Em mais um ano da tradicional ação social da Finatec, o Natal Solidário mais uma vez se comprometeu a ajudar uma instituição do Distrito Federal que dedica seus esforços para ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade.
Em 2024 o Orfanato Instituto Nossa Missão foi escolhido para receber os adventos da ação social. Fundado em 2019, a instituição acolhe crianças de 0 a 8 anos encaminhadas pela Vara da Infância e Juventude do Distrito Federal, em razão do risco de vulnerabilidade social presente, abandono ou violência em geral.
“A casa tem capacidade para 8 crianças e hoje temos 7 crianças aqui, sendo 4 irmãos, e 3 irmãs. A luta é constante para ter uma reintegração familiar ou ir para a adoção em um último caso. A instituição vive de doações. Pois não tem ajuda do governo ainda. Estamos na luta para conseguir o credenciamento SEDES (Secretaria de Desenvolvimento Social).”, explica a representante do Orfanato Instituto Nossa Missão, Edilene.
Atualmente, o maior desafio da instituição é a folha de pagamento, pois ainda estão em busca de maiores aportes financeiros, tendo 5 funcionários que precisam receber salário, as doações financeiras e de mantimentos para atender as necessidades básicas das crianças são um alívio para aqueles que estão a frente da administração.
Se você tem interesse em doar, entre em contato com a Edilene 61 99829-7641
A Finatec recebeu no dia 27/01 uma reunião importante ara o projeto “Vetores Prospectivos Geofísicos Aplicados à Caracterização das Mineralizações Polimetálicas”, que busca impulsionar a pesquisa mineral na região de Bom Jardim de Goiás, além de Goiás e Tocantins.
Os minerais metálicos desempenham um papel essencial na transição energética global, sendo fundamentais para tecnologias de energia renovável, infraestrutura elétrica, veículos elétricos e sistemas de armazenamento de energia. Suas propriedades físicas são indispensáveis para a construção de um futuro mais sustentável e de baixa emissão de carbono.
Entretanto, a demanda crescente por esses minerais tem superado a descoberta de novos depósitos ao redor do mundo. A capacidade produtiva atual e projetada das minas de cobre e de outros minerais metálicos não é suficiente para atender às necessidades impulsionadas pelo crescimento dos veículos elétricos e das infraestruturas de energia renovável. Esse desafio exige soluções inovadoras no setor da mineração e na pesquisa mineral.
Diante desse cenário, o projeto “Vetores Prospectivos Geofísicos Aplicados à Caracterização das Mineralizações Polimetálicas” tem como objetivo desenvolver pesquisas científicas na região de Bom Jardim de Goiás, e nos estados de Goiás e Tocantins, onde há registros de ocorrências de mineralizações polimetálicas (cobre-ouro-chumbo-zinco).
Considerando a escassez de estudos científicos sobre a região e a relevância dos minerais estratégicos para o desenvolvimento sustentável do Brasil, o projeto propõe o uso de metodologias geofísicas para contribuir com a definição do modelo prospectivo da região. Além disso, busca promover avanços na mineração a partir de boas práticas de gestão, com foco na preservação e recuperação ambiental, bem como na promoção da justiça e dos benefícios sociais.
O encontro contou com a presença do Prof. Dr. Marcelo Leão Santos, coordenador do projeto de pesquisa, do Prof. Augusto Brasil, além de representantes da Axía Mineração, incluindo André Luís Lemos, Presidente, e Leonardo Prudente, Diretor Executivo.
Parceria com Repsol e apoio da ANP impulsionam inovação tecnológica no setor energético
Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) desenvolveram um software inovador que promete aumentar a lucratividade e reduzir os custos operacionais na exploração de petróleo no pré-sal brasileiro. A ferramenta, fruto de uma parceria com a Repsol Sinopec Brasil e financiada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), traz uma metodologia capaz de transformar a eficiência nos campos de extração, com potencial para gerar resultados expressivos na economia nacional.
De acordo com o professor Eugênio Feitosa Fortaleza, do Departamento de Engenharia Mecânica da UnB e coordenador do projeto, o software será utilizado pelos engenheiros de reservatório da Repsol para otimizar a produção de petróleo nos reservatórios do pré-sal. “Os resultados serão comparados com as técnicas convencionais e, ao comprovar o aumento da produtividade e da rentabilidade, a aplicação prática da metodologia será ampliada”, destaca.
Na fase atual do projeto, que se estenderá por dois anos e nove meses, os pesquisadores estão focados no aprimoramento de simulações e estratégias avançadas de otimização. A tecnologia se baseia no modelo RESSIM-STORMS, desenvolvido para atender às características desafiadoras do pré-sal, como a complexidade dos reservatórios e as limitações das plataformas. Entre os recursos inovadores incorporados, está a técnica de injeção de Water Alternating Gas (WAG), que aumenta a recuperação de petróleo, além de um plug-in Petrel, que facilita a integração do software ao fluxo de trabalho da Repsol.
A iniciativa é resultado da colaboração de equipes da UnB, Repsol, Engineering Simulation and Scientific Software Ltda (ESSS), Senai Cimatec Bahia, DeepSoft e Schlumberger (SLB). A gestão financeira do projeto está a cargo da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), garantindo a viabilidade da pesquisa em todas as suas etapas.
Mais do que reduzir custos e ampliar a lucratividade, o projeto fortalece o papel da pesquisa brasileira no desenvolvimento de soluções tecnológicas estratégicas para o setor energético. Ao aliar inovação e eficiência, a parceria consolida o Brasil como referência na exploração de petróleo em águas profundas, contribuindo para o avanço econômico e tecnológico do país.
Instituto de Letras (IL) da Universidade foi responsável pela tradução de textos do português para o espanhol
O Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução do Instituto de Letras (IL) da Universidade de Brasília (UnB) teve papel importante na Cúpula de Líderes do G20, realizada nos dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro. O projeto de tradução de textos do português para o espanhol, conduzido por professores da UnB, foi essencial para promover o diálogo entre países de diversas regiões do mundo. Além disso, o trabalho ampliou o acesso às informações em espanhol e favoreceu sua disseminação, beneficiando inclusive nações que não integram o grupo, mas utilizam o espanhol em contextos oficiais.
O evento reuniu representantes de 19 países membros do G20, além da União Africana e União Europeia. A coordenadora do projeto, professora Magali de Lourdes Pedro, destacou a relevância do trabalho, lembrando que a Espanha, país convidado do G20, também tem o espanhol como idioma oficial.
“O espanhol é atualmente a quarta língua mais falada no mundo, com 485 milhões de falantes nativos, mais de 74 milhões como segunda língua e é idioma oficial em 21 países. Sua influência abrange, sobretudo, as Américas, mas também inclui a Europa e a África”, complementou a professora.
Executado entre setembro e novembro – período em que o Brasil lidera a presidência rotativa do G20 –, o projeto é fruto de uma parceria entre a UnB e a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom/PR), que financiou a iniciativa. A Finatec forneceu suporte operacional essencial para a realização do projeto.
A equipe envolvida contou com sete tradutores, três revisores e estudantes do Bacharelado em Letras/Tradução Espanhol. Esses estudantes foram responsáveis pela análise textual, estudo terminológico e elaboração das traduções para o espanhol. Os professores, por sua vez, coordenaram as reuniões e supervisionaram as traduções, garantindo a qualidade final antes do envio para publicação no site oficial do G20.
Um projeto desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) e técnicos contratados pela Finatec está ampliando e modernizando o Parque Científico e Tecnológico da Universidade (PCTec/UnB). Com término previsto para meados de 2025, a iniciativa é financiada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio da FINEP, e busca consolidar a infraestrutura do Parque e aprimorar sua atuação tanto como parque tecnológico quanto como parque científico.
O professor Carlos Alberto Gurgel Veras, coordenador do projeto e diretor do PCTec/UnB, destacou a busca por parcerias institucionais no Brasil e no exterior como uma das estratégias centrais. Ele também foi responsável por trazer a metodologia atualmente utilizada no Parque para a gestão de inovação, que foi transformada em uma plataforma digital. Segundo Flávio Duque Estrada Soares Pereira, analista de negócios da equipe, o projeto representa um marco na evolução do Parque. “Antes, o PCTec não tinha uma vocação clara nem para a UnB nem para o Distrito Federal. Hoje, mesmo sendo ainda jovem, já está consolidado, com infraestrutura renovada graças ao apoio financeiro da FINEP“, afirmou.
O analista também destacou o papel estratégico da Finatec no projeto. “A Fundação tem sido uma parceira essencial, responsável pela gestão financeira e gerencial da iniciativa, além de apoiar outras ações do PCTec e da UnB voltadas à inovação“, pontuou.
O projeto é estruturado em quatro metas principais para superar os desafios do Parque. A primeira delas é a adequação de infraestrutura. Em 2021, funcionava apenas em um prédio na UnB que era relativamente antigo, e precisava de diversas reformas, para que pudesse abrigar empreendimentos e fomentar a inovação. “Hoje estamos com essa meta bem avançada e nosso espaço já é atrativo de incentivar as empresas”, destaca.
A segunda meta – de gestão da inovação- desenvolve métodos de apoio a startups para que tenham sucesso em sua evolução, já que não basta apenas abrigar empresas e instituições, mas apoiar e desenvolver inovação junto com a universidade de modo que produtos e serviços realmente cheguem ao mercado e tragam impactos positivos para a sociedade. Um dos destaques é a plataforma de apoio a inovação, baseada na ferramenta Innovation Readiness Level, desenvolvida na Suécia, que está em fase de validação.
A terceira meta envolve contratação de pessoal e treinamento da equipe para desenvolver atividades próprias de um parque científico e tecnológico. Um resultado de destaque foi o curso realizado na UnB sobre a metodologia de apoio à inovação aplicada no Instituto Real de Tecnologia da Suécia (KTH).
E por último, a quarta meta, que é criar novas parcerias. Afinal, se o parque não tem parcerias ele tem dificuldades em captar e oferecer vantagens para empresas. “Essa meta envolve principalmente visitas técnicas, bem como a participação e a realização de eventos. Além disso, associamos o PCTec a dois organismos importantes, a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (ANPROTEC) e a Associação Internacional de Parques Tecnológicos (IASP)”, concluiu Flávio.
A plataforma é resultado do projeto ALEI-1G, executado pela Finatec
O Governo do Distrito Federal (GDF), em parceria com o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), lançou nesta quarta-feira (11) a Plataforma de Inteligência Artificial para o Judiciário. A iniciativa tem como foco modernizar e acelerar a triagem, classificação e elaboração de processos na Justiça Federal, com um investimento de aproximadamente R$ 3 milhões financiados pela Fundação de Apoio à Pesquisa do DF (FAPDF).
O projeto executado pela Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), foi selecionado por meio da chamada pública nº 4/2020 do programa Desafio DF, que busca fomentar a inovação e o desenvolvimento científico para atender demandas de instituições públicas.
Durante o evento de lançamento, o governador Ibaneis Rocha destacou a relevância da nova tecnologia: “A inteligência artificial tem muito a contribuir para a eficiência e agilidade na tramitação dos processos judiciais. Estamos felizes em colaborar com um projeto tão inovador para o aprimoramento da Justiça Federal.”
Como funciona a plataforma?
Desenvolvida ao longo de três anos, a plataforma incorpora inteligência artificial para automatizar tarefas judiciais, agilizar a análise de processos e facilitar o trabalho de magistrados e operadores do direito.
O coordenador do projeto, Prof. Nilton Correia da Silva, destaca o diferencial do sistema: “O diferencial é o que está por trás! Nós temos três motores de ar, como foi apresentado, trabalhando por trás desse sistema, que facilita muito a confecção de modelos de minuta. De que forma? Principalmente, fortemente, correlacionando o acervo de processos com o assunto que está sendo minutado. Então, eventualmente, você tem a facilidade de fazer miniaturas em lotes de processos. A ferramenta consegue criar isso na base de conhecimento de um acervo e trazer processos semelhantes para que ele seja minutado.”
Segundo o juiz federal Itagiba Catta Preta, a ferramenta trará ganhos significativos: “A plataforma atuará em duas frentes: a triagem mais precisa dos processos e a elaboração de minutas, que servirão de base para os juízes tomarem suas decisões. Isso representa mais eficiência e qualidade de vida aos profissionais.”
Inicialmente, a implementação ocorrerá na Justiça Federal do Distrito Federal, beneficiando diretamente juízes, analistas e demais operadores da Corte. Além disso, a iniciativa deverá impactar o ecossistema local de inovação, conectando startups, centros de pesquisa e outras instituições parceiras.
Brasília como referência em inovação no Judiciário
Com apoio do Biotic e da FAPDF, o projeto também viabilizou a criação de um núcleo de inteligência artificial voltado ao desenvolvimento de soluções tecnológicas para o setor jurídico. A expectativa é que a plataforma fortaleça o ecossistema de inovação no DF por meio de capacitações e ações empreendedoras.
Com a plataforma de inteligência artificial, Brasília reforça sua posição de vanguarda no uso da tecnologia para aprimorar a prestação jurisdicional, consolidando-se como um polo inovador no setor público.
A Finatec
O coordenador do projeto, Prof. Nilton Correia da Silva, destaca a atuação da Fundação na gestão e execução do projeto: “A Finatec é para nós uma fundação de apoio à pesquisa muito importante, ela tem nos apoiado de uma maneira muito bacana, principalmente na parte executória administrativa, jurídica e financeira do projeto. Isso deixa nós pesquisadores com mais braços para fazer o que interessa, que é pesquisa e desenvolvimento. Então eu agradeço muito a Finatec pela parceria.”
Entre os obstáculos enfrentados pela população negra no Brasil, o acesso e a permanência no ensino superior são questões cruciais. Este último aspecto é o foco da pesquisa de doutorado de Ícaro Santana, realizada no Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos e Cidadania (PPGDH/Ceam). Em outubro, o trabalho foi reconhecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Foto: Isa Lima/Secom UnB
“Minha pesquisa busca identificar os desafios da permanência de estudantes negros na graduação da Universidade de Brasília e, a partir disso, avaliar as políticas públicas voltadas para garantir sua continuidade nos estudos”, afirma Ícaro Santana. O doutorando realiza sua pesquisa no formato sanduíche na Universidade de Évora, em Portugal, sob a orientação dos professores Mário Theodoro e Renísia Filice. Iniciado em 2022, o estudo combina métodos qualitativos e quantitativos e já recebeu mais de 80 respostas por meio de um questionário eletrônico, que permanece aberto para contribuições.
Ícaro e a professora Renísia Filice também colaboram na Coordenação da Questão Negra da Secretaria de Direitos Humanos da UnB (Coquen/SDH). O pesquisador foi um dos oito selecionados em edital de bolsas para apoiar ações de enfrentamento à violência contra pessoas negras, com foco especial nas mulheres. Renísia, coordenadora da Coquen desde 2023, supervisiona atividades voltadas à conscientização e promoção da igualdade racial com estudantes da graduação.
Além disso, a doutoranda Kátia Brito, do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPGCINF/FCI), também foi contemplada pelo edital. Entre suas contribuições, destaca-se o curso A Construção do Ser Negra, que aborda a vivência de mulheres negras em museus e na Ciência da Informação. Kátia enfatiza que a iniciativa fomentou a troca de saberes e reflexões sobre práticas educacionais decoloniais e antirracistas.
O ano de 2024 também trouxe avanços significativos com o Projeto Redes Antirracistas, uma parceria entre a Finatec, a Unb e o Ministério da Igualdade Racial. Dez pesquisas foram selecionadas para trabalhar em eixos como políticas públicas de igualdade racial, grupos de pesquisa e extensão, e combate ao racismo em Núcleos de Prática Jurídica.
No dia 19 de novembro, a equipe do deputado Rogério Morro da Cruz participou de uma reunião na Secretaria de Ciência e Tecnologia do Distrito Federal. O encontro reuniu o Secretário Leonardo Reisman, o Secretário Executivo Alexandre Villain e representantes da Universidade de Brasília (UnB) e do Instituto Federal de Brasília (IFB) para debater iniciativas voltadas à capacitação de mulheres e ao fortalecimento de sua atuação na ciência e tecnologia.
Entre os participantes, estiveram a Reitora do IFB, professora Veruska Machado, o diretor do campus de São Sebastião, professor Robson Caldas, e representantes da UnB, como os professores Luana Cristina Wouk e João Gabriel Rocha. Durante a reunião, foram apresentados dois projetos de destaque: “Elatech: Transformando Mulheres e Meninas com Tecnologia” e “Meninas e Mulheres na Nanotecnologia”.
O projeto Elatech, liderado pelo IFB, prevê a formação de turmas em Robótica, Cultura Maker e Desenvolvimento de Aplicativos, beneficiando até 120 alunas. Já o programa Meninas e Mulheres na Nanotecnologia, em parceria com a UnB, será implementado em escolas públicas de São Sebastião, incentivando carreiras científicas.
Ambas as iniciativas estão em fase de estudo para a formalização de um convênio inédito regido pelo Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação (Lei nº 13.243/2016). Esse acordo deve envolver a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, a UnB, o IFB e a Finatec, com financiamento de emendas parlamentares do deputado Rogério Morro da Cruz.
O parlamentar, autor da Lei nº 7.400/2024, que institui a Política Distrital de Incentivo ao Protagonismo das Mulheres na Ciência, destacou a relevância dessas ações: “Estamos criando oportunidades reais para as mulheres do Distrito Federal ingressarem e se destacarem na ciência e tecnologia, promovendo inclusão e equidade. Agradeço a todos os parceiros por essa importante colaboração.”
No dia 6 de Novembro o professor da Faculdade de Tecnologia (FT), Sadek Alfaro, recebeu o título de Professor Emérito da Universidade de Brasília (UnB). A cerimônia ocorreu no Auditório da Reitoria, no campus Darcy Ribeiro. A honraria, aprovada em março deste ano pelo Conselho Universitário (Consuni), celebra sua trajetória marcante na academia e na pesquisa, por toda sua contribuição científica e acadêmica à Universidade e à ciência.
A reitora Márcia Abrahão destacou o impacto do homenageado na Universidade. “O professor Sadek representa a excelência que buscamos nos servidores da UnB. Seu legado ultrapassa o Departamento de Engenharia Mecânica, impactando toda a nossa comunidade acadêmica. É um exemplo de professor, pesquisador e gestor”, afirmou.
O professor Francisco Cunha, orador da cerimônia, também prestou sua homenagem, lembrando com emoção da amizade e admiração pelo colega. Ele o descreveu como “um homem de fibra, dedicado à família e à profissão, cujo legado de profissionalismo, ética e humanidade será lembrado pelas próximas gerações”.
Sadek Alfaro formou-se em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1979 e concluiu seu mestrado em Engenharia Metalúrgica e de Minas pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 1983. Seu doutorado, realizado em Welding Engineering, foi concluído em 1989 na Universidade de Cranfield, no Reino Unido, onde também realizou estudos de pós-doutorado em 1990 e 2014.
Professor da UnB desde 1983, tornou-se professor titular no Departamento de Engenharia Mecânica da Faculdade de Tecnologia em 2003. Sua atuação acadêmica inclui a orientação de inúmeros alunos de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado, formando profissionais de destaque em suas áreas.
Além de suas contribuições no ensino, Sadek foi pioneiro em pesquisas relacionadas à soldagem, automação de processos e inteligência artificial. Ele fundou o Grupo de Automação e Controle em Processos de Fabricação (Graco) em 1993 e foi fundamental para a criação do curso de Engenharia Mecatrônica da UnB, em 1997.
Também atuou como sócio-fundador e diretor-presidente da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), fortalecendo os laços entre academia e indústria.
Durante a cerimônia, Sadek Alfaro expressou gratidão aos colegas, alunos e familiares que o acompanharam ao longo de sua carreira. “Educar é um desafio, mas suas recompensas são imensas. Receber o carinho e respeito dos meus alunos e saber que contribui para o sucesso deles é motivo de grande orgulho”, declarou.
O diretor da Faculdade de Tecnologia, Edson Silva, também ressaltou a visão pioneira do homenageado. “Sadek já aplicava inteligência artificial em processos de soldagem há mais de 30 anos. Seu legado é inestimável.”