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Pesquisa da UnB vai monitorar políticas públicas para mulheres do campo, águas e floresta

O projeto está em fase de contratação da Finatec e recebimento de recursos. O estudo é uma demanda aprovada durante a 7ª Marcha das Margaridas ocorrida em agosto deste ano

A Universidade de Brasília está prestes a começar uma pesquisa para, entre outras coisas, criar o Observatório de políticas públicas para mulheres do campo, águas e floresta. O projeto está em fase de contratação da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) — que vai gerenciar os recursos— e de recebimento da verba. O estudo é uma demanda aprovada na 7ª Marcha das Margaridas ocorrida em Brasília nos dias 15 e 16 de agosto deste ano.

O estudo denominado Projeto de Pesquisa Margaridas do Campo, água e floresta: formação e construção do Observatório de Políticas Pública, é articulado pelo movimento social que organiza a Marcha das Margaridas – a Secretaria de Mulheres da CONTAG que será parceira deste Projeto com a UnB. A pesquisa, prevista para iniciar em janeiro e terminar em dezembro de 2024 vai analisar se o Caderno de Resposta da Margaridas e as políticas a serem desenvolvidas estão articuladas com o plano plurianual; além de organizar o banco de dados das Margaridas, entre outras (leia Quadro Metas). A coordenação é da Professora da UnB, Eliene Novaes Rocha, que atua como professora da Licenciatura em Educação do Campo (LEdoC) e no PPG-MADER na Faculdade UnB Planaltina (FUP).

O projeto de pesquisa vincula-se às demandas geradas de dois Projetos de Extensão que tramitaram na Universidade de Brasília (UnB): Curso de Extensão em comunicação, gênero e Agroecologia e Organização produtiva e autonomia econômica das mulheres rurais: um diálogo com as Margaridas também executados pela UnB e coordenados pela Professora Eliene Novaes.

Professora Eliene Novaes Rocha, coordenadora da pesquisa. Foto: Rubens Ferreira

Foco

O principal problema a ser abordado é a retomada das políticas públicas para as mulheres que enfrentam uma precarização das condições de vida da maioria do povo, em especial as mulheres do campo, águas e floresta. Elas saíram da pandemia com menos renda; mais sobrecarga de trabalho doméstico e mais violência no cotidiano. 

Metas

  • Acompanhar e monitorar as políticas públicas em resposta à Marcha das Margaridas
  • Reestruturar o site do movimento social criando um tópico Observatório de Políticas Públicas
  • Analisar a política pública proposta a partir da Marcha das Margaridas
  • Formar mulheres do campo, floresta e águas com domínio em agroecologia nas suas múltiplas dimensões (ecológica, econômica, cultural, política e ética) incentivando os quintais produtivos e agroecológico, que inclusive é um ponto de pauta da marcha

Eliene Novaes destaca que esse é o papel da universidade. “Talvez esse seja um dos elementos mais inéditos desta pesquisa, que é uma interlocução permanente da luta das mulheres com perspectiva de organização social com o trabalho de uma universidade pública. A universidade precisa trazer o debate, as questões prementes desses movimentos para dentro da universidade no campo da pesquisa”, defende.

Outro ponto ressaltado pela pesquisadora é a aproximação da universidade com o movimento (Marcha das Margaridas) que se tornou internacional e que possibilidade às mulheres do campo, das águas e da floresta virem até Brasília numa mobilização de luta por direitos. “A pesquisa permite à universidade fazer aquilo que socialmente é sua responsabilidade: aproximar a pesquisa, ensino e extensão das lutas, dos movimentos, dos coletivos”, finaliza.

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