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Brasília foi a escolhida para o Congresso Brasileiro de Professores de Francês e movimentou a Finatec com apresentações de pôsteres, palestras e profissionais da área

A 22ª edição do Congresso Brasileiro de Professores de Francês aconteceu nos dias 08 a 11 de outubro, na sede da Finatec, em Brasília. A Associação dos Professores de Francês do Distrito Federal, entidade responsável por organizar essa edição, não poupou esforços para que a segunda edição realizada na capital ficasse marcada na memória dos mais 400 participantes presentes no evento.

No primeiro dia, os congressistas participaram das conferências de abertura e foram surpreendidos com a proposta de apresentação dos pôsteres dos alunos presentes. A professora Denise Damasco, Presidente da Federação Brasileira de Professores de Francês, explica que ações como essa enaltecem os jovens pesquisadores da área. “Colocar esses pôsteres durante o coquetel de abertura foi uma surpresa muito agradável para os próprios doutorandos e mestrandos, já que muitas vezes, esses são apresentados no último dia dos congressos, com poucas pessoas e pouco espaço para discussões. O nosso objetivo aqui foi mostrar o futuro do ensino do Francês que será através desses jovens estudantes. Tivemos 38 pôsteres apresentados, e devo lembrar que esse ano foi difícil em termos de financiamento para a vinda de estudantes, mas ainda assim tivemos 24 alunos apresentando seus trabalhos aos conferencistas principais” – comemora a Presidente.

O Congresso trouxe o tema “Francês em ação: variações e criações” e, nas suas diversas conferências e simpósios, abordou 5 eixos temáticos, sendo eles: estudos linguísticos, didática e formação de professores, tradução, espaço para escrever e reescrever, na literatura e artes como portais culturais e políticas públicas/memórias compartilhadas.

Como novidade para esse ano, a organização do evento aprimorou a forma de estruturar os simpósios. “Eu tenho recebido um retorno muito positivo sobre a forma de organização dos simpósios porque você compartilha a decisão com os pesquisadores. Você dá o espaço, as condições e vários grupos de pesquisa se reuniram nesses simpósios. Um deles tratou justamente dos 50 anos da Federação Internacional dos Professores de Francês, porque nós somos uma Federação que agrupa Associações, e a vida associativa serve como apoio ao docente em sua formação contínua.” – explica a Professora Denise Damasco.

Ainda sobre as inovações apresentadas nessa edição, o destaque foi a realização do 1º o Festival Nacional de Teatro Francófono para a Juventude, com a presença de 3 trupes de teatro. Uma, de estudantes vindos da USP, a outra de estudantes do Cil do Gama (Centro Interescolar de Línguas do Gama) – Brasília e, a última, da Aliança Francesa de Brasília. Todas, com o apoio da equipe Drame Education que desenvolve peças de teatro com foco no ensino de línguas e que garantiu um ar de leveza e diversão para o palco da Finatec.

O Professor Thiago Souza, da Universidade Federal do Piauí, conta que suas expectativas foram mais uma vez superadas. “É um momento de partilha do ensino da Língua francesa, que é muito importante. É sempre uma vitória pra mim e para a Federação dos Professores de Francês unir todo mundo. Politicamente, mas também, em termos de pesquisa é uma ação indispensável. Todas as vezes que tem esse evento temos certeza disso. ” – reforça o professor.

O evento é tão esperado pelos membros da comunidade de professores, que os participantes ficam imersos na experiência. “É muito engrandecedor e valioso para a gente estar aqui. Tem a parte emotiva da nossa relação com a língua, com o meio do ensino, com a formação de professores de Francês e aí a gente acaba estabelecendo uma troca muito interessante com esses colegas que estão espalhados pelo Brasil inteiro. A gente só ganha com reuniões desse tipo. No último dia eu fico até nostálgico, com vontade de propor outras coisas no futuro. Cada vez que nós viemos para esses congressos passamos por uma experiência tão completa e ficamos tão imersos que temos até dificuldade de conhecer a cidade. Fiz até esse comentário no congresso de Aracajú há 2 anos. Não há tempo nem para dar uma fugidinha do evento porque é muita coisa interessante pra ver”, completa Thiago, com tom de humor.

A professora Rosana Correa aponta o valor da representatividade da língua no Brasil. “O momento é muito importante para os professores de Francês porque a área tem prestígio, mas não tem tanta representatividade no meio do ensino já que não é uma língua que você vai encontrar facilmente na educação básica, na rede pública. O DF é uma das exceções onde você tem uma grande quantidade de professores e alunos da rede pública que têm acesso ao ensino desse idioma nos Centro Interescolar de Línguas. ” – pontua a professora.

No encerramento, a Embaixada da Suíça, abordou o eixo literário e como os avanços têm ocorrido. Por tradição, a Literatura se faz importante nas discussões finais do congresso. Geralmente os temas de pesquisas literárias são muito específicos e, com isso, o Congresso de Professores de Francês é uma ponte para que a literatura da área se torne cada vez mais conhecida. “Você vai ter lá o pesquisador de Literatura, que trabalha com um tema específico. O grupo que eu participo, por exemplo, trabalha com a Literatura da África Subsaariana de Língua Francesa. O congresso, então, se torna fonte de interlocutores para difundir temas como esse. “ – ressalta a professora Rosana Correa.

A organização da 22ª edição do Congresso Brasileiro de Professores de Francês também aproveitou a ocasião para anunciar que a cidade de Cuiabá, no Mato Grosso, foi a escolhida para sediar o próximo congresso e já está se preparando para a jornada em 2020.

Confira as fotos do evento:

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