Parque Tecnológico da UnB e Finatec convidam docentes para prestação de serviços à comunidade
Publicada em 11 de outubro de 2018
Nos dias 5 e 9 de outubro a Finatec foi espaço para que docentes da Universidade de Brasília pudessem conversar sobre as possibilidades de ampliação de acesso dos trabalhos acadêmicos pela sociedade. A iniciativa partiu da Diretora do Parque Científico e Tecnológico da Unb (PCTec-Unb), professora Renata Aquino, devido aos incentivos do novo marco legal regulamentado em 2018.
O parque tecnológico será o estruturador de um portal que irá ancorar professores que façam a conexão entre a sociedade e os laboratórios, grupos de pesquisa e unidades acadêmicas para a prestação de serviço tecnológico.
A reunião promoveu o encontro de diversos docentes que já possuíam experiência nessa prestação de serviço e, também, daqueles que nunca tiveram a oportunidade de oferecer o seu conhecimento. De acordo com a Diretora do PCTec o portal será um grande portfólio para a busca de serviços pela comunidade. “A ideia é que os professores dos laboratórios especifiquem seus serviços de forma bem detalhada por meio de um documento que será dado pelo Parque. Assim, convidamos todos a participarem da estruturação e construção desse portal, numa forma de democratizar o acesso ao Parque para a oferta de serviços à comunidade. Estamos construindo uma instituição orgânica que tenta, na medida do possível, otimizar cada vez mais os recursos para garantir excelência e qualidade no papel da Universidade de Brasília no desenvolvimento de tecnologias em prol da sociedade” – pontua a professora.
Marcos regulatórios e parceria com a Finatec
A partir dos marcos regulatórios, a exemplo da Lei 11.196/05, conhecida como a Lei do Bem, ou a Lei da Inovação e, mais recentemente, com a instituição do Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação, a Universidade de Brasília, que já é pioneira na área, reforçou esse ambiente propício com a criação do Decanato de Pesquisa e Inovação, e sua ligação direta com o Centro de Desenvolvimento Tecnológico – CDT, direcionando essa temática para o contexto acadêmico. O parque tecnológico que antes era uma gerência, passou a ser um órgão complementar relacionado com a ideia de catalisar a estrutura para interagir com a sociedade. De acordo com a diretora do PCTec, essa interação pode acontecer de diversas formas. “Seja por meio de empresas que venham a se instalar no parque, ou através da sociedade que deseje usar a estrutura de tecnologia da UnB para resolver seus problemas e sanar suas dúvidas” – reforça a Diretora.
Desde a sua criação, em 2007, cerca de 327 laboratórios já passaram pelo Parque Tecnológico da Unb como prestadores de serviço. “Estamos credenciando todos os laboratórios, através da estrutura PCTec/Finatec no contexto do marco legal, aplicando a Lei do Bem nos processos de licitação, contratação, entre outros. Essa lei foi muito importante porque ela reconhece que ações de inovação não estão previstas em outras regulações justamente por sua natureza, algo que ainda não nos deparamos, que vamos descobrir e pesquisar” – revela a professora Renata Aquino.
O parque tecnológico é parceiro do Decanato de Pesquisa e Inovação e do Centro de Desenvolvimento Tecnológico – CDT. “Funcionamos de braços dados. As empresas que eram encubadas no CDT e hoje estão graduadas, se instalaram no parque tecnológico. Além de oferecer infraestrutura sediando as empresas, o PCTEc, também possui um conselho consultivo que tem a prerrogativa de indicar uma fundação para ser parceira na Gestão Financeira e Administrativa. Dentre as fundações credenciadas com a UnB, a Finatec foi a indicada para ser parceira, catalisando essas ações de estruturação da prestação de serviço tecnológico dentro da UnB por meio da estrutura de funcionamento do Parque/Finatec” – informa a professora.
Os serviços prestados
A prestação de serviço tecnológico à sociedade, por intermédio dos laboratórios da UnB, envolverá competências de todos os cursos ofertados pela Universidade. Desde uma análise de água, para alguma fonte que estaria deixando pessoas doentes no entorno, ou até mesmo, na aplicação de uma metodologia desenvolvida para a estruturação de uma empresa. “A ideia é disponibilizar ao alcance social todo o know-how de inovação que a universidade possui por meio dos laboratórios, docentes, alunos e pesquisadores.” – afirma a Diretora do Parque.
Duas vertentes importantes serão trabalhadas no PCTec; a fixação e ancoragem de empresas e núcleos de P&D na universidade, com fins de catalisar inovações a partir do contato com os professores e, também, a relação com o setor produtivo através da prestação do serviço tecnológico.