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Projeto de combate a violência contra criança e gestante ameniza situação de risco em famílias mais vulneráveis

Publicada em 13 de novembro de 2025

Pesquisadores da UnB devem aplicar projeto semelhante ao desenvolvido no em Niterói no RJ

Projeto desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) no município de Niterói (Rio de Janeiro), através da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) apresenta bons resultados no trabalho de combate à violência contra crianças na primeira infância e puérperas (gestantes). “Já estamos trabalhando para que o mesmo projeto também seja desenvolvido no Distrito Federal”, anuncia a coordenadora da pesquisa, professora Katia Tarouquella, do Departamento de Psicologia Clínica da Universidade de Brasília (UnB).


O Projeto Escola da Família, promovendo Práticas Parentais Com Afeto, Sem violência, por meio do termo de colaboração, integra um programa maior intitulado: “Pacto Niterói contra a Violência”, que teve como base a sensibilização dos profissionais da saúde para enfrentar a grave situação de violência que atinge as famílias do município de Niterói, especialmente, as crianças, o elo mais frágeis do grupo familiar. “O trabalho exige equipes preparadas e com experiência na temática da violência junto a populações mais vulneráveis”, afirma a coordenadora.


Segundo a professora, o Projeto nasceu do aumento da violência contra a criança na primeira infância identificada pelo serviço de saúde daquele município. “Então, com a perspectiva de fazer um trabalho de intervenção, sobretudo, porque grande parte dos agressores eram os cuidadores, as próprias mães”, frisa a professora. O trabalho ajudou os profissionais de saúde a fazer intervenções com as gestantes (puérperas) e suas famílias, avaliando diversos pontos, como a importância do relacionamento na primeira infância e os desafios que a maternidade impõe as essas mulheres em situações de vulnerabilidade social.


O Projeto contou com a formação de 461 profissionais (a meta era 500), foram formadas 22 turmas e foram promovidas oficinas de 24 horas. “Além de uma plataforma de conteúdo, conseguimos também produzir o Observatório da Parentalidade. E depois da formação, os profissionais de saúde tinham que fazer uma proposta de intervenção no serviço de saúde pública do município. Basicamente, o foco dessa formação era sensibilizar os profissionais pra as experiencias da maternidade, grande parte, maternidade solo, tomar muito cuidado com os julgamentos morais”, observa.


O trabalho também deu importância e atenção as decorrências da maternidade, como solidão, medo e as questões raciais que afetam em grande parte as mulheres negras. “O ideal do conceito de família, os desafios, ausência dos homens, entre outros fatores levantados, contribuíram para o sucesso do projeto. “A violência que as mulheres sofrem com a questão racial também ficou muito evidente nesse trabalho”, conclui.

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