovação. O CIBERLAB é o hub de cibersegurança da FINATEC, que atua na avaliação de riscos, capacitação e promoção de uma cultura de segurança cibernética, em parceria com a UnB e o mercado

Seminário sobre alternativa energética desperta interesse em alunos de escolas públicas do DF

Vínculo do ensino básico com a educação superior contribui para crescimento da educação brasileira

A visita de alunos de duas escolas públicas do ensino médio de São Sebastião, das comunidades Centrão e Chicão, aos laboratórios da Universidade de Brasília (UnB), foi um dos destaques do último dia do Seminário H2TECH que teve início dia 08 e se encerrou na quarta-feira, dia 10. A professora Sarah Brum, coordenadora do Projeto Einstein Jr, que desenvolve experiência científica de forma lúdica e divertida com jovens do ensino básico, destacou a importância da participação das crianças e adolescentes no estudo de experimentos científicos.


A influencer da área de Física, Carolina Oliveira, reforçou o papel importante da equipe do Projeto Einstein Jr. Segundo ela, nunca é tarde para se aprender ou participar de uma jornada científica, independentemente, da idade ou da área da ciência. “Não existe um tempo certo para se desenvolver pesquisa”, refletiu. Outro grande momento do evento foi a premiação dos posteres com apresentação de vários experimentos científicos de alunos participantes do Einstein Jr.


Transformação social


A reitora da UnB, professora Rozana Naves, ressaltou a disposição dos participantes do encontro em fazer a transformação social de que tanto almeja o País – Sua fala deixou claro que o vínculo do ensino básico com a educação superior contribui de forma significativa para a educação brasileira em todos os níveis. A reitora teceu elogios ao Projeto Einstein Jr, que segundo ela, tem essa visão estratégica na relação entre a educação superior e a educação básica. “Esse elo que a gente vai criando no dia a dia pode fazer uma verdadeira transformação social” afirmou.


O presidente da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), professor Daniel Monteiro Rosa, frisou que o papel da Fundação é trazer a sociedade para perto da universidade. O Seminário, segundo ele, foi o ponta pé inicial para a transição energética. “É isso que estamos implantando de certa forma aqui hoje e nosso papel é realmente trazer essa conexão da universidade para sociedade”, concluiu.


Conforme análise da professora Luana Wourk, coordenadora do Seminário H2TECH 2025, o evento foi realizado, não somente, para conectar a comunidade acadêmica da UnB a sociedade nas discussões do hidrogênio como alternativa energética para o Distrito Federal, mas teve como objetivo a interlocução com as políticas públicas. “Temos que estar cada vez mais próximos da sociedade para mostrar o que estamos fazendo e também incentivar a nova geração a buscar cada vez mais a validação científica como ferramenta” comentou ao acrescentar: “Estou feliz com o resultado”.

Seminário debate futuro do hidrogênio verde e a transição energética no Brasil

Evento continua nesta terça e quarta, 09 e 10, com ampla programação na sede da Finatec/UnB

“O Brasil tem recursos naturais abundantes e um capital humano invejável para nos tornarmos uma potência na produção e exportação do chamado hidrogênio verde oriundo de fontes renováveis”, afirmou o presidente da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos da Universidade de Brasília (Finatec/UnB), professor Daniel Monteiro Rosa, na abertura do Seminário H2TECH – Avanços Tecnológicos e perspectivas Científicas no Uso do Hidrogênio realizado nesta segunda-feira, dia 08, na CLDF.

O encontro prossegue nesta terça e quarta, 09 e 10, na Finatec, com uma vasta programação: Pesquisas de vanguarda de diversas universidades, visitas em laboratórios e ainda com a premiação dos melhores pôsteres. Segundo o dirigente da Finatec, essa sinergia entre UnB, governo e empresas mostra todo potencial de hidrogênio que tem o Distrito Federal e coloca o Brasil como protagonista global nessa nova era energética.

Prof. Daniel Rosa, diretor-presidente da Finatec

Para o professor, o evento é uma grande oportunidade de todos para aprofundar os conhecimentos sobre os múltiplos aspectos que envolvem a cadeia do hidrogênio. “A Finatec tem um papel ativo e fundamental nessa jornada, colocando à disposição da comunidade científica e do setor produtivo toda estrutura e expertise para transformar descobertas em inovações e impulsionar a transferência de conhecimentos”, pontua.

Agricultura familiar

O representante da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF), Gilmar Marques, destacou a importância do hidrogênio verde na produção da agricultura familiar no Distrito Federal.  “Por meio do hidrogênio verde podemos produzir a amônia verde, insumo que melhora a produtividade de alimentos e que deve beneficiar comunidades como São Sebastião, Planaltina, Morro da Cruz, aonde temos uma produção significativa da agricultura familiar “, lembra ao destacar ainda a geração de emprego, renda e novas tecnologias.

Gilmar Marques, representante da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF)

Marques ressaltou a importância da legislação (fruto do projeto de lei do deputado distrital Rogério Morro da Cruz – PRD) como respaldo as novas tecnologias. “Isso ajuda as instituições públicas, os pesquisadores. Pode ser que a legislação tenha críticas, ótimo, vamos melhorar, mas é um ponto de partida muito importante”, disse ao reforçar que a FAP-DF entrou como executora do projeto da emenda parlamentar que saiu do gabinete do deputado.

O professor Valdir Adilson Steinke, pesquisador da UnB, que integrou a mesa de abertura dos trabalhos, ressaltou que a iniciativa do seminário é bastante positiva diante do cenário global que se tem vivido em relação ao clima. “O hidrogênio verde tem um papel importante no processo de descarbonização e também para garantir segurança energética para o futuro”, lembrou ao reforçar o compromisso da UnB em contribuir para essa transição energética justa e sustentável.

Prof.. Valdir Adilson Steinke, secretário de meio ambiente da UnB

A coordenadora do Seminário, professora Luana Cristina Wouk, destacou a importância da interação entre a CLDF e a UnB na discussão de um tema como a transição energética que, segundo ela, é um marco para a comunidade científica do DF – Tecnologias de geração, armazenamento, uso do hidrogênio, colaborações científicas e tecnológicas, além da formulação de políticas públicas de transição energética vão fechar o ciclo de painéis e palestra do evento.

A coordenadora do Seminário, professora Luana Cristina Wouk

O deputado distrital, Rogério Morro da Cruz (PRD), autor do projeto de lei do hidrogênio verde, abriu a solenidade dando boas-vindas aos participantes do evento. O parlamentar fez uma pequena explanação sobre o drama que vive algumas comunidades periféricas do DF, com as mudanças climáticas, e ressaltou a importância da Câmara Distrital em caminhar junto com a ciência nessa transição energética com vistas a construir um DF com desenvolvimento social e sustentável.

Deputado distrital, Rogério Morro da Cruz (PRD)
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