Seminário debate futuro do hidrogênio verde e a transição energética no Brasil
Publicada em 8 de setembro de 2025
Evento continua nesta terça e quarta, 09 e 10, com ampla programação na sede da Finatec/UnB
“O Brasil tem recursos naturais abundantes e um capital humano invejável para nos tornarmos uma potência na produção e exportação do chamado hidrogênio verde oriundo de fontes renováveis”, afirmou o presidente da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos da Universidade de Brasília (Finatec/UnB), professor Daniel Monteiro Rosa, na abertura do Seminário H2TECH – Avanços Tecnológicos e perspectivas Científicas no Uso do Hidrogênio realizado nesta segunda-feira, dia 08, na CLDF.
O encontro prossegue nesta terça e quarta, 09 e 10, na Finatec, com uma vasta programação: Pesquisas de vanguarda de diversas universidades, visitas em laboratórios e ainda com a premiação dos melhores pôsteres. Segundo o dirigente da Finatec, essa sinergia entre UnB, governo e empresas mostra todo potencial de hidrogênio que tem o Distrito Federal e coloca o Brasil como protagonista global nessa nova era energética.

Para o professor, o evento é uma grande oportunidade de todos para aprofundar os conhecimentos sobre os múltiplos aspectos que envolvem a cadeia do hidrogênio. “A Finatec tem um papel ativo e fundamental nessa jornada, colocando à disposição da comunidade científica e do setor produtivo toda estrutura e expertise para transformar descobertas em inovações e impulsionar a transferência de conhecimentos”, pontua.
Agricultura familiar
O representante da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF), Gilmar Marques, destacou a importância do hidrogênio verde na produção da agricultura familiar no Distrito Federal. “Por meio do hidrogênio verde podemos produzir a amônia verde, insumo que melhora a produtividade de alimentos e que deve beneficiar comunidades como São Sebastião, Planaltina, Morro da Cruz, aonde temos uma produção significativa da agricultura familiar “, lembra ao destacar ainda a geração de emprego, renda e novas tecnologias.

Marques ressaltou a importância da legislação (fruto do projeto de lei do deputado distrital Rogério Morro da Cruz – PRD) como respaldo as novas tecnologias. “Isso ajuda as instituições públicas, os pesquisadores. Pode ser que a legislação tenha críticas, ótimo, vamos melhorar, mas é um ponto de partida muito importante”, disse ao reforçar que a FAP-DF entrou como executora do projeto da emenda parlamentar que saiu do gabinete do deputado.
O professor Valdir Adilson Steinke, pesquisador da UnB, que integrou a mesa de abertura dos trabalhos, ressaltou que a iniciativa do seminário é bastante positiva diante do cenário global que se tem vivido em relação ao clima. “O hidrogênio verde tem um papel importante no processo de descarbonização e também para garantir segurança energética para o futuro”, lembrou ao reforçar o compromisso da UnB em contribuir para essa transição energética justa e sustentável.

A coordenadora do Seminário, professora Luana Cristina Wouk, destacou a importância da interação entre a CLDF e a UnB na discussão de um tema como a transição energética que, segundo ela, é um marco para a comunidade científica do DF – Tecnologias de geração, armazenamento, uso do hidrogênio, colaborações científicas e tecnológicas, além da formulação de políticas públicas de transição energética vão fechar o ciclo de painéis e palestra do evento.

O deputado distrital, Rogério Morro da Cruz (PRD), autor do projeto de lei do hidrogênio verde, abriu a solenidade dando boas-vindas aos participantes do evento. O parlamentar fez uma pequena explanação sobre o drama que vive algumas comunidades periféricas do DF, com as mudanças climáticas, e ressaltou a importância da Câmara Distrital em caminhar junto com a ciência nessa transição energética com vistas a construir um DF com desenvolvimento social e sustentável.
